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domingo, 6 de novembro de 2011

Análise do surgimento do protestatismo

Começando pelos albigenses, eles definitivamente não eram protestantes e pode-se dizer que eles nem eram cristãos. Os albigenses se baseavam não em alguma bíblia, mas sim no maniqueísmo[3]. Eles proibiam o casamento, apoiavam sexo sem casamento na forma de concubinato[3]. Os albigenses apoiavam o suicídio de seus membros, por meio de parar de comer, até morrer[3]. Os albigenses acreditavam na metapsicose, que é a transmigração das almas[3]. Eles também encorajavam longos jejuns[3], que eram altamente nocivos à saúde de seus membros. Em suma, não havia nada de bíblico nos albigenses. Ao lado da Cruzada organizada contra eles, o que os levou à extinção foram suas próprias práticas religiosas, nocivas à saúde e reprodução de seus membros.Os cátaros eram uma seita com vários pontos em comum com os albigenses[4]. Tal e qual acontecia no caso dos albigenses, os cátaros tinham mania de suicídio, proibição de sexo, etc. Tal e qual acontecia no caso dos albigenses, os cátaros foram duramente combatidos pela Igreja Católica. No entanto, tal e qual acontecia no caso dos albigenses, os cátaros não tinham nada de bíblicos, nem se diziam assim.
Os waldenses de fato diziam seguir as escrituras.E eles sobrevivem até hoje[5], em várias seitas distintas. Eles absorveram muitos dos elementos de algumas seitas protestantes, no século XVI. No entanto, eles não vinham de nada do século IV, ao século XII, tendo sido fundados originalmente por um rico comerciante francês chamado Pedro Waldo[5]. No entanto, os waldenses se sobreviveram, mudaram em muito, as suas crenças desde a sua fundação.
Ou seja, os cátaros e os albigenses nem sequer eram cristãos, nem menos ainda cristãos baseados na bíblia e no princípio “Sola scriptura”. Quanto aos waldenses, eles eram uma seita cristã e seguem ainda existindo em dúzias de seitas cristãs. No entanto, eles não foram fundados em tempos apostólicos, nem existem desde o século IV.
A presença de uma hipotética igreja clandestina, preservando os preceitos bíblicos, desde o século IV até Lutero no século XVI é destituída de qualquer base histórica, arqueológica, financeira e técnica. É uma criação de um passado imaginário, que nunca existiu. Algo similar aos caluniosos ataques ao Papa Pio XII, que era tão elogiado até pelos judeus, enquanto vivia[6].Começando pela falta de base histórica e arqueológica, ninguém fala nada sobre cristãos bíblicos seguindo uma bíblia de 66 livros, desde os tempos de Jesus até o século IV. Nem existe prova da existência de uma bíblia de 66 livros até o ano de 1629, quando esta bíblia apareceu, já como livro impresso. Por volta de 1800, esta bíblia tornou-se quase universal, entre as seitas protestantes. A bíblia protestante copia o Cânon de seu Antigo Testamento do concílio judaico de Jamnia, que explicitamente proibiu a presença de quaisquer cristãos de quaisquer seitas cristãs, sendo apenas permitida ali a presença de judeus. Houve realmente a sugestão de São Jerônimo no século IV, da adoção deste cânon, também nas bíblias cristãs, mas é sabido que tal sugestão não foi adotada por quaisquer igrejas ou seitas cristãs daquela época.
Já no século I, o cristianismo já era dividido em inúmeras seitas. Existiam os gnósticos, os marcionitas, etc. Os gnósticos adotavam como evangelhos, coisas como o evangelho segundo São Tomás e coisas do gênero. Os marcionitas por sua vez, não aceitavam nada do antigo testamento. Ninguém fala em uma seita cristã com uma bíblia de 66 livros, em qualquer época dos tempos apostólicos. No século II aparece o fragmento Moratori, que lista a maioria dos livros hoje usados no Novo Testamento.
O Cânon do Novo Testamento foi decidido, em definitivo, no Concílio de Cartago, no fim do século IV. O livro do Apocalipse entrou, saiu e entrou de novo no cânon das escrituras, por decisões conciliares. Tais concílios tinham representantes do Papa, da Igreja Ortodoxa Grega e de igrejas cristãs africanas, que foram depois extintas pela expansão islâmica do século VII. E nenhuma destas organizações religiosas seguiu algum dia uma bíblia de 66 livros. Ou seja, os protestantes seguem uma bíblia com um Antigo Testamento decidido, por um concílio explicitamente sem cristãos e, um Novo Testamento decidido, sem nenhum protestante.A primeira bíblia cristã tinha 76 livros, contendo coisas como Macabeus I e II, Tobias, etc. E uma bíblia, nestes tempos, era algo proporcionalmente tão ou mais cara, quanto um automóvel Rolls-Royce novo e “top de linha”, em nossos dias. Uma bíblia exigia centenas de páginas de pergaminho, um couro retirado de cabras e ovelhas e preparado para a curtição um por um.Ou seja, cada página ainda sem nada escrito, custava bem caro. E o custo não parava aí. Um escriba habilidoso levava no mínimo três anos para copiar uma bíblia. Pouquíssimos sabiam ler e escrever na Idade das Trevas. Assim, o trabalho longo e tedioso do escriba custava caro. Ter uma bíblia na chamada Idade das Trevas, era mais raro que se ter um Rolls-Royce hoje, na garagem. Uma bíblia nos séculos V, VI e VII era tão cara que nem se vendessem todo o seu patrimônio, ainda assim, mais de 98% dos cristãos não a poderiam comprar. E se isto não bastava, mais de 95% da população cristã era analfabeta.
