A uns Ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, 12. para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo. (Efésios 4 :11-12)
Reunião de Clero Católico: Bispos e Cardinais
A maioria dos não-católicos se perguntam por que a Igreja Católica é estruturada da maneira como é, questionam ainda a autoridade do clero ou mesmo se padres e bispos são realmente necessários. Obviamente, esta não é a opinião da maioria dos católicos tradicionais, mas seria tolice supor que todos os católicos entendem porque a Igreja é organizada de tal modo. Algumas pessoas não entendem as diferenças entre o modelo estrutural adotado pela maioria das igrejas protestantes e a Igreja Católica Romana e Católica Ortodoxa.
A Igreja Católica tem preservado ao longo dos séculos o chamado Depositum Fidei, ou seja o “Depósito da Fé” (1 Timóteo 2:5-7 e 2 Tm 1:14, NAB), ou a Revelação Divina que Jesus transmitiu oralmente aos seus Apóstolos – bem como Sua ordem de que fosse perpetuado o ritual litúrgico que trouxe esta maravilha sobrenatural. Junto com Suas instruções, Jesus concedeu aos Doze Sua própria autoridade para ensinar e pregar:
“… Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.”(Mt 28:18-19).
Portanto, Bispos Apostólicos, como Clemente de Roma, Inácio de Antioquia e São Policarpo de Esmirna foram todos os sucessores dos Doze Apóstolos, escolhidos através da imposição das mãos (1 Tm 4:14). Herdaram essa mesma autoridade para proclamar o Evangelho e guardar o repositório da doutrina autêntica, após os apóstolos terem morrido, essa autoridade é transferida ao clero Católico até os dias atuais, através do rito de Ordenação, quando ocorre a imposição de mãos.
“….se nos afadigamos e sofremos ultrajes, é porque pusemos a nossa esperança em Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, sobretudo dos fiéis. Seja este o objeto de tuas prescrições e dos teus ensinamentos. Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade. Enquanto eu não chegar, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino. Não negligencies o carisma que está em ti e que te foi dado por profecia, quando a assembléia dos anciãos te impôs as mãos.” (1 Timóteo 4:10-14).
Abaixo estão algumas outras referências bíblicas que podem trazer alguma luz sobre estas questões, e nos ajudam a entender porque a Igreja Católica mantém a tradição da Sucessão Apostólica:
Disse Pedro, “Pois está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua habitação, e não haja quem nela habite; e ainda mais: Que outro receba o seu cargo (Sl 68,26; 108,8). Convém que destes homens que têm estado em nossa companhia todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós, a começar do batismo de João até o dia em que do nosso meio foi arrebatado, um deles se torne conosco testemunha de sua Ressurreição. Propuseram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome Justo, e Matias. E oraram nestes termos: Ó Senhor, que conheces os corações de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para tomar neste ministério e apostolado o lugar de Judas que se transviou, para ir para o seu próprio lugar. Deitaram sorte e caiu a sorte em Matias, que foi incorporado aos onze apóstolos.” (Atos 1:20-26)
A descrição acima é uma referência à nomeação de um novo apóstolo para suceder Judas, que, como sabemos, morreu depois de ter traído Jesus. Então nós também temos referências quanto ao papel dos apóstolos como vocação na comunidade cristã:
E vós vos fizestes imitadores nossos e do Senhor, ao receberdes a palavra, apesar das muitas tribulações, com a alegria do Espírito Santo, de sorte que vos tornastes modelo para todos os fiéis da Macedônia e da Acaia. (1 Tessalonicenses 2:6-7)
Ou ainda
Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue. (Atos 20:28)
Eis uma coisa certa: quem aspira ao episcopado, saiba que está desejando uma função sublime. Porque o bispo tem o dever de ser irrepreensível, casado uma só vez, sóbrio, prudente, regrado no seu proceder, hospitaleiro, capaz de ensinar. Não deve ser dado a bebidas, nem violento, mas condescendente, pacífico, desinteressado; 4. deve saber governar bem a sua casa, educar os seus filhos na obediência e na castidade. Pois quem não sabe governar a sua própria casa, como terá cuidado da Igreja de Deus? 6. Não pode ser um recém-convertido, para não acontecer que, ofuscado pela vaidade, venha a cair na mesma condenação que o demônio. Importa, outrossim, que goze de boa consideração por parte dos de fora, para que não se exponha ao desprezo e caia assim nas ciladas diabólicas. Do mesmo modo, os diáconos sejam honestos, não de duas atitudes nem propensos ao excesso da bebida e ao espírito de lucro; (1 Timóteo 3:1-8)
Aquele que desceu é também o que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas. A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à edificação do corpo de Cristo.(Efésios 4:10-12)
[Nota]: A palavra Bispo provém da raiz Episcopos, do original Grego, e significa superitendente.
FONTE ELETRÔNICA;
Nenhum comentário:
Postar um comentário