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sábado, 30 de outubro de 2010

SEM FALSOS UFANISMOS

Copas do Mundo, notícias de vitórias do Brasil, avanços na economia podem gerar em nós orgulho sadio ou vaidade abobalhada. O falso ufanismo pode levar alguém a diminuir os outros para que só ele apareça. O fato de um país vencer no futebol e em algumas outras modalidades esportivas não lhe dá o direito de se proclamar o melhor país do mundo. E daí, se jogamos bem, cantamos, bem, dançamos bem e somos este povo maravilhoso, se nosso PIB continua mal distribuído e ainda se constata trabalho escravo, desrespeito aos enfermos, aos idosos e às crianças? E daí, se seremos a 5ª economia do mundo, mas 80 países estão melhores do que nós no quesito justiça distributiva? Significa apenas que sabemos produzir, vender e acumular, mas ainda não sabemos partilhar nossa riqueza, nem mesmo entre nós.
A China, que não é um país cristão, tem hoje um 1,3 bilhão de estômagos para alimentar, mas tem também o mesmo número de cérebros e o dobro de braços. Bem ou mal, caminha para ser o país mais rico do mundo, com PIB para daqui a 30 anos estimado em 123 trilhões de dólares. Isto equivalerá a 40% do PIB global. Os Estados Unidos teriam 14% e a Europa 5%.  A América Latina mal entrará nesta contabilidade.
A um católico, que superexaltava nossa Igreja diante das outras, para provar que somos mais em número, mais antigos e melhores  e a um evangélico que entusiasmado falava das conquistas e da eleição de suas igrejas lembrei que a China, país ateu que com seu pragmatismo e sua política de resultados deixa o mundo de orelha em pé, ao menos por enquanto deixou de se proclamar a única certa. Trabalha, vende, compra e dialoga. De seu pacifismo falará o futuro. Mas não se ouvem tons ufanistas.
A crise de 2008 deixou os países ricos menos ufanistas e a crise de algumas igrejas, entre elas a católica, nos tem feito mais humildes e, talvez por isso, mais cristãos.  Ao fundador de Igreja que proclamava para qualquer um ouvir em plena televisão que eles tinham o melhor jogador do mundo, faltou lembrar que antes dele houve vários católicos e, depois dele, foi eleito mais um católico. E certamente não foram os melhores por serem crentes, mas por serem mais habilidosos.  A fé ajuda, mas não dribla nem chuta em gol. Talvez ajude a ganhar menos cartões vermelhos. No ano seguinte outro d outro país e de outra igreja será o melhor..
 
Altas expectativas a respeito de um país, de políticos, de pregadores e de atletas podem desembocar em decepção. Jesus pôs o critério de grandeza não nos primeiros lugares, mas na humildade, no serviço, no perdão e na compaixão. Ele sabia das coisas! 

FONTE:
www.padrezezinhoscj.com

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