Prezados,
Como evangélico de mente aberta que sou, tenho lido as vossas colocações acerca da fé católica. Entretanto, apesar de não ser um cristão fundamentalista e de crer que existem verdadeiros cristãos dentro da igreja católica, existem coisas muito difíceis para que eu "engula" dentro do vosso corpo doutrinal.
A primeira delas é realmente a controversa intercessão dos santos. Não se pode deixar de se associar a prática com a invocação aos mortos, por mais que se queira diferenciar (não vejo diferença alguma). Quanto a isto, o Velho Testamento nos avisa enfaticamente:
Isaías 8:19 " ...Acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso a favor dos vivos consultará os mortos?"
A parábola do rico e de Lázaro também é bastante elucidativa:
Lucas 16:26 "E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós".
E ainda, mais claramente, vemos que os mortos não têm consciência alguma do que se passa "debaixo do sol", embora estejam vivos para Deus (Mateus 22:32).
Eclesiastes 9:5 " Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma..."
Não é um contra-senso orar para que um morto interceda por nós? Não diz a Escritura que não se pode consultar os mortos pelos vivos? Afinal, em todo o Novo Testamento e até mesmo nas primeiras epístolas dos sucessores dos apóstolos (barnabé, clemente, etc) não vemos tal prática. A única parte da escritura que dá algum suporte à prática está nos livros deuterocanônicos, que muitos pais rejeitaram como inspirados (sei que alguns aceitaram). Aliás, a intercessão que vemos a maioria dos católicos citarem nas escrituras como suporte pela "intercessão dos santos" é SEMPRE de VIVOS para VIVOS. Os textos usados para suportar a prática são usados pelos evangélicos, quando pedem para orar uns pelos outros (vivos por vivos) - que é a prática do NT. Nunca vi uma intercessão de mortos para vivos. Além disso, todos na igreja eram considerados "santos". Paulo chama todos na igreja de santos (ver 1 cor 1:2), não existindo na igreja primitiva a "casta" que se faz atualmente, diferenciando os fiéis dos santos (todos os fiéis são santos). Vemos nas escrituras, contudo, que cada um receberá de acordo com suas obras. Alguns receberão muitas graças e outros poucas, mas todos são santos e justificados por Cristo. O mérito pela salvação é dele. As obras definirão o tamanho do galardão de cada um.
Alguns poderão citar que no apocalipse vemos as almas dos justos que clamam por justiça a Deus, mas a justiça é pela morte injusta que receberam quando em vida. Eles não estão clamando pelos que estão na terra.
Além disso, a maioria do povo não sabe diferenciar a adoração da veneração que vocês tanto colocam. Isto me parece um discurso intelectual, mas na prática o negócio é diferente. O "povão" (mais de 90% dos católicos) adora mesmo às imagens, o santo, etc. Vê nele uma espécie de "atalho" para Deus, pois se sente incapaz de fazer uma "ligação direta" com o Pai. Em suma, fazem do santo uma espécie de "semi-deus". Será que isto agrada mesmo o coração do Pai? Lembremo-nos que Jesus, em sua oração modelo, nos ensina a orar para o Pai. "Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome..." (Lucas 11:2). O próprio Jesus nos ensinou a orar ao Pai - e em nome dele -, e não a homens justos que cumpriram sua missão na terra. Insistir em fazer de outra maneira não é ignorar a vontade que Ele deixou expressa para fazer de uma outra forma? Não é o mesmo que pegar o manual do seu automóvel que diz como deve ser a manutenção e então ignorar o que está dito ali e usar o "jeitinho brasileiro" e fazer de outra forma?
Assim, vejo a prática de invocar os mortos em favor dos vivos como, no mínimo, perigosa. Corre-se o risco de cair na condenação de Deus acerca de quem faz tais práticas. Não estou, contudo, querendo julgar. Não cabe a mim fazê-lo e tampouco me considero dono da verdade. Mas acredito que estas considerações são realmente pertinentes, e quero ver a vossa resposta quanto a esta questão.
Como evangélico de mente aberta que sou, tenho lido as vossas colocações acerca da fé católica. Entretanto, apesar de não ser um cristão fundamentalista e de crer que existem verdadeiros cristãos dentro da igreja católica, existem coisas muito difíceis para que eu "engula" dentro do vosso corpo doutrinal.
A primeira delas é realmente a controversa intercessão dos santos. Não se pode deixar de se associar a prática com a invocação aos mortos, por mais que se queira diferenciar (não vejo diferença alguma). Quanto a isto, o Velho Testamento nos avisa enfaticamente:
Isaías 8:19 " ...Acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso a favor dos vivos consultará os mortos?"
A parábola do rico e de Lázaro também é bastante elucidativa:
Lucas 16:26 "E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós".
E ainda, mais claramente, vemos que os mortos não têm consciência alguma do que se passa "debaixo do sol", embora estejam vivos para Deus (Mateus 22:32).
