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domingo, 30 de outubro de 2011

LIVROS PERDIDOS CITADOS PELA BÍBLIA

NO ANTIGO TESTAMENTO:
1. Livro das Guerras de Javé: “Por isso se diz no Livro das Guerras de Javé: ‘Assim como fez no Mar Vermelho, assim fará nas torrentes do Arnon. Os rochedos das torrentes se inclinaram, para descansar em Ar, e repousarem sobre os confins dos moabitas” (Num. 21,14-15) .
2. Livro do Justo: “Foi então que Josué falou ao Senhor, no dia em que o Senhor entregou os amorreus aos filhos de Israel. Disse Josué na presença de Israel: ‘Sol, detém-te em Gabaão, e tu, lua, no vale de Ajalão!’ E o sol e a lua pararam até que o povo se vingou de seus inimigos. Não está isto escrito no Livro do Justo? Parou pois o sol no meio do céu, e não se apressou a pôr-se durante o espaço de um dia” (Jos. 10,12-13).
“E (Davi) ordenou que ensinassem aos filhos de Judá o (cântico chamado do) arco, conforme está escrito no Livro do Justo. E disse: ‘Considera, ó Israel, os que morreram sobre os teus altos, cobertos de feridas’” (2Sam. 1,18).
3. Provérbios e Cânticos de Salomão: “Proferiu ele (Salomão) três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco. Discorreu acerca das plantas, desde o cedro que está no Líbano até o hissopo que brota da parede. Também falou dos animais e das aves, e dos répteis, e dos peixes” (1Rs. 4,32-33).
4. Livro dos Atos de Salomão: “Quanto aos demais atos de Salomão, e a tudo quanto fez, e à sua sabedoria, porventura não está escrito no Livro dos Atos de Salomão?” (1Rs. 11,41).
5. Livro das Crônicas dos Reis de Israel: “Quanto ao restante dos atos de Jeroboão, como guerreou e como reinou, está escrito no Livro das Crônicas dos Reis de Israel” (1Rs. 14,19).
6. Livro das Crônicas dos Reis de Judá: “Quanto ao restante dos atos de Roboão, e a tudo quanto fez, porventura não está escrito no Livro das Crônicas dos Reis de Judá?” (1Rs. 14,29).
7. Livro do Profeta Natã: “Os atos do rei Davi, tanto os primeiros quanto os últimos, estão escritos no livro de Samuel, o vidente, no Livro de Natã, o profeta, e no Livro de Gade, o vidente” (1Cr. 29,29).
“Quanto ao resto dos atos de Salomão, dos primeiros aos últimos, porventura não estão escritos no livro da história de Natã, o profeta, e nos livros de Aías, o silonita, e nas visões de Ado, o vidente, acerca de Jeroboão, filho de Nebate?” (2Cr. 9,29).

8. Livro de Samuel, o Vidente: “Os atos do rei Davi, tanto os primeiros quanto os últimos, estão escritos no livro de Samuel, o vidente, no Livro de Natã, o profeta, e no Livro de Gade, o vidente” (1Cr. 29,29).
9. Livro de Aías, o Silonita: “Quanto ao resto dos atos de Salomão, dos primeiros aos últimos, porventura não estão escritos no livro da história de Natã, o profeta, e nos livros de Aías, o silonita, e nas visões de Ado, o vidente, acerca de Jeroboão, filho de Nebate?” (2Cr. 9,29).
10. Livro de Ado, o Vidente: “Quanto ao resto dos atos de Salomão, dos primeiros aos últimos, porventura não estão escritos no livro da história de Natã, o profeta, e nos livros de Aías, o silonita, e nas visões de Ado, o vidente, acerca de Jeroboão, filho de Nebate?” (2Cr. 9,29).
“Quanto ao resto dos atos de Roboão, dos primeiros aos últimos, está escrito nos livros de Semaias, o profeta, e de Ado, o vidente, e diligentemente registrado: ‘houve guerra entre Roboão e Jeroboão durante todos os seus dias’” (2Cr. 12,15).
“Quanto ao resto dos atos de Abias, seu caráter e obras, está diligentemente escrito no Livro de Ado, o profeta” (2Cr. 13,22).
11. Livros de Semaias, o profeta: “Quanto ao resto dos atos de Roboão, dos primeiros aos últimos, está escrito nos livros de Semaias, o profeta, e de Ado, o vidente, e diligentemente registrado: ‘houve guerra entre Roboão e Jeroboão durante todos os seus dias’” (2Cr. 12,15).
12. Livro dos Reis de Judá e Israel: “Mas os feitos de Asa, dos primeiros aos últimos, estão escritos no Livro dos Reis de Judá e Israel” (2Cr. 16,11).
13. Livro dos Reis de Israel e Judá: “Quanto ao resto dos atos de Joatão, e todas as suas guerras e obras, estão escritos no Livro dos Reis de Israel e Judá” (2Cr. 27,7).
14. Livro dos Reis: “O relato dos seus filhos, as muitas sentenças proferidas contra ele e o registro da restauração da casa de Deus, estão escritos diligentemente no Livro dos Reis. E Amasias, seu filho, reinou em seu lugar” (2Cr. 24,27).
15. Anais dos Reis de Israel: “Mas o resto dos atos de Manassés, sua oração ao seu Deus e as palavras dos videntes que falaram-lhe em nome do Senhor Deus de Israel, estão contidas nos Anais dos Reis de Israel” (2Cr. 33,18).
16. Comentários de Jeú, filho de Hanani: “Mas o resto dos atos de Josafá, dos primeiros aos últimos, estão escritos nos comentários de Jeú, filho de Hanani, que observou nos Livros dos Reis de Israel” (2Cr. 20,34).
17. A História de Osias, por Isaías, filho de Amós, o profeta: Mas o resto dos atos de Ozias, dos primeiros aos últimos, foi escrito por Isaías, filho de Amós, o profeta” (2Cr. 26,22).
18. Palavras de Hozai: “A oração que ele (Manassés) fez, como foi ouvido, todos os seus pecados e o desprezo (de Deus), os lugares também em que mandou edificar altos, em que mandou plantar bosques, e colocar estátuas, antes de fazer penitência, encontra-se tudo escrito no Livro de Hozai” (2Cr. 33,19).
19. Livros dos Medos e dos Persas: “Ora, o rei Assuero tinha imposto tributo a toda terra e todas ilhas do mar. Nos Livros dos Medos e dos Persas se acha escrito qual foi o seu podere o seu domínio, a dignidade e a grandeza a que ele exaltou Mardoqueu” (Est. 10,1-2).
20. Anais do Pontificado de João: “O resto dos atos de João, das suas guerras, das empresas que valorosamente se portou, da reedificação dos muros que construiu e de todas as suas ações, tudo está escrito no Livro dos Anais do seu pontificado, começando desde o tempo em que foi constituído sumo-pontífice em lugar de seu pai” (1Mac. 16,23-24).
21. Descrições de Jeremias, o profeta: “Nos documentos referentes ao profeta Jeremias, lê-se que ele ordenou aos que eram levados para o cativeiro que tomassem o fogo, como já foi referido, e que lhe faz recomendações (…) Lia-se também nos mesmos escritos, que este profeta, por uma ordem particular recebida de Deus, mandou que se levassem com ele o tabernáculo e a arca, quando escalou o monte a que Moisés tinha subido para ver a herança de Deus. Tendo ali chegado, Jeremias achou uma caverna; pôs nela o tabernáculo, a arca e o altar dos perfumes, e tapou a entrada. Alguns dos que o seguiam voltaram de novo para marcar o caminho com sinais, mas não puderam encontrá-lo” (2Mac. 2,1.4-6).
22. Memórias e Comentários de Neemias: “Estas mesmas coisas se achavam nos comentários e memórias de Neemias, onde se lia que ele formou uma biblioteca, recolhendo os livros referentes aos reis e profetas, os de Davi e as cartas dos reis respeitantes às oferendas” (2Mac. 2,13).
23. Os Cinco Livros de Jasão de Cirene: “A história de Judas Macabeu e seus irmãos, a purificação do grande templo e a dedicação do altar, as guerras contra Antíoco Epífanes e seu filho Êupator, as manifestações do céu a favor dos que pelejaram pelo judaísmo com valentia e zelo, os quais, sendo poucos, se tornaram senhores de todo o país e puseram em fuga um grande número de bárbaros, recobraram o templo famoso em todo o mundo, livraram a cidade da escravidão, restabeleceram as leis que iam ser abolidas, graças ao Senhor que lhes foi propício com evidentes provas da sua bondade, tudo isto, que Jasão de Cirene escreveu em cinco livros, procuramos nós resumir num só volume”.

