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sábado, 17 de janeiro de 2015

Querido pai: carta aberta a um usuário de pornografia

Carta aberta revela os efeitos perniciosos da pornografia no coração de uma mulher e filha.
A carta a seguir foi postada na Internet sob anonimato, dada a natureza do assunto. Foi escrita por uma filha, a seu pai, que era consumidor de material pornográfico. Será mesmo que a pornografia é um "pecado de nada", que só influencia aqueles que a consomem? Qual o seu real impacto na vida das pessoas e das famílias? Eis a resposta, baseada em fatos reais.
Querido pai,

Eu quero que o senhor saiba, em primeiro lugar, que eu o amo e o perdoo pelo que o seu consumo de pornografia me causou. Também queria que o senhor soubesse exatamente o que isso fez à minha vida. O senhor pode pensar que isso afeta apenas o senhor, ou ainda os seus relacionamentos e os da mamãe. Mas isso teve um profundo impacto em mim e em todos os meus irmãos.

Encontrei seu material pornográfico no computador, em algum lugar, por volta dos 12 anos de idade, quando começava a tornar-me uma jovem mulher. Em primeiro lugar, pareceu-me muito hipócrita que o senhor tentasse ensinar-me o valor do que entrava em minha mente, por meio dos filmes, quando, aqui, o senhor entretinha regularmente sua mente com esse lixo. Suas conversas comigo, sobre como tomar cuidado com o que eu assistia, passaram a não significar praticamente nada.

Por causa da pornografia, eu descobri que a mamãe não era a única mulher para a qual o senhor olhava. Passei a notar o seu olhar atrevido quando saíamos de casa. Isso ensinou-me que todos os homens têm o mesmo jeito de olhar e não são confiáveis. Aprendi a desconfiar e até a rejeitar os homens por esse modo como eles observavam as mulheres.

Até onde vai a modéstia, o senhor tentou falar comigo sobre como meu vestido afetava aqueles ao meu redor e como eu deveria valorizar a mim mesma pelo que eu sou interiormente. Suas ações, todavia, me diziam que eu só seria verdadeiramente bonita e aceita se parecesse com as mulheres nas capas de revista ou nos materiais pornográficos. Suas conversas comigo não significaram nada e, na verdade, só me deixaram irritada.

Assim que cresci, só tive essa mensagem reforçada pela cultura em que vivemos. Aquela beleza é algo que só pode ser alcançado se você se parece com "elas". Eu também aprendi a confiar cada vez menos no senhor, já que o que me dizia não se alinhava com o que o senhor fazia. Eu sempre me perguntava se algum dia encontraria um homem que me aceitasse e me amasse por mim e não apenas por meu rosto bonito.
Quando levava minhas amigas para casa, eu me perguntava como o senhor as tratava. O senhor as via como minhas amigas ou como um rosto bonito em uma de suas fantasias? Nenhuma garota deveria sequer imaginar isso a respeito do homem suposto a proteger a ela e às outras mulheres em sua vida.

Eu conheci um homem. Uma das primeiras coisas que lhe perguntei foi sobre sua luta com a pornografia. Agradeço a Deus por não ser algo que tenha tomado tanto controle sobre sua vida. Nós ainda temos lutas por causa da profunda desconfiança dos homens que tenho em meu coração. Sim, o seu consumo de pornografia afetou o meu relacionamento com o meu marido, anos depois.

Se eu pudesse lhe dizer uma coisa, seria isto: a pornografia não afetou apenas a sua vida; afetou todos ao seu redor, de maneiras que eu acho que o senhor não pode sequer imaginar. E ainda me afeta, até hoje, quando eu penso na influência que isso tem em nossa sociedade. Apavoro-me com o dia em que tiver que conversar com meu querido pequeno garoto sobre a pornografia e suas vastas e gananciosas mãos. Quando eu contar a ele como a pornografia, assim como a maior parte dos pecados, afeta muito mais que apenas a nós mesmos.

Como disse, eu já o perdoei. Sou muito agradecida a Deus pelo trabalho que Ele tem feito em minha vida nesta área. É uma área com a qual eu ainda luto de vez em quando, mas sou agradecida pela graça de Deus e pela de meu marido. Rezo para que o senhor supere tudo isso e para que muitos homens que lutam com a pornografia tenham os seus olhos abertos.