Eclesiastes 9:5 " Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma..."
Não é um contra-senso orar para que um morto interceda por nós? Não diz a Escritura que não se pode consultar os mortos pelos vivos? Afinal, em todo o Novo Testamento e até mesmo nas primeiras epístolas dos sucessores dos apóstolos (barnabé, clemente, etc) não vemos tal prática. A única parte da escritura que dá algum suporte à prática está nos livros deuterocanônicos, que muitos pais rejeitaram como inspirados (sei que alguns aceitaram). Aliás, a intercessão que vemos a maioria dos católicos citarem nas escrituras como suporte pela "intercessão dos santos" é SEMPRE de VIVOS para VIVOS. Os textos usados para suportar a prática são usados pelos evangélicos, quando pedem para orar uns pelos outros (vivos por vivos) - que é a prática do NT. Nunca vi uma intercessão de mortos para vivos. Além disso, todos na igreja eram considerados "santos". Paulo chama todos na igreja de santos (ver 1 cor 1:2), não existindo na igreja primitiva a "casta" que se faz atualmente, diferenciando os fiéis dos santos (todos os fiéis são santos). Vemos nas escrituras, contudo, que cada um receberá de acordo com suas obras. Alguns receberão muitas graças e outros poucas, mas todos são santos e justificados por Cristo. O mérito pela salvação é dele. As obras definirão o tamanho do galardão de cada um.
Alguns poderão citar que no apocalipse vemos as almas dos justos que clamam por justiça a Deus, mas a justiça é pela morte injusta que receberam quando em vida. Eles não estão clamando pelos que estão na terra.
Além disso, a maioria do povo não sabe diferenciar a adoração da veneração que vocês tanto colocam. Isto me parece um discurso intelectual, mas na prática o negócio é diferente. O "povão" (mais de 90% dos católicos) adora mesmo às imagens, o santo, etc. Vê nele uma espécie de "atalho" para Deus, pois se sente incapaz de fazer uma "ligação direta" com o Pai. Em suma, fazem do santo uma espécie de "semi-deus". Será que isto agrada mesmo o coração do Pai? Lembremo-nos que Jesus, em sua oração modelo, nos ensina a orar para o Pai. "Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome..." (Lucas 11:2). O próprio Jesus nos ensinou a orar ao Pai - e em nome dele -, e não a homens justos que cumpriram sua missão na terra. Insistir em fazer de outra maneira não é ignorar a vontade que Ele deixou expressa para fazer de uma outra forma? Não é o mesmo que pegar o manual do seu automóvel que diz como deve ser a manutenção e então ignorar o que está dito ali e usar o "jeitinho brasileiro" e fazer de outra forma?
Assim, vejo a prática de invocar os mortos em favor dos vivos como, no mínimo, perigosa. Corre-se o risco de cair na condenação de Deus acerca de quem faz tais práticas. Não estou, contudo, querendo julgar. Não cabe a mim fazê-lo e tampouco me considero dono da verdade. Mas acredito que estas considerações são realmente pertinentes, e quero ver a vossa resposta quanto a esta questão.
RESPOSTA A PERGUNTA
O primeiro parágrafo da sua missiva já revela uma característica muito comum entre os protestantes, aliás, uma característica intrínseca ao protestantismo. Refiro-me ao uso do pronome “eu” (“(...) existem coisas muito difíceis para que eu ‘engula’ dentro do vosso corpo doutrinal.”). As suas próprias palavras indicam que você, ainda que inconscientemente e com a melhor das intenções, despreza, em primeiro lugar, todo o entendimento dos que não são você (ou que não pensam como você). Em outras palavras, no seu modo de ver, se é difícil que você “engula” algo, então esse algo muito provavelmente (ou até certamente) está errado, mesmo que os maiores santos e sábios do mundo o considerem digno de fé. Em segundo lugar, o “corpo doutrinal” ao qual você se refere, e dentro do qual, na sua opinião, existem coisas muito difíceis de ser “engolidas”, é o corpo doutrinal que remonta a Cristo e aos Apóstolos, tendo sido recebido e preservado pela Igreja desde os primórdios do cristianismo até os dias de hoje, e corroborado, tanto na teoria quanto na prática, por incontáveis santos e teólogos cristãos ao longo dos séculos. Não obstante, o único critério epistemológico que realmente importa para você é que algo seja fácil ou difícil de ser “engolido” por você. Em outras palavras, para que algo seja verdadeiro, é preciso que lhe pareça ser razoável: “Isso eu engulo... Aquilo eu não engulo...”