NO NOVO TESTAMENTO:

1. A Epístola Prévia de Paulo aos Coríntios: “Por carta vos escrevi que não tivésseis comunicação com os fornicadores; não certamente com os fornicadores deste mundo, ou com os avarentos, ou ladrões, ou com os idólatras; doutra sorte deveríeis sair deste mundo. (1Cor. 5,9-10).
2. Epístola de Paulo aos Laodicenses: “Saudai os irmãos que estão em Laodicéia, e Ninfas e a igreja que se reúne em sua casa. Lida que for esta carta entre vós, fazei que seja lida também na Igreja dos Laodicenses; e vós, lede a dos laodicenses” (Col. 4,15-16).
3. A Profecia de Enoque: “Também Enoque, o sétimo patriarca depois de Adão, profetizou destes, dizendo: ‘Eis que vem o Senhor, entre milhares dos seus santos, a fazer juízo contra todos, e a argüir todos os ímpios de todas as obras da sua impiedade, que impiamente fizeram, e de todas as palavras injuriosas, que os pecadores ímpios têm proferido contra Deus’” (Jd. 1,14-15).
4. [A Disputa pelo Corpo de Moisés: "Quando o arcanjo Miguel, disputando com o demônio, altercava sobre o corpo de Moisés, não se atreveu a proferir contra ele a sentença da maldição, mas disse somente: 'Reprima-te o Senhor'" (Jd. 1,9)].

FONTE ELETRÔNICA:

A VIRGEM MARIA MORREU OU NÃO?

A morte mais duvidosa da História
Esta crença formou-se a partir de três passagens das Sagradas Escrituras, nas quais se diz expressamente que a morte entrou no mundo por culpa do pecado de Adão e Eva.
Esses textos encontram-se no livro do Genesis (cap. 3), no da Sabedoria (2,23-24) e nas cartas de Paulo (Rm 5,12; 1 Cor 15,21).
Se isto é assim – diziam – então, antes de aquele pecado ter sido cometido, as pessoas eram todas imortais e gozavam no Paraíso terreal de imunidade perante a dor, a doença e a velhice. Ora bem, os homens perderam a imortalidade com o pecado. Mas a Virgem Maria, ao ser a única criatura no mundo que nunca cometeu pecado, não devia morrer. E por isso, concluíam, deveu passar diretamente da vida terrena para a vida eterna.
O silêncio do Papa
Esta opinião dividiu os estudiosos católicos durante muito tempo, pois outros acreditavam expressamente que a Mãe de Deus tinha morrido, uma vez que tal é a condição normal de todo o ser humano.
Quando em 1950 o Papa Pio XII declarou o dogma da “Assunção de Maria”, isto é; Maria foi levada por Deus em corpo e alma aos céus, houve grande expectativa entre teólogos pois pensaram que seria também esclarecida a questão da sua morte.
Contudo nessa ocasião, o Pontífice disse: “Declaramos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe Deus, terminado o curso da sua vida terra, foi levada em corpo e alma à glória do céu.” Com isto deixou o problema sem resolver, pois não explicou se foi levada depois de morrer, ou sem que tivesse morrido.
Foi finalmente João Paulo II quem, em 1997, numa das suas catequeses semanais pronunciou sobre esta controvérsia teológica, manifestando que de fato a Mãe morreu, e que por isso experimentou na sua própria carne o drama da morte, como toda criatura humana.
Contra a tradição da Igreja
O Papa justificou a sua afirmação com três razões.
A primeira, porque toda a tradição da Igreja sustentou sempre que Maria foi levada ao céu depois de morrer. De fato, desde os primeiros séculos cristãos encontramos figuras de renome como Santo Epifânio Santo Ambrósio (+397), São Jerônimo (+420), Santo Agostinho (+430), São João Damasceno (+749), Santo Anselmo (1109), São Tomás de Aquino (+1274), Santo Alberto (+1280), São Bernardino de Sena (+1444) e uma longuíssima lista de escritores eclesiásticos, que sustêm, de um modo claro e terminante, a morte da Virgem. Só a partir XVII começa a aparecer a opinião da imortalidade corporal de Maria. Por isso, os que sustentam que Maria não teria morrido, opõem-se à tradição da Igreja.

A segunda, porque pensar que a Virgem Maria não morreu é outorgar-lhe um privilégio que a colocaria acima do seu próprio Filho, uma vez que Jesus Cristo também não teve pecado e, contudo, morreu. Porque não havia, pois, de morrer a sua Mãe?
A terceira, porque para ressuscitar é necessário, antes, morrer. Sem a morte prévia é impossível a ressurreição. Ora bem, se Maria não tivesse morrido, como teria podido ressuscitar? Como teria podido ir ao encontro de seu Filho e de todos os santos, que primeiro morreram e depois ressuscitaram?
Uma biologia inalterável. Por tudo isso, conclui o Papa, Maria de Nazaré morreu, apesar de não ter tido pecado. Para esclarecer isto, devemos agora recolocar-nos a questão da qual derivou toda esta contenda. Se Adão e Eva também não tivessem pecado, tal como Maria, teriam sido imortais? No Paraíso terreal a humanidade vivia livre do drama da morte, antes do pecado original?
Hoje os exegetas sustentam que não. Dizem que, com pecado ou sem pecado, a morte teria existido na mesma. Afirmam que aquela primeira falta cometida por Adão e Eva não alterou em nada a biologia do reino vegetal, animal e humano.
E que toda esta crença na imortalidade humana se deveu a uma interpretação literalista, e por isso mesmo errônea, dos textos bíblicos mencionados anteriormente. Com efeito, se os analisarmos agora cuidadosamente, veremos que em nenhum momento eles afirmam semelhante idéia.
O primeiro texto é de Gênesis 3,1-19. Ali se relata como, quando Deus criou Adão e Eva, os colocou no Paraíso terrenal, com uma proibição: não comer da árvore da ciência d bem e do mal plantada no meio do jardim. Contudo, eles, tentados pela serpente, não acolheram as ordens de Deus e comeram fruto. Então Deus, ao comprovar a desobediência, marcou-os com uma série de castigos começando pela serpente, seguindo pela mulher e terminando com o homem.
A pena de morte dada por Deus
Analisando os castigos impostos por Deus, veremos que todos estão enunciados mesma forma, isto é, em forma imperativa própria de quem emite uma ordem.
À serpente disse (v.14-15):
serás maldita entre todos os animais;
rastejarás sobre o teu ventre;
alimentar-te-ás de terra;
serás inimiga da mulher
À mulher disse (v.16):
aumentarei os sofrimentos da tua gravidez
entre dores darás à luz os filhos;
procurarás apaixonadamente o teu marido
mas ele te dominará.
E ao homem disse (v. 17-19):
maldita seja a terra por tua causa;
tirarás alimento dela com penoso trabalho;
ela produzir-te-á espinhos e abrolhos;
comerás a erva dos campos;
comerás o pão com o suor do teu rosto.
Depois de tudo isto, Deus acrescenta: “Até que voltes â terra de onde foste tirado, porque tu és pó e ao pó voltarás” (v.l9).
Como podemos ver, esta frase “até quê voltes â terra de onde foste tirado” não faz, parte dos castigos impostos por Deus. É uma simples informação que Ele dá a Adão sobre quanto tempo terá que sofrer esses males; até que regresse ao pó, quer dizer, até que chegue a morte, que se dá subentendida.
Portanto, em Gn 3 a morte não é um castigo imposto por Deus, mas algo que se pressupõe. O autor sagrado, com esta expressão, entende que, antes do pecado, a morte já era o fim do homem, e que os novos castigos deverão ser sofridos até que essa morte aconteça.
Adão e Jesus Cristo
A terceira vez que encontramos esta idéia é nas cartas de São Paulo. Escrevendo aos Romanos, o Apóstolo diz-lhes: “Por um só homem entrou o pecado no mundo. E pelo pecado entrou a morte. E assim, a morte alcançou a todos os homens, porque todos pecaram” (5,12).
Mais adiante, reitera na mesma carta: “E assim como o pecado de um só [Adão] trouxe sobre todos os homens a condenação, assim também a justiça de um só [Jesus Cristo] trouxe a todos os homens a justificação que dá a vida” (5,18).
Como vemos, Paulo estabelece uma comparação entre Adão (o primeiro homem de toda a humanidade) e Cristo (o primeiro homem da nova humanidade). E afirma que, se por um lado a morte entrou no mundo através do pecado de Adão, Cristo veio reparar essa tragédia trazendo o perdão e a nova vida. Ora bem, qual é a nova vida que Jesus Cristo trouxe ao mundo para reparar a perdida por Adão?
Não é, evidentemente, uma nova vida biológica. Os homens não têm um melhor funcionamento físico graças à vinda de Jesus Cristo. Então, também a provocada pelo pecado de Adão não foi uma morte biológica.

