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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Testemunho de Conversão a Fé Católica - Manuel da Costa

Chamo me , Manuel da Costa tenho 31 anos filho de Pais Pastores ,desde infância os meus Pais colocaram nos na Igreja e nos ensinaram a temer á Deus.
Durante 22 anos vivi na Provincia de Cabinda(Angola) depois fui para a Capital Luanda(Angola) para fazer a faculdade de Engenhária Informática.

A minha irmã que me recebeu na Capital era da Igreja Pentecostal ,ela tinha um carinho aos Pastores Adventistas ela comprava Cassetes de Pregações e estudos de profecias sobre o apocalipse.

Mesmo não sendo Adventista achei interesante destas áulas,começei a estudar grandemente estas materias,até que no ano 2008 tomei decisão de receber o Batismo por imersão na Igreja onde o meu Pai era Pastor.

Começei a participar activamente na Igreja e a ocupar alguns cargos como secretário da Paróquia, começei a ter um fanatismo aos pastores Adventista e repetia como um Papagaio de que o Santo Padre é a besta do Apocalipse 13 e a Igreja Católica era a babilonia descrito no apocalipse 17.

Cheguei a pensar que a Igreja Adventista é que prega a verdade, eu sinceramente coameçei a desprezar todas Igrejas protestantes inclusive onde eu era membro,isto porque os estudos adventistas me convenceram do Sábado e da Mortalidade da Alma.

Muitas coisas sobre o Catolicismo que eu não sabia muito bem eu repetia sem que primeiro ter estudado o problema.

Conheci uma jovem Católica que actualmente é a minha esposa,eu a atacava sempre ,e ela humildemente não conseguia se defender mesmo tendo os sacramentos.

Me lembro uma vez fuii a uma feira de livros da Religião ISLÂMICA onde encontrei um livro que mostrava a diferença entre o Cristianismo e o Islão,tentei debater com um Islâmico ele me derrubou com seus argumentos e fiquei sem respostas para defender o Cristianismo,ele me perguntou “porque é que os cristãos tem bíblias diferentes? Será que foi inspiração de Deus?” me falou dos concilios cristólogicos eu nem sabia oque era.

Esta vergonha que eu passei de não defender o cristianismo,me levou a estudar para saber como defender a religião cristã,surgiram muitas dúvidas na minha cabeça.

Começei a procurar na Internet sites para estudo do cristianismo neste desespero cheguei até aos sites da:





e começei a ler a história do cristianismo,a historia do Cânon bíblico.

O que me suprendeu mais é o nível de argumentos dos ex-protestantes começei a encarar que os testemunhos de ex-protestantes eram mais sabias e com argumentos bíblicos e histórico,eu nem sabia oque era a Patristica...

O testemunho do Ex-Pastor Casanova me deixou perplexo com tamanha argumentação bíblica e da história do Cristianismo.

O video que roda na Internet onde o Pe. Paulo Ricardo responde a um protestante que diz sobre a Babilonia descrito no Apocalipse, me lavou de toda ignorância que eu tinha aprendido dos Adventistas sobre o Apocalipse 17.

Naquele momento começei a encarar o Protestantismo como uma religião caluniador,que confunde a Igreja com os membros da Igreja.

Graças á Deus no dia 19 Agosto de 2011,casei na Igreja Católica com a minha esposa durante a celebração do matrimônio fiz a profissão de fé e pela primeira vez recebi a sagrada hóstia.
Meus queridos irmãos Protestantes e Católicos só existe uma verdade que vêem de Deus,pra saber esta verdade só é possivel no Magistério da Igreja que são Paulo chama de Coluna da Verdade(I Timotéo 3:15-17).

Dizer que não existiu Igreja depois dos Apostólos, e negar a história Cristã e negar todos os Pais da Igreja dos primeiros séculos.

“Papias, Policarpo, Inácio, Tertuliano, Justino, Irineu, Cipriano, Dionísio, Clemente, Euzébio de Cesaréia, Agostinho, Jerônimo entre outros”

Dizer que o Constantino fundou a Igreja Católica como eu pensava é ignorar a História do Cristianismo e jogar a bíblia no lixo.

“Antes do Edito de Milão de 313 já havia passado 32 Papas na História da Igreja, e o Papa do ano 313 era o PAPA Melcíades”
Dizer que a bíblia é palavra de Deus, só é possível pela Igreja,porque ela não veio do ceu por fax,foi discutido e confirmado nos concilios da Igreja Católica pelos Bispos(Concilio de Hipona 393,Cartago III 397)Dizer que a Igreja apostatou é negar a Palavra do Nosso Senhor Jesus Cristo(Mateus 16:18) “As portas do inferno não prevalecer contra a Igreja”.Dizer que todos podem interpretar a bíblia é falta de respeito a bíblia(2Pedro 1:20-21) “Nenhuma profecia é particular Interpretação ”.Dizer que Lutero foi contra a Igreja é ser ignorante com a realidade da história,nas 95 teses Lutero não condena a Igreja nem tão pouco o Santo Padre,mas ele condenou os abusos que eram feito pelo alguns sacerdotes.
Vejemos as seguintes pontos das 95 teses de Lutero
“42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências

possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.”.

71. Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.

Se Lutero era inspirado por Deus,porque os protestantes reprovam as indulgências ,ja que ele mesmo afirma que é um verdade apostólica?

A primissa de que Lutero estava certo,isto abra marge de colocar Arius,Nestório,Pelagius,Montanu,Marcião como também homens inspirados. Felizmente são tido como hereges pelo cristãos Protestantes e quem os condenou foram os Papas.Dizer que as 33 mil Igrejas existente são verdadeiras é falta de respeito a própria palavra de Deus(Efesios 4:1-6,I corintios 12-13,Joao 10:16,Joao 17:21-23).Dizer que o concilio é uma obra dos homens e falta de respeito a palavra de Deus porque os apostólos resolveram contradições doutrinárias nos concilios.(Atos 15).Dizer que todos são inspirado pelo espirito Santo é falta de respeito a palavra de Deus.(Joao 16:13).

Dizer que não existe a primázia Petrina e Apostólica e falta de respeito a bíblia.

Mateus 16:16-18.(Decidir sobre a fé e a moral)

Mateus 18:18(decisão apostólica)

Lucas 22:31-32(Confirmar na fé os irmão=os irmão da Igreja).

Joao 21:15-17(Apascentar o rebanho =dirigir a Igreja).

Dizer que Deus Pai,Deus filho e Deus Espirito Santo são a favor a divisão é falta de respeito a Bíblia.(Romanos 16:17-18,Efesios 4:14).

Hoje sou Católico graças á Deus,com muita convicção, não duvido daquilo que o Magistério da Igreja ensina,mesmo sabendo que dentro do clero ainda tem fumaça de inferno.Para não cair em heresias só dou ouvido ao que o Magistério ensina no Catecismo,documentos oficias da Igreja ,nas encíclias dos PaPas,no misal ,porque Jesus disse “ Quem ouve o Magistério a Jesus ouve,e quem rejeitar o Magistério rejeita Jesus Cristo e consequeentemente rejeita ao Deus Pai”(Lucas 10:16).
A gradeços a todos os Cristãos que me levaram a amar a Palavra de Deus e de conhecer a Santa Igreja Católica,os meus agradecimentos especias ao Professor Felipe Aquino, Cris Macabeus do site (as mentiras do apocalipse), Helen do site (igreja militante), Rafael do Site (saodoutrina)

“Quem houve a Igreja jamais caíra no erro”,porque a Igreja é a coluna da Verdade (I Timotéo 3:15-17).