. Talvez você se considere mais sensato e sábio do que S. Tomás de Aquino, por exemplo, ou S. Agostinho, ou tantos outros gênios da teologia cristã católica. O mínimo que eu posso dizer com relação a essa presunção é que se trata de uma temeridade. E gostaria de abrir aqui um pequeno parêntese: não é uma atitude típica dos adolescentes e dos jovens desprezar o conhecimento e a experiência dos pais (e das pessoas mais velhas de um modo geral), preferindo seguir e fazer aquilo que lhes pareça certo? E invariavelmente o tempo mostra aos moços e moças quão imprudente é desprezar a sabedoria dos que nos precedem. Se estou dizendo isso não é para lhe provocar, nem para lhe chamar de imaturo, mas sim para levá-lo a refletir sobre o modo pelo qual você tem se posicionado com relação à fé cristã, essa fé que não nasceu ontem, nem há 500 anos, mas que tem 2.000 de história. Digo-o por experiência própria (embora não devamos julgar ninguém a partir de nós mesmos): eu também já achei que a minha compreensão bastava, que o que importava era o que me parecia ser razoável e correto. Eu achava que a fé cristã é que devia se adequar ao meu entendimento, e não o meu entendimento se adequar à fé cristã! Eu achava não só possível que gênios da teologia católica (tanto clérigos quanto leigos) tivessem se equivocado, mas que isso realmente tinha acontecido, ou seja, que esses homens e mulheres, que não tinham outra preocupação além de se manterem fiéis à bimilenar fé católica e à Igreja que a tem preservado, lamentavelmente erraram, pois, incrivelmente, não perceberam aquilo que eu percebia... E assim foi até que Deus, por Sua infinita misericórdia e graça, abriu meus olhos e então eu pude compreender que na realidade era eu que estava errado, que eram o meu orgulho e a minha presunção que me impediam de aceitar e seguir a doutrina tal como ensinada pela única Igreja da qual podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que foi fundada por Jesus Cristo em pessoa com a explícita incumbência de ensinar a toda à humanidade a verdadeira doutrina cristã, acima dos subjetivismos e gostos pessoais. E nesse momento eu não pude fazer outra coisa senão abraçar a fé católica.
Dito isto, convido-o a refletir comigo sobre as objeções à intercessão e à veneração dos santos suscitadas por você:
1) Com relação à oração aos santos (seja na forma de veneração ou de pedido de intercessão junto a Deus), é de fundamental importância distinguir as palavras "invocação" e "evocação". Nós católicos invocamos os santos conforme a primeira acepção do verbo "invocar" de acordo com o Dicionário Aurélio: "Implorar a proteção ou auxílio de; fazer súplicas a; chamar em seu socorro". Isso nada tem a ver com “evocação dos mortos” (de acordo com o Aurélio: "1. Chamar de algum lugar. 2.Fazer aparecer, chamando por meio de esconjuros, invocações ou exorcismos [as almas do outro mundo, os demônios]."). Quem dirige uma prece a um santo não está, de forma alguma, “consultando” a um morto, mas está se dirigindo a uma pessoa viva, e podemos dizer até muito mais viva do que nós, pois já goza da bem-aventurança eterna junto a Deus, e por isso mesmo pode interceder por nós com muito mais eficácia. Com relação à diferença entre "evocar" e "invocar", recomendamos a leitura do artigo "EVOCAÇÃO DE ESPÍRITOS X INVOCAÇÃO DOS SANTOS ", escrito por Renato Rosman, membro deste apostolado, e publicado em nosso site.
2) Que os mortos não têm consciência do que se passa “debaixo do sol”, trata-se de mera conjectura sua, ou seja, você simplesmente pensa assim, interpretando ao seu bel-prazer e de forma estritamente literal passagens como a de Eclesiastes 9,5. Mas você realmente não poderia agir de outra forma, já que, na sua visão, a Bíblia (ou melhor, a sua interpretação da Bíblia) é o bastante, e a Tradição e o ensino do Magistério da Igreja não só podem como devem ser dispensados. Ou seja, não há que se levar em consideração o conjunto da doutrina ensinada pela Igreja, mas tão-somente esta ou aquela passagem isolada e interpretada subjetivamente.
3) Embora a doutrina da veneração e da intercessão dos santos remonte aos primórdios da fé cristã, ela foi se desenvolvendo e se clarificando gradativamente, assim como outros dogmas cristãos, como a Trindade e a divindade de Cristo. Nesse sentido, não surpreende o fato de que não haja referências explícitas à doutrina dos santos nas epístolas bíblicas e nos primeiros escritos cristãos. A esse respeito, recomendo a leitura do e-bookMARIA, OS SANTOS E OS ANJOS”. “
4) No que se refere à fundamentação escriturística da doutrina dos santos, é importante ressaltar que somente à Igreja (e não a este ou aquele teólogo) foi confiada a autoridade para definir o cânon, e foi com essa mesma autoridade que a Igreja sancionou a doutrina da veneração e da intercessão dos santos. Ademais, você encontrará em nosso “ÍNDICE TEMÁTICO” uma série de artigos que demonstram a insustentabilidade do princípio protestante Sola Scriptura.