Para a Bíblia, o mais natural

Estas são as únicas vezes em que a Bíblia afirma que a morte entrou no mundo pelo pecado. E como vimos, em nenhuma delas se refere à morte biológica. Por isso hoje os biblistas já não aceitam a idéia da imortalidade corporal antes do pecado original.
Mais ainda. Se analisarmos as outras vezes em que na Bíblia se fala da morte, subentende-se que esta existe como algo normal, que faz parte do ciclo natural do ser humano, e que mais cedo ou mais tarde todo o indivíduo a deve experimentar pelo simples fato de ser humano.
Nunca vemos que ninguém se rebele contra ela, nem que se lamentem de que tão horrorosa realidade tenha aparecido por culpa de uni primeiro par humano.

Assim, lemos que:
o todos partirão deste mundo sem possibilidade de regressar (2 Sm 12,23);
o fomos formados com o barro e algum dia voltaremos ao pó (1h 10,9);
o nenhum ser humano poderá “viver sem ver a morte” (SI 89,49);
oé inevitável ter que ir “pelo caminho de todos” (Js 23,14);

o “quando morremos, somos como a água que, uma vez derramada na terra, não mais se pode recolhe” (2 Sm 14,14);
o tanto aos sábios como aos insensatos, “a todos eles espera a mesma sorte” (Ecle 2, 14);
o no que se refere à morte, “é o mesmo o destino dos homens e o destino dos animais; um mesmo fim os espera. Como a morte de um, assim é a morte de outro” (Ecl 3,18).
Portanto, na Bíblia a morte aparece como um passo iniludível e forçoso. Vida e morte formam parte do ciclo normal do destino humano. Por isso a morte é sempre aceita, sem discussão nem especulações possíveis acerca do que poderia ter acontecido no caso de não ter existido o pecado.
A “morte” que entrou com o pecado
Esclareçamos agora qual foi a morte que apareceu no mundo por culpa do pecado. Atualmente, os teólogos ensinam que, ao contrário do que antes se julgava, não se trata da morte “biológica”, mas da morte “psicológica”.
O que é a morte psicológica? No caso de os seres humanos não terem pecado, a morte física teria igualmente existido, mas não seria experimentada como algo aterrador e desesperante. O homem e a mulher teriam podido enfrentá-la com a paz e a alegria dos amigos de Deus.
A morte teria sido uma simples viagem, uma partida feliz e agradável, um passo jubiloso rumo ao encontro com o Senhor, uma despedida momentânea de familiares e conhecidos, com a garantia de que em breve voltariam a encontrar-se de um modo mais pleno e perfeito.

Mas, a partir do pecado, nublou-se nos a vista. Deixamos de ver a morte como um passo feliz em direção à vida com Deus, e começamos a vê-la como verdadeira “morte”, isto é, como algo pavoroso e traumático, que nos angustia e acabrunha, que nos acossa em cada momento da vida, e no qual soçobram todas as esperanças e as ilusões humanas, porque já não sabemos bem o que nos espera do outro lado nem como será o além.
Essa é a morte “psicológica”. Essa é a morte que apareceu com o pecado. O poeta francês Charles Péguy disse-o com uma intuição genial: “Aquilo que a morte foi a partir desse dia, antes não era mais do que uma partida natural e tranqüila.”
O novo rosto da morte

Por não termos entendido isto, acreditamos que a Virgem Maria foi preservada da morte corporal. Como se esta, em si mesma, fosse um castigo ou um “defeito de fabrica” quando, na realidade, o mal está no modo como ela é experimentada.
Com a vinda de Cristo, a morte “psicológica” foi vencida. Quer dizer, perdeu o seu caráter horroroso e trágico e voltou a recuperar o seu rosto anterior. Com Cristo, o homem recuperou a possibilidade de vê-la como ela era num princípio: um sereno encontro de amigos íntimos.
Por isso São Paulo fala dela como de um adormecer em Cristo (1 Cor 15,18); e diz: “preferimos exilar-nos do corpo, para irmos morar junto do Senhor” (2 Cor 5,6); pois, para ele, “viver é Cristo e morrer, um lucro” (F1 1,21).
Desde então, milhares e milhares de cristãos ao longo da História enfrentaram a morte com tranqüilidade e alegria. E por isso, quanto mais próxima estiver uma pessoa de Deus, menos temor sente perante a morte.
Porque sabe que esta já não é “morte”, mas uma luminosa saída ao encontro do abraço final e eterno com o Deus do Amor. Jesus Cristo já arrancou à “morte” a sua máscara aterradora. De nós depende voltar a entendê-la como era antes. Para que a futura possibilidade da sua vinda, que a todos nos espera, não amargue, nem angustie, nem entristeça o tempo da espera.
Com razão diz o livro do Apocalipse: “Felizes os que de agora em diante morrem em união com o Senhor” (14,13).

FONTE ELETRÔNICA:

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

VEJA PORQUE MARIA É A MÃE DE DEUS

A MARIA NOSSA SENHORA

A Minha Conversão à Católico (Português)

Riquezas da Igreja Católica

O pecado da impureza (luxúria)

Fornicação é sexo fora do casamento

A gravidade do pecado da impureza, também chamado de luxúria, é que “mancha um membro de Cristo”. “Ora, vós sois o corpo de Cristo e cada um de sua parte, é um dos seus membros” (1Cor 12,27).
"Assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um dos outros" (Rom 12,5).

Deus quis salvar a humanidade em corpo, formando o Corpo de Cristo, de modo a “restaurar todas as coisas em Cristo” (Ef 1,10).
Quando eu cometo um pecado de impureza, não sujo apenas a mim mesmo, mas também o Corpo de Cristo, do qual sou membro. É neste sentido que São Paulo alertava os fiéis de Corinto sobre a gravidade desse pecado: “Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo?” (1Cor 6,15). Note que o apóstolo enfatiza os “corpos”, isto é, a realidade do corpo místico de Cristo não é apenas espiritual, mas também corporal. Sem os nossos corpos não haveria a impureza.

"Tomarei, então, os membros de Cristo e os farei membros de uma prostituta? Ou não sabeis que o que se ajunta a uma prostituta se torna um só corpo com ela?" (1Cor 6,16). Está escrito: "Os dois serão uma só carne" (Gen 2,24).

Vemos que para o apóstolo entregar-se à prostituição é o mesmo que prostituir o corpo de Cristo. Esta é uma realidade religiosa da qual ainda não tomamos ciência plena, ou seja, toda vez que eu peco o meu pecado atinge todo o corpo de Cristo. Esta é uma das razões pela qual nos confessamos com o ministro da Igreja, para nos reconciliarmos com ela [Igreja], que foi manchada pela nossa falta.
O que levava São Paulo a pedir aos coríntios entre os quais havia este problema: "Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo" (1Cor 6,18).

Fornicação é sexo fora do casamento para não casados.

É preciso entender que nós não apenas “temos” um corpo, mas “somos” um corpo. Nossa identidade está ligada ao nosso corpo; ela é fixada pela nossa foto, impressão digital ou código genético (DNA). Portanto, o pecado da impureza agrava-se à medida que, mais do que nos outros casos, envolve toda a nossa pessoa, corpo e alma. E o apóstolo nos mostra que o Espírito Santo não habita apenas a nossa alma, mas também o nosso corpo; daí a gravidade da sua profanação.

“Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo que habita em vós, o qual recebestes de Deus, e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço” (1Cor 6,19).

Como disse São Pedro: "não fomos resgatados a preço de bens perecíveis, prata e ouro, mas 'pelo precioso sangue de Cristo'" (1Pe 1,18), para pertencermos a Deus, no corpo de Cristo.
É importante notar que São Paulo ensina que devemos dar glória a Deus com o nosso corpo. Ele diz: “O corpo, porém, não é para a impureza, mas para o Senhor e o Senhor para o Corpo: Deus que ressuscitou o Senhor, também nos ressuscitará a nós pelo seu poder”. (1Cor 6,13).

“Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo” (1Cor 6,20).

Nosso corpo está destinado a ressuscitar no último dia, glorioso como o corpo de Cristo ressuscitado. São Paulo diz aos filipenses sobre isto:
“Nós, porém, somos cidadãos dos céus. É de lá que ansiosamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará nosso mísero corpo tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso...” (Fil 3,20)
Nosso corpo glorificado dará glória a Deus para sempre, assim como os corpos de Jesus e Maria já estão no céu.
Isto explica a importância do nosso corpo, que levava Paulo a dizer aos coríntios: “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá, porque o Seu templo é sagrado - e isto sois vós” (1Cor 3,16-17).

