“Não somos como aqueles muitos que falsificam a palavra de Deus; e, antes, com sinceridade, como enviados de Deus, que falamos na presença de Deus, em Cristo’’ (2 Cor 2,17).
Ainda hoje se sabe se certas telas do pinto holandês do século XVII Jan Vermeer, comprada por fortunas por alguns respeitados museus e por colecionador milionário, são verdadeiras. Pois os falsários estão por aí e um dos maiores foi Hanvan Meegeren (1889-1947), retratado em detalhes neste ‘’Eu fui Vermeer – lenda do falsário Que Enganou os Nazistas‘’ do escritor, tradutor e jornalista irlandês Frank Wynne.
Mais do que contar a história de Van Meegeren – a infância oprimida por um pai que execrava seu talento artístico, as obras anacrônicas na juventude (o modernismo eclodia na Europa), as primeiras falsificações, os enriquecimentos, a dependência de drogas, a prisão sob acusação de ter fornecido obras holandesas aos nazistas depois que se descobriu que havia vendido um Veermer (falsificado, naturalmente) a Goeeing, o marechal do Terceiro Reich, e o julgamento -, Wynne desveda como é o minucioso trabalho de peritos na autenticação de uma obra, além de despertar a reflexão sobre o que faz, afinal um trabalhador ser considerado uma obra-prima.
Isto porque o financiamento de Van Meegeren na “arte” de falsificar era tão grande e enganou tantos especialistas ao longo dos anos que, mesmo após confessar ser autor das falsificações, teve de pintar um ‘’Vermeer’’ para um júri. Sua obra, mais do que a de qualquer outro falsário, abalou os alicerces de um universo dependente da autenticação de peritos’’, escreveu Wynne (1).
Nosso tempo é marcado pelo apogeu das heresias e pela indústria da falsificação da palavra de Deus. Tudo isto se deve ao capitalismo da teologia da prosperidade, ao mundo gospel e ao culto a celebridade dos líderes religiosos de tais movimentos.
Os falsos pregadores da palavra de Deus têm tomado quase todo espaço dos verdadeiros ministros do evangelho libertador. Estão em quase todo o seguimento social.
Bons pastores com as suas boas ovelhas sofrem com esses mercenários pregadores que adentram em nossos lares perturbando a nossa mente com a suas heresias.
Para o crente rebelde e sem caráter tem nesses pregadores seu verdadeiro pastor e ídolo.
Alguns pregadores que falsificam a palavra do Senhor – principalmente pela TV e rádio – são escândalos para os pregadores honestos para a Igreja e para o mundo.
A imagem que fica desses pregadores da mídia com seu luxo, glamuor, riqueza, soberba e poder mundano são de comerciante da religião.
Tudo isso prejudica demais a propagação do evangelho verdadeiro e macula a imagem dos verdadeiros homens de Deus.
Diz o pastor e teólogo Lourenço Stelio Rega: “Alguns pregadores desejam tomar posse da alma dos telespectadores como se conquistam um bem ou um produto”. Na realidade muitos demonstram estar interessados no bolso do futuro ‘’converso’’. Pregam o Evangelho e vende a salvação como se fosse mercadoria’’ (2).
A MÃE DE TODO DESVIO
Diz São Paulo Apóstolo: “Não somos como aqueles muitos que falsificam a palavra de Deus’’. “São Paulo já tinha a revelação divina que muitos os bandidos que ganham fortunas com a falsificação da palavra de Deus”.
Segundo o estudioso Padre Oscar Quevedo,SJ, existem, só no Brasil, mais de 56 mil seitas e religiões.
Mais do que contar a história de Van Meegeren – a infância oprimida por um pai que execrava seu talento artístico, as obras anacrônicas na juventude (o modernismo eclodia na Europa), as primeiras falsificações, os enriquecimentos, a dependência de drogas, a prisão sob acusação de ter fornecido obras holandesas aos nazistas depois que se descobriu que havia vendido um Veermer (falsificado, naturalmente) a Goeeing, o marechal do Terceiro Reich, e o julgamento -, Wynne desveda como é o minucioso trabalho de peritos na autenticação de uma obra, além de despertar a reflexão sobre o que faz, afinal um trabalhador ser considerado uma obra-prima.