Feito em Luanda-Angola ,aos 30-07-2012 00:38

FONTE ELETRÔNICA;


domingo, 29 de julho de 2012

Lutero tinha o mesmo canôn bíblico que seus seguidores

É comum os protestantes acusarem a Igreja Católica de ter adicionado, no Concílio de Trento em 1547, livros ao cânon bíblico (os 7 livros deuterocanônicos: Tobias, Judite, I e II Macabeus, Baruc, Eclesiástico e Sabedoria), e que eles, assim como Lutero, conservam os 66 livros que antes eram tidos com inspirados.

Bem , além do fato da Igreja primitiva usar abertamente e doutrináriamente 73 livros e o concílio de Trento não ter adicionado nada, apenas confirmado a fé secular da Igreja, os protestantes não sabem que Lutero não tinha nem mesmo os mesmos livros que eles tem como inspirados. Devido a isto neste artigo será mostrado que na realidade quem modificou a Bíblia foi Lutero e não o concílio de Trento.

CONCÍLIOS ANTERIORES A TRENTO

Para confirmar que o concílio de Trento não adicionou nada a Bíblia, serão vistos agora 2 concílios anteriores a ele, um 1100 antes e o outro 100 anos antes, para provar qual o cânon bíblico sempre aceito pela Igreja.

Concílio Cartago IV (Ano 419 d.C)

“Cânone 24 (Grego XXVII)

Nada seja lido na igreja ao exceto as escrituras canônicas.

Item, que, exceto as Escrituras Canônicas nada seja lido na igreja sob o nome de Escritura divina. Mas as Escrituras canônicas são as seguintes: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, filho de Nun, Os Juízes, Rute, Os Reis quatro livros, As Crônicas 2 livros, Jó, o Saltério, os cinco livros de Salomão[1], os doze livros dos Profetas, Isaías, Jeremias[2], Ezequiel, Daniel, Tobias, Judite, Ester, Esdras dois livros, Macabeus dois livros.

O Novo Testamento

Os Evangelhos quatro Livros, Os Atos dos Apóstolos um livro, As quatorze epístolas de Paulo , As epístolas de Pedro, o Apóstolo, duas; As Epístolas de João, o apóstolo, três; A Epístola de Tiago, o Apóstolo, uma; A Epístola de Judas, o Apóstolo, uma; A Revelação de João, um livro.” (CATARGO, 419)

E também a mesma lista de 73 livros de Trento é repetida no Concílio de Florença, 100 anos antes:

Concílio de Florença (Ano 1442 d.C)

No concílio de Florença, concílio que tentou unir novamente os 5 patriarcados,e estavam presentes católicos e ortodoxos foi decretado:

“Decretum pro laçobitis

(ex Bulla « Cantate Domino », 4 Fev. 1441)

O Sacrossanto concílio professa que um e o mesmo Deus é o autor do Antigo e Novo Testamento, isto é, da Lei, dos profetas e do Evangelho, pois os Santos de ambos os Testamentos falaram sob a inspiração do mesmo Espírito Santo. Este Concílio Aceita e venera os Seus livros que vêm indicados pelos títulos seguintes: O Pentateuco de Moisés, isto é, Genesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio; Josué, Juízes, Rute, quatro livros dos Reis, 2 dos Paralipômenos, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, Jó, o Saltério de Davi, as Parábolas (Provérbios), Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico, Isaías, Jeremias, Baruc, Ezequiel, Daniel, os Doze Profetas menores (isto é, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias) e dois livros dos Macabeus. Quatro Evangelhos, Mateus, Marcos, Lucas e João; quatorze epístolas de Paulo, uma aos Romanos, duas aos Coríntios, uma aos Gálatas, uma aos Efésios, uma aos Filipenses, uma aos Colossenses, duas aos Tessalonicenses, duas a Timóteo, uma a Tito, uma a Filemon, uma aos Hebreus; duas epístolas de Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas, os Atos dos Apóstolos e o Apocalipse de João”. (SAINT LIBERÈ, 2008)

Isto também é confirmado por Historiadores protestantes:

“O concílio de Hipona em 393, e o terceiro (de acordo com outro acerto de contas o sexto), concílio de Cartago, em 397, sob a influência de Agostinho, que participou de ambos, fixou o cânone católico das Escrituras Sagradas, incluindo os apócrifos do Antigo Testamento [...]. O cânon do Novo Testamento é o mesmo que o nosso. Esta decisão da igreja de além mar no entanto, foi sujeita a ratificação, e recebeu a concordância da Sé Romana quando Inocêncio I e Gelásio I (414 d.C) repetiram o mesmo índice de livros bíblicos. Este cânone permaneceu intacto até o século XVI, e foi aprovada pelo concílio de Trento na sua quarta sessão.” (SCHAFF, Philip, História da Igreja Cristã, vol. III, Cap. 9)

“Pela grande maioria, porém, os escritos deuterocanônicos atingiram o grau de inspirados com o máximo de senso. Agostinho, por exemplo, cuja influência no ocidente foi decisiva, não fazia distinção entre eles e o resto do Antigo Testamento... a mesma atitude com ao apócrifos foi demonstrada nos Sínodos de Hipona e Cartago em 393 e 397, respectivamente, e também na famosa carta do papa Inocêncio I ao bispo de Toulouse Exuperius, em 405” (Doutrina Cristã Antiga, 55-56).

Outra fonte protestante que refuta os próprios acusadores protestantes, é o Dicionário Oxford da Igreja Cristã que refere-se ao sínodo anterior a Hipona e Catargo, o de Roma no ano 382:

“Um concílio, provavelmente, realizado em Roma em 382 sob S. Dâmaso deu uma lista completa dos livros canônicos tanto do Antigo Testamento quanto do Novo Testamento (também conhecido como o “Decreto Gelasiano” porque foi reproduzido por Gelásio em 495), que é idêntico a lista dada em Trento.” (2 ª ed, editado por FL Cross & Livingstone EA, Oxford University Press, 1983, p.232)

LUTERO REJEITOU OS LIVROS QUE OS PROTESTANTES TEM COMO CANÔNICOS
Agora veremos como Lutero rejeitou os livros que hoje os protestantes aceitam como inspirados bem como os livros deuterocanônicos, mostrando que na realidade, ele quem modificou o cânon bíblico que era aceito na Igreja de Cristo deste o primeiro século, baseando se apenas no que ele achava certo ou não. As citações de Lutero foram retiras do seu livro “Conversas de Mesa” e da American edition of Luther's Works, vol 35, presente neste site protestante “Bible Reseacher”.

Nas Conversas de Mesa ele nega a inspiração de Ester (Livro que os protestantes aceitam) e também o livro deuterocanônico de II Macabeus;

“Eu sou tão grande inimigo do segundo livro dos Macabeus, e de Ester, que eu gostaria que eles não tivessem chegado a nós em tudo, pois eles têm perversidades pagãs demais. Os judeus estimam mais o livro de Ester do que qualquer um dos profetas; Pois eles são proibidos de lê-lo antes de terem atingido a idade de trinta anos, em razão da matéria mística que ele contém.” (Conversas de Mesa, 24).

Lutero neste comentário parece odiar o livro de Ester bem como o de Macabeus, até chegar o ponto de dizer que é “inimigo” deles.

Em 1522, no prefácio, de sua tradução alemã , às Epístolas de S. Tiago e S. Judas, nega a inspiração de Ambos, e assume que a Epistola de Tiago contradiz a epístola de Paulo aos romanos, e que Judas não deve ser contada entre os livros para confirmaçào da fé:

“Embora esta epístola de São Tiago fosse rejeitada pelos anciãos, eu elogio-a e considero-a um bom livro, porque estabelece não doutrinas de homens, mas vigorosamente promulga a lei de Deus. No entanto, afirmo a minha própria opinião sobre isso, embora sem prejuízo para ninguém, eu não considero como uma escrita de um apóstolo, e as minhas razões seguem.”

