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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Existiram outros casais originais além de Adão e Eva?

"Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher" (Gn 1,27).
Introdução
Muitos católicos estão sendo levados a crer que o relato da criação de Adão e Eva, e conseqüentemente a existência real deles seja mera metáfora. Uma das correntes que defende esta tese é conhecida como poligenismo que não passa de heresia disfarçada de hipótese científico-teológica.
Poligenismo o que é?
Poligenismo significa muitas origens, ou muitas gênesis (poli=muitas, genismo=origem). Segundo esta hipótese os seres humanos não tiveram origem num único casal, mas em vários.
Os teólogos cristãos postulam por esta tese, dizem que Deus não criou um só casal, mas vários. Afirmam que isto está em conformidade com a Bíblia, pois Adão significa Homem. Para eles o nome Adão não remete a uma pessoa e nem é um nome próprio, mas uma figura metafórica utilizada no texto bíblico para designar toda a humanidade.
De hipótese antropológica à heresia modernista
A partir do momento em que ensinamentos não compatíveis com a doutrina católica passam a ser cridos por católicos, deixam de se tornar hipótese e se tornam heresias.
O Poligenismo, assim como a Teoria da Evolução, não possui provas científicas. É um postulado filosófico com cara de ciência. Ora, já que este ensinamento (ou será doutrina?) só se sustenta no campo do imaginário, por quê tanto empenho para engendrá-lo na doutrina da Igreja?
A resposta é muito simples: o que se deseja é a destruição da Fé. Ora, a raiz da nossa fé é a Revelação de Deus. Cremos porque Ele nos Revelou o que deveríamos crer. O exercício da Fé se alimenta da Doutrina. Se um organismo se alimenta de veneno, ele irá sucumbir. E é exatamente isto que desejam os modernistas (1), pois destruindo a Doutrina, acabam por destruir a Fé.
E como a crença no poligenismo pode destruir a Fé? Se não houve Adão e nem Eva, não houve pecado original. Se não houve pecado original, nós não precisamos de salvação. Se não precisamos de salvação, não precisamos ter Cristo como nosso salvador. Se Cristo não é nosso salvador, não lhe devemos adoração e nem necessitamos da Igreja para nos ensinar e ministrar os Sacramentos. E isto nos remete à liberdade absoluta do homem sobre si próprio, o que é totalmente falso.
A Doutrina da Igreja
A Doutrina da Igreja não é passível de mudança, pois ela não é doutrina dos homens. Ela é eterna, assim como seu fundador o próprio Deus.
Nossa Fé deve ser firme e sem vacilos, não agitada pela variedade dos ventos de doutrinas que aparecem (cf. Tg 1,6).
Ensina o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (CCIC):
“76. O que é o pecado original?
O pecado original, no qual todos os homens nascem, é o estado de privação da santidade e da justiça originais. É um pecado por nós ‘contraído’, não ’cometido’; é uma condição de nascimento e não um ato pessoal. Em virtude da unidade de origem de todos os homens, ele se transmite com a natureza humana aos descendentes de Adão, ‘não por imitação, mas por propagação’. Essa transmissão permanece um mistério que não podemos compreender plenamente. 404 419” (grifos meus).
Ensina a Igreja que os homens possuem unidade de origem e não multiplicidade. Por isso, Ela ensina que somos todos irmãos. Ora, se não viemos todos da mesma origem, não somos irmãos, e nem primos! Nem primos porque, se existiram vários casais originais e eles não vieram do mesmo pai e mãe, não são irmãos, logo seus filhos não são primos um dos outros.
Mas o CCIC confirma a unidade de origem de toda espécie humana em outro lugar: “68. [...] Além disso, Deus ‘de um só homem fez toda a espécie humana’ (At 17,26)”.