Isto porque o financiamento de Van Meegeren na “arte” de falsificar era tão grande e enganou tantos especialistas ao longo dos anos que, mesmo após confessar ser autor das falsificações, teve de pintar um ‘’Vermeer’’ para um júri. Sua obra, mais do que a de qualquer outro falsário, abalou os alicerces de um universo dependente da autenticação de peritos’’, escreveu Wynne (1).
Nosso tempo é marcado pelo apogeu das heresias e pela indústria da falsificação da palavra de Deus. Tudo isto se deve ao capitalismo da teologia da prosperidade, ao mundo gospel e ao culto a celebridade dos líderes religiosos de tais movimentos.
Os falsos pregadores da palavra de Deus têm tomado quase todo espaço dos verdadeiros ministros do evangelho libertador. Estão em quase todo o seguimento social.
Bons pastores com as suas boas ovelhas sofrem com esses mercenários pregadores que adentram em nossos lares perturbando a nossa mente com a suas heresias.
Para o crente rebelde e sem caráter tem nesses pregadores seu verdadeiro pastor e ídolo.
Alguns pregadores que falsificam a palavra do Senhor – principalmente pela TV e rádio – são escândalos para os pregadores honestos para a Igreja e para o mundo.
A imagem que fica desses pregadores da mídia com seu luxo, glamuor, riqueza, soberba e poder mundano são de comerciante da religião.
Tudo isso prejudica demais a propagação do evangelho verdadeiro e macula a imagem dos verdadeiros homens de Deus.
Diz o pastor e teólogo Lourenço Stelio Rega: “Alguns pregadores desejam tomar posse da alma dos telespectadores como se conquistam um bem ou um produto”. Na realidade muitos demonstram estar interessados no bolso do futuro ‘’converso’’. Pregam o Evangelho e vende a salvação como se fosse mercadoria’’ (2).
A MÃE DE TODO DESVIO
Diz São Paulo Apóstolo: “Não somos como aqueles muitos que falsificam a palavra de Deus’’. “São Paulo já tinha a revelação divina que muitos os bandidos que ganham fortunas com a falsificação da palavra de Deus”.
Segundo o estudioso Padre Oscar Quevedo,SJ, existem, só no Brasil, mais de 56 mil seitas e religiões.
Existem mais de 33.800 dominações protestantes, segundo o pesquisador e ex-missionário protestante americano Dave Armstrong (3).
A poderosa indústria de falsificação da sagrada revelação do Senhor Deus é a maior corrupção e escândalo na história do cristianismo.
Quantas traduções heréticas e interpretações maléficas. Como é vergonhoso o comércio da Bíblia. Ela é usada como a base para fundamentar a interpretação das doutrinas de homens, do demônio e dos dízimos e ofertas, com intuito de fazer a cabeça dos membros e dos visitantes a serem doadores em troca de bênçãos.
O dízimo foi uma prática da Lei do Antigo Testamento e nós vivemos na Era da Graça de Cristo do Novo Testamento. Jesus, os apóstolos e principalmente Paulo, o maior teólogo escritor e missionário da Igreja de Deus, nunca ensinaram tal prática. A citação de Mt 23,23 está fora do contexto da Nova Aliança, Cristo apenas recorda a Lei para os escribas fariseus, da mesma forma Hebreus capítulo 7.
O modo mais fácil de enganar e roubar o povo são em nome de Deus. As seitas crescem, falsos profetas e falsos pregadores ficam ricos com a falsificação da Bíblia, porque estão dentro do contexto da Sentença Latina: “VULGUS VULT DÉCIPI” – O POVO QUER SER ENGANADO OU GOSTA DE SER ENGANADO’’. Já foi profetizado pelo grande apóstolo de Cristo São Paulo que esses pregadores: “são lobos vorazes que não pouparão o rebanho e com pregações pervertidas” (Atos 20, 29.30).