Em primeiro lugar, é terminantemente contra São Paulo e todo o resto da Escritura em atribuir a justificação às obras. Ela diz que Abraão foi justificado por suas obras, quando ofereceu seu filho Isaac, embora em Romanos, São Paulo ensine o contrário, que Abraão foi justificado sem as obras, por sua fé, antes que ele tivesse oferecido seu filho, e prova isso por Moisés em Gênesis 15. Agora, embora esta epístola pode ser ajudada e uma interpretação concebida para essa justificação pelas obras, não pode ser defendida em sua aplicação às obras da declaração de Moisés em Gênesis 15. Pois, Moisés está falando aqui apenas da fé de Abraão, e não de suas obras, como São Paulo demonstra em Romanos. Esta falha, portanto, prova que esta epístola não é o trabalho de qualquer apóstolo.”
Aqui ele assume que o livro de Tiago tem falhas e contradiz toda a bíblia ou seja para ele é uma obra puramente humana, tudo quando os protestantes rejeitam! Continua o seu relato:

“Em segundo lugar o seu objetivo é ensinar aos cristãos, mas em todo este logo ensino, ele não menciona uma única vez a Paixão, a ressurreição, ou o Espírito de Cristo. Ele cita várias vezes Cristo, contudo não ensina nada sobre ele, mas só fala de fé em Deus em geral. Agora, é dever de um verdadeiro apóstolo pregar a paixão, ressurreição e função de Cristo, e estabelecer o fundamento para a fé nele, como o próprio Cristo diz em João 15, “Dareis testemunho de mim”. Todos os livros sagrados genuínos estão de aconcordo nisto, de que todos eles pregam e inculcam Cristo. E esse é o verdadeiro teste para julgar todos os livros, quando vemos ou não inculcar Cristo. Pois todas as Escrituras mostram-nos Cristo, Romanos 3; e São Paulo não conhecerá nada além de Cristo, I Coríntios 2. O que não ensina Cristo não apostólico, mesmo se São Pedro ou São Paulo faz o ensino. Novamente, o que prega Cristo é apostólico, mesmo se Judas, Anás, Pilatos e Herodes estavam fazendo isto.

Mas este Tiago não faz nada mais do que levar à lei e suas obras. Além disso, ele joga as coisas juntas muito caoticamente que me parece ele deve ter sido algum homem bom e piedoso, que pegou alguns ditos dos discípulos dos apóstolos e assim os jogou no papel. Ou talvez tenha sido escrito por alguém com base em sua pregação. Ele chama a lei de “lei da liberdade”, embora Paulo chama de lei da escravidão, da ira, da morte, e do pecado.

Além disso, ele cita as palavras de São Pedro: “O amor cobre uma multidão de pecados”, e novamente, “Humilhai-vos debaixo da mão de Deus”, também o provérbio de São Paulo em Gálatas 5, “O Espírito cobiça contra a inveja”. E ainda, a respeito de tempo, São Tiago foi condenado à morte por Herodes em Jerusalém, antes de São Pedro. Então, parece que este autor veio muito tempo depois de São Pedro e São Paulo.

Em uma palavra, ele queria se proteger contra aqueles que confiaram em fé sem as obras, mas estava incosntante a tarefa de espírito, pensamento e palavras. Ele destroça as Escrituras e, portanto, se opõe Paulo e toda a Escritura. Ele tenta aperfeiçoar pela insistencia sobre a lei, o que os apóstolos aperfeiçoaram, estimulando as pessoas a amar. Portanto, não vou tê-lo em minha Bíblia contado entre os principais livros de verdade, embora eu não impediria ninguem de incluir ou exalta-lo como lhe apraz, pois há de outra forma muitos provérbios bons nele. Um homem não é um homem em coisas mundanas; como, então, deve este homem isoladamente se opor contra Paulo e todo o resto da Escritura?

Em relação à epístola de São Judas, ninguém pode negar que é um extrato ou cópia da segunda epístola de São Pedro, todas as palavras são muito parecidas. Ele também fala dos apóstolos, como um discípulo que vem muito depois deles e cita frases e incidentes que não são encontrados em nenhum outro lugar nas Escrituras. Isso levou os antigos patriarcas a excluirem esta epístola do corpo principal das Escrituras. Além disso, o apóstolo Judas não foi para terras de língua grega, mas para a Pérsia, como é dito, de modo que ele não escreveu grego. Portanto, embora eu valorize ​​este livro, é uma epístola que não precisa ser contada entre os principais livros que deveriam lançar as bases da fé.”

Lutero outorga para si o poder de decidir em qual livro quer crer e livremente terce comentários sobre os livros como se fosse senhor deles e capaz de dizer se um livro é inspirado ou não baseado no que ele acha certo ou não. Diz que a Epistola de Judas não deve ser usada para confirmar doutrina, ou seja, como ele diz: “lançar as bases da fé”

No prefácio ao Apocalipse nega a inpiração deste mesmo livro. E diz que não pode detectar a presença do Espírito Santo nele.

“Sobre o livro do Apocalipse de João, deixo todos livres para terem suas próprias opiniões. Eu não obrigo ninguém a seguir minha opinião ou julgamento. Eu digo o que sinto. Eu sinto a falta de mais de uma coisa neste livro, e isso me não faz considerá-lo nem apostólico nem profético.

Em primeiro lugar, os apóstolos não lidam com visões, mas profetizam em palavras claras e simples, assim como Pedro e Paulo, e Cristo no evangelho. Por isso convém ao múnus apostólico falar claramente de Cristo e suas obras, sem imagens e visões. Além disso não há profeta no Antigo Testamento, e também nada do Novo, que lida de forma exclusiva com visões e imagens. Para mim, acho que se aproxima do Quarto Livro de Esdras [apocalipse de Esdras]; Eu não posso de mandeira nenhum detectar que o Espírito Santo o produziu.

Além disso, ele me parece estar indo longe demais quando ele elogia o seu próprio livro tão altamente - na verdade, mais do que qualquer um dos outros livros sagrados faz, apesar de serem muito mais importantes - e ameaça que, se alguém tirar qualquer coisa de ele, Deus se apartará dele, etc. Mais uma vez, elas supõem abençoar quem guardar o que está escrito neste livro; e ainda ninguém sabe o que é, pois não diz nada aguardar. Este é o mesmo como se não tivessemos o livro. E há muitos livros muito melhores disponíveis para guardarmos.

Muitos dos pais também rejeitaram este livro há muito tempo, embora. São Jerônimo, com certeza, se refere a ele em termos exaltados e diz que está acima de todo louvor e de que há muitos mistérios nele como palavras. Ainda assim, Jerônimo não pode provar isso, e o seu louvor em vários lugares é muito generoso.

Finalmente, vamos todos pensar nele como o seu próprio espírito o guia. Meu espírito não pode acomodar-se a este livro. Para mim, isso é razão suficiente para não pensar muito nele: Cristo não é nem ensinado nem conhecido nele. Mas ensinar Cristo, esta é um coisa que um apóstolo é obrigado, acima de todo o resto, a fazer; como Cristo diz em Atos 1: “Vós sereis minhas testemunhas”. Por isso me atenho aos livros que apresentam Cristo para mim de forma clara e pura.

Por que será que os protestantes não lêem as obras de Lutero? Ora, se Lutero errou em seu julgamento sobre quais livros são inspirados, será que não se equivocou também em relação as outras doutrinas da Igreja?

Infelizmente os protestantes não percebem que o cristianismo foi fundado por Jesus a quase 2000 anos e não por homens 1500 anos após ele. Se há dúvidas sobre a autenticidade dos ensinamentos atuais da Igreja Católica, o modelo de referência não deve ser interpretações pessoais e subjetivas, mas a fé dos primeiros séculos. A História mostra que embora outros tenham tomado empréstimo dos princípios de Lutero como a “Sola Scriptura”, “Sola fide” e etc. o mesmo não ocorreu com sua doutrina. Lutero viveu bastante tempo para atestar isso, segundo pudemos verificar em seus escritos.

