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segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Diabo. Quem é ele? PARTE 3

O demônio só pode agir em detrimento do homem com a permissão de Deus: 
Ensina o Cardeal Lepicier: “É preciso que nos lembremos sempre de que, por muito grande que seja o poder do demônio, tem limites que lhe foram sabiamente determinados pelo Todo-Poderoso. Ele pode, sem dúvida, fazer-nos mal, mas não além daquilo que lhe é permitido, e bem conhece que o seu poder não pode durar muito. Pode ser que o conhecimento da curta duração do seu reino contribua para que redobre a sua atividade nos tempos que vão correndo; mas todos os seus esforços obedecem aos impenetráveis desígnios da Providência que só permite que a sua influência seja exercida até certo grau, de forma que nos possamos colocar debaixo da proteção de Deus e ganhar, pelos nossos méritos, a vitória final e a coroa da imortal glória que nos espera no Céu."( Cardeal A. LÉPICIER, O.S.M., O Mundo invisível, p.242.)
No livro de Jó, no qual é nomeado pela primeira vez nas Escrituras, Satanás aparece como agente do mal, porém absolutamente subordinado a Deus. Embora tenha inveja do justo Jó e queira pôr sua virtude à prova, por meio da infelicidade, Satanás não pode agir senão com a autorização divina. Ele tem necessidade de uma permissão, ou até mesmo de uma delegação do Senhor. Sua ação é estritamente limitada à vontade de Deus, que permite, primeiro atacar seu servidor exclusivamente em seus bens e não em sua pessoa; depois em sua pessoa, mantendo entretanto sua vida (Jó 1, 6-12; 2, 1-7). São Paulo nos tranqüiliza: "Deus é fiel, o qual não permitirá que sejais tentados além do que podem as vossas forças; antes, com a tentação, vos dará as forças necessárias para sair dela e para suportá-la"(1 Cor 10,13). Por quê Deus permite que o demônio tente o homem, como também o prejudique, muitas vezes, de tantos modos? Como fica patente em tantas passagens da Escritura e ensinamentos do Magistério eclesiástico, essa permissão divina tem como escopo santificar o homem por meio de provações, puní-lo por alguma falta grave, servir de ocasião para que se manifeste o poder divino de um modo visível, como no caso dos exorcismos de possessos. 
Poder dos anjos bons sobre os demônios: 
Ensina São Tomás que os anjos bons, mesmo que por natureza pertençam a uma hierarquia inferior à de algum demônio (por exemplo em ralação a Satanás), sempre têm um domínio sobre os anjos decaídos, pois os anjos gozam de perfeição da amizade de Deus, da qual estão privados os demônios; e esta perfeição é superior à mera excelência natural, a única que permanece nos demônios (Suma Teológica, 1,q. 109,a.4. ) Por isso observa o Cardeal Lepicier: "A sabedoria de Deus torna-se ainda mais manifesta quando consideramos que ele colocou os espíritos malignos debaixo do domínio dos anjos bons e deu a cada homem, neste mundo, um anjo bom que o ilumina, guia os seus passos e o defende contra os seus inimigos. Por isso, os assaltos do inimigo das almas são aniquilados pela intervenção daqueles espíritos que se conservam fiéis a Deus, e o demônio acaba por contribuir para a maior glória do Criador". (Cardeal A. LÉPICIER, op. cit., p. 241. ) 
A AÇÃO ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA DO DEMÔNIO  
DEUS GOVERNA O MUNDO, respeitando sua ordem e suas leis; isto é, a normalidade, a simplicidade, o usual das coisas; tudo aquilo que sai desta linha e que parece maravilhoso, prodigioso, milagroso é excepcional, muito raro. Deus nos criou livres e espera de nós um livre consentimento à fé, sem que nisto sejamos influenciados por uma manifestação habitual do preternatural e do sobrenatural. Entretanto, para provar-nos, para que mereçamos a bem-aventurança eterna, como também, muitas vezes, para castigo nosso, permite Deus que o demônio nos atormente. A inclinação para o mal nos provém de três causas: de nossa natureza, ferida pelo pecado original; do mundo e do demônio. Entretanto Satanás desperta em nós, continuamente, a tríplice concupiscência com insistentes tentações de soberba e orgulho, de luxúria, de avidez em todos os níveis. Essa é a ação ordinária, comum, corrente do demônio — ou seja, a tentação. Além dela, pode o Maligno exercer uma ação extraordinária.  
A ação ou atividade demoníaca extraordinária pode ser assim qualificada por duas razões: em primeiro lugar, pelo seu caráter surpreendente, sensacional, espetacular; em segundo, pela sua relativa raridade (se comparada com a ação ordinária). Estamos nos referindo à 'infestação diabólica' e à 'possessão diabólica'. 
“Sede sóbrios e vigiai, porque o demônio, vosso adversário, anda como um leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé.”(I Pedro 5,8) 
Fonte: "Anjos e Demônios - A Luta Contra o Poder das Trevas", por Gustavo Antônio Solímeo & Luiz Sérgio Solímeo. Editora Artpress.[DR]
FONTE ELETRÔNICA:

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