5) De fato, todos os cristãos são chamados à santidade, mas isso em nada impede que a Igreja, com a autoridade que lhe é própria e exclusiva, proclame santos — dignos de veneração e aptos a interceder por nós — alguns homens e mulheres especiais. Ademais, embora todos sejamos salvos por Cristo e tão-somente por Ele, você não acha que alguns dentre nós são mais dignos de honra do que outros? Que uns são mais consagrados a Deus e receberam dEle, que é soberano, mais e melhores dons do que outros? E note que o Apóstolo Paulo exortou os cristãos de sua época a lhe imitarem e a seguirem o seu exemplo, bem como o de outros irmãos. Veja:
“Por isso, vos conjuro a que sejais meus imitadores.´Para isso é que vos enviei Timóteo, meu filho muito amado e fiel no Senhor. Ele vos recordará as minhas normas de conduta, tais como as ensino por toda parte, em todas as igrejas.” (I Cor 4,16-17)
“Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo. Eu vos felicito, porque em tudo vos lembrais de mim, e guardais as minhas instruções, tais como eu vo-las transmiti.” (I Cor 11,1-2)
“Irmãos, sede meus imitadores, e olhai atentamente para os que vivem segundo o exemplo que nós vos damos.” (Fl 3,17)
“E vós vos fizestes imitadores nossos e do Senhor, ao receberdes a palavra, apesar das muitas tribulações, com a alegria do Espírito Santo, de sorte que vos tornastes modelo para todos os fiéis da Macedônia e da Acaia.” (I Ts 1,6-7)
6) Com relação aos santos citados no Apocalipse, você afirma categoricamente: “Eles não estão clamando pelos que estão na terra.” Mais uma conjectura sua. Baseado em quê, além da sua interpretação particular, você faz essa afirmação? Por acaso você recebeu, diretamente do Espírito Santo, a verdadeira interpretação da referida passagem bíblica? Enfim, qual interpretação você considera a mais provável de estar correta: a sua ou a da Igreja?
7) Você também afirma que “a maioria do povo não sabe diferenciar a adoração da veneração que vocês tanto colocam. Isto me parece um discurso intelectual, mas na prática o negócio é diferente. O ‘povão’ (mais de 90% dos católicos) adora mesmo às imagens, o santo, etc. Vê nele uma espécie de ‘atalho’ para Deus, pois se sente incapaz de fazer uma ‘ligação direta’ com o Pai.” Essa é apenas a sua visão da realidade, e você toma essa visão como se fosse a realidade em si. Não é verdade que o “povão” não sabe diferenciar adoração (devida tão-somente a Deus) de veneração (prestada aos santos e especialmente à Virgem Maria). Os fiéis sabem perfeitamente que todo o poder é de Deus, e que é Ele quem atende às orações e opera os milagres. Pode perguntar isso a qualquer fiel católico, até ao mais simples. Também não é verdade que os católicos “adoram” as imagens, ao contrário, sabem que a veneração não se dirige diretamente às imagens em si, mas sim aos santos que elas representam, como se fossem retratos tridimensionais de pessoas queridas (não obstante, algumas imagens são mais especialmente estimadas, como a de Nossa Senhora Aparecida ou à de Nossa Senhora de Guadalupe, pelo sentido sagrado que elas mesmas têm, bem como pela piedade e pela fé que despertam nos fiéis).
Quanto aos santos serem “atalhos” para Deus, trata-se de uma questão de humildade e até mesmo de sensatez pedir a alguém mais próximo de Deus que interceda por nós. Aliás, não é comum pedirmos a um cristão, aqui na terra mesmo, mais consagrado e com uma fé mais fervorosa, que ore por nós? Por que não poderíamos fazer o mesmo com os santos já no céu, ainda mais sendo tal prática aprovada e estimulada pela Igreja de Cristo? Ademais, essa prática de modo algum impede que cada católico ore diretamente a Deus, sem recorrer a nenhum santo, mas, como temos essa possibilidade, não há porque não fazê-lo. Assim, oramos diretamente a Deus, mas também pedimos aos santos e à Santíssima Virgem Maria que intercedam por nós.
8) Você prossegue dizendo: “Em suma, fazem do santo uma espécie de ‘semi-deus’. Será que isto agrada mesmo o coração do Pai?”. Temos aqui uma inverdade e uma especulação muito comum entre os protestantes. A inverdade se refere à idéia de que os santos seriam como “semi-deuses”, o que não passa de mera opinião. Nós católicos não vemos nenhum santo como “semi-deus”. Nós os vemos como nossos irmãos mais velhos, amigos caríssimos que estão sempre prontos a interceder por nós quando lhes pedimos ajuda. E aqui há um dado de suma importância: quem está de fora não consegue e nem pode saber como é a relação dos católicos com os santos. Digo-o também por experiência própria. Somente quem se converte à fé católica, passando a freqüentar as paróquias e a conviver com os católicos, é que pode saber realmente como os católicos vêem os santos e a Virgem Maria. Para quem está de fora, tudo pode parecer “idolatria”, “superstição”, “paganismo” etc. Mas a realidade é bem diferente.
