Por que Maria é Cheia de Graça?
Porque o Espírito Santo realiza em Maria Santíssima, por vontade de Deus, as expectativas e a preparação do Antigo Testamento para a vinda de Cristo. De forma única enche-a de graça e torna fecunda a sua virgindade para dar à luz o Filho de Deus encarnado. Faz dela a Mãe do «Cristo total», isto é, de Jesus Cabeça e da Igreja que é o seu corpo. Maria está com os Doze no dia de Pentecostes, quando o Espírito inaugura os «últimos tempos» com a manifestação da Igreja.
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Maria é Predestinada?
Sim, porque Deus enviou Seu Filho (Gl 4,4), mas, para "formar-lhe um corpo" quis a livre cooperação de uma criatura. Por isso, desde toda a eternidade, Deus escolheu, para ser a Mãe de Seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré na Galiléia, "uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria" (Lc 1,26-27): Quis o Pai das misericórdias que a Encarnação fosse precedida pela aceitação daquela que era predestinada a ser Mãe de seu Filho, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, uma mulher também contribuísse para a vida.
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Por que a Virgem Maria não tem Pecado?
[i]Para ser a Mãe do Salvador, Maria "foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função". No momento da Anunciação, o anjo Gabriel a saúda como “cheia de graça". Efetivamente, para poder dar o assentimento livre de sua fé ao anúncio de sua vocação era preciso que ela estivesse totalmente sob a moção da graça de Deus.
Ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria, "cumulada de graça" por Deus, foi redimida desde a concepção. E isso que confessa o Dogma da Imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX. A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano foi preservada imune de toda mancha do pecado original.
Esta "santidade resplandecente, absolutamente única" da qual Maria é enriquecida desde o primeiro instante de sua conceição lhe vem inteiramente de Cristo: "Em vista dos méritos de seu Filho, foi redimida de um modo mais sublime". Mais do que qualquer outra pessoa criada, o Pai a "abençoou com toda a sorte de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo" (Ef 1,3). Ele a "escolheu n'Ele (Cristo), desde antes da fundação do mundo, para ser santa e imaculada em sua presença, no amor" (Ef 1,4)
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A Mãe de Jesus Cristo foi Obediente ao Deus Criador?
Maria de Nazaré, que a Igreja ama de todo o coração, praticou um ato de extrema obediência ao Senhor Deus, porque ao anúncio do Arcanjo São Gabriel de que, sem conhecer homem algum, ela conceberia o Filho do Altíssimo pela virtude do Espírito Santo. Maria respondeu com a "obediência da fé", certa de que "nada é impossível a Deus": "Eu sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,37-38). Assim, dando à Palavra de Deus o seu consentimento, Maria se tornou Mãe de Jesus e, abraçando de todo o coração, sem que nenhum pecado a retivesse, a vontade divina de salvação, entregou-se ela mesma totalmente à pessoa e à obra de seu Filho, para servir, na dependência Dele e com Ele, pela graça de Deus, ao Mistério da Redenção.
Como diz Santo Irineu: "obedecendo, se fez causa de salvação tanto para si como para todo o gênero humano". Do mesmo modo, não poucos antigos Padres dizem com ele: "O nó da desobediência de Eva foi desfeito pela obediência de Maria; o que a virgem Eva ligou pela incredulidade a virgem Maria desligou pela fé”. Comparando Maria com Eva, chamam Maria de "mãe dos viventes" e com freqüência afirmam: "Veio a morte por Eva e a vida por Maria”.
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Por que chamamos Maria de Mãe de Deus?
Denominada nos Evangelhos "a Mãe de Jesus" (João 2,1;19,25), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito, desde antes do nascimento de seu Filho, como "a Mãe de meu Senhor" (Lc 1,43). Com efeito, Aquele que ela concebeu no Espírito Santo como homem e que se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus.
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Maria Santíssima é Virgem?
Desde as primeiras formulações da fé, a Igreja confessou que Jesus foi concebido exclusivamente pelo poder do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, afirmando também o aspecto corporal deste evento: Jesus foi concebido "do Espírito Santo, sem sêmen". Os Padres vêem na conceição virginal o sinal de que foi verdadeiramente o Filho de Deus que veio numa humanidade como a nossa: Assim, Santo Inácio de Antioquia diz, (início do século II): "Estais firmemente convencidos acerca de Nosso Senhor, que é verdadeiramente da raça de Davi segundo a carne, Filho de Deus segundo a vontade e o poder de Deus, verdadeiramente nascido de uma virgem... Ele foi verdadeiramente pregado, na sua carne, à cruz por nossa salvação sob Pôncio Pilatos... Ele sofreu verdadeiramente, como também ressuscitou verdadeiramente".
Os relatos evangélicos entendem a conceição virginal como uma obra divina que ultrapassa toda compreensão e toda possibilidade humana: "O que foi gerado nela vem do Espírito Santo", diz o anjo a José acerca de Maria, sua noiva (Mt 1,20). A Igreja vê aí o cumprimento da promessa divina dada pelo profeta Isaias: "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um Filho"
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Maria Santíssima é Virgem Perpétua?
O aprofundamento de sua fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria, mesmo no parto do Filho de Deus feito homem. Com efeito, o nascimento de Cristo "não lhe diminuiu, mas sagrou a integridade virginal" de sua mãe.