Com amor,

Sua filha.
Fonte Eletrônica;
 
 

Carta milenar exalta o testemunho dos Cristãos primitivos no mundo


Durante muitos e longos séculos, um elegante manuscrito composto em grego permaneceu ignorado no mais abissal dos silêncios. O texto, de origens até hoje misteriosas, só foi encontrado, e por acaso, no longínquo ano de 1436, em Constantinopla, junto com vários outros manuscritos endereçados a um certo “Diogneto”.
Se não há certeza sobre o seu autor, sabe-se que o destinatário do escrito era um pagão culto, interessado em saber mais sobre o cristianismo, aquela nova religião que se espalhava com força e vigor pelo Império Romano e que chamava a atenção do mundo pela coragem com que os seus seguidores enfrentavam os suplícios de uma vida de perseguições e pelo amor intenso com que amavam a Deus e uns aos outros.
O documento que passou para a posteridade como “a Carta a Diogneto” descreve quem eram e como viviam os cristãos dos primeiros séculos. Trata-se, para grande parte dos estudiosos, da “joia mais preciosa da literatura cristã primitiva”.
Leia a seguir os seus parágrafos V e VI, que compõem o trecho mais célebre deste tesouro da história cristã:
“Os cristãos não se distinguem dos outros homens nem por sua terra, nem por sua língua, nem por seus costumes. Eles não moram em cidades separadas, nem falam línguas estranhas, nem têm qualquer modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, nem se deve ao talento e à especulação de homens curiosos; eles não professam, como outros, nenhum ensinamento humano. Pelo contrário: mesmo vivendo em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes de cada lugar quanto à roupa, ao alimento e a todo o resto, eles testemunham um modo de vida admirável e, sem dúvida, paradoxal.
Vivem na sua pátria, mas como se fossem forasteiros; participam de tudo como cristãos, e suportam tudo como estrangeiros. Toda pátria estrangeira é sua pátria, e cada pátria é para eles estrangeira. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Compartilham a mesa, mas não o leito; vivem na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm a sua cidadania no céu; obedecem às leis estabelecidas, mas, com a sua vida, superam todas as leis; amam a todos e são perseguidos por todos; são desconhecidos e, ainda assim, condenados; são assassinados, e, deste modo, recebem a vida; são pobres, mas enriquecem a muitos; carecem de tudo, mas têm abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo, recebem a glória; são amaldiçoados, mas, depois, proclamados justos; são injuriados e, no entanto, bendizem; são maltratados e, apesar disso, prestam tributo; fazem o bem e são punidos como malfeitores; são condenados, mas se alegram como se recebessem a vida. Os judeus os combatem como estrangeiros; os gregos os perseguem; e quem os odeia não sabe dizer o motivo desse ódio.
Assim como a alma está no corpo, assim os cristãos estão no mundo. A alma está espalhada por todas as partes do corpo; os cristãos, por todas as partes do mundo. A alma habita no corpo, mas não procede do corpo; os cristãos habitam no mundo, mas não pertencem ao mundo. A alma invisível está contida num corpo visível; os cristãos são visíveis no mundo, mas a sua religião é invisível. A carne odeia e combate a alma, mesmo não tendo recebido dela nenhuma ofensa, porque a alma a impede de gozar dos prazeres mundanos; embora não tenha recebido injustiça por parte dos cristãos, o mundo os odeia, porque eles se opõem aos seus prazeres desordenados. A alma ama a carne e os membros que a odeiam; os cristãos também amam aqueles que os odeiam. A alma está contida no corpo, mas é ela que sustenta o corpo; os cristãos estão no mundo, como numa prisão, mas são eles que sustentam o mundo. A alma imortal habita em uma tenda mortal; os cristãos também habitam, como estrangeiros, em moradas que se corrompem, esperando a incorruptibilidade nos céus. Maltratada no comer e no beber, a alma se aprimora; também os cristãos, maltratados, se multiplicam mais a cada dia. Esta é a posição que Deus lhes determinou; e a eles não é lícito rejeitá-la”.
Fonte Eletrônica;
 

