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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

AS VITORIAS DOS PENTECOSTAIS

Se estamos perdendo e eles vencendo? Nem um nem outro casam. Templos cheios e multidões não significam vitória, da mesma forma que praças apinhadas não significaram vitória do nazismo ou do comunismo. Durou o tempo que durou! Nossos templos cheios de ontem também não significavam vitória. Números e milagres não provam que Deus elegeu alguém. Não sou eu quem o diz; foi Jesus quem o disse! ( Mt 7,15-23) ( Mt 24, 11-26)
Perguntado sobre o que eu achava das vitórias dos irmãos pentecostais, dei a minha opinião. A pergunta e a resposta vieram no plural: “vitórias”. De fato, ressaltei, tratava-se de muitas vitórias, uma depois da outra. Mas vitória temporária é exatamente o que é: vitória temporária, onda, tendência.
No momento, que pode durar algumas décadas e até séculos o meu ângulo da fé em Jesus está perdendo espaço. Não oro em línguas, não expulso demônios, não sei se Deus opera curas por mim, embora haja quem diga que foi curado ao ouvir uma palestra, uma canção ou mensagem minha. Deus seja louvado, mas não trabalho dessa forma! Não garanto curas e milagres nas concentrações que presido, não puxo pelo “entregue-se a Jesus aqui-agora-já”, não carrego na emoção, embora haja quem chore ao ouvir minhas canções, não me governo por arroubos de fé; não oro com voz chorosa, não fecho os olhos, não crispo o rosto. Interiorizo e só Deus sabe o que estou sentindo naquela ora.
Sou mais de me trancar no meu quarto, ou de guardar dentro de mim o que sinto. Jesus disse que é um bom caminho. Mas também elogiou os entusiasmados. Então há lugar para as duas formas de crer na minha Igreja e no cristianismo! Sentir é algo da pessoa. Afirmo, pois, que o Espírito Santo age em pessoas altamente sensíveis e também nas outras mais racionais, como penso ser eu. Há lugar para os dois tipos de santidade na igreja da qual faço parte.
Mas não há negar que este é um momento forte para os que se proclamam pentecostais embora a primeira onda já tenha arrefecido e algumas igrejas. Embora os evangélicos insistam que há uma profunda diferença, os jornalistas andam ressaltando como evangélico tudo o que não é católico, como se os chamados evangélicos se guiassem pelos evangelhos e nós não! Erro crasso que, espero, não seja fruto de segundas intenções! Há, porém, que se distinguir o avanço dos pentecostais de avanço evangélico, porque igrejas evangélicas também estão sofrendo desfalques por conta do avanço pentecostal.
No que alguns deles convencionaram chamar de “novo pentecostes”, ou de “cultura de pentecostes” eles, crentes em Jesus tanto como eu, mas com ênfase e enfoques diferentes, estão colecionando vitórias. Seus templos andam superlotados. Nem por isso acho que faço parte de uma igreja em extinção ou fadada a desaparecer. Digamos que, por algum tempo, esta tem sido e será a vez deles. Depois a maré da história muda, como mudou diversas vezes na História das Religiões.
De onde tiro minhas conclusões? O leitor leia ou releia Montano, Priscila, Maximila, cátaros, catafrígios, circumceliones, Ário, Donato, Joaquim di Fiori e centenas de pregadores que andaram ensinando o que hoje ensinam os pentecostais. Dá para ir ao Rio de Janeiro por várias estradas e vários meios. Isto é rumo. O que não dá é sair de Santos e navegar para a África; isto é desvio. O leitor estude, ouça, compare e escolha bem o pregador diante do qual pretende sentar-se. Depois, leia Mateus 24,23-26 e não diga que não foi avisado!
PADRE ZEZINHO

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