Quantas pessoas destruíram a si mesmas, porque destruíram os seus próprios corpos! O desrespeito ao corpo, seja pela impureza, pelos vícios ou imprudências compromete a integridade e a dignidade da pessoa toda que é templo de Deus.
Jesus foi intransigente com o pecado da impureza. No Sermão da Montanha, marco dos seus ensinamentos, Ele disse: “Todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração” (Mt 5,27-28). Jesus quer assim destruir a impureza na sua raiz, isto é, no coração dos nossos pensamentos. “Porque é do coração que provém os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as impurezas, os furtos, os falsos testemunhos, as calúnias” (Mt 15,19).

Para viver a pureza há, então, que estarmos em alerta o tempo todo, como recomendou o Senhor: “vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26,41).

Todos nós já pudemos comprovar como é fraca a nossa carne, a nossa natureza humana, enfraquecida pelo pecado original. Portanto, não nos resta outra alternativa para prevenir a queda, senão, vigiar e orar.
Nunca, como em nossos dias, foi tão grande o pecado de impureza. De forma acintosa, ele aparece nas músicas, nas TVs, nas revistas, jornais, filmes, cinemas, teatros etc. Estamos sendo invadidos por um verdadeiro mar de lama que traz a imoralidade para dentro dos nossos lares, sem respeitar nem mesmo crianças e velhos.
A exploração comercial do sexo atingiu níveis assustadores, colocando o ser humano, especialmente a mulher, no mais baixo nível de dignidade.
Será que Deus pode ficar indiferente a uma situação desta? Será que a própria natureza humana pode deixar de reagir contra tanta bestialidade que hoje se pratica sob as câmeras de TVs? É difícil dizer não.

O ato sexual é a “liturgia” do amor conjugal, sua maior manifestação. No ápice da sua celebração, o filho é gerado como a verdadeira encarnação do amor dos pais; e por isso, a Igreja não aceita que o filho seja gerado sem a participação dos próprios pais, num ato sexual. Sem amor e compromisso, o sexo torna-se vazio, perigoso e banal. São Paulo ensinava aos coríntios: “A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa” (1Cor 7,4).

Note que o apóstolo fala em “mulher e marido”, não em namorados, noivos ou amigados. O Catecismo diz que: “Os noivos são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação, eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus”. (§ 2350).

A união dos corpos só tem sentido quando existe a união prévia dos corações e das almas, de maneira sólida e permanente, como se dá no casamento. O Catecismo da Igreja nos ensina que a vida sexual é legítima e adequada aos esposos: “Os atos com os quais os cônjuges se unem, íntima e castamente, são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (CIC,2362; GS,49).

São terríveis as consequências da vida sexual antes ou fora do casamento: adolescentes grávidas, sem o mínimo preparo para serem mães; pais solteiros, filhos abandonados e “órfãos de pais vivos”, abortos, adultérios, destruição familiar, doenças venéreas, AIDS etc.
O sexo é belo, mas fora do plano de Deus é um desastre, explode como uma bomba atômica.
Foto
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

RESPOSTA CATÓLICA: OBJETOS QUE CURAM

Entre os ataques que recebemos aos Católicos um deles é que nós nos entregamos a superstições e práticas idolátricas quando cremos que certos objetos tem poderes especiais, tais como a agua de Lourdes, as relíquias, as imágens..etc diante de tal situação nos apresentam a Biblia em nossos nariz e nos dizem ISSO NÃO É BIBLICO!!!!!!!
Diante estes embates nós, pobres católicos nos fugimos como animais correndo de pedradas (pedradas Bíblicas, por sinal). O que existe de certo nisso? A Bíblia condena estes objetos? Qual deve ser nossa resposta?
Primeiramente, temos que fazer uma profissão de Fé, Cremos juntamente com a Igreja que somente Deus é a fonte de poder, que somente Deus é a fonte de salvação, que somente Deus merece Adoração.
Que adorar a criatura em lugar do criador é pecado abominável de idolatría e que Deus a quem adoramos e rendemos nossa vontade é o Deus de Israel, revelado por Jesus o Senhor e entronizado em nossa vida por meio do Espírito Santo. Longe de condenar estes traços da Piedade Popular Católica para surpresa e espanto de nossos irmãos “do outro lado” podemos mostrar que todas estas práticas estão na Biblia e nela tem sua procedÊncia.
A ÁGUA DE LOURDES: Lourdes é uma pequeno povoado pirineica onde a Santíssima Virgem Maria apareceu a uma criança chamada Bernardette e entre varias mensagens de conversão e de oração pediu que escavassem a terra onde surgiu um manancial onde até hoje surge água comúm sem cessar um minuto, desde essa época então centenas de pessoas foram curadas ao submergirem-se nestas águas. Idolatría!!!!!! clamam nossos irmãos protestantes.
O que lhes contestar? Antee de mais nada devemos leva-los a II Reis 5, 14 onde vemos Naamã banhando-se nas aguas do Jordão por indicação do Profeta Eliseo e sendo curado:
“Naamã desceu ao Jordão e banhou-se ali sete vezes, como lhe ordenara o homem de Deus, e sua carne tornou-se tenra como a de uma criança.”
Também o Evangelho de São João 5, 4 nos narra como que em Israel da Biblia as pessoas se banhavam em uma piscina (tal como em Lourdes) e eram curados pelo contato das águas, vejamos:
“[Pois de tempos em tempos um anjo do Senhor descia ao tanque e a água se punha em movimento. E o primeiro que entrasse no tanque, depois da agitação da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse.]”
Como vemos nossa prática de piedade de Lourdes tem o mais puro antecedente Bíblico, definitivamente ninguém ousaria classificar o Profeta Elíseu de “Idólatra” ninguém de seus contemporâneos pensou que nesta cura pela água do Jordão de Naamã pairava a Gloria de Deus, mais bem se dava…….Gloria a Deus que Lourdes é a herdeira do Jordão de Elíseo.
AS RELIQUIAS DOS SANTOS. Este é outro ponto de espanto e anseios iconoclasta de nossos irmãos protestantes. Desde a época dos Mártires (todos eles católicos pois não havia outra Igreja existente nessa época) a Igreja dá uma reverencia especial a esses corpos que serviram em seu momento de testemunho e fidelidade a Jesús e seu Evangelho, mais tarde esta reverência foi dado também aos corpos dos Santos que em seu momento foram ungidos no Batismo como morada do Espírito Santo e que atualmente louvam ao Cordeiro diante do Trono de Deus..Assim surgem as Reliquias que existen em algumas de nossas Igrejas e que muitos fiéis atribuem curas milagrosas. HORROR!!!!!!!!! dizem nossos irmãos protestantes, “isso se não é Bíblico, é……. babilônico!!!!” Pois bem queridos irmãos, preparem para abrir suas Biblias versão Reina Valera e busquem II Reis 13, 21, que diz assim:
“Ora, aconteceu que um grupo de pessoas, estando a enterrar um homem, viu uma turma desses guerrilheiros e jogou o cadáver no túmulo de Eliseu. O morto, ao tocar os ossos de Eliseu, voltou à vida, e pôs-se de pé.”
Pois bem, o que lhes parece? O mesmo Elíseu que nos ajudou a demonstrar a Escrituricidade da Água de Lourdes nos serve para autenticar as reliquias, será que Elíseo era Católico? Pode-se acusar um profeta com o espírito do Profeta Elias de Idólatra? A Biblia condena que os ossos de Elíseu não somente cura, mas reviveu um morto? Mas é claro que não!! Eis aqui o antecedente e a justificação Bíblica de nossas reliquias se bem os ossos de Elíseu não estaam expostos a veneração, ninguém pode negar que tinham a virtude da cura.
IMAGENS MILAGROSAS. Em seu empenho por resgatar nossas almas da “babilônia” estes bons irmãos rasgam as vestes diante da situação de que alguns Católicos, geralmente humildes do povo, creem que pela oração feita a DEUS diante de uma imagem pode-se curar.
ESPANTO exclamam irados, a Igreja está cheia de idólatras rezadores de imágens de madeira…O que dizer? Pois os remetemos de Números 21, 9 neste episodio Bíblico o Senhor Adonai manda serpentes que mordíam Israel por seus pecados e estes morriam, o povo recorreu a Moisés e este a Deus, no qual lhe disse:
“e o Senhor disse a Moisés: “Faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo.” Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a vida.”
Pois aqui está! Nada mais e nada menos que o mesmo Senhor manda fazer uma imagen de “algo que caminha sobre a terra” o Senhor contradiz o mandado dado por Ele no Sinaí? Mais ainda, manda que olhe a esta imagem, a Biblia e o mesmo Senhor asseguram que aquele que olhava a imagem era curado.
Alguns irmãos rebaterão dizendo que esta serpente era prefiguração de Cristo na cruz, muito Teológico, mas também muito desacertado. Isso sabemos eu e você, tres mil anos depois para o Israelita do Deserto era somente olhar uma imagem que curava. Sabemos que esta serpente foi destruida muitos anos depois pois os Israelitas colocaram o nome de Nejsutan e a converteram em deus.
Nós Povo Católico sabemos muito bem que SOMENTE EXISTE UM DEUS , que o Espírito e que a Ele somente se dá a adoração, é de preocupação da Igreja fazer chegar esta mensagem ao Povo, mas temos um antecedente Bíblico muito claro de que existe imágens nas quais Deus derrama seu poder e não temos dúvidas, nem nos faltam versículos bíblicos.
TOCAR O MANTO DE ALGUMA IMAGEM, ALGUMA PEÇA PERTENCENTE DE UM SANTO E SER CURADO.
Este é outro ponto de disputa com nossos irrmãos protestantes, nos acusam de “tocar” imágens e mantos o mesmo que outras peças de pessoas santas, coisa que parece demasiadamente babilônicas para eles, é uma pena pois temos base bíblica, e muito proximo a eles para afirmar que o Senhor utiliza estes objetos para curar. Se trata nada menos que de São Paulo o quase-primeiro papa dos Evangélicos…ele diz em Atos 19,12
“Deus fazia milagres extraordinários por intermédio de Paulo, de modo que lenços e outros panos que tinham tocado o seu corpo eram levados aos enfermos; e afastavam-se deles as doenças e retiravam-se os espíritos malignos.”
Aqui temos e bem claro, um pedaço de pano pertencente a São Paulo que curava aos enfermos a quem se aplicava…Será que São Paulo era um babilônico? Não creio, Paulo era um servo extraordinario de Deus que haveria detido esta prática se tivesse visto algo maléfico para a Fé em seu amado Jesús.
Querido irmão, devemos ter claramente que somente Deus é fonte de poder e digno de louvor, mas não podemos descartar a piedade simples de nossos irmãos mais pequenos que com Fé e devoção esperam pela misericordia de Deus em Lourdes, beijando uma reliquia, orando diante a estatua do Padre Pio ou tocando o manto da Virgem, essas práticas estão avaliadas e testificadas na Biblia.
Deus olha a intenção e o coração dos que a Ele recorrem com Fé e a alguns nos cura e nos converte com o poder do Espírito Santo e a outros por meio de uma reliquia. É este mesmo Deus que falou aos Magos por meio de uma estrela e aos Pastores por meio de um Anjo, a ambos lhes falou com sinais que entendiam … o mais importante é a mensagem.
Portanto não nos deixemos enganar; deixemos que Deus nos cure como Ele quer e não nos privemos de sua cura escutando a charlatões que carecem de fundamento e autoridade bíblica para fazer-lo. Uma imagem movida por Deus tem mais poder que um charlatão movido pela soberba de dizer possuir toda a verdade.