Portanto, fica provado que Lutero além de tirar os 7 livros deuterocanônicos ainda removeu mais 4 livros (Judas, Ester, Apocalipse e Tiago), isso obrigou a Trento mais uma fez reafirmar a fé milenar da Igreja e decretar novamente o mesmo cânon bíblico dos primeiros séculos.


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[1] Provérbios, Eclesiastes, Eclesiástico, Sabedoria e Cânticos.


[2] Jeremias, Baruc e Lamentações

PARA CITAR

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RODRIGUES, Rafael. Apologistas Católicos. Lutero tinha o mesmo canôn bíblico que seus seguidores protestantes? Disponível em: . Desde 23/07/2012.

FONTE ELETRÔNICA;
 

Existe? "IGREJA CRISTA EVANGÉLICA"

Em síntese: O Prof. Eurípedes Cardoso de Menezes responde a um amigo presbiteriano que lhe enviou um folheto intitulado "Sete Diferenças Fundamentais entre a Igreja Católica e a Igreja Cristã Evangélica". O texto, que vai a seguir, publicado, mostra que não existe Igreja Cristã Evangélica, visto que o protestantismo não é uno, mas congrega sob o nome "protestante" as correntes mais diversas e contraditórias de pensamento religioso; diferem entre si não apenas no acidental, mas também no essencial, como é o conceito de Jesus Cristo. "Se da soma de todas as denominações surgisse mesmo uma Igreja Cristã Evangélica, com que Símbolo de Fé, com que Credo viria à luz? Não é possível existir uma Igreja Cristã Evangélica a não ser que seja uma igreja adogmática, sem doutrina. Nesse caso não seria nem Igreja, nem Cristã nem Evangélica".

O diálogo entre católicos e protestantes no Brasil não tem sido fácil. São freqüentes os folhetos e panfletos que agridem o Catolicismo de maneira "barata", sem fundamento ou às vezes com fundamento falso. O teor desses escritos é passional e cego, de modo que nem sempre interessa aos católicos responder-lhes. Neste contexto distingue-se a resposta dada pelo Prof. Eurípedes Cardoso de Menezes a um amigo presbiteriano que lhe ofertou o folheto "Sete Diferenças Fundamentais entre a Igreja Católica e a Igreja Cristã Evangélica". O Prof. Cardoso de Menezes foi protestante, nascido de pastor protestante; converteu-se ao Catolicismo, tornando-se um expoente notável do pensamento católico nas esferas legislativas e administrativas do Brasil. Conhece, portanto, o protestantismo por experiência pessoal.

A resposta que dirigiu a um amigo presbiteriano vai, a seguir, publicada na sua íntegra muito significativa;([1]); seguir-se-lhe-á breve comentário elucidativo.

1.O TEXTO

Meu caro amigo:

Lamento não dispor de tempo suficiente para conversar longamente com o meu querido amigo sobre "a única coisa necessária", sobre o mais empolgante, o mais palpitante e sempre de todos o mais atual dos assuntos.

Eis por que me limitarei a fazer apenas um ligeiro comentário não do texto, mas simplesmente do título do folheto com que me obsequiou: "Sete diferenças fundamentais entre a Igreja Católica e a IGREJA CRISTÃ EVANGÉLICA".

Se o preclaro autor do folheto se impusesse a tarefa de defender a "Igreja Protestante Presbiteriana", da qual faz parte, assumiria, convenhamos, uma atitude perfeitamente compreensível. Veio a público, entretanto, com a responsabilidade do seu nome ilustre, defender o protestantismo em conjunto, a que deu o nome de... "IGREJA CRISTÃ EVANGÉLICA" — instituição que se não pode atacar nem defender, apenas porque... inexistente.

Realmente, meu caro amigo, não existe uma "IGREJA CRISTÃ EVANGÉLICA". O que de fato existe, a despeito de muito esforço sincero, mas até agora inútil em prol da unidade, são trezentas e tantas agremiações religiosas, oriundas da reforma luterana, e que discordam umas das outras, não apenas em questões secundárias, mas até mesmo no que há de essencial na religião. Senão vejamos: para umas, os sacramentos são veículos da Graça; para outras, simples sinais comemorativos.

Asseveram umas que a Bfblia é infalível e inspirada até mesmo verbalmente; outras, que a Escritura é falível, está cheia de erros, de contradições e não passa de um vasto repositório de fábulas e de "preciosidades" que só interessam aos... folcloristas. Há denominações que, de certo modo, acreditam na presença real de Cristo na Eucaristia; outras que a negam como blasfêmia monstruosa.

Umas condenam como pagão e diabólico o batismo de crianças; outras o defendem, recomendam e praticam como de origem divina. Há também os que rejeitam todo e qualquer batismo e os que não celebram mais a "Santa Ceia" nem mesmo como simples comemoração...

Os protestantes "fundamentalistas" crêem na inspiração da Bíblia, na divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, na personalidade de Satanás, nas penas eternas, nos milagres; os protestantes "modernistas" negam tudo isto.

A "IGREJA CRISTÃ EVANGÉLICA", somando todos os protestantes, teria forçosamente de admitir em seu seio os que aceitam e os que rejeitam o dogma do pecado original. Os que cantam, quase pulando de alegria:

"O sangue de Jesus Me lavou, me lavou"

... e também os metodistas do norte dos Estados Unidos que, negando o dogma da redenção, acabaram riscando do seu hinário todos os hinos que se referiam ao Sangue de Jesus. ... Os que anatematizam a maçonaria por "incompatível com a profissão de fé cristã" e os que, de peito aberto e calça arregaçada, juram nas lojas secretas. Os luteranos e anglicanos que têm altar, imagens, velas, hóstia, confissão, liturgia e também os que se horrorizam com tudo isto.

Como juntar na mesma Igreja os que guardam o sábado e os que guardam o domingo, os que crêem e os que não crêem na imortalidade da alma?

Há protestantes que proclamam o individualismo puro, levando às suas conseqüências lógicas o princípio falso, desagregador e dissolvente do livre-exame; e os que negam na prática o livre-exame e, de certo modo, se "catolicizaram" aceitando símbolos de fé como a Confissão de Augsburg e a Fórmula Concordiae dos luteranos, os Catecismos de Westminster dos presbiterianos, os 39 Artigos anglicanos da Rainha Isabel, os 28 Artigos dos Congregacionalistas, etc., etc., etc.
Há presbiterianos que adotam livros de oração comum, que têm liturgia, e cujos pastores usam vestes talares, como também há presbiterianos que nesse particular preferiram ser tão iconoclastas quanto os batistas, da extrema esquerda.

Quanto as formas de governo eclesiástico, variam extraordinariamente as igrejas dissidentes. Umas têm Bispos e até Arcebispos e Primazes; outras apenas Bispos, presbíteros e diáconos; nalgumas o Bispo é vitalício, noutras não; umas são regidas por pastores, presbíteros e diáconos; outras só por pastores e diáconos; aqui os "presbitérios" e "concílios" têm jurisdição; acolá não passam os "sínodos" e "convenções" de mero laço federativo; há comunidades que admitem pastoras, não celibatárias... outras que instituíram a categoria das diaconisas, celibatárias... e há denominações, como a darbista, que não têm nem bispos, nem pastores nem presbíteros nem diáconos...

Em relação à Cristologia, radical é a divergência entre luteranos e "reformados", que se excomungam reciprocamente. Para os calvinistas, Lutero é papista; para os luteranos, Calvino é apóstata, Zuinglio é falso profeta, "o pai das seitas", e Felipe Melanchton pusilânime e protetor do "diabólico cripto-calvinismo".

Para muitos evangélicos, o dogma da Santíssima Trindade constitui ainda a base do Cristianismo; mas para outros é "pedra de escândalo", "aberração politeísta". E, por absurdo, incrível e impossível que pareça, vivem de mãos dadas unitários e trinitários, considerando secundárias tais diferenças.