A isto objeta-se por vezes que a Escritura menciona Irmãos e irmãs de Jesus. A Igreja sempre entendeu que essas passagens não designam outros filhos da Virgem Maria: com efeito, Tiago e José, "irmãos de Jesus" (Mt 13,55), são os filhos de uma Maria discípula de Cristo que significativamente é designada como "a outra Maria" (Mt 28,1). Trata-se de parentes próximos de Jesus, consoante uma expressão conhecida do Antigo Testamento. Jesus é o Filho Único de Maria. Mas a maternidade espiritual de Maria estende-se a todos os homens que Ele veio salvar: "Ela gerou seu Filho, do qual Deus fez “o primogênito entre uma multidão de irmãos” (Rm 8,29), isto é, entre os fiéis, em cujo nascimento e educação Ela coopera com amor materno.
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Deus Desejou que Maria fosse Sempre Virgem?
Sim, e iluminados por Deus, cada um dos seus filhos, usando do olhar da fé pode descobrir, tendo em mente o conjunto da Revelação, as razões misteriosas pelas quais Deus, em seu desígnio salvífico, quis que seu Filho nascesse de uma virgem. Essas razões tocam tanto a pessoa e a missão redentora de Cristo quanto o acolhimento desta missão por Maria em favor de todos os homens.
A virgindade de Maria manifesta a iniciativa absoluta de Deus Encarnação. Jesus tem um só Pai: Deus. "A natureza humana que Ele assumiu nunca o afastou do Pai...; por natureza, Filho de seu Pai segundo a divindade; por natureza, Filho de sua Mãe, segundo a humanidade; mas propriamente Filho de Deus em suas duas naturezas."
Jesus é concebido pelo poder do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, pois Ele é o Novo Adão que inaugura a nova criação: “O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo homem vem do Céu" (1Cor 15,47). A humanidade de Cristo é, desde a Sua concepção, repleta do Espírito Santo, pois Deus "lhe dá o Espírito sem medida" (Jo 3,34). É da "plenitude d'Ele", cabeça da humanidade remida, que "nós recebemos graça sobre graça" (Jo 1,16).
Jesus, o Novo Adão, inaugura por sua concepção virginal o novo nascimento dos filhos de adoção no Espírito Santo pela fé. "Como se fará isto?" (Lc 1,34). A participação na vida divina não vem "do sangue, nem de uma vontade da carne, nem de uma vontade do homem, mas de Deus" (Jo 1,13). O acolhimento desta vida é virginal, pois esta é totalmente dada pelo Espírito ao homem. O sentido esponsal da vocação humana em relação a Deus é realizado perfeitamente na maternidade virginal de Maria.
Maria é virgem porque sua virgindade é o sinal de sua fé, absolutamente livre de qualquer dúvida", e de sua doação sem reservas à vontade de Deus. É sua fé que lhe concede tomar-se a Mãe do Salvador: - Maria é mais bem-aventurada recebendo a fé de Cristo do que concebendo a carne de Cristo".
Maria é ao mesmo tempo Virgem e Mãe por ser a figura e a mais perfeita realização da Igreja "A Igreja... torna-se também ela Mãe por meio da palavra de Deus que ela recebe na fé, pois pela pregação e pelo Batismo ela gera para a vida nova e imortal os filhos concebidos do Espírito Santo e nascidos de Deus. Ela é também a virgem que guarda, íntegra e puramente, a fé dada a seu Esposo
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Maria ajudou Jesus Cristo na redenção da humanidade?
Maria enquanto companheira do divino Redentor, participa em sua obra, embora de maneira moderada e em virtude de analogia, ela contribui para o tesouro dos méritos de Cristo (assim como os outros santos); enquanto Maria concebeu, deu a luz e alimentou Cristo, assim como o apresentou ao Pai no templo e sofreu com ele, contribuiu de maneira única para a obra do Redentor. Toda influencia benéfica de Maria é transmitida por Cristo; sua influência fomenta a união imediata dos fiéis com Cristo. O trabalho maternal de Maria com os homens não diminui de maneira nenhuma a mediação única de Cristo, mas mostra seu poder
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Por que a Igreja diz que Maria é mediadora?
Porque a Santa Igreja Católica sempre buscou a intercessão de Maria Mãe de Deus, sempre incentivou os fiéis para que assim fizessem, pois na Igreja, a Virgem Maria é invocada sob o título de advogada, ajudante, auxiliadora e mediadora. Ela é a mediadora do mediador Jesus Cristo, Ela distribui "todas as graças que são o tesouro da graça de Cristo".
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Por que devemos honrar a Santíssima Virgem?
Porque Maria foi assunta ao Céu em corpo e alma (Assunção), partiu da vida sem a corrupção do sepulcro. Ela tem uma dignidade régia. Ela é Senhora dos fiéis, é rainha do Universo, e foi elevada ao céu acima de todos os bem-aventurados e anjos. Maria é cultuada na Igreja "como verdadeira Mãe de Deus e do Redentor. Todo louvor rendido a ela e merecido e digno. Convém venerá-la por meio de imagens.
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Qual a relação entre a Igreja Católica e Maria Santíssima?
Maria é imagem e início da Igreja que deve ser consumada no mundo vindouro, nela a Igreja já chegou a perfeição. Ela é a imagem da Igreja.
Maria precede o povo peregrino de Deus, como sinal de esperança e do consolo, antecede os outros no caminho da santidade e sua glorificação antecede à glorificação destinada a todos os outros eleitos. Com a intercessão de Maria a Igreja superará as estruturas do pecado na vida pessoal e social e alcançará a verdadeira libertação que vem de Cristo.
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