FONTE ELETRÔNICA:

O que diz a Bíblia sobre a Igreja ?

1. Cristo deixou muito claro que a unidade dos cristãos deveria ser semelhante à sua unidade com o Pai e que por essa unidade o mundo deveria crer.
2. A Igreja teria uma hierarquia muito bem definida: apóstolos, entre eles Pedro, o primeiro, e logo os bispos e anciãos (presbíteros).
3. A Igreja adotaria um sistema de análise chamado Conciliar, tal como se vê em Atos 15, com o particular fato de que Pedro iniciou os debates sobre os temas em pauta naquele Concílio. Além disso, as disposições do Concílio eram de aceitação obrigatória por toda a Igreja.
4. Os apóstolos eram intolerantes com aqueles que causavam divisões. Encabeçados por Paulo, que teve que se deparar com os “denominacionalismos” de Corinto (1Cor 1, 10-13).
Também ele deu a Tito uma ordem bem clara sobre o que ele deveria fazer com aqueles que causassem divisões.
Deveria admoestá-los primeiro e depois expulsá-los da Igreja, porque se haviam pervertido (Tt 3, 10-11). Judas (Jd 19) afirma que os que causam divisão não possuem o Espírito.
E, digamos alto e claro, o apóstolo João mostra em 1Jo 2, 18-19 que os que saem da Igreja são anti-cristos, ainda que alguns queiram interpretar este versículo de uma forma mais suave.
É evidente que um sistema religioso que afirma aceitar inteiramente o Cristo e todo o seu ensinamento, mas que leva em sua essência o vírus mortal da divisão do corpo de Cristo, somente pode ser definido como anti-cristo.
Não há justificativa alguma para o fato de que o protestantismo tem sido absolutamente incapaz de manter uma unidade eclesial interna minimamente respeitável.
Quando os protestantes se insurgem em apontar, com seus tratados e comentários bíblicos, os erros doutrinários do catolicismo, não se dão conta de que a simples existência de uma miríade de denominações protestantes independentes umas das outras é, nos seus olhos, uma trave de proporções apocalípticas.
Parece forte dizer isso, mas a verdade é que o protestantismo é a negação de Cristo desde o momento em que, na prática,nega a existência de uma só Igreja de Cristo, com uma só fé, com um só batismo e um só credo.
E, negando a existência dessa Igreja, que é o corpo de Cristo, está negando o próprio Cristo, ainda que inconscientemente. Ponto final!


Se o protestantismo tivesse a capacidade de ter-se organizado em uma só denominação, poderíamos hoje contemplar a reforma a partir de um prisma totalmente diferente.
Porém, a reforma não foi o que pretendia ser, senão o maior levante de aniquilação da Igreja, com a desculpa de uma verdadeira mudança.
Aproveitaram da fraqueza da Igreja da época para tentar destrui-la por completo, mas, graças a Deus, foi na fraqueza que a Igreja despertou com força para novos desafios, ainda que lhe custasse muito recuperar o que havia perdido com a corrupção interna e os desajustes doutrinais e externos.
Para finalizar, ainda me caberia verificar muitas das ramificações desse desastre que é o protestantismo para a cristandade, mas me contentarei em assinalar pelo menos algumas poucas incoerências da agressiva dinâmica dialética que os protestantes usam contra a Igreja Católica:
1. Os protestantes rejeitam a Igreja Católica por não se basear somente na Bíblia.
A verdade é que eles, que dizem basear-se somente na Bíblia, não conseguem chegar a um acordo sobre doutrinas como a Eucaristia, sacramentos, organização eclesial, doutrinas da graça e salvação (calvinismo e arminianismo), etc., etc., etc.
2. Os protestantes atacam a Igreja Católica por valorizar o papel da Tradição, mas eles mesmos são escravos de suas próprias tradições interpretativas da Palavra de Deus. e, ainda por cima, aceitam grande parte da linguagem e do conteúdo doutrinal que a eles chegou através da Tradição (Trindade, Cânon da Bíblia, Pecado Original, Domingo como dia do Senhor).
3. Os protestantes usam a Bíblia como uma arma contra determinadas doutrinas e práticas católicas, porém nada dizem sobre o que essa mesma Bíblia fala sobre divisões na Igreja, tão presentes nas suas igrejas.
4. Os protestantes atacam a Igreja Católica acusando-a de possuir um sistema de governo ditatorial, porém resulta que boa parte das igrejas protestantes exercem uma tirania a nível denominacional.
Por fim, para não estender-me demais, terminarei com uma reflexão.
Creio que tanto aqueles que nasceram numa família protestante, como aqueles que saíram da Igreja Católica para o protestantismo deveriam voltar com urgência para a Igreja de Cristo.
É incompatível ser de Cristo e pertencer a um sistema religioso que está dividindo continuamente o Corpo de Cristo, que nega o princípio da eficácia regeneradora que o Espírito Santo possui na sua condução da Igreja.

É nossa missão evangelizá-los e/ou resistir às suas tentativas de levar católicos da Igreja de Cristo.
Sem dúvida, muitos católicos precisam de um contato maior com Cristo, porém este encontro não se dá fora do Corpo de Cristo, nas igrejas protestantes, mas um encontro na Igreja do Cristo verdadeiro.
Dirá alguém: os homens da Igreja podem falhar, de modo que se torna necessária uma reforma periódica.
Reconhecemos o que há de verídico nessa afirmação, mas acrescentamos que a reforma não pode equivaler a uma ruptura com a Igreja fundada por Cristo.
Este assegurou à sua Igreja infalível assistência até o fim dos tempos (cf. Mt 28, 18-20); prometeu-lhe também o Espírito Santo como Mestre da verdade (cf. Jo 14, 26; 16, 14s).
Por conseguinte, não se pode crer que tenha deixado sua Igreja entregue ao léu, de modo a ser necessário que os homens refaçam “a obra abandonada por Cristo”.
O que os homens podem fazer é uma sociedade humana e animada por boas intenções, mas nunca farão um Sacramento ou uma realidade divino-humana.
Dirão ainda: a Igreja Católica tem suas muitas denominações (franciscanos, jesuítas, beneditinos, salesianos…) como o protestantismo tem suas denominações (luteranos, metodistas, adventistas, neopentecostais…).
Em resposta registramos que as Ordens e Congregações Religiosas do Catolicismo não quebram a unidade da Igreja, pois estão sujeitas à mesma autoridade suprema, professam a mesma fé e recebem os mesmos sacramentos.
No protestantismo, ao contrário, cada denominação toma o nome de Igreja e existe independentemente das demais; assim dividem a Igreja e o próprio bloco protestante.
E a propalada pureza de doutrina dos protestantes?
Já os reformadores divergiam entre si no tocante a pontos importantes (SS. Trindade, Eucaristia, hierarquia da Igreja…).
A tese do livre exame da Bíblia favorece o subjetivismo, as múltiplas interpretações do texto sagrado, donde a pluralidade de orientações doutrinárias do protestantismo.
Possam estas considerações falar fundo ao coração dos irmãos de boa vontade.

