A realidade de hoje nós conhecemos: a humanidade é formada por muitos povos e muitas línguas. É isso que Paulo diz em 1Coríntios 14,10: “Existem no mundo não sei quantas espécies de linguagem”. Partamos do princípio que as diferentes línguas testemunham a riqueza da criação e não representam em si um aspecto negativo.
Contudo, a história da contrução da Torre de Babel – Gênesis 11 (veja uma outra resposta) - diz que até então existia uma única língua e a humanidade ainda não se tinha espalhado pela terra. A ocupação de diferentes partes da terra trouxe consigo o surgimento de diversas línguas e, por consequência, a falta de compreensão entre os homens; a partir de então não existe mais unidade de sentimento, de pensamento e de vontade e nascem as guerras. Infelizmente essa confusão não tem um objetivo, mas é uma constatação. A culpa é jogada na língua, mas a multiplicidade linguística não significa pecado. O pecado reside na falta de comunicação. A comunicação é essencial na história da salvação. Deus se comunica. A história da salvação é diálogo entre Deus e o homem. E Deus fala em hebraico, no Antigo Testamento, mas também em grego, no Novo Testamento, e inclusive em português, hoje a cada um de nós. Esse nosso Deus poliglota não peca por ser poliglota, mas se engrandece graças à sua capacidade de dialogar com todos nós. Também a Pentecoste sublinha a importância da capacidade de entender, de dialogar (Atos dos Apóstolos 2,1-36).
Quanto à internet, pode, sem dúvidas, ser um modo de unir os povos e, portanto contribuir à unidade primordial. Mas também tem dentro de si a possibilidade de dividir, quando é usada de modo errado.
FONTE:
http://www.abiblia.org
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