E ninguém fala de nenhuma comunidade ou seita cristã seguindo uma bíblia com 66 livros e seguindo princípios como “Sola Scriptura”. Alguns talvez digam que neste tempo, a Igreja Católica tinha um virtual monopólio da escrita e assim, os relatos destes “cristãos bíblicos” não chegaram até nós. No entanto, os ortodoxos, que eram inimigos dos católicos, também nada falam de uma seita cristã seguindo uma bíblia de 66 livros. O mesmo acontece com os cronistas árabes do século VII em diante. Tanto ortodoxos, como muçulmanos teriam todos os motivos para falarem de uma hipotética e riquíssima seita de “cristãos bíblicos” e eles nada falam sobre isto. Igualmente, não existe anda em termos de escavações arqueológicas falando desta tal comunidade de “cristãos bíblicos”. Uma seita cristã baseada na bíblia estava a priori destinada à extinção e ao fracasso, num tempo em que quase todos eram analfabetos e uma bíblia custava uma imensa fortuna. Não chegava a existir, no auge da Idade das Trevas, sequer uma bíblia para cada cidade européia. E naqueles tempos, cerca de 97% da população vivia no campo.O advento do papel inventado na China e transmitido à Europa católica pelos árabes, fez baratear o preço dos escritos em geral, inclusive das bíblias. O papel feito por máquinas movidas a água e trabalho assalariado, na Europa católica, tornou-se mais barato e melhor que o papel feito por escravos no mundo islâmico. No entanto, o trabalho do escriba seguia o mesmo de antes.
Apenas com a invenção da imprensa, pelo católico Johamm Gutenberg em 1450, é que se pôde ter uma bíblia acessível às massas. A bíblia que ele imprimiu se chamou e ainda se chama de “bíblia mazarina”, pois seu patrocinador foi o cardeal Mazarin. Foram impressas 200 bíblias mazarinas e delas, apenas 46 ainda existem, sendo uma delas no Rio de Janeiro. Elas tem livros como Tobias, Judite, Macabeus I e demais livros que as seitas protestantes “garantem” ter sido colocados no concílio de Trento, cerca de 100 anos depois. Em apenas 50 anos, a imprensa estava em todas as cidades católicas importantes. Nenhuma imprensa existia no Islã até o século XVIII. Os islâmicos proibiram a imprensa por razões religiosas.Foram as mudanças tecnológicas, ao lado da permissão tanto religiosa e secular, que permitiram que as massas tivessem acesso a uma bíblia. A alfabetização foi promovida tanto por escolas católicas, como por escolas seculares. Pela primeira vez na história, tornou-se possível uma sociedade na qual a maioria da população poderia comprar e ler uma bíblia. O protestantismo baseado na bíblia, apenas se torna possível, após a mudança tecnológica da imprensa.
Nem mesmo Lutero se disse um herdeiro de alguma seita de cristãos bíblicos, que vinha desde o século IV ou desde os tempos de Jesus. Pelo contrário, em alguns de seus escritos, Lutero elogiou os monges católicos que permitiram que os textos bíblicos, chegassem até nós.
No século XVI, as guerras religiosas iniciada pelos protestantes eram feitas em nome de uma bíblia a que os protestantes não sabiam que número de livros continha. No ano de 1629, apareceu na Inglaterra a primeira bíblia com 66 livros. Tal bíblia consistiu na bíblia do Rei James, lançada originalmente em 1611, mas com vários de seus livros devidamente retirados. Por volta de 1800 e desde então, tal bíblia é utilizada pela esmagadora maioria das dezenas de milhares de seitas protestantes do mundo.É patética a ignorância histórica de protestantes sobre este assunto. E esta ignorância patética não é exclusiva do Brasil. Eu vi na televisão uma protestante americana dizer que se Deus escreveu alguma coisa, trata-se da bíblia do tal rei James. Se a “gringa” fosse melhor informada, ela “notaria” que o inglês na qual a bíblia do rei James foi escrita, sequer existia em tempos bíblicos. Por sinal, o inglês em muito deve a esta bíblia do rei James, a bíblia KJV. Ela foi feita no inglês falado no sul da Inglaterra e, levou sua influência a todo o mundo de língua inglesa. A bíblia de Gutenberg foi escrita em latim, exatamente devido ao fato de o latim ser a língua mais escrita e lida na Europa de então. Os europeus que sabiam ler, geralmente sabiam ler em latim, não nas línguas que falavam no dia a dia. Os protestantes deveriam ver as patifarias praticadas por alguns de seus mais famosos seguidores[7], ao invés de divulgarem fraudes contra a Igreja Católica. Não existia protestantismo antes de Lutero, nem bíblia protestante de 66 livros, antes do ano de 1629. Nada disto foi feito por Jesus ou pelos apóstolos e mantido desde então. Protestantismo e sua bíblia de 66 livros são o trabalho de pessoas em tempos em que a bíblia já tinha terminado de ser escrita mais de 1400 anos antes.
Portanto, acreditar que cristãos seguindo uma bíblia de 66 livros existissem desde os tempos de Jesus, daí até o século IV e deste até o século XVI é tão absurdo, quanto acreditar no também inexistente “priorato do Sião”. Algo tão divulgado pelo “trash-book” (livro-lixo) “O Código da Vinci”, em nossos dias. É tudo conversa de gente que quer lhe tomar seu tempo e talvez, também, o seu dinheiro.Fontes e notas:
[1] Bíblia da editora Ave Maria.145ª edição.
[2]
http://www.ewtn.com/library/HUMANITY/FR92402.TXT Site que fala sobre o picareta e protestante Matthias Flaccius Illyricus (1520-1575).
[3]
http://www.newadvent.org/cathen/01267e.htm Site sobre os albigenses.
[4]
http://www.newadvent.org/cathen/03435a.htm Site sobre os cátaros.
[5]
http://www.newadvent.org/cathen/15527b.htmSite sobre os Waldenses.
[6]
http://www.catholicleagle.org/pius/nyt_editorials.htm Editorial do jornal de judeus The New York Times de 1941 apoiando o então Papa Pio XII.
[7]
http://www.wayoflife.org/fbns/divorceis.htm Escândalos sexuais nos famosos crentes americanos.