Testemunhos da Sagrada Escritura
Na Sagrada Escritura lemos:
"Este é o livro da história da família de Adão. Quando Deus criou o homem, ele o fez à imagem de Deus. Criou-os homem e mulher, e os abençoou, e deu-lhes o nome de homem no dia em que os criou” (Gn 5,1-2)
Os modernistas dizem que este versículo é uma prova indiscutível de que Adão e Eva são termos que designam a humanidade, pois a nomeação “homem” dada a Adão e Eva, segundo eles, mostra isso. Isso é tão falso quanto uma nota de 3 reais.
Ora, os versículos acima testificam o nome que Deus deu à nossa espécie: homem. Por isso o substantivo homem é utilizado comumente tanto para designar homens ou mulheres. O que os modernistas esperavam? Que Deus os tivesse chamado de cavalos? E se assim tivesse sido? Significaria que o primeiro casal é uma metáfora da criação dos eqüinos? É tanta bobagem que dá vontade mesmo de rir. Eu riria, se a gravidade da situação não me obrigasse a chorar.
Os modernistas fazem como todos aqueles que estão no erro e se dizem fundamentar-se na Escritura. Eles fundamentam-se em versículos isolados. Mas nem para isolar versículos eles servem. Como isolar os versículos acima da sua própria seqüência? Vejam:
“Adão viveu cento e trinta anos: e gerou um filho à sua semelhança, à sua imagem, e deu-lhe o nome de Set. Depois de haver gerado Set, Adão viveu oitocentos anos e gerou filhos e filhas. Todo o tempo que Adão viveu foi novecentos e trinta anos. E depois disso morreu" (Gn 5,3-5).
Se Adão é uma metáfora, como então a Bíblia dá nome aos seus filhos e ainda refere-se ao seu tempo de vida?
Para o Evangelista S. Lucas, Adão também não era metáfora. Ele quando relata a genealogia do Senhor, remete até Adão (cf. Lc 3,23-38). Interessante que ele termina citando Set e Adão, exatamente corroborando com o relato do Gênesis.
Essa genealogia também era conhecida de S. Judas Tadeu: "Também Henoc, que foi o oitavo patriarca depois de Adão, profetizou a respeito deles, dizendo: Eis que veio o Senhor entre milhares de seus santos para julgar a todos e confundir a todos os ímpios por causa das obras de impiedade que praticaram, e por causa de todas as palavras injuriosas que eles, ímpios, têm proferido contra Deus" (Jd 1,14-15).
Para S. Paulo, Adão era homem bem real (cf. Rm 5,14; 1Cor 15,22.45; 1Tm 2.13-14); e cria ser Adão e Eva o primeira casal: "Pois o primeiro a ser criado foi Adão, depois Eva" (cf. 1Tm 2,13).
No areópago de Atenas, S. Paulo pregou aos gregos que Adão não era metáfora, mas homem real e pai de todos os homens: "Ele [Deus] fez nascer de um só homem todo o gênero humano, para que habitasse sobre toda a face da terra. Fixou aos povos os tempos e os limites da sua habitação" (At 17,26). Enquanto os modernistas ensinam que Adão é referência a todo gênero humano, S. Paulo ensina que Adão é o Pai de todo gênero humano!
E em sua carta aos Romanos, confirma a doutrina do Pecado Original: "Por isso, como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todo o gênero humano, porque todos pecaram..." (Rm 5,12). Ver também Rm 5,15-19.
Considerações Finais
O Poligenismo é contrário à doutrina católica, logo contrário à toda Verdade. Evitei citar os ensinamentos dos Papas e dos Padres da Igreja para não deixar o artigo muito longo, porém pretendo fazê-lo em outra oportunidade. De qualquer forma está claro que quem adota o poligenismo em detrimento ao ensino tradicional da Igreja, deixa de ser católico e torna-se herege.
Que os fiéis tomem muito cuidado com o veneno dos modernistas e suas táticas de introduzi-lo no meio dos fiéis.
Notas
(1) Para saber sobre o Modernismo recomendo ler a Encíclica do Papa Pio X intitulada PASCENDI DOMINI GREGIS. Ler em http://www.veritatis.com.br/article/4214.
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