Hoje os tempos são mais belos e maiores para melhor comercializar em nome de Jesus. Onde está escrito no Novo Testamento a ordem de construir caríssimos templos? Fundar e dar nomes as denominações?
O filósofo francês Luc Ferry disse: ‘’O capitalismo globalizado foi que no fim das contas, liquidificou e liquidou os valores tradicionais, ao exigir que tudo desemboque na lógica de mercado. É por causa do capitalismo globalizado que não existem mais ideais transcendentais e tudo se torna mercadoria. Pois, no mundo de hoje, nós consumimos de tudo, não simplesmente computadores e automóveis, mais também consumimos cultura, religião, escola, política, etc. (4).
Depois do liberalismo teológico, dos cismas, é hoje a teologia da propriedade a pior heresia, na igreja pós-moderna. Ela é a mãe de todo o desvio eclesial, pastoral e teológico.
Existe hoje uma tremenda incompatibilidade de comunhão entre os pastores devido à famigerada teologia da prosperidade e seu espaço nas denominações neopentecostais e até em denominações ditas históricas. Que o diga os pastores sérios e pobres que não podem participar de grandes e caríssimos eventos. Os pastores ortodoxos e pobres são excluídos dos ricos “pastores”, “bispos”, “apóstolos” com seus megatemplos.
A poderosa indústria de falsificação da sagrada revelação do Senhor Deus é a maior corrupção e escândalo na história do cristianismo.
Quantas traduções heréticas e interpretações maléficas. Como é vergonhoso o comércio da Bíblia. Ela é usada como a base para fundamentar a interpretação das doutrinas de homens, do demônio e dos dízimos e ofertas, com intuito de fazer a cabeça dos membros e dos visitantes a serem doadores em troca de bênçãos.
O dízimo foi uma prática da Lei do Antigo Testamento e nós vivemos na Era da Graça de Cristo do Novo Testamento. Jesus, os apóstolos e principalmente Paulo, o maior teólogo escritor e missionário da Igreja de Deus, nunca ensinaram tal prática. A citação de Mt 23,23 está fora do contexto da Nova Aliança, Cristo apenas recorda a Lei para os escribas fariseus, da mesma forma Hebreus capítulo 7.
O modo mais fácil de enganar e roubar o povo são em nome de Deus. As seitas crescem, falsos profetas e falsos pregadores ficam ricos com a falsificação da Bíblia, porque estão dentro do contexto da Sentença Latina: “VULGUS VULT DÉCIPI” – O POVO QUER SER ENGANADO OU GOSTA DE SER ENGANADO’’. Já foi profetizado pelo grande apóstolo de Cristo São Paulo que esses pregadores: “são lobos vorazes que não pouparão o rebanho e com pregações pervertidas” (Atos 20, 29.30).
Hoje os tempos são mais belos e maiores para melhor comercializar em nome de Jesus. Onde está escrito no Novo Testamento a ordem de construir caríssimos templos? Fundar e dar nomes as denominações?
O filósofo francês Luc Ferry disse: ‘’O capitalismo globalizado foi que no fim das contas, liquidificou e liquidou os valores tradicionais, ao exigir que tudo desemboque na lógica de mercado. É por causa do capitalismo globalizado que não existem mais ideais transcendentais e tudo se torna mercadoria. Pois, no mundo de hoje, nós consumimos de tudo, não simplesmente computadores e automóveis, mais também consumimos cultura, religião, escola, política, etc. (4).
Depois do liberalismo teológico, dos cismas, é hoje a teologia da propriedade a pior heresia, na igreja pós-moderna. Ela é a mãe de todo o desvio eclesial, pastoral e teológico.
Existe hoje uma tremenda incompatibilidade de comunhão entre os pastores devido à famigerada teologia da prosperidade e seu espaço nas denominações neopentecostais e até em denominações ditas históricas. Que o diga os pastores sérios e pobres que não podem participar de grandes e caríssimos eventos. Os pastores ortodoxos e pobres são excluídos dos ricos “pastores”, “bispos”, “apóstolos” com seus megatemplos.