Quanto à sua pergunta (“Será que isto agrada mesmo o coração do Pai?”), é importante observar que, no que se refere à intercessão/veneração dos santos, não pode haver mesquinhez. Não quero ofender ninguém, mas a verdade é que um espírito mesquinho não é capaz de compreender o profundo sentido da veneração e da intercessão dos santos, e essa mesquinhez, por seu turno, acaba sendo projetada em Deus. Se fosse possível resumir toda a doutrina dos santos em duas palavras, eu a resumiria em justiça e amor. É uma questão de justiça reconhecer os méritos de cada um, bem como a honra que é devida às pessoas, em maior ou menor grau. Ora, como Deus, que é a Suma Justiça, não reconheceria os méritos dos Seus filhos? E como Ele poderia ficar “magoado” com o fato de nós também reconhecermos os méritos dos santos e assim lhes prestarmos a honra merecida (e devida)? Ademais, ao honrarmos os santos, honramos a Deus, que é o doador de toda a graça e é quem opera nos santos e através deles, para a Sua honra e para Sua glória. Além disso, qual o pai que não se sente feliz e honrado quando lhe elogiamos um filho? Só um pai muito mesquinho e ciumento, defeitos que Deus, Ser perfeito, evidentemente não pode ter.
Mas a veneração dos santos não é somente uma questão de justiça, é também uma questão de amor. Amor pela obra de Deus, por Sua graça, Sua misericórdia e Seu poder demonstrados na vida dos santos; amor por aqueles que deram a vida em prol da Igreja, no serviço a Deus e ao próximo; amor àqueles que foram (são) exemplos de fé, de piedade, de consagração, de resignação, de sabedoria, de paciência, enfim, das mais sublimes virtudes de que o ser humano é capaz; finalmente, amor a Deus e à Igreja que Ele mesmo fundou, da qual os santos são os baluartes e luminares, além de nossos companheiros em todo o desenrolar da história.
9) Finalmente, você escreve: “Insistir em fazer de outra maneira não é ignorar a vontade que Ele deixou expressa para fazer de uma outra forma? Não é o mesmo que pegar o manual do seu automóvel que diz como deve ser a manutenção e então ignorar o que está dito ali e usar o ‘jeitinho brasileiro’ e fazer de outra forma?” De fato, insistir em desprezar a Igreja que Cristo fundou é realmente “ignorar a vontade que Ele deixou expressa para fazer de uma outra forma”. Com efeito, Cristo não poderia ter escolhido doze Apóstolos à toa, para que, quando eles morressem, a Igreja ficasse acéfala, isto é, sem nenhuma autoridade visível e legítima à qual os cristãos pudessem (devessem) seguir, deixando assim que cada indivíduo seguisse a fé como melhor lhe parecesse. Não foi essa a vontade de Deus, pois, se assim fosse, Ele não teria fundado Sua Igreja e a confiado aos Apóstolos, sob a chefia de Pedro, ao contrário, não teria eleito ninguém, entre os seus discípulos, como Apóstolos, teria deixado que todos fossem “iguais” e que cada um O seguisse à sua maneira. Mas Ele disse a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,15-17), Ele não quis que cada ovelha “se auto-apascentasse”, ao contrário, incumbiu expressamente a Pedro dessa tarefa. Se essa não foi a vontade expressa de Deus para nós, qual terá sido?
Quanto ao exemplo do “manual”, eu lhe perguntaria: você, não sendo mecânico, confiaria a manutenção e o eventual conserto do seu automóvel a um “leigo” ou a um “curioso”, ainda que honesto e bem-intencionado? Entregue o manual de um automóvel a um leigo, deixe-o sozinho e incumba-o de fazer toda a manutenção do carro, e você verá o estrago que ele fará. Não é muito mais prudente que alguém realmente gabaritado ensine a esse voluntarioso leigo como cuidar do seu carro? No caso do manual cristão por excelência, a Escritura Sagrada, evidentemente se faz necessário que alguém explique o verdadeiro sentido do que está escrito, e obviamente não pode haver inúmeros “professores”, cada um ensinando uma coisa, muito menos “autodidatas” que dispensem o professor. O assunto é infinitamente mais importante do que a manutenção de um automóvel. É o nosso destino eterno que está em jogo. Foi por isso que Cristo, em toda a Sua sabedoria e misericórdia, deixou-nos a Igreja, a qual, mediante o Sagrado Magistério, tem a autoridade, a legitimidade e o conhecimento necessários para nos ensinar com segurança o caminho para a vida eterna.
Que Deus lhe abençoe, tenha misericórdia de você e lhe conceda, o quanto antes, a graça de enxergar na Igreja Católica Apostólica Romana a verdadeira e única Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo. E então você começará a trocar o pronome “eu” pelo pronome “nós”, juntando-se àqueles que, há 2.000 anos, têm simplesmente procurado ser fiéis a Cristo e à Igreja que Ele fundou.