De um lado, existem as denominações que levam mais ou menos a sério as questões doutrinárias; doutro, há agremiações como a "Union Church", onde praticamente se admitem todas as doutrinas.

Sintetizando: não há um só ponto em que o protestantismo todo concorde: nem mesmo a respeito da Pessoa adorável de Nosso Senhor Jesus Cristo, que uns dizem que é e outros insistem em que não é CONSUBSTANCIAL COM O PAI. E haverá ponto mais importante, mais fundamental do que este?

E se da soma de todas as denominações surgisse mesmo uma "Igreja Cristã Evangélica", com que "Símbolo de Fé", com que Credo viria à luz?

Não, não é possível existir uma "Igreja Cristã Evangélica". A não ser que seja uma igreja adogmática, sem doutrina, como queria Schleiermacher. Nesse caso, não seria nem Igreja, nem Cristã, nem Evangélica...

Fiquemos hoje por aqui. Pedirei a Nosso Senhor que o ilumine e que o traga ao seio do Catolicismo, onde há "um só Senhor, uma só fé, um só batismo".

Essa nostalgia de unidade que sentem os irmãos separados, e que se reflete até no título do folheto que o amigo me deu, só terá remédio com o retorno à Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica. Nela encontrarão tranqüilidade e paz todos os sedentos de Luz e de Verdade, todos os que aspiram a uma vida de progresso espiritual, de santidade, de união íntima com Nosso Senhor Jesus Cristo.

II. COMENTÁRIO

O Prof. Eurípedes Cardoso de Menezes se refere às diferenças não apenas acidentais, mas essenciais, existentes entre as denominações protestantes; algumas delas já não são cristãs, pois negam a Divindade de Cristo e a SS. Trindade, como fazem as Testemunhas de Jeová, ou têm uma nova Bíblia como o Livro de Mórmon.

De modo especial, o Prof. Cardoso de Menezes se refere à facção protestante antitrinitária ou unitária, pouco conhecida no Brasil, mas existente na Europa e nos Estados Unidos. O seu mentor era Fausto Sozzini (Socinus) de Sena (+1604), que herdou de seu tio Lélio Sozzini (+1562) idéias e escritos inovadores no tocante ao conceito de Deus. Segundo os Socinianos, existe Deus em uma só Pessoa; Cristo é mero homem, mas merece adoração; a morte de Cristo não tem valor expiatório. Os sacramentos são apenas cerimônias venerandas. Fausto Sozzini desenvolveu sua atividade principalmente na Polônia, juntamente com a facção anabatista, infiltrando-se nas comunidades protestantes locais. O centro da nova denominação foi a cidade de Rakow (hoje Kielce), onde Fausto escreveu o Catecismo de Rakow, publicado em 1605, depois da sua morte.

Na Polônia, a Contra-Reforma católica provocou o ocaso das comunidades socinianas, que foi total em 1658. Todavia os socinianos expulsos se transferiram para a Holanda, a Inglaterra, os Estados Unidos e, principalmente, para a Transilvânia (Romênia), onde existe um grupo numeroso de unitários ou antitrinitários.

O Prof. Eurípedes tem em vista também os protestantes do século XX, que julgam poder conciliar a sua fé com o racionalismo, tais como Martin Dibelius, G. Bertram, M. Albertz, Rudolf Bultmann... Baseando-se na tese de Lutero segundo a qual a fé nada tem que ver com a razão, professam a fé fiducial (fé = confiança) luterana e dão plena autonomia à razão, cedendo ao racionalismo ou ao absolutismo da razão. Esse é o racionalismo que afirma ser a Bíblia um livro de ficções, lendas e mitos...

Os protestantes racionalistas são responsáveis pela destruição do caráter sagrado da Escritura, por mais que Lutero a tenha venerado. E, apesar de tudo, são protestantes, porque têm confiança em Deus, que os salva por Jesus Cristo (quem quer que tenha sido Jesus Cristo aos olhos da razão...; pouco importa a figura depauperada de Cristo que o racionalismo ainda concebe, porque o que vale não é o saber grandes verdades, mas é o confiar em Jesus Salvador)!

Mais: se o Prof. Cardoso de Menezes tivesse escrito em época mais tardia, não teria falado de trezentas ou pouco mais denominações protestantes, mas contaria um milheiro ou mais das mesmas... O esfacelamento do protestantismo se deve ao princípio estabelecido por Lutero: a única fonte de fé é a Bíblia lida segundo o livre exame de cada crente em seu íntimo sem atenção a alguma instância exterior...

Cada protestante assim é tido como "hábil" para entender a Bíblia da maneira que lhe pareça mais correta, independentemente da Tradição oral e do magistério da Igreja; da sua leitura tira as conseqüências que julgue oportunas, inclusive o propósito de fundar nova "igreja" dirigida por seu profeta fundador.

[1] O texto é extraído do livro "Aos Irmãos Separados", Editora Santa Maria, Rio de Janeiro, 1948, pp. 95-103.
Fonte:http://www.pr.gonet.biz/kb_frame.php

“Ó, DEUS, NÃO SE ESQUEÇA QUE EU SOU DIZIMISTA FIEL"

Em síntese: O artigo põe em foco um espécime de nova religiosidade, que pretende comprar os favores de Deus. Na verdade, ninguém pode comprar de Deus, pois tudo o que a criatura possui lhe é dado pelo Criador; até a paga do dízimo é graça de Deus. Ver São Paulo, 1 Cor 4, 7.

O jornal FOLHA UNIVERSAL da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), edição de 19/3/06, publica um relato do "bispo" Romualdo Panceiro que merece reflexão, pois é a expressão típica de nova e estranha atitude religiosa. Eis o teor da crônica.

"Ó, DEUS! NÃO SE ESQUEÇA QUE EU SOU DIZIMISTA FIEL" TESTEMUNHO DO BISPO ROMUALDO


Recentemente a Igreja Universal de Guayaquil, no Equador, recebeu a visita do bispo Romualdo Panceiro, que esteve naquele país para fazer reuniões com o povo e os pastores. O bispo estava em um automóvel conduzido pelo pastor Laurindo Pinheiro, responsável pelo trabalho da IURD local. Ambos conversavam sobre a desenvoltura da obra de Deus quando, de repente, tocou o celular. O bispo atendeu e era o pastor Jailson de Oliveira com a seguinte notícia:

'Bispo, eu e minha esposa estávamos a caminho da reunião com o senhor e fomos abordados por um policial. Só eu portava o passaporte, minha esposa o esqueceu em casa. O guarda não quer considerar e estamos aqui detidos e ameaçados de deportação', contou.

Ao ouvir o relato do pastor, o bispo Romualdo respondeu apenas: 'Ligue-me daqui a cinco minutos', desligando em seguida.

- 'Imediatamente, como dizimista que sou, ergui o braço, em que uso a minha fita onde está escrito: 'Ó, Deus! Não se esqueça que eu sou dizimista fie!', e me pus a reivindicar os meus direitos. Orei: 'Meu Deus, envia um anjo lá, agora, para resolver essa situação, pois, como dizimista, eu exijo uma solução. Amém'. Quando terminei a oração, quase que imediatamente o pastor voltou a me ligar muito feliz e disse: 'Bispo, aconteceu algo maravilhoso. Chegou aqui o superior do policial que.os abordou. Ele é uma pessoa muito gentil, nos tratou bem, acolheu a nossa justificativa e nos liberou', contou o pastor. Eu sei que, na verdade, isso foi a resposta de Deus ao meu clamor. Eu durmo com a minha fita de dizimista, tomo banho com ela e não tiro para nada - concluiu o bispo Romualdo'".

COMENTANDO
Proporemos seis observações.