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

O BATISMO CATÓLICO


- Por Cristiano Rangel - autor convidado e colaborador do blog
    Como todo Sacramento, é o sinal sensível e eficaz da Graça de Deus, no qual invocamos a Deus Uno revelado em três pessoas o derramamento de suas bençãos como fonte de reconhecimento de seu pleno poder sobre nós. No batismo, nós recebemos o dom do Espírito Santo e nos tornamos filhos de Deus e participantes da Igreja, que é a imagem do Reino de Deus na terra. Através do batismo que recebemos, Deus nos dá a semente que nós, durante nossas vidas, devemos regá-la para que produza os frutos do Espírito Santo.
    Todas as prefigurações da antiga aliança encontram sua realização em Jesus Cristo, pois Deus ao se revelar ao homem sempre buscou uma maneira de implantar uma forma de aliança, como demonstração de sua bondade e fidelidade, como foi o arco-íris do tempo de Noé, a circuncisão em Abraão, as tábuas da lei com Moisés e por fim o batismo sob forma de nova e eterna aliança através de Jesus Cristo, o qual convoca a sua Igreja a ir a todo o mundo e batizar em nome da Santíssima Trindade (Mt 28,19).
    O batismo é a porta de entrada da iniciação cristã, instituído pelo próprio Jesus Cristo, para nos tornarmos uma nova criatura (2 Cor 5,17),  na qual assumimos o compromisso de acolher e ensinar as virtudes cristãs. Imprime na nossa alma o caráter de cristão e herdeiros do Paraíso e nos torna capazes de receber os outros Sacramentos.
    Neste Sacramento, diferente do batismo penitencial de João Batista (capaz apenas de apagar os pecados – como uma preparação para o caminho do Senhor), temos uma verdadeira regeneração espiritual, um renascimento (Jo 3,5), onde somos perdoados do pecado original (um pecado não contraído, mas propagado pela falta de um homem, Rm 5,12.19) e dos pecados arrependidos. O Batismo nos dá a graça santificante, que é a amizade e a presença de Deus no nosso coração. Junto com a graça recebemos o dom da Fé, da Esperança e da Caridade, assim como todas as demais virtudes, que devemos procurar proteger no nosso coração.

O BATISMO PREFIGURADO NA ANTIGA ALIANÇA

    Já nos tempos de Noé, a água (matéria), elemento essencial ao batismo, foi canal da misericórdia de Deus para com o seu povo. Ou seja, as águas do grande dilúvio inundaram a terra, lavando-a do pecado. Com efeito, oito pessoas, pela graça de Deus, salvaram-se por ocasião da construção da arca, emergindo do dilúvio para uma vida limpa do pecado e aprazível a Deus. Esse evento bíblico correspondente ao batismo cristão, no qual, pelos méritos de Cristo, nos tornamos herdeiros da vida eterna (1 Pd 3,20-21) (CIC 1219).
  Do mesmo modo, como forma de aliança carnal realizada em Abraão, são Paulo traça um paralelo entre a circuncisão feita por mãos humanas e o batismo feito pelo derramamento do Espírito Santo: Nele também fostes circuncidados com circuncisão não feita por mão de homem, mas com a circuncisão de Cristo, que consiste no despojamento do nosso ser carnal(Cl 2,11).
 É sobretudo na travessia do Mar Vermelho, marco da libertação de Israel da escravidão do Egito, que são Paulo nos diz que “nossos pais” estiveram sob a nuvem e nela e no mar foram batizados em Moisés, nutrindo-se de uma rocha espiritual que os acompanhava, e que esta rocha espiritual era o próprio Cristo (1 Cor 10, 2-5).

O BATISMO DE CRISTO

    Nosso Senhor Jesus Cristo submeteu-Se voluntariamente ao batismo de João, que era destinado aos pecadores como de forma a preparar o caminho do Senhor (Mt 3,3ss), para que fosse cumprida toda a justiça, apresentando-Se a nós como modelo de humildade, de forma a se identificar com os pecadores, despojando-Se do direito de ser tratado como Deus, sob forma de escravo para se fazer semelhante aos homens (Fl 2,7), de modo a nos conduzir ao batismo dos cristãos, pelo poder do Espírito Santo. É nesse contexto que através da sua Páscoa, escorre do Seu lado traspassado pela lança do soldado Romano, a água e o sangue (símbolos que nos remetem ao Batismo e à Eucaristia), sacramento de uma vida nova, na qual pelos méritos de Cristo somos redimidos de todos os pecados (Gl 1,4).