Para encerrar, recomendo a leitura dos artigos abaixo, que tratam da intercessão dos santos. Recomendo também uma visita ao nosso “ÍNDICE TEMÁTICO”, onde você poderá encontrar respostas para diversas questões e objeções, além das razões da nossa fé.
· A intercessão dos santos
· Leitor pede que refutemos questionamentos protestantes
· Mais reflexões sobre a intercessão dos santos
· Leitor pergunta sobre a oração de intercessão dos santos
· Leitor protestante pergunta sobre a intercessão dos santos
· Leitor protestante pergunta sobre santos, a Virgem e livros de teologia
· Resposta a um leitor "incrédulo"
· Respostas aos protestantes sobre a intercessão dos anjos e santos
· Respostas aos protestantes sobre as relíquias milagrosas
· Santos: uma possível resposta
Em Cristo, Marcos M. Grillo
Dito isto, convido-o a refletir comigo sobre as objeções à intercessão e à veneração dos santos suscitadas por você:
1) Com relação à oração aos santos (seja na forma de veneração ou de pedido de intercessão junto a Deus), é de fundamental importância distinguir as palavras "invocação" e "evocação". Nós católicos invocamos os santos conforme a primeira acepção do verbo "invocar" de acordo com o Dicionário Aurélio: "Implorar a proteção ou auxílio de; fazer súplicas a; chamar em seu socorro". Isso nada tem a ver com “evocação dos mortos” (de acordo com o Aurélio: "1. Chamar de algum lugar. 2.Fazer aparecer, chamando por meio de esconjuros, invocações ou exorcismos [as almas do outro mundo, os demônios]."). Quem dirige uma prece a um santo não está, de forma alguma, “consultando” a um morto, mas está se dirigindo a uma pessoa viva, e podemos dizer até muito mais viva do que nós, pois já goza da bem-aventurança eterna junto a Deus, e por isso mesmo pode interceder por nós com muito mais eficácia. Com relação à diferença entre "evocar" e "invocar", recomendamos a leitura do artigo "EVOCAÇÃO DE ESPÍRITOS X INVOCAÇÃO DOS SANTOS ", escrito por Renato Rosman, membro deste apostolado, e publicado em nosso site.
2) Que os mortos não têm consciência do que se passa “debaixo do sol”, trata-se de mera conjectura sua, ou seja, você simplesmente pensa assim, interpretando ao seu bel-prazer e de forma estritamente literal passagens como a de Eclesiastes 9,5. Mas você realmente não poderia agir de outra forma, já que, na sua visão, a Bíblia (ou melhor, a sua interpretação da Bíblia) é o bastante, e a Tradição e o ensino do Magistério da Igreja não só podem como devem ser dispensados. Ou seja, não há que se levar em consideração o conjunto da doutrina ensinada pela Igreja, mas tão-somente esta ou aquela passagem isolada e interpretada subjetivamente.
3) Embora a doutrina da veneração e da intercessão dos santos remonte aos primórdios da fé cristã, ela foi se desenvolvendo e se clarificando gradativamente, assim como outros dogmas cristãos, como a Trindade e a divindade de Cristo. Nesse sentido, não surpreende o fato de que não haja referências explícitas à doutrina dos santos nas epístolas bíblicas e nos primeiros escritos cristãos. A esse respeito, recomendo a leitura do e-bookMARIA, OS SANTOS E OS ANJOS”. “
4) No que se refere à fundamentação escriturística da doutrina dos santos, é importante ressaltar que somente à Igreja (e não a este ou aquele teólogo) foi confiada a autoridade para definir o cânon, e foi com essa mesma autoridade que a Igreja sancionou a doutrina da veneração e da intercessão dos santos. Ademais, você encontrará em nosso “ÍNDICE TEMÁTICO” uma série de artigos que demonstram a insustentabilidade do princípio protestante Sola Scriptura.
5) De fato, todos os cristãos são chamados à santidade, mas isso em nada impede que a Igreja, com a autoridade que lhe é própria e exclusiva, proclame santos — dignos de veneração e aptos a interceder por nós — alguns homens e mulheres especiais. Ademais, embora todos sejamos salvos por Cristo e tão-somente por Ele, você não acha que alguns dentre nós são mais dignos de honra do que outros? Que uns são mais consagrados a Deus e receberam dEle, que é soberano, mais e melhores dons do que outros? E note que o Apóstolo Paulo exortou os cristãos de sua época a lhe imitarem e a seguirem o seu exemplo, bem como o de outros irmãos. Veja:
“Por isso, vos conjuro a que sejais meus imitadores.´Para isso é que vos enviei Timóteo, meu filho muito amado e fiel no Senhor. Ele vos recordará as minhas normas de conduta, tais como as ensino por toda parte, em todas as igrejas.” (I Cor 4,16-17)
“Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo. Eu vos felicito, porque em tudo vos lembrais de mim, e guardais as minhas instruções, tais como eu vo-las transmiti.” (I Cor 11,1-2)
“Irmãos, sede meus imitadores, e olhai atentamente para os que vivem segundo o exemplo que nós vos damos.” (Fl 3,17)
“E vós vos fizestes imitadores nossos e do Senhor, ao receberdes a palavra, apesar das muitas tribulações, com a alegria do Espírito Santo, de sorte que vos tornastes modelo para todos os fiéis da Macedônia e da Acaia.” (I Ts 1,6-7)
6) Com relação aos santos citados no Apocalipse, você afirma categoricamente: “Eles não estão clamando pelos que estão na terra.” Mais uma conjectura sua. Baseado em quê, além da sua interpretação particular, você faz essa afirmação? Por acaso você recebeu, diretamente do Espírito Santo, a verdadeira interpretação da referida passagem bíblica? Enfim, qual interpretação você considera a mais provável de estar correta: a sua ou a da Igreja?
