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domingo, 24 de julho de 2011

O que é o Reino de Deus?

Autor: Rafael de Mesquita Diehl
Publicação: Março de 2010
Muito se fala hoje em dia nos meios católicos sobre “trabalhar pelo Reino de Deus”. De fato, o “Reino de Deus” (basileia tou Qeou) é algo central no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Cumpre-nos, contudo, observar qual o verdadeiro sentido desse termo, a fim de não cairmos em erros heterodoxos, como ocorre freqüentemente a deturpação da doutrina da Igreja acerca do Reino de Deus.
Observaremos, aqui, que o Reino de Deus assume na doutrina da Igreja várias dimensões, que não são excludentes, mas complementares. Primeiramente, devemos lembrar que Deus já reina no Universo pelo senhorio natural que exerce sobre a Criação. De fato, é Deus que governa e sustenta a Criação. Contudo, o Reino de Deus anunciado por Cristo no Evangelho diz respeito a algo mais profundo: a um reinado que restaurará a ordem, a justiça e a paz na Criação e que também renovará toda a obra criada. Por fim, observemos também que há uma forma com que o Reino de Deus se insere no âmbito pessoal e social.
I – O Reino Messiânico inaugurado por Cristo
O Catecismo da Igreja Católica ensina que:

“Doravante, Cristo está sentado à direita do Pai: «Por direita do Pai entendemos a glória e a honra da divindade, em cujo seio Aquele que, antes de todos os séculos, existia como Filho de Deus, como Deus e consubstancial ao Pai, tomou assento corporalmente desde que encarnou e o seu corpo foi glorificado».
Sentar-se à direita do Pai significa a inauguração do Reino messiânico, cumprimento da visão do profeta Daniel a respeito do Filho do Homem: «Foi-Lhe entregue o domínio, a majestade e a realeza, e todos os povos, nações e línguas O serviram. O seu domínio é um domínio eterno, que não passará jamais, e a sua realeza não será destruída» (Dn 7, 14). A partir deste momento, os Apóstolos tornaram-se as testemunhas do «Reino que não terá fim».” (663 – 664)
Portanto, havia já no Antigo Testamento um anúncio a respeito da vinda de um Reino messiânico, que seria inaugurado pelo Filho do Homem. Este homem seria um ungido (Cristos) de Deus e seu reino seria eterno. Entre os judeus do tempo de Jesus, a expectativa do advento deste Reino messiânico era muito forte, contudo muitos esperavam um Reino humano, terreno, onde Israel expulsaria os dominadores estrangeiros e estenderia seu poder sobre os outros povos e nações. O Reino messiânico anunciado pelos profetas e pregado por Cristo, contudo, é de natureza escatológica e espiritual. Em Sua pregação, Nosso Senhor fala a respeito da proximidade desse Reino. De fato, Jesus inaugurou o Reino quando ascendeu aos Céus e “sentou-se à direita do Pai”. O Reino de Deus está presente no mundo pela Igreja, e alcançará a sua plenitude no fim dos tempos, com a segunda vinda de Nosso Senhor, quando virá para julgar os vivos e os mortos.
“Depois da ascensão, o desígnio de Deus entrou na sua consumação. Estamos já na «última hora» (1 Jo 2, 18) (611). «Já chegou pois, a nós, a plenitude dos tempos, a renovação do mundo já está irrevogavelmente adquirida e, de certo modo, encontra-se já realmente antecipada neste tempo: com efeito, ainda aqui na Terra, a Igreja está aureolada de uma verdadeira, embora imperfeita, santidade». O Reino de Cristo manifesta já a sua presença pelos sinais miraculosos que acompanham o seu anúncio pela Igreja.” (Catecismo da Igreja Católica, 670).
