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sábado, 7 de maio de 2011

Perseguições

Fonte: Lista Exsurge Domini

Autor: John Nascimento

Transmissão: Rogério SacroSancttus (Webmaster Exsurge Domini)

A Igreja Católica nasceu entre perseguições a começar com a perseguição que levou Cristo à morte no Calvário.

Desde o princípio os Cristãos foram objecto de perseguições duma forma ou de outra.
Depois da morte de S. Estêvão, começou uma forte perseguição :

- Saulo aprovava também essa morte. No mesmo dia, uma terrível perseguição caiu sobre a Igreja de Jerusalém. À excepção dos Apóstolos, todos se dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria. Entretanto, homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram por ele grandes lamentações. Quanto a Saulo, devastava a Igreja : ia de casa em casa, arrastava homens e mulheres e entregava-os à prisão. (Act. 8,1-3).

Saulo converteu-se, chamado especialmente por Cristo a caminho de Damasco e ele próprio, mais tarde, confessou que perseguiu a Igreja de Deus :
- Certamente, já ouvistes falar de outrora como eu vivia no Judaísmo, com que excesso perseguia a Igreja de Deus e a assolava. (Gol. 1,13).

Muitos cristãos foram martirizados no Império Romano.

As perseguições promovidas pelos Imperadores eram irregulares e tinham diversas motivações, às vezes de carácter particular ou local.

Pedro e Paulo foram executados em Roma na perseguição de Nero.

Em Fevereiro de 156, Policarpo foi executado em Smirna com mais outros onze.

Na perseguição de Junius Rusticus, Prefeito de Roma (163-167), foram condenados à morte Justino mártir e mais outros seis.

Também perseguiram a Igreja de Deus, condenando os Cristãos à morte, entre outros, os Imperadores Nero (54-58), Trajano (98-117), Marco Aurélio (161-180), Décio (249-251), Galius (251-253), Valeriano (253-260), Galhenus (260-268), e Diocleciano (284-305).

Um dos factos mais importantes ligados à história do Império Romano, é a difusão do Cristianismo até aos seus confins.
A variedade das pessoas fazia a variedade da religião, mas todos, com excepção dos judeus, eram pagãos e prosélitos, ou crentes em muitos deuses.

Assim era o estado espiritual de miríades de seres humanos quando Cristo nasceu num lugar obscuro, no reinado de Augusto, e quando foi semeada uma semente cuja colheita nenhum homem podia sonhar na sua mais árdua imaginação.

A propagação da nova fé foi marcada por ferozes Perseguições.

Os Cristãos constituíam uma terrível ameaça para o Império e, sobretudo para os Imperadores.

Daí que eles começaram a ser acusados de tudo quanto acontecia de mau, quer nas cidades, quer ao longo de todo o Império.
Porque é que os Romanos, que tinham permitido que muitas religiões florescessem no seu Império, concentravam agora a sua ferocidade contra os Cristãos ?

A causa principal era o ardor do proselitismo dos Cristãos.

O que acreditava na sua fé, considerava como sua obrigação, não o seu amor próprio mas sim a partilha com os outros.

Isto tornava-os agressivos enquanto os pagãos eram passivos.

O Cristianismo fazia o que as outras religiões não faziam.

Para os Cristãos, todos os outros deuses eram falsos e era um pecado adorá-los.

Os primeiros Cristãos reuniam-se em segredo e à noite, e isso era mal visto pelas autoridades que os consideravam como um germe perigoso na prática.

Foram perseguidos de toda a maneira e por todos os motivos, mas, segundo Tertuliano tinha dito, o "sangue dos mártires é a semente de novos Cristãos", e isto era mesmo verdade, como um facto importante na história do Império Romano.

Segundo disse Edward Gibbon, historiador inglês do século XVIII, "Depois de uma guerra de cerca de 40 anos, desencadeado pelo mais estúpido (Cláudio), mantida pelo mais dissoluto (Nero) e terminada pelo mais tímido dos Imperadores, (Domiciano), a maior parte da Grã Bretanha, estava submetida a Roma".

O mais cruel dos entretenimentos dos Romanos era a luta dos Gladiadores que data desde a primitiva história da Igreja.

A sua popularidade era de tal maneira crescente que os magistrados, os oficiais públicos e os candidatos para o sufrágio popular, faziam espectáculos para todo o povo, que consistiam primariamente de lutas sangrentas e geralmente fatais; mas nenhum dos organizadores destes espectáculos conseguia igualar os dos Imperadores com as suas terríveis exibições.

Duma vez Júlio César juntou na arena 320 pares de lutadores.

No terrífico espectáculo oferecido por Trajano, durante 120 dias, exibiram-se num total, dez mil gladiadores, que se foram matando uns aos outros ou entregues às feras, para satisfação de setenta mil espectadores do Coliseu, que incluíam pessoas de todas as classes sociais, desde o maior ao mais pequeno.
Muitos Cristãos morreram nas arenas em espectaculares lutas ou entregues simplesmente à voracidade das feras.

Em 325 Constantino proibiu estes espectáculos de gladiadores.
Nos primeiros séculos houve perseguições na Pérsia.
Os Cristãos foram perseguidos pelos Vândalos (Ariano) e pelos bárbaros que invadiam o território de tempos a tempos e estas perseguições prolongaram-se até ao tempo de Constantino que, pelo Édito de Milão (313), deu descanso e liberdade religiosa aos Cristãos.

Mais tarde haviam de vir os Muçulmanos no século VII e VIII e os Cristãos voltaram a ser perseguidos nas suas visitas à Terra Santa, o que levou ao movimento das Cruzadas.

Depois vieram as heresias, uma forma diferente de perseguição no campo das ideias e dos testemunhos de fé.

