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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Os Manuscritos do Mar Morto revelam que nenhum dos deuterocanônicos foi aceito como escritura?

Objeção
Não há nenhuma evidência de que os judeus em Qumran aceitaram qualquer um dos livros deuterocanônicos como Escritura.
Resposta: As descobertas de Qumran produziram poucas evidências sólidas sobre como esta seita via o cânon bíblico. Muitos escritos e fragmentos de escritos foram descobertos. Por exemplo, partes de todos os protocanônicos foram achados com exceção do livro de Ester. Fragmentos de Tobias e Eclesiástico também foram encontrados. Por fim, houve também fragmentos de escritos apócrifos, como o testemunho dos Doze Patriarcas e uma série de escritos até então desconhecidos. A simples presença de um livro em Qumran não significa necessariamente que eles eram considerados Escritura.
Em termos de como a seita usou esses livros, parece que alguns documentos da seita podem ter sido usados de uma maneira bíblica enquanto alguns dos protocanônicos nunca são citados ou mesmo aludidos como Escritura.[1] A ausência de alguns dos deuterocanônicos (por exemplo, Judite, Baruc, Sabedoria, 1 e 2 Macabeus) revela pouco pois o Livro de Ester está ausente também. Qumran certamente não era um representante Judaísmo do primeiro século como um todo. A seleção dos livros descobertos pode simplesmente refletir as crenças partidárias do grupo.[2] Não há nenhuma evidência de um cânon fechado ou fixo em Qumran, na verdade, um cânon fechado e fixado é de certa forma inconsistente com o que se sabe sobre os escritos sagrados dos sectários de Qumran.[3]

© 2004 por Gary Michuta. Todos os direitos reservados. Este material possui direitos autorais. Nenhuma cópia, distribuição ou reprodução (eletrônico ou não) é permitida sem a autorização expressa do proprietário dos direitos autorais.


[1] Ver Swanson, 185-197 - e.g. Rute, Cântico dos Cânticos e, possivelmente, Crônicas e Esdras-Neemias.
[2] Ver Swanson, 199.

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