1. Antes do mais, pode-se perguntar se o relato em foco é fidedigno ou merece crédito. É notório que os chefes da IURD recorrem, por vezes, a estórias e encenações fictícias, teatrais, para estimular a adesão do público. Daí ser lícito interrogar se o episódio apregoado é realmente histórico.

2. Considerando agora o conteúdo do relato, verifica-se que não difere do caso do sócio de um clube ou de uma empresa que dissesse ao seu chefe: "Chefe, não esqueça que eu sou sócio e pago pontualmente a minha mensalidade! Assim tenho direitos adquiridos e exijo que sejam observados mediante uma imediata prestação de serviços!". Na realidade o dizimista da IURD julga ter direitos sobre Deus, direitos que ele reivindica e que Deus não pode deixar sem atendimento. Ora tal concepção é falsa. Deus não pode ser coagido a tal ou tal intervenção; ninguém tem direitos sobre Deus, pois a própria paga dos dízimos é dom do Senhor Deus. Diz São Paulo em 1Cor 4, 7. "Que é que possuis que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que haverias de te ensoberbecer como se não o tivesses recebido?" Muito a propósito afirma S. Agostinho que é Deus que em nós coroa seus dons. Como dito, o poder pagar o dízimo já é dom gratuito de Deus. Ninguém se apodera de Deus. O sentido do dízimo não é angariar favores de Deus, mas é a colaboração do cristão com a Igreja na obra de evangelização.

3. A verdadeira piedade não julga que o valor da oração depende do dinheiro que a acompanha, mas sim da fé e do amor do orante. A oração não pode pretender impor determinado comportamento a Deus, mas subordina seu pedido à vontade do Pai, como fazia Jesus no horto das Oliveiras: "Pai, se possível, que o cálice passe sem que eu o beba; faça-se, porém, a tua vontade e não a minha'' (Mt 26, 39).

O cristão não é sócio de um clube ou de uma empresa, mas é membro do Corpo de Cristo que é a Igreja. É este o fundamento de sua confiança no beneplácito do Pai.

4. A fita de dizimista teria valor mágico, profilático, Deus precisaria vê-la dia e noite (até no banho) pendente do pescoço do seu cliente a fim de o atender melhor? Não haveria aí uma forma de superstição ou algo de não cristão? A IURD tem feito singular mistura de elementos cristãos com traços religiosos afro-brasileiros.

5. O dízimo (a décima parte dos rendimentos) é frequentemente inculcado no Antigo Testamento. Tal prática devia lembrar ao povo de Israel que o Senhor lhe havia dado a terra de Canaã, separando-o dos outros povos; reconhecendo isto, os israelitas eram obrigados a levar a décima parte dos bens da terra ao Templo, onde o Senhor habitava. Era, pois, um dever ligado a um povo, uma geografia, uma nação; ver Dt 14, 22s.

Mais ainda: de três em três anos, o dízimo era dado aos pobres e aos levitas de Israel; ver Dt 14, 28-30; Nm 18, 21-32; Lv 27, 30-32. Eis aí outra razão circunstancial para explicara obrigação do dízimo: devia servir aos pobres de Israel, a começar pelos levitas, visto que a tribo de Levi, na partilha da terra de Canaã, ficou sem porção alguma para poder desincumbir-se mais livremente do culto do Senhor. Os levitas e os pobres eram assim contemplados pela legislação do dízimo. Os judeus que não a observassem, desrespeitavam o desígnio de Deus e. contribuíam para o mal-estar de seus semelhantes.

É à luz destas verdades que se deve entender o texto de Ml 3, 6-12. Retornando do exílio babilônico, no século VI a.C, cada um dos repatriados pensava tão somente em seus interesses ou em recuperar os bens que possuía antes do exílio, deixando assim de pagar o dízimo. Não é um texto que possa ser aplicado aos cristãos como o era aos judeus; não pode servir de ameaça ao não pagante nem de marketing para angariar novos dizimistas.
6. Por último, chama-nos a atenção a formulação portuguesa da oração em foco. Deveria ser: "Não se esqueça de que sou dizimista fiel" ou "Não esqueça que sou dizimista fiel".

Dom Estêvão Bettencourt (OSB)

FONTE ELETRÔNICA;


A Babel Protestante e as contradições dos filhos de Lutero

Inicialmente destaco que respeito todas as religiões e sou defensor da liberdade religiosa. Não concordo com ataques a honra e dignidade das pessoas e assim reconheço que é direito de todo e qualquer ser humano aderir a fé, crença e credo que lhe pareça mais conveniente. Feitas as devidas ressalvas, não precisarei nem mesmo citar a doutrina católica para refutar o protestantismo. Pretendo demonstrar que o protestantismo é um religião contraditória em si mesma. Condena-se o protestantismo por seus próprios conceitos e confissões.

1) SÓ A BÍBLIA


– Diz o protestante que tudo está na Bíblia. Se tudo está na Bíblia, deveríamos esperar duas coisas:

a) Seria lícito que a Bíblia se auto definisse como única fonte de revelação. Tal não ocorre. Nenhum texto bíblico afirma que a Bíblia é a única fonte de revelação. Pelo contrário, a Bíblia diz que Jesus fez e disse muitas outras coisas as quais não foram escritas. Pergunta-se ao protestante: Ora, se vós protestantes acham que não devem acolher o que não está escrito na Bíblia, arriscando-se até mesmo a perderem algo que tenha vindo do Senhor Jesus, qual o motivo da vossa crença e fervor no protestantismo ou em Luteros e Calvinos que não podem ser provados pela mesma Bíblia ? E São Paulo ainda recomenda a preservação da tradição e tudo que foi ensinado. E o protestante diz que tradição e transmissão oral não servem para nada.

b) Seria lícito que o próprio protestantismo estivesse definido na Bíblia, pois é o protestante que diz que tudo aquilo que não está na Bíblia deve ser rejeitado. Tão não ocorre.

Curioso é que pela tese protestante, certos estariam os católicos ao rejeitarem o protestantismo já que tal doutrina não encontra amparo bíblico.

Foi o protestante quem se obrigou ao “Só a Bíblia”. É o protestante que deveria exigir para si mesmo textos bíblicos com a definição da própria Bíblia como única fonte de revelação, bem como a definição do Canon, a definição dos livros inspirados, a definição da Bíblia protestante como a mais adequada, a definição do seu tradutor e ainda a definição de que é o protestantismo a religião ou vertente cristã mais adequada.

Eis a grande contradição. Para ser protestante ou assumir o protestantismo gritando “SÓ A BÍBLIA”, o crente tem que sair da Bíblia e dar crédito ao homem que pela própria Bíblia não é digno de confiança.

2) Diz ainda o protestante: “Igreja não salva ninguém”

“Todos podem interpretar a Bíblia com a assistência do Espírito Santo”

“Não é o que pregador diz, mas o que diz a palavra”

“Não há um só homem infalível”

Incorpora o protestante à sua doutrina outras duas crenças:

“Quem aceita Jesus está salvo.”

“Uma vez salvo, sempre salvo.”

Vamos analisar todas estas afirmações.

Se Igreja não salva ninguém, se todos podem interpretar a Bíblia e se não é possível confiar 100% no que o pregador diz, até porque para o protestante não há um só homem infalível, pergunta-se:

Por que criam a cada dia mais e mais denominações se igreja parece ser o fator de menor importância para a salvação do homem ?

Por que fazem cultos se todos já estão salvos e se salvação não pode ser perdida ?

Por que precisam de pastores, templos, cd´s, dvd´s, se todos podem interpretar a Bíblia e se pregador e pregações não são “infalíveis” ?

E se o crente já está salvo e salvação não pode ser perdida, para que servem seus templos, pregadores e mesmo a leitura da Bíblia ?

Se alguém que já foi “salvo” deixar de ir a igreja perderá sua salvação ?

Se salvação não pode ser perdida, faz diferença ir ou não a Igreja ?