O Reino de Deus inaugurado por Cristo, segundo o Papa Bento XVI, assume três dimensões: cristológica, mística e eclesiológica. Estas tripla dimensão do Reino de Deus aparece nos escritos dos Padres da Igreja. A dimensão cristológica encontra expressão no teólogo Orígenes, que definiu Jesus Cristo como a autobasiléia (autobasileia), ou seja, o próprio Reino. Nesse sentido, o Reino de Deus não seria um mero domínio espacial como os reinos humanos, mas seria uma Pessoa; Cristo é Deus presente entre os homens, e desta forma os conduz para Deus[1]. A dimensão mística diz respeito ao domínio de Deus no interior do homem, de forma que o homem pela santidade busque fazer de si mesmo um lugar onde Deus possa reinar. Já a dimensão eclesiológica consiste na relação entre o Reino de Deus e a Igreja, a qual já expusemos anteriormente citando o Catecismo da Igreja [2].
O tempo atual, é de espera e vigília pelo advento do Reino de Deus, conforme também diz o Catecismo: “Cristo afirmou, antes da sua ascensão, que ainda não era a hora do estabelecimento glorioso do Reino messiânico esperado por Israel, o qual devia trazer a todos os homens, segundo os profetas, a ordem definitiva da justiça, do amor e da paz. O tempo presente é, segundo o Senhor, o tempo do Espírito e do testemunho mas é também um tempo ainda marcado pela «desolação» e pela provação do mal, que não poupa a Igreja e inaugura os combates dos últimos dias. É um tempo de espera e de vigília” (Catecismo, 672). Isto quer dizer que estamos aguardando a vinda do Reino, já presente na Igreja, em sua plenitude. E antes da vinda de Cristo, a Igreja ensina que virá o Anticristo: “A suprema impostura religiosa é a do Anticristo, isto é, dum pseudo-messianismo em que o homem se glorifica a si mesmo, substituindo-se a Deus e ao Messias Encarnado” (Catecismo, 675). Portanto, vemos como nos tempos finais, o Demônio tentará desviar os homens do projeto do Reino de Deus pregado por Cristo, prometendo um falso messianismo, um Reino sem Deus.
Com a segunda vinda de Cristo, o Reino de Deus alcançará sua plenitude. Neste momento final da História, Cristo virá para julgar os vivos e os mortos:
“No dia do Juízo, no fim do mundo, Cristo virá na sua glória para completar o triunfo definitivo do bem sobre o mal, os quais, como o trigo e o joio, terão crescido juntos no decurso da história.
Quando vier; no fim dos tempos, para julgar os vivos e os mortos, Cristo glorioso há-de revelar a disposição secreta dos corações, e dará a cada um segundo as suas obras e segundo tiver aceite ou recusado a graça.” (Catecismo, 681-682)
Com o juízo universal, Nosso Senhor Jesus Cristo consumará o Reino de Deus, restabelecendo a ordem, a justiça e a paz no Universo e renovando toda a Criação, onde haverá “Novos Céus e Nova Terra” (II Pe III, 13). Não será, portanto, um reino de natureza terrena, mas um Reino de plenitude espiritual sobre todo o Universo.
A palavra usada para o Reino de Deus nas Escrituras é malkut, em hebraico e basiléia, em grego. Esta palavra não designa apenas o reino em um sentido físico, territorial, mas trata da própria realeza e soberania de Deus sobre a história e sobre o universo criado [3].
II – O Reino de Deus no homem e na sociedade
Trabalhar pelo Reino de Deus também significa trabalhar para que Cristo reine nos homens e na sociedade. Isso significa que devemos nos esforçar para sermos fiéis aos ensinamentos de Cristo (fazendo-o Rei de nossas mentes e corações) e para que a sociedade seja regida pelos princípios evangélicos (ou seja, que as Leis, Governos e instituições estejam de acordo com os princípios morais, com os Dez Mandamentos, com o Evangelho).