2 comentários:

  1. Nunca vi tamanha desinformação, proselitismo e ressentimento! Ora, a Bíblia evangélica considera 39 livros no Antigo Testamento e outros 27 no Novo Testamento (66 livros no total). Por outro lado, apenas a Bíblia adotada pelos católicos romanos inclui outros 7 livros a mais no A. Testamento, os chamados deuterocanônicos (apócrifos), totalizando 73 livros. De fato, Gutemberg em muito ajudou na universalização da Bíblia e graças a Deus por isso! Sua invenção possibilitou que a Bíblia fosse impressa aos milhares e, com isso, implementou-se sua tradução e distribuição sem restrição. E isso só ocorreu em razão da Reforma Protestante, pois a igreja católica proibia o acesso ao livro sagrado as pessoas uma vez que as julgava incapazes de interpretar por si só as Escrituras (sendo muito conveniente manter o analfabetismo geral e monopolizar o conhecimento; não à toa ser a "idade das trevas"). Dependesse única e exclusivamente da igreja católica até hoje só haveria versões em latim! Muitos foram perseguidos, presos, torturados e queimados na fogueira pela igreja católica por simplesmente traduzirem a Bíblia (ou parte dela) para suas línguas pátrias, buscando alcançar sua universalidade.
    Sua digressão em nada contribui, nem para buscar conflitos...
    Deus quer que todos venham a fazer parte de sua igreja. Isso é possível àqueles que crerem em Jesus como único e suficiente salvador, com fé, recebendo a salvação graciosamente. E essa possibilidade está ao alcance de todos pela simples leitura de Sua palavra, a Bíblia Sagrada. Não importa se com 66 ou 73 livros!! O importante é conhecer o maior mandamento: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito". "..Pois Deus nos amou primeiro e mandou seu filho, Jesus, para nos salvar". Ora, é isso que queremos: que todos leiam a Bíblia e conheçam a verdade!! O resto é vaidade...

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  2. CARO AMIGO PROCURE SE INFORMAR MAIS, A IGREJA NUNCA PROIBIU AS LEITURAS SAGRADAS PARAO POVO, VEJOQUE VC ÉMAIS UM MARIA VAI COM A OUTRAS OU TEM AQUELE PARADGMA QUE TUDO QUE É FALADO CONTRA A SANTA IGREJA ÉVERDADEJÁ QUE VC ENTROU NO BLOG VEJA MAIS MATERIAS SOBRE A BIBLIA QUE SURGOU NO SEIO DA IGREJA CATOLICA E LEIA MAIS SOBRE MARTIN LUTERO QUE FALAVA DA IMPORTANCIA DA IGREJA CATOLICA EM MANTER O LIVROS GUARDADOS PARA PRESERVAR DO ATAQUES DOS HEREGES E INVESIDURA LEIGA DENTRO DA IGREJA.PROCURE LER MAIS TIRE A TRAVE E O RACIONALISMO RADICAL DE SUA MENTE.

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