Faz diferença ler ou não ler a Bíblia se a salvação já está garantida ?

Alguém perde a salvação se não pagar o dízimo ?

3) INTERPRETAÇÃO CATÓLICA

Se todo e qualquer homem pode interpretar a Bíblia, por que apenas a interpretação católica estaria errada?

Se tudo está na Bíblia e apenas a interpretação católica é que está errada, pedimos a base bíblica que define que todas as interpretações protestantes estão certas e que apenas a interpretação católica está errada.

Pedimos ainda a base bíblica que comprovaria que todo e qualquer protestante conta com a assistência do Espírito Santo na interpretação pessoal da Bíblia e que a mesma assistência não aproveita aos católicos.

Na Bíblia católica lemos que interpretação alguma é de caráter privado (Pedro) e assim “nossas” interpretações nunca estão certas ou erradas, porquanto não nos cabe fazer o que DEUS destinou tão e somente à sua Igreja.

4) DENOMINAÇÕES PROTESTANTES

Sabendo que o Espírito Santo não se divide, perguntamos por que tantas igrejas protestantes com tantas doutrinas divergentes entre si, se todos contam com a assistência do mesmo Espírito Santo em suas interpretações ?

É possível que o Espírito Santo ensine a alguns o batismo e a outros não ? É possível que o Espírito Santo sopre no ouvido de alguém que o divórcio é lícito e para outro diga o contrário ?

5) CONSTANTINO

Diz o protestante que foi Constantino que fundou a Igreja Católica. Assim sendo, na visão protestante, se Constantino fundou uma igreja outros homens também poderiam fazê-lo. Pergunta-se:

Onde está na Bíblia e somente na Bíblia, já que o protestante não admite outra fonte de revelação que, apenas a Igreja de Constantino estaria errada em sua interpretação ?

Aliás, onde está na Bíblia que foi Constantino que fundou a Igreja Católica ?

E se apenas a interpretação da Igreja de Constantino é a única condenável, por que o protestante abraça as teorias “Sola Scriptura” e “Sola Fide” de Lutero, respectivamente, Só a Bíblia e Só a fé, sabendo que o mesmo era sacerdote da Igreja de “Constantino” e aparentemente tão e somente pretendia reformá-la para nela manter-se ?

Tivesse a Igreja de “Constantino” abraçado as teorias de Lutero, de que igreja hoje fariam parte os protestantes ?

Quer dizer que o protestante abraça as teorias e “teologias” de um pretenso reformador da Igreja que ele considera ser a “Grande Babilônia” ?

6) DIVERGÊNCIAS
Como todos sabemos, e isto é fato, existem milhares ou milhões de doutrinas protestantes divergentes entre si. Pergunta-se o motivo pelo qual as divergências com os católicos são tidas como intoleráveis e no sentido inverso por que as divergências entre as milhares de denominações protestantes parecem ser irrelevantes ? Qual a base bíblica para citadas tolerância e intolerância ?

7) HERESIAS

Sabemos ainda que os protestantes atacam uns aos outros como hereges. Basta pesquisar rapidamente na Internet que encontramos acusações de toda a ordem. Não há quem não chamou ou quem não foi chamado de herege por outro protestante.

Pergunta-se: Se todos chamam uns aos outros de hereges e não raras vezes uns condenam as teorias dos outros, e, considerando que todo e qualquer protestante se diz salvo e diz ainda que salvação não pode ser perdida, pergunta-se se está correta a afirmação de que heresia não condena ninguém ao inferno ? Se heresia não condena ninguém ao inferno, por que os católicos “hereges” deveriam tornar-se protestantes ? Então o que salva o homem é o rótulo protestante ?

Como fica assim a afirmação de que placa de igreja não salva ninguém ?

Se apenas as “heresias” católicas são passíveis de condenação ao inferno, e, considerando que o protestante grita “Só a Bíblia”, pergunta-se onde está na Bíblia que as “heresias” católicas e os católicos estão condenados e que as heresias protestantes e suas milhares de interpretações e denominações não trazem quaisquer prejuízos para a salvação ?

Onde está na Bíblia que para ser salvo o cidadão deve “aceitar” Jesus em um templo protestante ?

8) INFALIBILIDADE

Diz o protestante que não há um só homem infalível. Primeiro precisamos esclarecer que o protestante não sabe o que é infalibilidade. Ele confunde infalibilidade com impecabilidade. Mas não falaremos disto. Voltemos ao tema. Se não há um só homem infalível, pergunta-se: Como pretende o protestante convencer o católico de sua doutrina se ele mesmo condena que exista alguém confiável em matéria de fé e doutrina ? Por que o católico deveria lhe dar ouvidos se ele protestante já se definiu como alguém não confiável ?

Antes mesmo de tentarem convencer os católicos a tornarem-se protestantes, não caberia aos filhos de Lutero a definição de uma só doutrina “verdadeira” entre as milhares ou milhões que existem no protestantismo ?

9) PREGAÇÃO

Se cada pessoa pode interpretar a Bíblia por conta própria com a assistência do Espírito Santo, se não há um só homem confiável em matéria de fé e doutrina e se a Bíblia é a única fonte de revelação, o que seria mais interessante para o protestante ?

Pregar para um católico que teoricamente poderia interpretar por conta própria e que não deve dar crédito a um protestante, já que não existe ninguém “infalível”, ou, deveria este protestante entregar ao católico uma Bíblia traduzida pelo “insuspeito” João Ferreira de Almeida para que o mesmo possa conhecer a “verdade” protestante em sua leitura privada com a assistência do Espírito Santo ?

10) LUTERO I
Diz o protestante que Lutero foi um “anjo”. Outros dizem que foi o “escolhido” por DEUS para consertar o que estava errado na Igreja. Nesta hora Constantino desaparece tão rápido como surgiu e a Igreja volta ser a Igreja. Tem protestante até mesmo citando Santo Agostinho ou São Tomás de Aquino. Deixa pra lá. Todavia, sabemos que a maioria não permaneceu com o “anjo”, “enviado” e “ungido” de DEUS. Pergunta-se:

Se DEUS levantou Lutero para consertar os erros da “Grande Babilônia”, por que a maior parte dos protestantes continua fazendo a reforma que DEUS já teria feito ?

Acaso DEUS cometeu falhas na sua reforma ?

Qual a base bíblica para que o protestante dê as costas para o grande “ungido” do Senhor ?

11) LUTERO II

Confrontado sobre Lutero, o protestante muda seu discurso e diz que Lutero foi apenas um pioneiro. Alguém que teria se revoltado contra os “desmandos” da Igreja Católica.

Outros mais debochados dizem que mesmo antes de Lutero já existiam outros grupos semelhantes.

Só não lembram que Lutero estava entre aqueles que condenava tais grupos e contra alguns agiu inclusive com extrema violência.

Mas em geral, acrescentam os protestantes que Lutero cometeu erros, razão pela qual grande parte seguiu Calvino, entre outros “mestres”.

Ora, se Lutero cometeu erros, e, pelo visto Lutero era homem pecador, seria plausível que entre os seus enganos estivessem os apontamentos que fez sobre a Igreja Católica e sobre sua doutrina ?

Se Lutero comete erros, muitos dos quais condenados por outros “reformadores”, por que o protestante confia cegamente nas teorias do “Só a Bíblia” e “Sola Fide” de um pretenso reformador que era pecador, cometia erros e era membro da Igreja de Constantino que seria a grande Babilônia, sabendo ainda que contra este mesmo reformador pesam condenações de outros reformadores ?

12) CATOLICISMO Diz o protestante que a Igreja Católica modificou a doutrina com o passar do tempo. Entretanto, parte dos protestantes diz que a Igreja Católica é dogmática. Nunca muda. Sempre arcaica.

Um outro grupo diz ainda que a Igreja precisa modernizar-se.

Pergunta-se: Seria possível que os protestantes ao menos concordassem nas críticas que fazem ao catolicismo ?

