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quinta-feira, 14 de julho de 2011

“Eis que eu faço novas todas as coisas!” (Ap 21,5)

1. Deus e a criação
- O Deus que nos promete uma nova criação é o Deus que tudo criou e ama o que criou: “Deus não fez a morte nem tem prazer em destruir os viventes. Tudo criou para que subsista; são salutares as criaturas do mundo: nelas não há veneno de morte, e o Hades não reina sobre a terra” (Sb 1,13-14); “Sim, tu amas tudo o que criaste, não te aborreces com nada do que fizeste; se alguma coisa tivesses odiado, não a terias feito. E como poderia subsistir alguma coisa se não tivesses chamado? Mas a todos perdoas, porque são teus: Senhor, amigo da vida!” (Sb 11,24-26).
- Desde o princípio o Pai criou através de Cristo e para Cristo: “Ele é a imagem do Deus invisível, o Primogênito de toda criatura, porque nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra... tudo foi criado através dele e para ele; ele é antes de tudo e tudo nele subsiste” (Cl 1,15-17).
- Se a criação existe para o Cristo, o Filho Amado, na potência do Espírito (cf. Gn 1,2), então ela não foi criada para o nada, para a destruição, ela não é má nem devemos desprezá-la ou fugir dela (fugir do mundo).
- Desde o princípio o Pai cria para levar tudo à plenitude de Cristo: este é o mistério do seu plano benevolente: “O Pai nos abençoou com toda sorte de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo... Ele nos predestinou antes da fundação do mundo por Jesus Cristo... dando-nos a conhecer o mistério de sua vontade, conforme decisão prévia que lhe aprouve tomar para levar o tempo à plenitude: a de em Cristo encabeçar todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra” (cf. Ef 1,3-14).
- Conclusão: a criação é boa, caminha para a plenitude de Cristo ressuscitado que, no seu Espírito, renova a face da terra!
2. O fim: plenitude, não destruição
- Por tudo quanto foi dito, a Escritura não imagina jamais uma nova criação como destruição desta criação. A linguagem apocalíptica exprime simplesmente a intervenção e a iniciativa gratuitas de Deus, a novidade do que virá, para além de nossas forças e expectativas – tudo isso já foi manifestado na páscoa de Cristo.
- O fim de que fala a Escritura é finalidade, não final! A história, enquanto peregrinação do homem neste tempo terminará, mas nada será destruído. – 2Pd 3,3-8.11-13: “Antes de tudo, deveis saber que nos últimos dias virão zombadores cheios de escárnio que vivem segundo suas próprias paixões, dizendo: ‘Onde está a promessa de sua vinda? Pois, desde que morreram os pais, tudo permanece igual desde o princípio da criação’. De propósito se esquecem que desde o princípio existiam os céus e também uma terra, esta formada da água e estabelecida no meio da água pela Palavra de Deus, e que do mesmo modo o mundo de então pereceu, submergido pela água. Mas os céus e a terra, que agora existem, são guardados pela mesma Palavra e reservados para o fogo no dia do juízo e da perdição dos ímpios. Pois, se deste modo tudo vai desagregar-se, como não deveis perseverar em vossa santa conduta e em vossa piedade, esperando e apressando a chegada do dia de Deus, quando os céus em fogo se dissolverem e os elementos abrasados se derreterem? Nós, porém, de acordo com a sua promessa esperamos novos céus e nova terra em que mora a justiça.
- Conclusão: a Escritura não conhece uma idéia de fim, de término da criação! – o significado dos sinais escatológicos (“o mar não mais existe...” Ap 21,1).
- Não fim, mas plenitude: a de Cristo – ele é o paradigma: o mesmo, mas glorificado! Assim também o mundo: será transformado, ressuscitado! – Os sacramentos e a Eucaristia, por exemplo: “fruto da terra... que será Pão da vida!”
3. Nosso papel no caminho da criação
- A glorificação da criação (deste mundo) está associada à nossa – Rm 8,18-27: “Tenho para mim que os sofrimentos da vida presente não têm comparação alguma com a glória futura que se manifestará em nós. Com efeito, o mundo criado aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus. Pois as criaturas foram sujeitas à vaidade, não voluntariamente mas pela vontade daquele que as sujeitou, na esperança de serem também elas libertadas do cativeiro da corrupção para participarem da liberdade gloriosa dos filhos de Deus. Pois sabemos que toda a criação até agora geme e sente dores de parto. E não somente ela mas também nós que temos as primícias do Espírito gememos dentro de nós mesmos, aguardando a adoção, a redenção de nosso corpo. Porque em esperança estamos salvos, pois a esperança que se vê já não é esperança. Porque aquilo que alguém vê, como há de esperar? Se esperamos o que não vemos é em paciência que esperamos. Também o Espírito vem em auxílio de nossa fraqueza porque não sabemos pedir o que nos convém. O próprio Espírito é que advoga por nós com gemidos inefáveis, e aquele que esquadrinha os corações sabe qual o desejo do Espírito porque ele intercede pelos santos segundo Deus”.
- Nossa ação, nossas opções têm como relação última o Dia do Senhor: “Está próximo o fim de todas as coisas. Sede, portanto, prudentes e vigiai na oração. Sobretudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre uma multidão de pecados. Exercei a hospitalidade uns com os outros sem murmuração. O dom que cada um recebeu, ponha-o a serviço dos outros, como bons administradores da tão diversificada graça de Deus. Se alguém falar, sejam palavras de Deus; se alguém exercer um ministério, seja pelo poder que Deus concede, a fim de que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o império pelos séculos dos séculos. Amém”. (1Pd 4,1-11).
2Pd: esperando e apressando... – esperar é próprio de quem ama: é ir ao encontro com ansiedade! É este o sentido da espera cristã!
- Permanecerão a caridade com seus frutos: “Ignoramos o tempo em que a terra e a humanidade atingirão a sua restauração, e também não sabemos que transformação sofrerá o universo. Porque a figura deste mundo, deformada pelo pecado, passa certamente, mas Deus ensina-nos que nos prepara uma nova habitação e uma nova terra, na qual reina a justiça, e cuja felicidade satisfará e superará todos os desejos de paz que surgem no coração dos homens. Então, vencida da a morte, os filhos de Deus ressuscitarão em Cristo e aquilo que foi semeado na fraqueza e corrupção, revestir-se-á de incorruptibilidade; permanecendo a caridade e as suas obras, toda criatura que Deus criou para o homem será libertada da escravidão da vaidade” (GS 39).
- Toda a criação será libertada e a nossa caridade e suas obras participam dessa libertação. Nossa fidelidade a Cristo passa por nossa fidelidade à criação, da qual fazemos parte. O desígnio salvífico de Deus realizar-se-á... qual a nossa participação? qual o nosso papel?

FONTE ELETRÔNICA:

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