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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Infeliz da Igreja se ela se alimenta com suco de uva

Qualquer pessoa com um mínimo de discernimento sabe a diferença que existe entre um suco e uma bebida fermentada.O Vinho é resultante de uma longa e muito complexa elaboração, que os homens levaram séculos para dominar. Vinho não é suco. Vinho não resulta apenas do espremer da uva. Os povos da bacia mediterrânea sempre foram exímios produtores de vinho, que não é resultado de um simples espremer da uva.Que os judeus sabiam o que era o vinho está no próprio Evangelho, no qual se diz que Cristo mandou os criados apresentarem ao arquitriclinio – o homem encarregado de dirigir o banquete de núpcias, em Caná da Galiléia – o vinho que Ele fizera milagrosamente, para que ele o experimentasse e o aprovasse.O arquitriclinio, experimentou o vinho, e o julgou superior ao vinho que fora servido inicialmente na festa, tanto que ele disse ao noivo: “Todo homem põe primeiro o bom vinho, e, quando já os convivas têm bebido bem, então lhes apresenta um vinho inferior, Tu, ao contrário, tiveste o bom vinho guardado até agora” (Jo. II, 10).
Portanto, o arquitriclínio sabia distinguir entre vinho bom e vinho ruim. Conhecia o que era vinho. Isso é que diz o Evangelho, palavra de Deus.
De outro lado, se tomavam só suco de uva, como se diz que os convidados podiam ficar inebriados?
Por acaso, já se viu alguém ficar inebriado com suco de uva? Só se o suco de uva fermentou, e suco de uva fermentado se chama vinho.
Fica provada, assim, a ignorância desses protestantes hereges, que nem sabem diferenciar suco de uva e vinho, nem a diferenciar a verdade da mentira.
Vejamos agora o orgulho que eles revelam ao dizer que Cristo fez suco de uva e não vinho.
Os protestantes afirmam que crêem na Sagrada Escritura, e que ela é a palavra de Deus. O próprio Deus, eles afirmam com razão, é o autor das Sagradas Escrituras.
Mas, depois, para justificar suas heresias e delírios, eles dizem que Deus é tão ignorante que nem sabe o que é vinho e o que é suco de uva, e que a palavra de Deus, no Evangelho, está errada. Onde a palavra de Deus diz vinho, dever-se-ia ler suco de uva. Eles querem corrigir Deus e o Evangelho.Com isso, se prova que eles não crêem em Deus, nem em sua palavra. Eles só acreditam no que querem. Acreditam em si mesmos e em sua própria opinião, não em Deus e em sua palavra. E isso é orgulho que raia pela auto-adoração.
1. Yayin (correspondente ao grego oinos e ao latim vinum). É a palavra usualmente utilizada para vinho no texto bíblico e encontrada 141 vezes no texto massorético. O significado da raiz é de “estar em fermentação”. Outros derivam o significado de uma outra raiz cujo significado é “pressionar com os pés/pisotear”.
2. Chemer ou hemer, talvez “espumante” (Deuteronômio 32,14 e o texto massorético de Isaías 27,2; aramaico chamar (Esdras 6,9; 7,22; Daniel 5,1,2,4,23).
3. Tirosh. É basicamente um “suco de uva” fresco (também chamado de mishreh, Números 6,3), mesmo quando na parreira (Isaías 65,8). Mas “suco de uva” não-fermentado é uma coisa muito difícil de se manter sem a adição de precauções antisépticas modernas, e a sua preservação nas condições quentes e não devidamente limpas da antiga Palestina era impossível. Consequentemente, tirosh vêm a significar vinho que não atingiu a plenitude (mesmo com todas as propriedades intoxicantes (Juízes 9,13; Oséias 4,11; comparar com Atos 11,3). A Septuaginta sempre (exceto em Isaías 65,8 e em Oséias 4,11) traduziu para oinos e os targuns para chamar. A versão da King James tem “vinho” 26 vezes, “vinho novo” 11 vezes e “vinho doce” em Miquéias 6,15. A palavras hebraica a qual foi rastreada como sendo a raiz de tirosh significa “tomar posse de”. Supostamente então a designição de Tirosh se faz na medida em que os efeitos intoxicantes tomam posse do cérebro. Entre as bênçãos prometidas a Isaú, encontramos tirosh: “Que Deus te dê o orvalho do céu e as gorduras da terra, trigo e vinho em abundância.”
4. Duas aparentemente poéticas palavras são ‘acic “vinho doce,” Isaías 49,26; Amós 9,13; Joel 1,5; 3,18, “suco”; Cântico dos Cânticos 8,2), e cobhe’ (“vinho” Isaías 1,22; “drink” Oséias 4,18; Naum 1,10).
5. Mececk. É encontrada nas traduções para vinho codimentado ou misturado. Salmos 75,8 (“mistura”), Provérbios 23,30 (“vinho misturado”). Interessante comparar com yayin haregach em Cântico dos Cânticos 8,2 (“vinho apimentado”)
6. Mamethaqqim, literalmente “doce”, Neemias 8,10.