Que todos os protestantes concordam que a Igreja Católica deve ser odiada por todos os protestantes isto todos já sabemos.

Mas será possível que até nas críticas contra a Igreja Católica não podemos encontrar unidade no protestantismo ?

13) INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

Diz o protestante que qualquer homem, com exceção dos católicos, pode interpretar a Bíblia. Ou podemos interpretar ?

De fato, na Igreja Católica, tal como nos ensina a Bíblia, nem todos são mestres ou intérpretes. Para nós apenas a Igreja é coluna e sustentáculo da verdade (Timóteo).

Diz ainda o protestante que todo e qualquer intérprete protestante da Bíblia conta com a assistência do Espírito Santo.

No protestantismo como sabemos, todos são profetas, sacerdotes, ungidos, intérpretes, mestres e super papas, sendo que cada um é infalível para si mesmo, ou seja, cada protestante é infalível em sua doutrina pessoal que agrega Lutero, Calvino, Wesley, pregadores modernos, novidades Gospel, doutrinas pentecostais, doutrinas batistas e especialmente sua interpretação particular da Bíblia. Por vezes até encontramos protestantes citando os pais da Igreja que nesta hora deixa mais uma vez de ser a Igreja de Constantino.
Todos são “infalíveis”. Basta um protestante discordar do outro que já surge o embrião de uma nova denominação.

Contrariado, o protestante que não reúne condições de fundar uma nova “igrejola”, faz beicinho, xinga, briga, larga família, troca de cônjuge e inicia o troca-troca de denominações.

Ao final, cansado da Babel protestante, resolve declarar-se como sendo um “Sem Igreja” ou crente sem rótulo. Contudo, ainda assim, só para não fugir à regra, o crente que não integra qualquer denominação já está salvo e sendo que, esta mesma salvação, não pode nem mesmo ser perdida.

De quebra este “sem igreja” também desenvolverá especial aversão ao catolicismo e muito embora denomine os demais protestantes como hereges ao mesmo tempo se dirá “irmão em Cristo” de todos eles!

Tem hora que o protestante segue a interpretação literal. Assim os protestantes nos exigem provas bíblicas do purgatório e da Assunção de Maria. Desconhece o protestante e infelizmente também grande parte dos católicos que, não estamos obrigados ao “Só a Bíblia” do infernal Lutero. Seguimos, além da Bíblia, o magistério da Igreja, coluna e sustentáculo da verdade e a transmissão oral. Todos tão importantes quanto os outros.

Mas tem hora que o protestante deixa de ser literal e diz que determinada doutrina está implícita. É o caso da própria Trindade que a Igreja Católica sempre ensinou e os reformadores não contestaram e para a tal da Igreja invisível que nem mesmo está implícita e que parece reunir apenas protestantes e evangélicos de quaisquer denominações que tenham levantado o dedo em algum templo ou mesmo seita e que fizeram o favor de a”aceitar” Jesus, pouco importando o Cristo que cada uma delas pregue.
Tem Jesus para todos os gostos e se alguém não gostar de nada é só abrir uma nova “igrejola” e pregar sua própria doutrina atribuindo-a ao verdadeiro Jesus. Hoje em dia é possível constatar nas principais doutrinas protestantes uma infinidade de Jesujes.

Tem o Jesus do aborto, o Jesus do trízimo, o Jesus do débito automático, o Jesus patrocinador, o Jesus da prosperidade, o Jesus da confissão positiva, o Jesus da unção do zoológico e até mesmo o Jesus do evangelho judaizante.

O protestante é literal quando lhe interessa. Quando se trata de algo que não pode provar ele abraça o subjetivismo, o tal do “implícito” e até mesmo descarta a Bíblia que jurou defender para abraçar outras literaturas, em especial, livros de seus pregadores ídolos.
O protestante é literal para nos cobrar o batismo de crianças, por exemplo, mas não é literal para comer da carne de Jesus ou beber de seu sangue!

E mesmo que a Bíblia afirme que a carne de Jesus é verdadeiramente comida e seu sangue verdadeiramente bebida e o próprio Jesus diga ser o Pão da Vida ou o Pão que veio do céu, ou mesmo que ele tenha nos ensinado o Pai Nosso, nestas ocasiões o protestante diz que o “verdadeiramente” da Bíblia é a mesma coisa que o “relativamente” protestante. Ou então dirá que a oração ensinada por Jesus é apenas um método e nada além disto.

A Bíblia diz que a fé vem pelo ouvir. É por isto que nós católicos ouvimos a Igreja, coluna e sustentáculo da verdade. Não por acaso o eunuco da Bíblia pediu explicação. Se tenho que ouvir para ter fé é porque alguém tem que me ensinar.

Mas para o protestante a fé vem principalmente pela sua própria leitura. Lógico. Se o protestante rejeita a Igreja é evidente que a fé dele não poderia vir inteiramente pelo ouvir. O protestante pode até ouvir a teoria de um outro protestante. Mesmo assim esta doutrina aprendida de outro protestante pode vir a ser contestada em futuro próximo, tão logo aquele que excepcionalmente se fez aluno tenha recebido uma outra informação ou tenha feito uma leitura privada da Bíblia ou de outra literatura que de alguma forma tenha lhe transportado para outro “entendimento, naturalmente, sempre superior aos demais.”

Por vezes, até mesmo a condenação de uma determinada doutrina protestante por outro pregador protestante já remete o crente a outro “entendimento” e aquilo que era “verdade” de uma hora para outra passa ser mentira.

O protestante é seletivo na leitura e no ouvir, acatando e descartando textos, pregadores, reformadores e traduções, conforme sua necessidade. O interessante é que o suposto “mentiroso” ou “ignorante” que pregou doutrina espúria e que tenha sido “descoberto” por outro protestante, continua sendo Irmão em Cristo mesmo que a divergência entre os dois protestantes seja colossal.
Vejamos o exemplo, dos pregadores e das seitas que diziam ser sua santidade João Paulo II a besta do apocalipse.

A mesma situação se verifica nas seitas e pregadores que diziam que Jesus retornaria no ano de 2007. Tais “profecias” protestantes não se cumpriram e os pregadores e seitas responsáveis continuam gozando da mesma “confiança”, estima e por vezes gozam de prestígio ainda maior do que antes. E todos continuam sendo “irmãos em Cristo”.

Tem hora que o protestante segue Lutero como no caso do Sola Fide e Sola Bíblia. Tem hora que o protestante rejeita Lutero como no caso da devoção a Virgem Maria e nos sacramentos.

Tem hora que o protestante abraça Calvino. E tem hora que o rejeita como no caso da necessidade da Igreja para a salvação do homem. Tem hora que o protestante usa o grego. Outra hora usa o aramaico e outra hora usa o hebraico. E depois de tudo isto, diz o protestante que qualquer um pode interpretar a Bíblia.

Ora, se a própria Bíblia protestante não define quando se deve ser literal ou quando se deve adotar as teorias dos “implícitos” e “explícitos”, e, se todos precisam conhecer Lutero e Calvino e ainda entender de grego, aramaico e hebraico, é no mínimo repugnante que alguém de fato acredite que todos podem ser mestres e doutores da lei ou que a Bíblia seja de fácil interpretação.

Mas isto é protestantismo, onde nada precisa fazer sentido, onde nada é o que parece ser e tudo que deveria ser não é.

Quem está certo ?
O eunuco da Bíblia que pede explicação porque não consegue entender as escrituras ou o protestante que rejeita tal doutrina ?
Quem está certo ?

O católico que acata o texto bíblico que define a Igreja como coluna e sustentáculo da verdade ou o protestante que não consegue nem mesmo concordar com outro protestante em matéria de fé e doutrina ?

Autor: A. Silva com a colaboração de V.De Carvalho
 
FONTE ELETRÔNICA;