7) Você também afirma que “a maioria do povo não sabe diferenciar a adoração da veneração que vocês tanto colocam. Isto me parece um discurso intelectual, mas na prática o negócio é diferente. O ‘povão’ (mais de 90% dos católicos) adora mesmo às imagens, o santo, etc. Vê nele uma espécie de ‘atalho’ para Deus, pois se sente incapaz de fazer uma ‘ligação direta’ com o Pai.” Essa é apenas a sua visão da realidade, e você toma essa visão como se fosse a realidade em si. Não é verdade que o “povão” não sabe diferenciar adoração (devida tão-somente a Deus) de veneração (prestada aos santos e especialmente à Virgem Maria). Os fiéis sabem perfeitamente que todo o poder é de Deus, e que é Ele quem atende às orações e opera os milagres. Pode perguntar isso a qualquer fiel católico, até ao mais simples. Também não é verdade que os católicos “adoram” as imagens, ao contrário, sabem que a veneração não se dirige diretamente às imagens em si, mas sim aos santos que elas representam, como se fossem retratos tridimensionais de pessoas queridas (não obstante, algumas imagens são mais especialmente estimadas, como a de Nossa Senhora Aparecida ou à de Nossa Senhora de Guadalupe, pelo sentido sagrado que elas mesmas têm, bem como pela piedade e pela fé que despertam nos fiéis).
Quanto aos santos serem “atalhos” para Deus, trata-se de uma questão de humildade e até mesmo de sensatez pedir a alguém mais próximo de Deus que interceda por nós. Aliás, não é comum pedirmos a um cristão, aqui na terra mesmo, mais consagrado e com uma fé mais fervorosa, que ore por nós? Por que não poderíamos fazer o mesmo com os santos já no céu, ainda mais sendo tal prática aprovada e estimulada pela Igreja de Cristo? Ademais, essa prática de modo algum impede que cada católico ore diretamente a Deus, sem recorrer a nenhum santo, mas, como temos essa possibilidade, não há porque não fazê-lo. Assim, oramos diretamente a Deus, mas também pedimos aos santos e à Santíssima Virgem Maria que intercedam por nós.
8) Você prossegue dizendo: “Em suma, fazem do santo uma espécie de ‘semi-deus’. Será que isto agrada mesmo o coração do Pai?”. Temos aqui uma inverdade e uma especulação muito comum entre os protestantes. A inverdade se refere à idéia de que os santos seriam como “semi-deuses”, o que não passa de mera opinião. Nós católicos não vemos nenhum santo como “semi-deus”. Nós os vemos como nossos irmãos mais velhos, amigos caríssimos que estão sempre prontos a interceder por nós quando lhes pedimos ajuda. E aqui há um dado de suma importância: quem está de fora não consegue e nem pode saber como é a relação dos católicos com os santos. Digo-o também por experiência própria. Somente quem se converte à fé católica, passando a freqüentar as paróquias e a conviver com os católicos, é que pode saber realmente como os católicos vêem os santos e a Virgem Maria. Para quem está de fora, tudo pode parecer “idolatria”, “superstição”, “paganismo” etc. Mas a realidade é bem diferente.
Quanto à sua pergunta (“Será que isto agrada mesmo o coração do Pai?”), é importante observar que, no que se refere à intercessão/veneração dos santos, não pode haver mesquinhez. Não quero ofender ninguém, mas a verdade é que um espírito mesquinho não é capaz de compreender o profundo sentido da veneração e da intercessão dos santos, e essa mesquinhez, por seu turno, acaba sendo projetada em Deus. Se fosse possível resumir toda a doutrina dos santos em duas palavras, eu a resumiria em justiça e amor. É uma questão de justiça reconhecer os méritos de cada um, bem como a honra que é devida às pessoas, em maior ou menor grau. Ora, como Deus, que é a Suma Justiça, não reconheceria os méritos dos Seus filhos? E como Ele poderia ficar “magoado” com o fato de nós também reconhecermos os méritos dos santos e assim lhes prestarmos a honra merecida (e devida)? Ademais, ao honrarmos os santos, honramos a Deus, que é o doador de toda a graça e é quem opera nos santos e através deles, para a Sua honra e para Sua glória. Além disso, qual o pai que não se sente feliz e honrado quando lhe elogiamos um filho? Só um pai muito mesquinho e ciumento, defeitos que Deus, Ser perfeito, evidentemente não pode ter.
