Resposta: Uma prova disso é que o Espírito Santo é mencionado nas Escrituras como tanto o Espírito do Pai (Mt 10,20, Rm 8,10-11, 2 Coríntios 1,21-22, Ef 3,14-16) e como espírito do Filho (Rm 8,09, Gal 4,06, Fil 1,19, 1 Ped 1,11). Declarações dizendo que o Espírito vem "de" as outras duas Pessoas da Trindade indicam que a pessoa está intimamente ligada (assim como o Filho é o Filho do Pai).
A segunda prova é que a relação externa do modelo da Trindade tem seus elos internos. Em João 14,26, o Espírito é dito que procede do Pai, mas um capítulo posterior, em 15:26, Jesus afirma que vai enviar o Espírito do Pai. A mesma relação se reflete em Atos 2,33, onde Pedro afirma que Jesus recebeu o Espírito do Pai e vai envia-lo.
A explicação filosófica disso é encontrada no Concílio de Florença, que afirmou em 1439: "Como o Pai tem por gerações dado ao Filho unigênito tudo o que pertence ao Pai, o Filho, tem também elos eterno com o Pai, de quem ele é eternamente nascido, que o Espírito Santo procede do Filho "(Decreto para os gregos).
O Espírito procede do Pai e do Filho, porque o Pai entregou todas as coisas ao Filho, incluindo a vinda do Espírito Santo. O Catecismo nos ensina:
246. A tradição latina do Credo confessa que o Espírito «procede do Pai e do Filho (Filioque)». O Concílio de Florença, em 1438, explicita: «O Espírito Santo [...] recebe a sua essência e o seu ser ao mesmo tempo do Pai e do Filho, e procede eternamente de um e do outro como dum só Princípio e por uma só espiração [...] E porque tudo o que é do Pai, o próprio Pai o deu ao seu Filho Unigénito, gerando-O, com excepção do seu ser Pai, esta mesma procedência do Espírito Santo, a partir do Filho, Ele a tem eternamente do seu Pai, que eternamente O gerou» (56).
248. A tradição oriental exprime, antes de mais, o carácter de origem primeira do Pai em relação ao Espírito. Ao confessar o Espírito como «saído do Pai» (Jo 15, 26), afirma que Ele procede do Paipelo Filho (58). A tradição ocidental exprime, sobretudo, a comunhão consubstancial entre o Pai e o Filho, ao dizer que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho (Filioque). E di-lo «de maneira legítima e razoável» (59), «porque a ordem eterna das pessoas divinas na sua comunhão consubstancial implica que o Pai seja a origem primeira do Espírito, enquanto «princípio sem princípio» (60), mas também que, enquanto Pai do Filho Único, seja com Ele «o princípio único de que procede o Espírito Santo» (61). Esta legítima complementaridade, se não for exagerada, não afecta a identidade da fé na realidade do mesmo mistério confessado.
264. «O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira; e, pelo dom eterno do Pai ao Filho, procede do Pai e do Filho em comunhão»
Traduzido por Thiago Rodrigo, para o Veritatis Splendor, do original em inglês “How can we use Scripture to show the Holy Spirit proceeds from the Father and the Son?” da web site catholic.com.
Fonte Eletrônica;
Nenhum comentário:
Postar um comentário