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terça-feira, 6 de julho de 2010

Levando a Bíblia debaixo do braço

Jaime Francisco de Moura

Muitos protestantes gostam de aparecer nas ruas carregando a Bíblia debaixo do braço.
Gostaria de dizer que um livro não vale nada, se não for para a gente ler, compreender e sentir. Ter um livro, carregar um livro, exibir um livro não significa que alguém é importante, que é isso ou aquilo.
Um burro pode transportar dois cestos de livros, e ainda assim continuará sendo um burro. O fato de um estudante levar a mochila cheia de livros pode provar que ele é apenas um bom rapaz, não um bom aluno.
As palavras contidas num livro, quando não lidas e bem interpretadas não são palavras, são apenas rabiscos e desenhos sem graça.
Quanto à Bíblia, o grande erro é supor que se trata de um objeto que nos fins de semana, deve sair por aí exibindo-a para mostrar aos outros que pertence a um rebanho.
Importante, quanto à Bíblia ou qualquer livro é que, antes de tudo, possamos educar-nos para a boa leitura e discernimento. Ler é básico, mas ler como fala o papagaio é inútil. Diante de um livro, o analfabeto ou mau leitor é como o burro olhando para um palácio: fica no mesmo, pois não entende nada.
Quero que você tenha a Bíblia, como é de seu gosto. É seu direito. Pode ser em você uma necessidade íntima e profunda. Quando a tiver, no entanto, resista à tentação de ostentá-la por, regras, costumes ou errônea compreensão de seu significado.
Pegue sua Bíblia, leia com a discrição dos verdadeiros Apóstolos de Cristo, e com o cuidado de não transformá-la em distintivo de sua Igreja ou religião.
Acima de tudo, tenha sempre presente que a Bíblia não é um manual de mágica para soluções de emergência. Aberta e lida com discernimento ela é um tesouro, é luz, manancial de fé. Fechada e carregada, lida e mal interpretada, a Bíblia é apenas um livro.

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