FONTE ELETRÔNICA:

Católico você sabia…………..

Que a interpretação da Bíblia cabe a autoridade da Igreja e não é de interpretação pessoal? (2 Pedro 1,20) (2 Pedro 3, 15-16)
Que o templo de Deus construído ricamente pelo rei Salomão estava cheio de imagens de escultura e Deus se manifestou nesse templo e o encheu de sua Glória? (Ezequiel 41, 17-20; 43, 4-6) E que havia imagens gigantes, leões etc?
Que o próprio Deus mandou fabricar uma série de imagens e prometeu até falar no meio delas? (Êxodo 25,22).
Você Sabia? Que Paulo em (2 Timóteo) 1,18) ora a Deus pelo seu amigo Onesíforo que já era falecido?
Que o Batismo de Saulo foi feito no interior de uma casa em Damasco e não foi feito por Imersão? (Atos 9, 11-18).
E que Cristo,quando criança foi circuncidado, e quando adulto foi batizado, mas não precisava do batismo?
Você Sabia? Que os Sacerdotes Católicos não casam, porque esse ato está em várias passagens Bíblicas? Eis uma: (Mateus 19-12).
Que a confissão ao Sacerdote também é tirada de várias passagens Bíblicas? Eis outra: (Mateus 3,6) e Jesus Cristo perdoa os pecados, também através do Sacerdote? (Tiago 5,15).
Que em (Lucas 16,27) o mal rico já falecido, pede intercessão de Abraão? E que ele também estava, pois a par, dos fatos concernentes aos vivos?
Você Sabia? Que não basta crer, pois é preciso viver a fé, e vivê-la em santidade? Daí a exigência dos mandamentos? Daí a moral que a igreja ensina? E que fé sem obras e obras sem fé não valem nada?
Que o número 666, (Apocalipse 13,18) refere-se a um homem (Nero)? E não é um cargo de chefes da Igreja Católica, como dizem alguns?
Que o templo do Senhor, o sacrário do Espírito Santo, o tabernáculo, e a arca da aliança são figuras da virgem Maria?
Que Lutero e Calvino, não negaram o dogma da divina maternidade da Mãe de Jesus?
Você Sabia?
Que houve inquisição também no protestantismo? Onde foram perseguidos as Bruxas, Cientistas e Livres Pensadores? Que o adultério era punido com a morte?
Que em 1525 os protestantes saquearam e incendiaram os mosteiros católicos e assassinaram a maioria?
Você Sabia que o reformador calvinista era intolerante com os pensadores da época, e mandava para a fogueira, como por exemplo: O sábio e médico Michel Servet, que descobrira a circulação do sangue?
Você Sabia? Que as procissões Religiosas tem fundamentações Bíblicas? (Josué 3,3 ;6,4) (Números 10,33-34) etc.
Que na Bíblia acham-se reunidos textos de vários séculos, de vários autores, sobretudo trechos que pertence a diversos gêneros? Que a história de Jonas não é um fato histórico e sim uma narrativa didática que trata do diálogo travado entre Deus e Jonas, no final da narrativa ?
Que o Sentido do Sinal da Cruz significa que estamos colocando a nossa vida e toda a nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade.
Esse “sinal” lembra o nosso Batismo, quando o padre nos chamou cada um pelo nome e nos disse:”Nós te recebemos com grande alegria na comunidade cristã. Nosso sinal é a cruz de Cristo. Por isso eu, teus pais e padrinhos, te marcamos agora com o sinal do cristo Salvador!” .Em seguida faz o sinal da cruz na fronte do batizando.
Precisamos fazer corretamente o sinal da Cruz.É uma coisa muito significativa. Quer dizer que nós colocamos a nossa vida debaixo da proteção de Deus e passamos a agir com o poder do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Há gente que faz o sinal da cruz com um sentido de magia e superstição. Nem fazem direito a cruz: fazem uma caricatura, como se estivessem espantando moscas. Às vezes fazem com vergonha de serem vistos.
Lembramos que não é preciso beijar a ponta da mão nem fazer o sinal da cruz na hora de comungar, ou quando se faz a genuflexãos. Se vivermos bem o sentido do sinal da cruz, começamos a ser mais santos.

Que Liturgia significa serviço público e era usada originalmente em política. Era o serviço que o soberano prestava ao povo, partilhando tudo que era arrecadado, a fim de impedir a miséria. Com o tempo inverteu-se esses sentido pois o povo passou a prestar homenagem aos soberanos que faziam bem seu papel. Jesus veio resgatar o sentido original da palavra, pois sendo soberano, colocou-se a serviço do povo. Liturgia é o serviço de Deus para seu povo. É Deus que se deixa conhecer, nos rituais, para nos salvar.
Você sabia que a liturgia de finados, iniciou na França em 998 e foi oficializada pela Santa Sé em 1311. Sabe-se que o Abade Santo Odilon, superior do mosteiro de Cluny, na França, pediu que em todos os conventos da Ordem fosse celebrado, a partir da tarde de 1° de novembro, um ofício pelos defuntos. A partir desta prática, o Dia de Finados foi adotado pela Igreja do mundo todo.
Neste dia lembremos dos nossos irmãos e irmãs falecidos, com a certeza de que a morte é uma passagem necessária da nossa condição humana para uma condição melhor, onde se pode desfrutar dos gozos celestes.
O hino medieval “Stabat Máter” canta: “Quando curpus moriétur, fac ut animae donétur, paradisi gloria” ou seja: “Quando meu corpo morrer, minha alma possa ter, a glória do Paraíso”
Neste dia muitos de nós costumamos nos dirigir aos cemitérios, saudosos para cultuar nossos entes queridos que já se foram.
“Não queremos que ignoreis o que se refere aos mortos, para não ficardes tristes como os outros que não tem esperança. Cremos que Jesus morreu e ressuscitou. Cremos também que Deus levará como Jesus os que nele morreram!” (1Ts 4,13-14)

FONTE ELETRÔNICA:

sábado, 8 de outubro de 2011

Adão Cromossomo-Y e Eva Mitocondrial PARTE 01


Adão Cromossomo Y e Eva MitocondrialDurante mais de cem anos, e até duas décadas atrás, os fósseis foram os indiscutíveis protagonistas das pesquisas que tentam reconstruir o passado evolutivo da humanidade. Mas esse quadro mudou drasticamente graças ao extraordinário desenvolvimento da Biologia Molecular e da Genética, sobretudo desde que se conseguiu o mapeamento do DNA das células, a partir dos anos oitenta. Agora são os genes – atuais ou antigos – que reivindicam esse protagonismo, pois parece que é neles que se encontra a chave do nosso passado.
A filogenia molecular – o estudo da evolução biológica de uma espécie – encontrou uma vasta coleção de marcadores genéticos que estão abrindo perspectivas novas e muito promissoras. Os cientistas estão procurando a explicação sobre a origem e a posterior dispersão das linhagens moleculares, tentando “ler” a informação “escrita” no DNA mitocondrial das mulheres e no cromossomo Y dos homens, e também analisando as migrações humanas ocorridas desde as origens. Com esse pano de fundo, realizou-se em abril de 2001, no Museu da Ciência de Barcelona, um Simpósio que reuniu alguns dos mais importantes pesquisadores nesse campo.
NOSSA HISTÓRIA EVOLUTIVA, PRESENTE NOS GENES
No seu esforço por desvendar a história biológica do homem moderno, a ciência contemporânea obteve nos últimos anos diversos resultados que merecem uma atenção especial. Um desses resultados provém do exame dos genes contidos nas mitocôndrias (*) (no DNA mitocondrial, ou DNAmt) e que só se transmitem por via materna. A taxa de alteração por mutações no DNAmt é muito maior do que no DNA do núcleo das células, já que as mutações não se perdem nas recombinações das cópias dos genes que são transmitidos à descendência. Isso faz com que a seqüência de nucleotídeos do DNAmt, aliada à transmissão uniparental, proporcione uma informação muito valiosa para medir a divergência genética das populações humanas em função do tempo.
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(*) A mitocôndria é o organismo celular responsável principalmente pela geração de energia para a célula.
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A reconstrução da nossa história biológica a partir da análise dos genes das populações atuais baseia-se no fato de que pessoas diferentes têm versões diferentes do mesmo gene. Selecionando vários genes de pessoas oriundas de diferentes regiões geográficas, pode-se calcular o tempo transcorrido desde a sua diferenciação e, a partir desse resultado, reconstruir a genealogia da humanidade.
Se o Homem atual apareceu na África, como parecem indicar os dados disponíveis, então é de se esperar que as populações africanas apresentem uma heterogeneidade genética maior do que as de outras partes do mundo. Efetivamente, foi esse o resultado do estudo publicado em 1986 por Cann, Stoneking e Wilson, da Universidade de Berkley, Califórnia: um estudo que é considerado um dos grandes marcos da história da biologia evolutiva moderna.
Outra evidência provém dos estudos multidisciplinares dirigidos nos últimos anos por L. Cavalli Sforza, da Universidade de Stanford. Grande parte do seu trabalho esteve voltado para a correlação que existe entre a distribuição dos genes e a das línguas, nos ramos das diferentes árvores filogenéticas das principais etnias humanas: sem dúvida alguma, uma correlação surpreendente.
ÁFRICA: O BERÇO DA HUMANIDADE
A hipótese conhecida como “Eva mitocondrial” deu muito o que falar na comunidade científica, no fim dos anos oitenta, logo após a publicação do estudo feito por Wilson e sua equipe. Essa hipótese propunha que toda a humanidade descende de um tipo de mulher que viveu na África há 190.00 ou 200.000 anos atrás. Essa mulher seria logo chamada de “Eva Negra”. O estudo na verdade referia-se a uma população (portadora de um tipo de mitocôndria), e não a um indivíduo concreto, como às vezes a literatura científica parece sugerir.
Os resultados desse trabalho suscitaram uma forte polêmica desde que foram publicados pela revista Nature, em 1º de janeiro de 1987 <1>. Baseando-se na análise do DNA de 147 pessoas oriundas de diferentes regiões geográficas, os pesquisadores procuraram um modo de “ir puxando a linha genética”, por assim dizer, até chegar à primeira mulher, isto é: até à população feminina de Homo sapiens que teria legado suas mitocôndrias a todos os seres humanos atuais. No estudo prestou-se uma atenção especial às diferenças genéticas observadas entre os diferentes grupos humanos estudados. De fato, as amostras de DNAmt do grupo africano mostraram mais diferenças entre si do que as do grupo que reunia o resto das populações analisadas. Isso logo de início foi interpretado como uma clara evidência de que a população africana era a mais antiga de todas.
Wilson e seus colaboradores calcularam também o tempo transcorrido desde o suposto momento em que as diversas linhas de DNAmt começaram a separar-se. Os resultados converteram-se logo numa notícia-bomba: o homem moderno racialmente indiferenciado – foram as palavras utilizadas – apareceu há aproximadamente 200.000 anos, e somente na África. O certo é que desde então essa pesquisa vem sendo considerada como um dos mais sólidos fundamentos do modelo de dispersão africana (ou modelo “Arca de Noé”), segundo o qual todos os seres humanos atuais remontam-se a um tronco materno comum, de origem africana, no qual convergem todas as linhas de DNAmt.
Cálculos posteriores aos de Wilson indicaram que essa população de mulheres viveu na África há 150.000 anos. Essa nova datação parece estar mais de acordo com aquela que se atribui – a partir de registros fósseis – aos mais antigos restos do Homo sapiens. De fato, os fósseis humanos com características próximas ao homem atual encontrados no leste da África e na África do Sul, cuja idade estimada é de aproximadamente 120.000 anos, costumam ser citados como mais uma evidência a favor da monogênese africana.
AS MIL FILHAS DE EVA
É bem sabido que quase todos os pesquisadores das nossas origens adotam posturas decididamente neodarwinistas, isto é, poligenistas. Segundo a hipótese poligenista, a humanidade atual seria descendente de uma população mais ou menos numerosa de indivíduos, e não de um casal inicial, como afirmam os defensores do monogenismo. Francisco Ayala, pesquisador da Universidade da Califórnia em Irvine, diz que “as mulheres das quais supostamente descendemos eram em número não inferior a mil e nem superior a cinco mil” <2>. De qualquer forma, esse tipo de estimativas nada mais são do que suposições baseadas em cálculos estatísticos e em simulações em computadores, que talvez nada tenham a ver com o que realmente aconteceu. Tanto é assim, que muitos renomados poligenistas, entre os quais o próprio Ayala, admitem a possibilidade de um cenário diferente: “Teoricamente é possível que uma espécie descenda de uma só fêmea gestante” (La Vanguardia, 7-V-2001). O fato é que a Biologia atual considera possível a história de Adão e Eva (“o mito”, como se costuma dizer nos círculos poligenistas), isto é, a do casal que funda uma espécie. Isso na verdade já foi demonstrado em outras espécies. É o caso, por exemplo, das 600 variedades genéticas de moscas drosófilas atualmente existentes no Havaí, todas elas descendentes de uma única fêmea fecundada.
Os autores dos primeiros estudos sobre o DNAmt não interpretaram os seus resultados como provas científicas a favor do monogenismo: nem sequer sugeriram isso. Portanto, são no mínimo gratuitas certas afirmações, como as que apareceram em alguns jornais que cobriram o Simpósio de Barcelona. “Não é certo – dizia o título de uma das matérias – que toda a humanidade descenda de uma Eva negra que viveu na África há 150.000 anos” (La Vanguardia, 7-V-2001). Além de outros reparos, convém lembrar que hoje, graças à Genética, sabemos que a pigmentação da pele é um evento recente em nossa História evolutiva; sendo assim, é completamente irrelevante se a “Eva” da qual falam os cientistas era negra ou de outra cor. Por outro lado, tampouco se pode afirmar, a partir dos dados atualmente disponíveis, que a humanidade teve a sua mais remota origem numa única mulher.
Uma coisa é certa: apesar das várias explicações que já foram dadas no intuito de desvendar os possíveis mecanismos de especiação, os cientistas ainda continuam procurando respostas para essa questão, que continua sendo o problema central da biologia da evolução. Como nasce uma nova espécie? A pergunta torna-se ainda mais complicada quando se refere à nossa própria História evolutiva: Como nasce a espécie humana?
Do ponto de vista científico, não se pode negar a priori – e nem tampouco afirmar – que toda a humanidade descenda de um único casal, e que posteriormente (há 150.000 ou 200.000 anos atrás) já houvesse em solo africano vários milhares de descendentes (“Evas mitocondriais”) desse primeiro casal.
Em 1995, uma equipe de cientistas japoneses, dirigida por Satoshi Horai, tentou estabelecer a idade da Eva mitocondrial com maior precisão. Seus resultados, baseados também em numerosas análises do DNAmt, sugerem que essa mulher (ou população de mulheres) viveu na África há 143.000 anos. Estudos posteriores, realizados por essa mesma equipe, partiram da diversidade genética observada em trinta populações humanas de todo o mundo (incluindo a africana e a européia, entre outras) e revelaram uma boa concordância entre a diversidade genética e a distribuição geográfica de tais populações. Observou-se que, de fato, a maior diversidade genética (superior a 2%) ocorre nas populações africanas, e a menor (em torno de 1%) ocorre nas européias. Assim, a população africana teria começado a diferenciar-se antes do que as outras (européias, asiáticas, etc). Isso é um reforço adicional para a teoria que defende a origem africana da nossa espécie, e sua posterior dispersão a partir desse continente para o resto do planeta.
ANDANDO SOBRE UMA FINA CAMADA DE GELO
A datação dos eventos evolutivos que os cientistas procuram fazer partindo do material genético é, sem dúvida, um dos objetivos mais complicados desse tipo de trabalhos. Em 1987, Wilson e sua equipe calcularam para a Eva mitocondrial uma idade entre 190.000 e 200.000 anos. Oito anos depois, Horai lhe atribui uma idade de 143.000 anos. Outros, como Francisco Ayala, falam atualmente de uma “população ancestral” que teria vivido na África entre 100.000 e 200.000 anos atrás. Por sua vez, Luca Cavalli Sforza, da Universidade de Stanford, estima a idade dessa mesma população entre 100.000 e 170.000 anos. Não há dúvida de que andamos sobre um terreno escorregadio, onde até agora não houve consenso entre os cientistas.
As diferenças de calibragem temporal acerca das nossas origens semeiam dúvidas (como era de se esperar) quanto à validade dos métodos empregados pelos cientistas, e ao mesmo tempo evidenciam as limitações à que estão submetidos em seu trabalho. Antes de mais nada, o método do carbono 14 – que hoje em dia é o mais aplicado em fósseis – passa a ser pouco confiável quando se vai além dos 35.000 ou 40.000 anos de idade. Sendo assim, os “detetives” que investigam os rastros do nosso passado são obrigados a empregar outros métodos de datação, menos precisos que os radiométricos. Tenha-se em conta, além disso, que os geneticistas que usam o método das mutações do DNAmt aceitam como margem de erro um desvio-padrão de 20%. Desse modo, a datação de Horai para a Eva mitocondrial (143.000 anos) estaria na verdade dentro de um intervalo entre 115.000 anos e 170.000 anos, aproximadamente. Nesse campo, como observou Ayala, o nível de incerteza nas estimativas de data é muito alto.
Alguns cientistas opinam que a confiabilidade das calibragens de tempo baseadas nos “relógios moleculares” deve ser, no mínimo, bastante matizada. Os cálculos estatísticos que alguns geneticistas fazem baseiam-se, de fato, em suposições que não passam de simples conjecturas. Pode não ser correta, por exemplo, a suposição de que a taxa ou o ritmo das mutações é constante ao longo do tempo, uma vez que já se sabe que em muitos casos não é.
As simulações por computador e os cálculos estatísticos trazem, além disso, outra dificuldade: não levam em conta que algumas mutações podem não ter ocorrido em todas as diferentes populações; sua ocorrência no entanto deve ser suposta, com toda a margem de incerteza que isso implica. Francisco Ayala referia-se a isso ao afirmar: “o que fazemos em biologia molecular é fictício, mas é o melhor que podemos fazer para tentar responder a perguntas que nós mesmos formulamos”. São portanto bastante razoáveis os apelos à cautela feitos por muitos cientistas, os quais dizem ser necessário ter “uma mente aberta aos novos avanços da paleontologia, pois sem essa âncora (a que os fósseis proporcionam) poderíamos estar como quem navega num mar sem fundo, ou anda sobre uma fina camada de gelo” <3>.