CONCLUSÃO
“O mundo virtual estimula a criação de aparência sem conteúdo próprio’’, afirma a antropóloga Paula Sibilia no seu livro “O Show do Eu’’.
Cada vez mais é preciso aparecer para ser. A espetacularização tornou-se um modo de vida’’ diz Paula Sibilia.
Os pregadores da teologia da prosperidade e do mundo gospel estão dentro do ‘’reality shows’’.
São toneladas de lixo virtual dos ensinamentos desses pregadores fraudulentos do evangelho da saúde, da riqueza e do triunfo.
Seu modo de vida é de um teatro barato sem conteúdo e sem respeito para com Deus e sem para com seu semelhante. Sua espiritualidade é virtual.
Esses pregadores só querem aparecer, esnobar, brilhar mais do que o Sol e promover a sua imagem com intenção de moeda de troca.
A teologia da prosperidade tem o seu papel principalmente de desembocar, desprende no ser humano a ambição, a ganância e a idolatria pelas coisas terrenas.
O mundo virtual, a onda gospel, a teologia da prosperidade com a sua falsificação da palavra de Deus são as nossas terríveis desgraças eclesiais e seculares atuais.
Hoje mais do que nunca devemos atentar para sábias palavras do nosso Mestre e o Senhor Jesus de Nazaré: “Atenção para que ninguém vos engane. Pois muitos virão em meu nome, dizendo: O Cristo sou eu, enganarão a muito’’. “E SURGIRÃO MUITOS FALSOS PROFETAS E ENGANARÃO A MUITOS” (Mt 24,4.11).
Cada vez mais é preciso aparecer para ser. A espetacularização tornou-se um modo de vida’’ diz Paula Sibilia.
Os pregadores da teologia da prosperidade e do mundo gospel estão dentro do ‘’reality shows’’.
São toneladas de lixo virtual dos ensinamentos desses pregadores fraudulentos do evangelho da saúde, da riqueza e do triunfo.
Seu modo de vida é de um teatro barato sem conteúdo e sem respeito para com Deus e sem para com seu semelhante. Sua espiritualidade é virtual.
Esses pregadores só querem aparecer, esnobar, brilhar mais do que o Sol e promover a sua imagem com intenção de moeda de troca.
A teologia da prosperidade tem o seu papel principalmente de desembocar, desprende no ser humano a ambição, a ganância e a idolatria pelas coisas terrenas.
O mundo virtual, a onda gospel, a teologia da prosperidade com a sua falsificação da palavra de Deus são as nossas terríveis desgraças eclesiais e seculares atuais.
Hoje mais do que nunca devemos atentar para sábias palavras do nosso Mestre e o Senhor Jesus de Nazaré: “Atenção para que ninguém vos engane. Pois muitos virão em meu nome, dizendo: O Cristo sou eu, enganarão a muito’’. “E SURGIRÃO MUITOS FALSOS PROFETAS E ENGANARÃO A MUITOS” (Mt 24,4.11).
Pe.Inácio José do Valle
Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo
Professor de História da Igreja
Faculdade de Teologia de Volta Redonda
E-mail.: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com
Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo
Professor de História da Igreja
Faculdade de Teologia de Volta Redonda
E-mail.: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com
Notas
(1) Valor, sexta-feira e fim de semana, 25,26 e 27 de julho de 2008, p.19.
(2) Eclésia, janeiro de 2003, p.56.
(3) Moura, Jaime Francisco. Porque estes ex-protestantes se tornaram católicos! São José dos Campos: Editora comDeus, 2006, p.18.
(4) Valor, sexta-feira e fim de semana, 22, 23 e 24 de agosto de 2008, p.18.
(1) Valor, sexta-feira e fim de semana, 25,26 e 27 de julho de 2008, p.19.
(2) Eclésia, janeiro de 2003, p.56.
(3) Moura, Jaime Francisco. Porque estes ex-protestantes se tornaram católicos! São José dos Campos: Editora comDeus, 2006, p.18.
(4) Valor, sexta-feira e fim de semana, 22, 23 e 24 de agosto de 2008, p.18.
Agradeço ao Padre Inácio pelo envio do artigo
www.rainhamaria.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário