Com todo o respeito, eu acho que o povo protestante deve decidir o que deseja seguir.
Tem protestante citando o Concílio de Nicéia para condenar o “apóstolo” Valdemiro Santiago.
Como ???
Aceitam a condenação católica para a heresia de Ario e não aceitam a decisão católica para a ex comunhão de Lutero ?
Aceitam a decisão da igreja sobre os livros que deveriam compor o Novo Testamento e não aceitam a decisão católica sobre os livros que deveriam integrar o Velho Testamento ?
Tem hora que a Igreja Católica foi fundada por Constantino e tem hora que a Igreja Católica é a Igreja prerigrina quando o interesse é condenar doutrina alheia.
E citam o Concílio de Nicéia ?
De que Igreja é este Concílio ?
Da Igreja de Constantino ?
Como condenar Valdemiro Santiago citando um Concílio Católico ?
E como condenar Valdemiro Santiago se ele como todo e qualquer protestante lê e interpreta a Bíblia com a “assistência” do Espírito Santo ?
Por que ele é o herege e não os outros que lhe acusam de heresia ?
Quem não aceita a autoridade da Igreja Católica para definir o que é ou não heresia, mas prefere seguir o livre exame de Lutero, tem que se preparar para opiniões e convicções diferentes das suas.
Eu sigo a Igreja, coluna e sustentáculo da verdade(Timóteo).
Eu escuto a Pedro que condena a interpretação particular.
E quem não segue a Igreja e interpreta a Bíblia por conta própria, deveria citar o Concílio de Nícéia ?
A contradição evangélica seria similar a um católico que, por exemplo, cite a pregação do Edir Macedo para condenar doutrina da sua própria Igreja.
Se a Igreja é de Constantino ninguém deveria citar concílio algum.
Tem gente citando Santo Agostinho quando quer condenar doutrina protestante alheia.
E depois estes mesmos que citam Santo Agostinho o deixam de lado quando ele defende a primazia da Igreja Católica ou veneração a Virgem Maria e aos santos.
O problema de todo protestante é o mesmo de sempre.
Ele escolhe o que pretende seguir e faz de sua própria doutrina a “verdade” absoluta que ele acredita ser “inspiração” do Espírito Santo.
Tem hora que tem que estar explícito na Bíblia. É o caso da Assunção de Maria.
Tem hora que não precisa estar explícito. É o caso da Igreja “invisível” que eles defendem.
Tem hora que recorrem a interpretação literal. É o caso do purgatório quando nos cobram textos literais.
Mas quando mostramos que Jesus manda que comamos de sua carne e bebamos de seu sangue, o protestante deixa a interpretação literal que antes lhe servia e parte para o relativismo.
Depois retoma a interpretação literal que descartou para nos cobrar o batismo infantil.
E depois quando lhe mostramos que a fé sem obras é morta o protestante diz que obras não servem para nada.
Quando lhe mostramos que a verdadeira religião é visitar órfãos e viúvas o protestante diz que isto é problema dos governos.
Aí vem o protestante outra vez com a interpretação literal que lhe serve e nos cobra o nome Igreja Católica na Bíblia.
Quando lhe perguntamos se o protestantismo é bíblico, ele protestante esquece a interpretação literal mais uma vez e diz que Lutero foi “levantado” por DEUS.
Então quando lhe cobramos por que abandonou Lutero, vem o protestante e diz que Lutero cometeu erros.
Ora, se Lutero foi levantado por DEUS por que o protestante não lhe segue ?
Seguem o que desejam de Lutero, em especial nas doutrinas do Sola Scriptura e no Sola Fide.
E esquecem do mesmo reformador quando ele demonstra veneração pela Virgem Maria e pelos santos.
O protestante que sabe que Lutero e Calvino se odiavam e por isto não permaneceram juntos, consegue dar razões a ambos mesmo sabendo que os dois divergiam.
Ao mesmo tempo que aceitam Calvino e sua espúria doutrina, recusam Calvino quando este chama de ignorantes aqueles que atribuíam irmãos a Jesus.
E depois de usarem como querem a Bíblia, Lutero e Calvino, ainda recorrem ao grego, hebraico e aramaico, sempre quando for interessante para provar suas doutrinas particulares.
E se nada lhes servir, ainda podem contar com os dvd´s e cd´s de pregações de outros “profetas” quando não raras vezes acreditam na “visão” e “direção” que o pastor de sua denominação disse ter recebido.
E se não concordar com nada, o protestante muda de denominação, escolhendo entre as milhares de igrejolas aquela que se “adapte” a ele.
Se não encontrar nada que lhe sirva ele ainda tem duas opções:
Tornar-se um sem igreja ou fundar uma nova denominação sob a regência de um novo Super Papa que é ele próprio.
A infalibilidade negada a Pedro pelos protestantes é praticada por cada protestante com a sua doutrina particular.
Concluindo:
Vale sempre o que cada protestante quiser. A sua doutrina é sempre a doutrina certa.
Lutero resumiu bem o pensamento que iria contaminar seus filhos:
“Quem não crê como eu está destinado ao inferno. O meu juízo e o juízo de DEUS são a mesma coisa.”
Estranhamente, o mesmo protestante que condena as doutrinas de outros protestantes chama os supostos hereges de “irmãos em Cristo”.
E todos estão “salvos” e todos estão “certos” ao mesmo tempo, mesmo que divergentes entre si.
E todos são “inspirados” pelo Espírito Santo.
E todos integram o “Povo de DEUS” onde só entra protestante.
Depois grita o protestante que placa de igreja não salva ninguém.
Eis o protestantismo. !
A “arte” de escolher sua própria doutrina.
A “arte” de deturpar a palavra de DEUS, acrescentando-lhe doutrinas e recusando outras.
No protestantismo se cumpre: “…não suportarão a sã doutrina e ajustarão mestres para si”
A Igreja Católica é a porta estreita.
A Igreja que não tolera o divórcio.
A igreja que não muda.
A Igreja “arcaica”.
A Igreja que proíbe a uso de preservativos e que condena o aborto.
O protestantismo é a porta larga onde para ser “salvo” basta levantar o dedo e “aceitar” Jesus, pouco importando o Jesus que se segue e o cristianismo que se pratica.
E depois de ignorar metade da Bíblia, grita o protestante:
Católicos leiam a Bíblia.
Autor: V.De Carvalho
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