Primeiramente é preciso que Cristo reine em nós. Para isso, devemos buscar a santidade, observar os mandamentos de Deus e da Igreja, freqüentar os sacramentos, entregando-nos a Cristo, colocando nossa vontade à serviço da Vontade de Deus, como fez Jesus em Sua vida terrena, sendo obediente ao Pai até a morte. Sobre isso, diz São Josemaría Escrivá:
“O Senhor impeliu-me a repetir, desde há muito tempo, um grito silencioso: Serviam!, servirei. Que Ele nos aumente as ânsias de entrega, de fidelidade à sua chamada divina - com naturalidade, sem ostentação, sem ruído -, no meio da rua. Agradeçamos-Lhe do fundo do coração. Elevemos uma oração de súditos, de filhos!, e a nossa língua e o nosso paladar experimentarão o gosto do leite e do mel, e nos saberá a favo cuidar do reino de Deus, que é um reino de liberdade, da liberdade que Ele nos conquistou.” [4]
São Josemaría continua, explicando que o programa do Reino de Deus anunciado por Jesus consiste na busca pela Justiça e pela Verdade, que é precisamente a santidade:
“Quando Cristo inicia a sua pregação na terra, não oferece um programa político, mas diz simplesmente: Fazei penitência, porque o reino dos céus está próximo. Encarrega os discípulos de anunciarem essa boa nova, e ensina a pedir na oração o advento do reino. Eis o reino de Deus e a sua justiça: uma vida santa; isso é o que temos que procurar em primeiro lugar, a única coisa verdadeiramente necessária.” [5]
É precisamente nesse sentido de buscar a santidade, meio pela qual Deus reina em nossas mentes e corações, que Jesus diz no Santo Evangelho “O Reino de Deus está entre vós!” (Lc 17, 20).
Cristo é Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, portanto é a fonte de poder e autoridade de todos os governantes e estes terão de prestar contas ao Senhor no dia do Juízo do uso da autoridade que Ele lhes concedeu. A religião, a vida de cristão, não é algo que se restringe ao âmbito privado: somos obrigados a sermos cristãos e prestar culto a Deus sempre, tanto na vida privada quanto pública. E é por isso que ensinou o Papa Leão XIII que os Estados também têm o dever de prestar culto a Deus. Devem portanto os cristãos enforcarem-se para que Cristo reine na sociedade, para que os governantes e instituições reconheçam a soberania de Cristo, fonte de todo poder e autoridade, e para que governem em conformidade com a Lei de Deus, o que resultará em grandes vantagens para a sociedade e lhe trará uma melhor Ordem , conforme ensinou o Papa Pio XI ao instituir a Festa de Cristo Rei. O reinado social de Nosso Senhor Jesus Cristo deve ser lembrado especialmente em nossos tempos, onde o violento laicismo quer renegar aos cristãos o direito de professar sua fé publicamente, onde se quer negar a Cristo a sua soberania e primazia sobre todas as coisas, onde se quer retirar os crucifixos dos estabelecimentos públicos, onde nem mesmo a moral é mais respeitada.

III – O Reino de Deus na Igreja

Como vimos anteriormente, o Reino de Deus já se manifesta na Terra pela Igreja, sendo portanto na Igreja onde participamos antecipadamente do Reino perfeito que não terá fim. Cristo reina pela Igreja, através do Papa e dos Bispos em comunhão com ele, que apascentam o rebanho dos fiéis. Para trabalhar pelo Reino de Deus, é preciso portanto estar unido à Igreja, estar em comunhão com o Papa, acolher seus ensinamentos, propagá-los e colocá-los em prática.
Na Igreja também, temos a antecipação da vinda escatológica do Reino de Deus quando assistimos a Santa Missa. Sobre isso, comenta o Papa Bento XVI:
“Cada reunião eucarística é para s cristãos esse lugar da soberania do rei da paz. A comunidade da Igreja de Jesus Cristo, que envolve todo o mundo, é então um pré-esboço da terra de amanhã, que deve tornar-se uma terra da paz de Jesus Cristo. Também aqui a terceira bem-aventurança está de acordo com a primeira: o que o Reino de Deus significa torna-se mais claro um pouco adiante, precisamente quando a pretensão dessa expansão se estende mais além da promessa da terra.” [8]
Assim, quando participamos da Missa, Cristo antecipa de certo modo Sua Vinda escatológica, tornando-se presente em nosso meio pela Eucaristia e oferecendo-se como alimento, para que possamos nos unir a Ele e assim Ele possa reinar plenamente em nós.
IV – Idéias erradas sobre o Reino de Deus
Existem basicamente dois erros comuns sobre o Reino de Deus. O primeiro é de tendência gnóstica e crê que o Reino de Deus seria puramente espiritual, não devendo os cristãos esforçarem-se para que Cristo reine na sociedade. Esta tese é errônea, pois Cristo recebeu do Pai toda a autoridade e todo poder sobre o Universo, sendo Rei portanto de todas as coisas.
O segundo erro é de matriz materialista. Crê que o Reino de Deus será instaurado em sua plenitude na Terra, um paraíso terrestre. Este erro originou-se dos judeus do tempo de Jesus, que queriam um Messias terreno que fizesse Israel governar e submeter todos os povos. Esse erro é defendido hoje pela Teologia da Libertação que crê na implantação de um paraíso terrestre por meio da abolição da hierarquia e das classes sociais.
O Demônio tentou Jesus no deserto das duas formas: tentou-lhe a usar dos milagres como única forma de resolver os problemas (transformar pedras em pães, jogar-se do alto do Templo para forçar um milagre) o que acontece quando tentamos a Deus, querendo que ele nos sirva; e também tentou Jesus ao materialismo (oferecendo-lhes os reinos terrenos) o que acontece quando colocamos as coisas matérias como o mais importante de nossas vidas. Jesus respondeu à ambas as tentações pela entrega e obediência à vontade do Pai. De fato, só há liberdade e Reino perfeito em Deus, que é Sumo Bem e Justiça, que nos livra da escravidão do pecado e da morte. O Reino de Deus não é deste mundo, mas está em parte nesse mundo. Só terá seu cumprimento pleno no Fim dos Tempos.
Conclusão
O Reino de Deus é, nos dizeres do Papa João Paulo II, o destino do homem. É o desígnio de santidade que nos foi preparado por Deus. Este Reino é eterno e terá sua plenitude coma vinda de Cristo no Fim dos Tempos e o surgimento dos “Novos Céus e Nova Terra”. Já participamos desse Reino, contudo, ao trabalharmos em união com a Igreja, ao buscarmos a santidade, ao oferecermos a Deus nossas obras e a nós mesmos, fazendo-os nosso Rei. Antecipamos o Reino também quando trabalhamos para que a sociedade reconheça Cristo como seu Senhor e siga seus ensinamentos.
Dessa forma vivemos com a meta em Deus e não nas realidades transitórias e passageiras, como ensina o Papa João Paulo II:
“O Evangelho do reino de Deus é a confirmação da obra divina da criação. Deus criou o mundo para o homem, para todos os homens e mulheres. Mas como o destino definitivo do homem é o reino de Deus, não pode ele viver exclusivamente para o mundo. Não pode viver como se o mundo e as realidades temporais fossem sua meta definitiva. Não pode arrimar totalmente o coração nos bens e nas riquezas desta terra.” [10]
Para São Josemaría Escrivá, o Reino de Deus consiste na Verdade e Justiça que vivemos e testemunhamos: “Verdade e justiça; paz e gozo no Espírito Santo. Esse é o reinado de Cristo: a ação divina que salva os homens e que culminará quando a História terminar e o Senhor, que se senta no mais alto do Paraíso, vier julgar definitivamente os homens.” Assim, o Reino de Deus consiste em vivermos santamente, unidos a Cristo, que nos conduzirá ao verdadeiro Paraíso, de felicidade eterna.
Christus regnat!
Rafael de Mesquita Diehl, 23 de janeiro de 2010, I Vésperas do III Domingo do Tempo Comum.

[1] BENTO XVI, Papa. Jesus de Nazaré: primeira parte – do batismo no Jordão à transfiguração. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007. p. 59.
[2] Idem, Ibidem. p. 60.
[3] Ibid. pp. 64-65.
[4] ESCRIVÁ, São Josemaría. É Cristo que passa, n. 179. Disponível em:
http://www.escrivaworks.org.br/book/cristo_que_passa-capitulo-18.htm
[5] Idem, Ibidem, n. 180.
[6] “Sendo a sociedade política fundada sobre estes princípios, evidente é que ela deve, sem falhar, cumprir por um culto público os numerosos e importantes deveres que a unem a Deus. Se a natureza e a razão impõem a cada um a obrigação de honrar a Deus com um culto santo e sagrado, porque nós dependemos do poder dele e porque, saídos dele, a Ele devemos tornar, à mesma lei adstringem a sociedade civil. Realmente, unidos pelos laços de uma sociedade comum, os homens não dependem menos de Deus do que tomados isoladamente; tanto, pelo menos, quanto o indivíduo, deve a sociedade dar graças a Deus, de quem recebe a existência, a conservação e a multidão incontável dos seus bens. É por isso que, do mesmo modo que a ninguém é lícito descurar seus deveres para com Deus, e que o maior de todos os deveres é abraçar de espírito e de coração a religião, não aquela que cada um prefere, mas aquela que Deus prescreveu e que provas certas e indubitáveis estabelecem como a única verdadeira entre todas, assim também as sociedades não podem sem crime comportar-se como se Deus absolutamente não existisse, ou prescindir da religião como estranha e inútil, ou admitir uma indiferentemente, segundo seu beneplácito. Honrando a Divindade, devem elas seguir estritamente as regras e o modo segundo os quais o próprio Deus declarou querer ser honrado.
Devem, pois, os chefes de Estado ter por santo o nome de Deus e colocar no número dos seus principais deveres favorecer a religião, protegê-la com a sua benevolência, cobri-la com a autoridade tutelar das leis, e nada estatuírem ou decidirem que seja contrário à integridade dela. E isso devem-no eles aos cidadãos de que são chefes. Todos nós, com efeito, enquanto existimos, somos nascidos e educados em vista de um bem supremo e final ao qual é preciso referir tudo, colocado que está nos céus, além desta frágil e curta existência. Já que disso é que depende a completa e perfeita felicidade dos homens, é do interesse supremo de cada um alcançar esse fim. Como, pois, a sociedade civil foi estabelecida para a utilidade de todos, deve, favorecendo a prosperidade pública, prover ao bem dos cidadãos de modo não somente a não opor qualquer obstáculo, mas a assegurar todas as facilidades possíveis à procura e à aquisição desse bem supremo e imutável ao qual eles próprios aspiram. A primeira de todas consiste em fazer respeitar a santa e inviolável observância da religião, cujos deveres unem o homem a Deus.” (LEÃO XIII, Papa. Encíclica Immortale Dei sobre a Constituição Cristã dos Estados, n. 11-12. Roma, 1885. Disponível em:
http://www.vatican.va/holy_father/leo_xiii/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_01111885_immortale-dei_po.html )
[7] “En cambio, si los hombres, pública y privadamente, reconocen la regia potestad de Cristo, necesariamente vendrán a toda la sociedad civil increíbles beneficios, como justa libertad, tranquilidad y disciplina, paz y concordia. La regia dignidad de Nuestro Señor, así como hace sacra en cierto modo la autoridad humana de los jefes y gobernantes del Estado, así también ennoblece los deberes y la obediencia de los súbditos. Por eso el apóstol San Pablo, aunque ordenó a las casadas y a los siervos que reverenciasen a Cristo en la persona de sus maridos y señores, mas también les advirtió que no obedeciesen a éstos como a simples hombres, sino sólo como a representantes de Cristo, porque es indigno de hombres redimidos por Cristo servir a otros hombres: Rescatados habéis sido a gran costa; no queráis haceros siervos de los hombres.
“Y si los príncípes y los gobernantes legítimamente elegidos se persuaden de que ellos mandan, más que por derecho propio por mandato y en representación del Rey divino, a nadie se le ocultará cuán santa y sabiamente habrán de usar de su autoridad y cuán gran cuenta deberán tener, al dar las leyes y exigir su cumplimiento, con el bien común y con la dignidad humana de sus inferiores. De aquí se seguirá, sin duda, el florecimiento estable de la tranquilidad y del orden, suprimida toda causa de sedición; pues aunque el ciudadano vea en el gobernante o en las demás autoridades públicas a hombres de naturaleza igual a la suya y aun indignos y vituperables por cualquier cosa, no por eso rehusará obedecerles cuando en ellos contemple la imagen y la autoridad de Jesucristo, Dios y hombre verdadero.” (PIO XI, Papa. Encíclica Quas primas sobre a Festa de Cristo Rei, n. 17-18. Roma, 1925. Disponível em:
http://www.vatican.va/holy_father/pius_xi/encyclicals/documents/hf_p-xi_enc_11121925_quas-primas_sp.html )
[8] BENTO XVI, Papa. Jesus de Nazaré, Op. Cit. p. 87.
[9] JOÃO PAULO II, Papa. Homilia na Missa celebrada para os fiéis da Arquidiocese de São Luís do Maranhão, n. 1. 1991. Disponível em:
http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/homilies/1991/documents/hf_jp-ii_hom_19911014_sao-luis_po.html
[10] Idem, Ibidem. n. 2.
[11] ESCRIVÀ, São Josemaría. Op. Cit. n. 180.


FONTE ELETRÔNICA:
http://www.reinodavirgem.com.br/igreja/reino-de-deus.html

Um comentário:


  1. D I V I N A C O N V O C A Ç Ã O
    (MC.12.10) AINDA NAO LESTES ESTA ESCRITURA:(SL.108.7) DISSE DEUS NA SUA SANTIDADE: (ÊX.4.22) ISRAEL É MEU FILHO, MEU PRIMOGÊNITO; (IS.49.3) POR QUEM HEI DE SER GLORIFICADO: (IS.30.12) PELO QUE ASSIM DIZ O SANTO DE ISRAEL:
    Todo Cristão desperto deve ingressar no ciclo da Nova Ordem Mundial, que chega com a criação do Reino de Deus na terra:
    (MT.25.34) VINDE, BENDITOS DE MEU PAI! ENTRAI NA POSSE DO REINO QUE VOS ESTÁ PREPARADO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO: (JB.6.27) TRABALHAI, NÃO PELA COMIDA QUE PERECE, MAS PELA QUE SUBSISTE PARA A VIDA ETERNA, A QUAL O FILHO DO HOMEM VOS DARÁ; PORQUE DEUS, O PAI, O CONFIRMOU COM O SEU AMOR: (IS.42.21) FOI DO AGRADO DO SENHOR, POR AMOR DA SUA PRÓPRIA JUSTIÇA, ENGRANDECER A LEI E FAZE-LA GLORIOSA; (LC.12.32) PORQUE O VOSSO PAI SE AGRADOU EM DAR-VOS O SEU REINO; (1CO.15.45) POIS ASSIM ESTÁ ESCRITO: (JB.14.17) O ESPIRITO DA VERDADE, QUE O MUNDO NÃO PODE RECEBER, PORQUE NAO NO VÊ, NEM O CONHECE; VÓS O CONHECEIS, PORQUE ELE HABITA CONVOSVO E ESTARÁ EM VÓS; (PV.1.4) PARA DAR AOS SIMPLES PRUDÊNCIA, E AOS JOVENS CONHECIMENTO E BOM SISO; (1PE.4.17) PORQUE A OCASIÃO DE COMEÇAR O JUIZO PELA CASA DE DEUS É CHEGADA:
    (RM.13.11) E DIGO ISTO A Vós OUTROS QUE CONHECEIS O TEMPO, QUE JÁ É HORA DE VOS DESPERTARDES DO SONO; (2PE.3.4) PORQUE, DESDE QUE OS PAIS DORMIRAM, TODAS AS COUSAS PERMANECIAM COMO DESDE O PRINCIPIO DA CRIAÇÃO: (HB.5.11) A ESSE RESPEITO TEMOS MUITAS COUSAS QUE DIZER E DIFICIL DE EXPLICAR; PORQUANTO VÓS TENDES TORNADO TARDIOS EM OUVIR: (LC.16.9) E EU VOS RECOMENDO: Estudai e praticai os fundamentos cristãos, que temos divulgado através da internet, em particular no blog de Arnaldo Ribeiro ou Israel e no Site: arnaldoouisrael: (TB.5.21) FAZEI BOA JORNADA, E DEUS SEJA CONVOSCO NO VOSSO CAMINHO, E O SEU ANJO VÁ EM VOSSA COMPANHIA:

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