Mas a veneração dos santos não é somente uma questão de justiça, é também uma questão de amor. Amor pela obra de Deus, por Sua graça, Sua misericórdia e Seu poder demonstrados na vida dos santos; amor por aqueles que deram a vida em prol da Igreja, no serviço a Deus e ao próximo; amor àqueles que foram (são) exemplos de fé, de piedade, de consagração, de resignação, de sabedoria, de paciência, enfim, das mais sublimes virtudes de que o ser humano é capaz; finalmente, amor a Deus e à Igreja que Ele mesmo fundou, da qual os santos são os baluartes e luminares, além de nossos companheiros em todo o desenrolar da história.
9) Finalmente, você escreve: “Insistir em fazer de outra maneira não é ignorar a vontade que Ele deixou expressa para fazer de uma outra forma? Não é o mesmo que pegar o manual do seu automóvel que diz como deve ser a manutenção e então ignorar o que está dito ali e usar o ‘jeitinho brasileiro’ e fazer de outra forma?” De fato, insistir em desprezar a Igreja que Cristo fundou é realmente “ignorar a vontade que Ele deixou expressa para fazer de uma outra forma”. Com efeito, Cristo não poderia ter escolhido doze Apóstolos à toa, para que, quando eles morressem, a Igreja ficasse acéfala, isto é, sem nenhuma autoridade visível e legítima à qual os cristãos pudessem (devessem) seguir, deixando assim que cada indivíduo seguisse a fé como melhor lhe parecesse. Não foi essa a vontade de Deus, pois, se assim fosse, Ele não teria fundado Sua Igreja e a confiado aos Apóstolos, sob a chefia de Pedro, ao contrário, não teria eleito ninguém, entre os seus discípulos, como Apóstolos, teria deixado que todos fossem “iguais” e que cada um O seguisse à sua maneira. Mas Ele disse a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,15-17), Ele não quis que cada ovelha “se auto-apascentasse”, ao contrário, incumbiu expressamente a Pedro dessa tarefa. Se essa não foi a vontade expressa de Deus para nós, qual terá sido?
Quanto ao exemplo do “manual”, eu lhe perguntaria: você, não sendo mecânico, confiaria a manutenção e o eventual conserto do seu automóvel a um “leigo” ou a um “curioso”, ainda que honesto e bem-intencionado? Entregue o manual de um automóvel a um leigo, deixe-o sozinho e incumba-o de fazer toda a manutenção do carro, e você verá o estrago que ele fará. Não é muito mais prudente que alguém realmente gabaritado ensine a esse voluntarioso leigo como cuidar do seu carro? No caso do manual cristão por excelência, a Escritura Sagrada, evidentemente se faz necessário que alguém explique o verdadeiro sentido do que está escrito, e obviamente não pode haver inúmeros “professores”, cada um ensinando uma coisa, muito menos “autodidatas” que dispensem o professor. O assunto é infinitamente mais importante do que a manutenção de um automóvel. É o nosso destino eterno que está em jogo. Foi por isso que Cristo, em toda a Sua sabedoria e misericórdia, deixou-nos a Igreja, a qual, mediante o Sagrado Magistério, tem a autoridade, a legitimidade e o conhecimento necessários para nos ensinar com segurança o caminho para a vida eterna.
Que Deus lhe abençoe, tenha misericórdia de você e lhe conceda, o quanto antes, a graça de enxergar na Igreja Católica Apostólica Romana a verdadeira e única Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo. E então você começará a trocar o pronome “eu” pelo pronome “nós”, juntando-se àqueles que, há 2.000 anos, têm simplesmente procurado ser fiéis a Cristo e à Igreja que Ele fundou.
Para encerrar, recomendo a leitura dos artigos abaixo, que tratam da intercessão dos santos. Recomendo também uma visita ao nosso “ÍNDICE TEMÁTICO”, onde você poderá encontrar respostas para diversas questões e objeções, além das razões da nossa fé.
· A intercessão dos santos
· Leitor pede que refutemos questionamentos protestantes
· Mais reflexões sobre a intercessão dos santos
· Leitor pergunta sobre a oração de intercessão dos santos
· Leitor protestante pergunta sobre a intercessão dos santos
· Leitor protestante pergunta sobre santos, a Virgem e livros de teologia
· Resposta a um leitor "incrédulo"
· Respostas aos protestantes sobre a intercessão dos anjos e santos
· Respostas aos protestantes sobre as relíquias milagrosas
· Santos: uma possível resposta
Em Cristo, Marcos M. Grillo
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