7. Shemarin (somente no plural), borras ou sedimentos do vinho. Em Isaías 25,6 é tido como vinho o “vinho das borras”, ou o vinho que foi mantido nas borras.
8. Hometz, em grego oxos, vinagre ou vinho azedado.
9. Shekhar, traduzida como “bebida forte”. Shekhar parece significar uma “bebida intoxicante”de qualquer tipo em Números 28:7 e certamente é simples “vinho” (compare também seu uso em paralelismo com “vinho” em Isaías 5,11). Em certas passagens (Levítico 10,9; Números 6,3; 1 Samuel 1,15, etc.), entretanto, ela é distinguida de “vinho” e o significado não é muito certo. Mas deve parecer significar “uma bebida não feita das parreiras.” De tais somente o vinho de romã é nomeado na bíblia (Cântico dos Cânticos 8,2), mas uma variedade de tais preparados (feitos de maçãs, marmelos, tâmaras, cevada, etc.) eram conhecidos dos antigos e devem ter sido usados também na Palestina. A tradução “bebida forte” não é inadequada pois sugere “licor destilado” o qual é dificilmente o caso.
10. Nos textos deuterocanônicos e no Novo Testamento, a palavra grega utilizada para “vinho” é oinos, exceto em Atos 2,13 no qual a palavra grega é gleukos, a qual é traduzida como “doce” ou “vinho novo”.
A palavra grega para vinho é “oinos“. A palavra grega usada no Novo Testamento para “bêbado” ou “bebedor de vinho” é derivada também de “oinos“. Basicamente significa alguém que bebe vinho exageradamente.
No relato evangélico da Ceia do Senhor foi usada uma terminologia que pode ser interpretada por vinho ou suco de uva, assim como “cálice” ou “fruto do vinho”. Contudo, São Paulo em sua Primeira Epístola aos Coríntios censura-os por ficarem bêbados durante a Ceia do Senhor. Seria impossível para os Coríntios ficarem bêbados se usassem somente suco de uva. Paulo também nunca cuidou de corrigi-los, dizendo-os para usarem suco de uva ao invés de vinho. Portanto, a leitura mais exata indica que foi usado vinho na Ceia do Senhor.
Olhando para o contexto histórico, a Igreja sempre usou vinho. O uso do vinho não foi objeto de discussão até o séc. XVI. Durante a refeição da Páscoa, os Judeus, hoje assim como há 2.000 anos, a celebram com vinho (v. Unger’s Bible Dictionary, verbete “Lord’s Supper”). O tabu contra o uso do vinho é uma restrição recente feita pelos homens, mas não provém de Deus (v. Deuteronômio 14,26, se você ainda acredita que Deus proibiu o uso do álcool).
Então, mesmo que se diga que Jesus usou a expressão “fruto da videira”, e que isso poderia ser suco de uva, é claro que podemos ver que Jesus tomou vinho mesmo! Alías, só para constar, tecnicamente o vinho é simplesmente suco de uva fermentado e alcoolizado. Mas, como saberíamos que Ele tomou vinho mesmo? Primeiro porque, como vimos, a Bíblia nunca proibiu o vinho [e a cerveja] nem aos sacerdotes. Segundo, porque cheio do Espírito santo, Jesus está cheio de domínio de si, equilíbrio e temperança (Gl 5, 22-23), e jamais o vinho o dominaria e disso Ele não teria medo! E terceiro porque a Bíblia diz que o vinho [e não o suco de uva] é como o “sangue” das uvas. Ou seja, desde o Antigo Testamento o vinho já lembrava profeticamente o sangue, a vida.Logo, no Novo Testamento, o vinho lembra, na Santa Ceia, o Sangue de Jesus de fato (Gn 49:11; Dt 32:14). E após a consagração, pelas palavras de Jesus pronunciadas pelo sacerdote, o vinho se torna Sangue Real: “Isto é meu Sangue…”, disse Jesus. Então, quanto ao culto, quanto a Celebração Eucarística, a Igreja Católica não abre mão do vinho e do pão sem fermento, tal como Jesus usou na Ceia Pascal Judaica, e que inaugurou a Ceia Pascal Cristã.
Aliás, o primeiro milagre de Jesus foi transformar água em vinho! Porém, alguns ainda afirmam que não foi em vinho que Jesus transformou a água, e sim, em suco de uva. Afirma-se ainda, que na Última Ceia Ele teria usado suco de uva, visto que de fosse vinho, o suco da uva estaria adulterado de sua forma pura e original por causa da fermentação e do álcool, tornando a Eucaristia impura! No entanto, isto seria totalmente contrário a Ceia Pascal Judaica que usa também o pão sem fermento (ázimos), que nessa situação também faz com que o pão não estivesse na forma correta para a Ceia, pela ordem de Deus (Ex 12, 8.15-20)!
O vinho é recomendado também para a alegria da alma, revigor do corpo, e cura. Logo, a Eucaristia, como sendo Sangue de Cristo, vem dar tudo isso, e muito mais, a nossa alma (Gn 49:12; Jz 9:13; Jo 2, 1-12; 2.º Sm 16:2; 1.º Cr 12:40; Jdt 12:12; Sl 4:8; 103:15; Pv 31:6; Ecle 2:3; 9:7; 10:19; Eclo 31, 22.32.33.35.36.39; 40:20; 49:2; Is 25:6; 55:1; Jr 40:10; Lm 2:12; Joel 4:18; Zc 9:17; 10:7; Lc 10:34).
 
FONTE ELETRÔNICA;
 

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