Adão Cromossomo-Y e Eva Mitocondrial PARTE 02

ADÃO CROMOSSOMO-Y
Assim como é evidente o valor dos genes mitocondriais para esse tipo de trabalhos – pois eles transitem-se intactos das mães para as filhas –, outro tanto deve também ser dito daqueles que se transmitem (também intactos) dos pais para os filhos do sexo masculino. Esses genes encontram-se na seção não-recombinante do cromossomo sexual masculino: o cromossomo Y. De fato, as pesquisas sobre esse cromossomo feitas em 1986 <4> já apontavam na mesma direção que a dos trabalhos de Wilson e sua equipe (sobre o DNAmt), realizados por volta dessa mesma data.
Mais recentemente, uma equipe internacional de cientistas, dirigida por Peter Underhill, da Universidade da Stanford, procurou chegar ao nosso antepassado em linha paterna através desse cromossomo, isto é, ao chamado “Adão cromossomo-Y”, que seria o homólogo – pelo menos teoricamente, em termos genéticos – da Eva mitocondrial <5>.
Com dados procedentes de mais de mil homens, oriundos de 22 áreas geográficas diferentes, essa equipe traçou uma árvore genealógica da humanidade, chegando à conclusão de que o nosso antepassado comum – o homem (ou população de homens) cujos genes do cromossomo Y foram transmitidos a todos os homens do mundo – também viveu na África. Isso não fez senão confirmar o que todos já esperavam. O que realmente surpreendeu nesse estudo foi que – segundo esses cientistas – o tal antecessor viveu há apenas 59.000 anos atrás, ou seja: 84.000 anos depois da Eva mitocondrial.
À primeira vista, esse novo dado parece por em apuros os partidários de uma origem monogenista. Assim o expressava uma nota distribuída pela revista Nature Genomics pouco antes da publicação do artigo, que dizia em tom irônico: “Adão e Eva talvez não se tenham encontrado”.
Um dos perigos quando se utilizam nomes tomados da Bíblia – Adão e Eva, Noé, etc. – em trabalhos científicos é o de misturar conclusões científicas com dados que não são – e nem têm por que ser – científicos: pretender comparar dados científicos com dados de outro tipo é simplesmente improcedente. É claro que ao ler informações sobre a Eva mitocondrial ou sobre o Adão cromossomo-Y não podemos deixar de pensar, ainda que de passagem, nos personagens bíblicos; mas daí em diante dever-se-ia sempre esclarecer, a fim de evitar equívocos, que em termos de Genética esses nomes geralmente referem-se a populações ou aos genes a elas atribuídos, e não aos personagens mencionados nos primeiros capítulos do Gênese. São nomes usados apenas para designar os troncos comuns nos quais, segundo os dados científicos, parecem convergir as linhagens humanas feminina e masculina, respectivamente. Convém deixar claro que não se está querendo, nem de longe, determinar a idade, ou a história, ou qualquer outra característica daqueles que são considerados por muitos – e por razões não exatamente científicas – como os primeiros pais da humanidade. Como já foi apontado, o resultado de Underhill pode ser mal interpretado, levando a uma contradição que não é somente aparente: é também enganosa.
O fato de haver ou não uma explicação biológica para o monogenismo não é uma questão especialmente relevante. O que é certo é que hoje em dia trabalha-se com diversas hipóteses, todas elas biologicamente viáveis. Uma delas, baseada em estudos recentes, fala de uma reestruturação cromossômica – devida fundamentalmente à passagem de informações do cromossomo X para o cromossomo Y – como sendo um possível mecanismo da especiação humana <6>. Segundo os geneticistas que a estudam, trata-se de uma reestruturação forte e drástica (um “salto”, e não uma acumulação gradual das mutações numa população), que tornaria possível o monogenismo a partir de um só homem. A Ciência talvez venha a oferecer novos dados nessa linha de pesquisas; mas por enquanto continua prevalecendo entre os cientistas o preconceito neodarwinista, que sustenta a hipótese populacionista como único modelo válido para a especiação.
AMPLAS MARGENS PARA A INTERPRETAÇÃO
A datação feita pela equipe de Underhill foi bem acolhida por parte daqueles que interpretam o relato do Gênese como uma mistura de mitos e lendas dos povos orientais primitivos. Mas os próprios autores do estudo mostram-se muito mais cautelosos em suas apreciações do que aqueles que costumam comentar os seus resultados. Peter Oefner, um dos membros da equipe de Stanford, deu essa explicação: “Há 59.000 anos um único cromossomo Y começou a predominar (…) Todos os outros cromossomos Y, que vinham desde o tempo de Eva, 84.000 anos antes, acabaram por perder-se. A razão para isso poderia ser a seleção sexual, ou seja, as mulheres preferiam sistematicamente um tipo de homens portador do novo cromossomo Y. Ou talvez esses homens tivessem algum tipo de vantagem competitiva na caça ou na luta”. Os autores do trabalho evitam cuidadosamente mencionar os personagens bíblicos, limitando-se a expor o trabalho que desenvolveram ao longo de treze anos, e cujos resultados, afinal de contas, permitem inferir que a espécie humana surgiu na África oriental há aproximadamente 143.000 anos, e que um novo tipo masculino predominou 84.000 anos depois.
Os estudos baseados na análise do DNA deixam em aberto uma ampla margem de possibilidades, principalmente quanto ao aspecto temporal. Isso já foi comentado em relação ao DNAmt. Quanto aos marcadores do cromossomo Y, apesar de a idade estimada para o “Adão cromossomo-Y” ser de 59.000 anos – em média –, há no entanto margem para admitir uma idade de quase 90.000 anos, bem mais próxima, portanto, da que foi estimada para a Eva mitocondrial.
Afinal, os dados genéticos parecem confirmar que a origem dos seres humanos atuais teve lugar há aproximadamente 100.000 anos na África, mais concretamente no Leste desse continente. Outras pesquisas inclusive indicaram que as populações atuais ligadas às linhagens humanas mais antigas são os bosquímanos Kung e os pigmeus de Biaka. De qualquer forma, não parece haver razões científicas para por em dúvida o relato bíblico que narra a criação, por parte de Deus, do primeiro homem e da primeira mulher, e nem tampouco a história da sua descendência. Os que insistem em fazê-lo perdem de vista que a Bíblia não pretende fornecer noções científicas. O que ela sim nos dá – e de modo surpreendente – é o sentido e o significado daquilo que sabemos por meio das ciências empíricas. Por esse prisma, acaba sendo reveladora – e ao mesmo tempo sugestiva – a leitura das primeiras páginas do Gênese, que narram uma história que concorda extraordinariamente bem com os resultados das pesquisas da biologia molecular e da genética.