BATISMO NA IGREJA

    É a partir do pentecostes, no cumprimento da promessa do envio do Espírito Santo, que a igreja administra o sacramento do batismo. No início da era cristã o batismo era ministrado àqueles que se arrependiam dos pecados, face à descrença do povo em crer que Jesus era o verdadeiro Messias bem como aqueles que já tinham recebido o batismo penitente de João e recebia o batismo da regeneração espiritual de Cristo(At 19,3ss). Pedro estendeu o batismo não só ao povo eleito, mas a seus filhos e todos aqueles que estavam longe, ou seja, por quem Deus chamasse (At 2,38s). Foi neste cenário que Pedro, nessa atitude imaginável para aquela época, demonstra  a  sua  primazia sobre os apóstolos introduzindo o batismo a todos os povos, inclusive aos pagãos, pois Deus não faz acepção de pessoas (At 10,34-48).
    É no batismo, segundo são Paulo, que o crente comunga na morte, é sepultado e ressuscita em Cristo: Ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova (Rm 6,3-4).
    Não há uma “fórmula fixa” para o batismo, mas uma necessidade de consagrar a água (matéria) a ser utilizada e que seja realizado na invocação trinitária (forma) que indique claramente o ato de batizar em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo… Com efeito, se alguém recebe o batismo por imersão ou por infusão, com água corrente ou não (desde que verdadeira), em nome de cada uma das Pessoas da Santíssima Trindade, o sacramento é tido por válido pela Igreja Católica, ainda que tenha sido conferido por outras comunidades cristãs (ortodoxas, protestantes, etc.), pouco importando, inclusive, uma eventual fé insuficiente do ministro em relação ao batismo (cf. Diretório Ecumênico, nº 95).
Pode ser por infusão (derrama d’água) ou por imersão (mergulha n’água), pois assim explica o direito canônico:
“Cân. 854 – O batismo seja conferido por imersão ou por infusão, observando-se as prescrições da Conferência dos Bispos”. Nesse sentido, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estipulou o seguinte:”Quanto ao cân. 854: Entre nós continua a praxe de batizar por infusão; no entanto, permite-se o batismo por imersão, onde houver condições adequadas, a critério do Bispo Diocesano”.
Como observa o canonista pe. Jesús Hortal, em seu comentário ao cân. 854, “o rito de imersão demonstra mais claramente a participação na morte e na ressurreição de Cristo, mas o rito de infusão  é plenamente legítimo”.
Tal legitimidade provém, com certeza, desde as primitivas comunidades cristãs. Por exemplo, no séc. I d.C., já é explicitamente registrado na “Didaqué”, o primeiro catecismo de que temos notícia na História da Igreja: “Na falta de uma (=água corrente) ou outra (=água parada) [para imersão], derrame três vezes água sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Did. VII, 3).

QUEM PODE RECEBER O BATISMO?

    Toda pessoa ainda não batizada que tenha o desejo dele e é instruída a respeito da sua importância, pois uma vez batizado não o poderá extingui-lo ou aperfeiçoá-lo, pois há Um só Senhor, Uma só fé e Um só Batismo (Ef 4,5). Batismo não é evento social nem tampouco emblema ou estandarte de igreja ou denominação.
    Caso a pessoa não se recorde de ter sido batizada, seja pelo fato de falta de comunicação ou enfermidade, ela poderá ser batizada sob condição, segundo o que prescreve o direito canônico:
“Cân. 869:
Parágrafo 1 – Havendo dúvida se alguém foi batizado ou se o batismo foi conferido validamente, e a dúvida permanece depois de séria investigação, o batismo lhe seja conferido sob condição.
Parágrafo 2 – Aqueles que foram batizados em comunidade eclesial não-católica não devem ser batizados sob condição, a não ser que, examinada a matéria e a forma das palavras usadas no batismo conferido, e atendendo-se à intenção do batizado adulto e do ministro que batizou, haja séria razão para duvidar da validade do batismo.
Parágrafo 3 – Nos casos mencionados nos parágrafos 1 e 2, se permanecerem duvidosas a celebração ou a validade do batismo, não seja este administrado, senão depois que for exposta ao batizando, se adulto, a doutrina sobre o sacramento do batismo; a ele, ou aos pais, tratando-se de criança, sejam explicadas as razões da dúvida sobre a validade do batismo.”

