O termo “judeu” é usado com
pelo menos dois sentidos nas Escrituras: para se referirem á aqueles que são
autenticamente judeus e para aqueles que são religiosamente judeus. Jesus era
judeu em ambos os sentidos. Na verdade, ele completou o judaísmo se servindo de
Messias (Cristo) pelo o qual os profetas haviam predito.
A forma completa da religião judaica é conhecida
como “cristandade” e seus seguidores são cristãos ou “seguidores de Cristo”.
Infelizmente, muitas pessoas que são judeus étnicos não reconhecem Jesus como o
Messias e por isso eles não aceitam o cristianismo, a forma completa do
judaísmo. Outros judeus (os apóstolos e seus seguidores) reconhecem que Jesus
era o Messias e abraçaram o cristianismo.
Pouco tempo depois, foi aceito que alguém poderia
ser cristão embora não pertencesse ao povo judeu. Assim, os apóstolos começaram
a converter muitos gentios á fé cristã. Dessa forma, começou a possibilidade de
uma pessoa ser “judeu” por religião (porque aceitou o cristianismo), mas não
sendo judeu por etnia. Esse é o caso de muitos cristãos de hoje.
Essa é a diferença entre judeu étnico ou
religioso que se encontra em Romanos 2,28-29: “Não é verdadeiro judeu o que o é
exteriormente, nem verdadeira circuncisão a que aparece exteriormente na carne.
Mas é judeu o que o é interiormente, e verdadeira circuncisão é a do coração,
segundo o espírito da lei, e não segundo a letra. Tal judeu recebe o louvor não
dos homens, e sim de Deus”.
Os cristãos são aqueles que Paulo se refere como
sendo interiormente (religiosamente) judeus, enquanto os judeus não cristãos são
aqueles que ele se refere como sendo exteriormente (etnicamente) judeus. A
condição anterior, ressalta, é a mais importante.
Infelizmente, ao longo do tempo alguns cristãos
romperam com a Igreja que Jesus fundou, e assim o nome foi necessário para
distinguir esta Igreja desde daquela que eles romperam com ele. Porque todas as
rupturas eram particulares, em grupos locais, foi decidido chamar a Igreja que
Jesus fundou de "universal" (em grego, kataholos = "de acordo com o todo"), e,
portanto, o nome católico foi dado a ela.
É por isso que Jesus era judeu e nós somos
católicos: Jesus veio para completar a religião judaica através da criação de
uma Igreja que serviria como seu cumprimento e está aberta a pessoas de todas as
raças, não apenas os judeus étnicos. Como católicos, nós somos aqueles que
aceitaram o cumprimento da fé judaica, unindo a Igreja que Jesus fundou.
Traduzido por Tiago Rodrigo da Silva, para o
Veritatis Splendor, do original em inglês “If Jesus was a Jew, why are we
Catholic?” da web site catholic.com.
Fonte Eletrônica;
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