Depois ainda veio a Reforma de Lutero, como nova tentativa de perseguição à Igreja.

Mais recentemente tivemos as expulsões dos Cristãos e das Ordens Religiosas.
Nos tempos mais modernos veio o movimento de perseguição que se chamou Comunismo e o Nazismo com o anticlericalismo e a tentativa de negação do nome de Deus, e a prática da vida imoral com a legalização de processos condenados pela Igreja.
E as perseguições à Igreja hão-de continuar até ao fim do mundo, como nos lembra o Catecismo da Igreja Católica :

675. - Antes da vinda de Cristo, a Igreja deve passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes. A perseguição, que acompanha a sua peregrinação na Terra, porá a nu o "mistério da iniquidade", sob a forma duma impostura religiosa, que trará aos homens uma solução aparente para os seus problemas, à custa da apostasia da verdade. A suprema impostura religiosa é a do Anticristo, isto é, dum pseudo-messianismo em que o homem se glorifica a si mesmo, substituindo-se a Deus e ao Messias Encarnado.
Todavia e apesar de todas as perseguições, a Igreja caminha sempre para a glória final, como nos diz o catecismo da Igreja Católica com base no Concílio Vaticano II :
769. - "A Igreja [...] só na glória celeste alcançará a sua realização acabada" (LG 48), quando do regresso glorioso de Cristo. Até lá, "a Igreja avança na sua peregrinação através das perseguições do mundo e das consolações de Deus".(S. Agostinho, Cidade de Deus XVIII, 51; cf. LG 8). Vivendo na Terra, ela tem consciência de viver no exílio, longe do Senhor, suspira pelo advento do Reino em plenitude, "e espera e deseja juntar-se ao Rei da glória" (LG 5). A consumação da Igreja - e através dela, do mundo - na glória não se fará sem grandes provações. Só então é que "todos os justos, depois de Adão, «desde o justo Abel até ao último eleito», se reunirão em Igreja universal junto do Pai" (LG 2).
Perseguição de Nero.

Nero sucedeu a seu pai adoptivo Cláudio em 54.

Quando uma grande parte de Roma foi destruída pelo fogo e começaram a aparecer rumores de que tinha sido o Imperador que mandara acender esse fogo, ele atribuiu as culpas aos Cristãos e acusou-os de ateístas por não quererem prestar culto aos deuses pagãos.
Foram considerados culpados de odium humani generis (ódio à raça humana), pela sua condenação activa das práticas religiosas e da moral da sociedade romana.
Começaram então as prisões e, segundo Tácito, o grande historiador romano, Nero organizou espectáculos com os Cristãos que "uns eram crucificados, outros ligados a peles de animais selvagens e dados a cães esfomeados, outros entregues ao fogo como fachos, cobertos de materiais inflamáveis para iluminarem a noite...

" Estes espectáculos realizavam-se nos jardins de Nero.

Pedro e Paulo foram executados na perseguição de Nero.

Esta acção imperial aparentemente estabeleceu um precedente oficial de condenação.

Segundo uma carta de Plínio o jovem, o Governador Romano da Bitínia, na Ásia Menor, o simples facto de ser Cristão era considerado como uma ofensa capital.
Ele escreveu ao Imperador Trajano em 112, dizendo que tinha mandado prender muitas pessoas acusadas de serem Cristãos. : "Eu perguntava se eram cristãos e se eles confessavam mandava executá-los".

Perseguição de Décio.

Em 3 de Janeiro de 250, Décio organizou o sacrifício anual a Júpiter, apresentando as oferendas imperiais aos deuses.
Ao mesmo tempo ordenou que todos os residentes em Roma deviam seguir o seu exemplo.

Pela primeira vez os Cristãos de toda a parte foram forçados a provar a sua lealdade ao Estado.

Para isso eles deviam negar a sua crença cristã e tomar parte nos sacrifícios pagãos.

Havia comissões em todas as cidades para administrar o édito de Décio.

A todas as pessoas que tomassem parte nesses sacrifícios pagãos era concedido um certificado (libelius), como prova de que tinham obedecido à ordem do Imperador.
A finalidade não era de perseguir e matar os Cristãos, mas sim convencê-los a voltar para a religião do Estado.
Muitos dos mártires foram pessoas que heroicamente negaram as imposições do Estado de maneira provocativa e pública.

O Governo não perdeu tempo em mandá-los para a prisão, mas mandou executá-los :

* Fabião, bispo de Roma, (Papa), foi julgado na presença de Décio e executado em 20 de Janeiro de 250.

* Os bispos de Antioquia e Jerusalém morreram na prisão.

* Dionísio de Alexandria escapou à prisão graças à ajuda do povo do distrito para onde ele fugiu.

* Na Ásia Menor um bispo fugiu para as montanhas e aconselhou outros cristãos a fazerem o mesmo.

* Cipriano de Cartago escondeu-se.

* Alguns Cristãos cederam, para obterem o certificado e outros para evitarem a prisão.

Perseguição de Diocleciano.

No ano 303 Diocleciano resolveu acabar completamente com a religião, promulgando quatro Decretos :

* Pelo primeiro Decreto, proibiu o culto religioso, destruindo as Igrejas, anexando todos os livros religiosos e excluindo os Cristãos de muitos direitos.

* Pelo Segundo Decreto decretou a prisão de todo o clero.

* Pelo Terceiro Decreto concedia a liberdade aos que quisessem oferecer sacrifícios aos deuses pagãos e a morte aos que se recusassem.

* Pelo Quarto Decreto em 304 mandava que todo o povo devia oferecer sacrifícios com alternativas de morte e de trabalhos forçados.

Os grandes espectáculos das Perseguições realizavam-se nas Arenas e no Coliseu para onde eram contratados e se exibiam os Gladiadores.



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