QUEM PODE BATIZAR?

    Os ministros ordinários do Batismo, o Bispo, os presbíteros e os diáconos (Igreja Latina), bem como qualquer pessoa que de bom coração e com a intenção e fórmula trinitária, o faça na perspectiva da vontade salvífica universal de Deus (1 Tm 2,4) e necessidade para a salvação (Mc 16,16) (CIC 1256).

QUEM SÃO OS BATIZADOS?

    Desde sempre a igreja mantém firme a convicção de que as pessoas que morrem em razão da fé, mesmo sem receber o batismo, são batizadas Por e Com Cristo, sendo este o batismo de sangue, ou seja, toma posse  dos frutos do batismo (CIC 1258).
    Aqueles que na preparação do batismo morrem sem o receber, mas o seu desejo em recebê-lo, juntamente com o seu arrependimento, garantem a sua salvação, ainda que não tenha recebido o mesmo (CIC 1259).
 Tendo Cristo morrido por todos e que a vocação última do homem é uma só, a saber, a divina, estamos convictos que o Espírito Santo oferece a todos, sob a forma que só Deus conhece, a possibilidade de inserção no mistério pascal. Todo o homem que desconhecendo o evangelho de Cristo e sua Igreja, mas procura a verdade e pratica a vontade de Deus segundo o seu conhecimento dela pode ser salvo, pois acreditamos que se o conhecessem teriam o desejado explicitamente (CIC 1260).
    Por último, quanto às crianças que morrem sem o batismo, a igreja confia na misericórdia de Deus, que quer que todos os homens sejam salvos (1 Tm 2,4) e evidencia a ternura que Jesus tinha para com elas (Mc 10, 13-16).

PODEMOS BATIZAR AS CRIANÇAS?

