Imersos numa sociedade de consumo, cheia de contradições e problemas sem resoluções, sempre é necessário recorrer a algum tipo de ajuda que nos traga um maior conforto em nossa vida diária. Muitas vezes consultamos aqueles amigos conselheiros que sempre dizem a palavra justa ou a solução perfeita; também o psicólogo em diversas oportunidades é sujeito aos pedidos de conforto, mas, aqui no Brasil, a busca do bruxo, do jogador de búzios, da cartomante ou do horóscopo são coisas tão cotidianas e conhecidas como corrupção.
Acreditando de uma maneira quase absoluta que aquela pessoa que realiza nosso horóscopo sabe mais do que nós próprios, nos entregamos cegamente à vontade de algumas folhas de papel, tratando de fazer tudo se encaixar da melhor maneira, como as crianças fazem. E é aí que começa o problema. Em primeiro lugar, vivemos escravos do que dizem os horóscopos e, a partir disso, descobrimos que existe uma vida diferente: a que nós mesmos podemos construir desde o horóscopo até nós. E o que significa isso? Nada menos que deixar de sermos construtores de nossa vida para submetermo-nos a invencionices de algumas relação astrais, amalgamadas com complicados cálculos matemáticos para fazer mais difícil nossa compreensão.
Vejamos um exemplo. A senhora Luíza, antes de realizar um negócio com a sua vizinha, foi consultar um astrólogo. Este, depois de realizar suas tarefas "científicas", diz para a senhora Luíza: "Não é tempo de nenhum tipo de negócio. Você está passando por circunstâncias que a levarão à perda de dinheiro, espere um tempinho. É melhor não ir contra as leis astrais, pois elas possuem o controle de tudo o que acontece no universo..."
Depois destas palavras, ditas com a segurança e a firmeza de um juiz, Luíza foi embora muito contente, acreditando que o melhor para ela seria aquilo que o horóscopo dizia! Lamentavelmente Luíza acreditou mais no horóscopo que em sua própria capacidade, e em Deus...
Cristo em seu Evangelho nos dizia que a fé remove montanhas. Hoje em dia, podemos dizer que a crendice inventa futuros. Logicamente há uma grande diferença entre a fé em Deus e a crendice em feitos humanos. A primeira nos permite chegar àquela vida livre que Deus nos tem preparado e renunciamos à Sua ajuda. Em contrariedade, a segunda nos leva a um fim por caminho, pelo qual nossa vida perambula sem sentido, separando sempre a sentença do horóscopo, para apaziguar nossa angústia, provocada pelo desconhecido futuro. Dizíamos que basta acreditar fortemente em algo para que modificações profundas ocorram, desde a destruição total da vida até conseguir os melhores benefícios e oportunidades que esta mesma vida oferece. É o que ocorre com horóscopo. Portanto, não há poder nele, mas na pessoa que nele acredita. Pelo simples fato de nele acreditar, sua mente começará a trabalhar para conseguir o que se crê.
Nossa mente é como um computador que executa as ordens que lhe damos. Pense que você vai ter um desgosto, condicione-se, acredite nisso e verá o desgosto acontecer, por arte de magia, e você nem sequer precisa consultar o seu horóscopo do dia. Não é fácil?
Autor: Luiz Roberto Turatti
Fonte: Lista "Tradição Católica"
Transmissão: José Augusto
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