    Aos que buscam por uma resposta breve: SIM, pois quando somos vencidos pela ignorância em achar que tudo tem que estar escrito, abrimos mão da sabedoria inata ao homem, pois tomados pelo discernimento sabemos que não podemos cobiçar, porque há em nós um sentimento gerado pela Lei (Rm 7,7). Ademais, onde há uma ordem contrária ao batismo infantil e/ou  que Jesus  faz acepção de idade? Nele não há cronologia. Se não há lei, o pecado está morto (Rm 7,8b).
    Deus não faz acepção de pessoas, tão pouco de idade, pois somos todos pequeninos para Deus (Mc 9,42; Mt 18,14), pois na plenitude dos tempos Deus enviou o seu Filho para que nos tornemos filhos adotivos (Gl 4,4-5).
    A igreja nos mostra ao longo do plano da salvação a manifestação de Deus e o desejo de salvar a todos e é nessa dinâmica que são Paulo faz o paralelo da circuncisão que era conferido sob a forma da lei a todos os meninos no 8º dia de nascido através da remoçãode um tecido carnal. Mas em Cristo temos a circuncisão espiritual que é o batismo (Cl 2,11) e não uma prescrição sob quaisquer característica físicas ou cronológicas.
    Se por um lado somos questionados pela necessidade de fé para sermos batizados, conforme Mc 16,16: “Aquele que crer e for batizado será salvo; e aquele que não crer será condenado.”, me pergunto como ficaria a situação da criança que não pode crer… Ela está condenada por não crer, já que Marcos não fala que a falta de batismo condena?
    Claro que não, são Paulo nos aponta que o homem cristão (que tem fé) santifica a mulher não cristã (que não tem fé) e vice-versa, para que os seus filhos sejam santos (1 Cor 7,14). Da mesma forma, os pais podem pedir o batismo para os seus filhos, no desejo de querer e saber o melhor para eles. Ninguém espera o filho doente tenha o discernimento se dever pedir aos pais para ser levado ao médico, mas o levamos porque temos conciência do melhor para a sua vida.
    Jairo pede pela sua filha e Jesus a cura pela fé do pai, sem questionar se a filha tinha fé para ser curada ( Lc 8,50); bem como uma mulher estrangeira, que não fazia parte do povo de Israel, pede pela sua filha e tem a misericórdia de Jesus ( Mt 15,28) nos mostrando que Ele veio para todos e derramar sua Graça a todos, porque Ele haveria de negar a sua benção através do batismo às crianças?  Será que temos o direito de impedir as crianças de irem a Jesus? Os discípulos também tentaram impedir a benção de Jesus, o que o deixou INDIGNADO  e disse: “ Deixai vir a mim todas as criancinhas e não as impeçais…” (Mc 10, 13-14).
    Se procurarmos levar tudo ao pé da letra e dissermos que devemos batizar após a idade da razão, pergunto: onde está a idade da razão na Bíblia? Em cultura de qual país, na lei civil, criminal ou eleitoral? Tomemos cuidado, pois Cristo nos tornou aptos para sermos ministros de uma aliança nova, não da letra, e sim do Espírito, pois a letra mata, mas o espírito comunica a vida (2 Cor 3,6).
    São Paulo em paralelo com os israelitas nos diz que todos os batizados em Moisés, cuja travessia do Mar Vermelho havia adultos e crianças e que em Cristo, a rocha espiritual, foram alimentados (1 Cor 10,2-3).
    Se tomarmos como comparação a dureza do coração que imperava no povo da antiga aliança (Mc 10,5), que transmitia um Deus que vingava as crianças (1 Sm 15,3; Ex 12,29) pelo simples fato que não haveria justos naqueles locais (Gn 18, 23-32), como não ver um Deus que  se revela misericordioso, justo e fiel para não comunicar a sua Graça a uma criança? Será que Deus não ama as crianças, será que os evangelhos apócrifos estão certos? Longe de mim… Satanás!
    Ademais, sabemos que por cultura e associado a intervenção Divina, era sinal para os judeus terem uma família grande, além de estarmos convictos que não existiam cirurgias ou métodos contraceptivos, de modo que as famílias não procriassem, ter muitos filhos era considerado uma benção de Deus. É nesse contexto que vemos famílias inteiras sendo batizadas, como a de Cornélio (At 10,44), a família de Lídia (At 16,14), a do carcereiro (At 16,32s), a família de Estéfanas (1 Cor 1,16). Será que essas famílias não tinham crianças ou eram estéreis? São Paulo não diz que excetuou as crianças e/ou que devemos excluí-las.
    A conscientização dos primeiros cristãos em relação ao batismo era tão grande, bem com a esperança da ressurreição dos corpos, que muitos em Corinto se faziam batizar pelos mortos, atitude que, de acordo com o argumento protestante evangélico morderno, deveria ser criticada por são Paulo e não foi. Se batizavam pelos mortos, porque não batizar as crianças vivas?

PODE HAVER RE-BATISMO?

    Como mencionado, Só há um Senhor, uma só fé e UM SÓ BATISMO (Ef 4,5). Não podemos fazer das nossas concepções, individualidades, presunções e etc. um meio de propagar um batismo à moda da casa, como forma de satisfação de ego, fazendo do batismo adaptações como se faz com receitas de bolo. Batismo não é emblema de Igreja, não é julgar que o Meu Deus é Maior ou Melhor, por isso são Paulo nos questiona se  acaso Cristo é dividido? Se é batizado em nome da igreja ou denominação (1 Cor 1,13)? O batismo deve ser uma conscientização da Graça a ser derramada a todos!
        Aquele que julga por motivos pessoais que Deus não derramou o seu Espírito  por qualquer conveniência concorre para o único pecado que não posui perdão, o pecado contra o Espírito Santo (Mt 22,30), fazendo da sua interpretação individual uma possibilidade de ruína junto a impiedade dos homens (2 Pd 3,16s).
Fonte Eletrônica;
http://igrejamilitante.wordpress.com/2014/12/31/saiba-tudo-sobre-o-batismo-o-sacramento-que-nos-proporciona-renascer-em-cristo/