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terça-feira, 4 de junho de 2013

Será que a Bíblia se contradiz?

“É IMPOSSÍVEL que Deus minta”, diz a Bíblia. (Hebreus 6,18) Portanto, como poderia seu livro estar cheio de flagrantes incoerências e significativas discrepâncias e, ainda assim, ser chamado de Palavra de Deus? Não poderia. ‘Por que, então, existem as discrepâncias?’, você talvez pergunte.
Como seria de esperar de um livro que durante séculos foi trabalhosamente copiado a mão, e que teve de ser traduzido para os idiomas comuns da época, algumas diferenças de cópia se infiltraram. Mas, nenhuma delas é de tal magnitude e peso a ponto de lançar dúvida quanto à inspiração e à autoridade da Bíblia como um todo. Através de exame minucioso, pode-se demonstrar que as aparentes contradições têm uma explicação honesta. Em muitos casos, pessoas que dizem que a Bíblia se contradiz não fizeram elas mesmas uma investigação cabal, mas, simplesmente aceitam essa opinião que lhes é impingida por aqueles que não querem crer na Bíblia ou ser governados por ela. “Quando alguém replica a um assunto antes de ouvi-lo, é tolice da sua parte e uma humilhação”, acautela a Bíblia em Provérbios 18,13.
Às vezes, alguns objetam ao fato de que os escritores bíblicos nem sempre parecem concordar em assuntos relativos a dados, ordem dos acontecimentos, fraseado das citações, e assim por diante. Mas, considere: Se você pedisse a várias testemunhas oculares de um acontecimento que escrevessem o que viram, será que todos os relatos seriam absolutamente coincidentes no fraseado e nos detalhes? Se realmente fossem, não suspeitaria de que houve conluio entre os escritores? Da mesma maneira, Deus permitiu que os escritores bíblicos conservassem o seu estilo e linguagem próprios, ao passo que cuidou de que as Suas idéias e os fatos pertinentes fossem transmitidos com exatidão.
Citações de escritos anteriores podem ser levemente alteradas da declaração original, para atingir as necessidades e o objetivo do novo escritor, ainda assim retendo o sentido e o pensamento básicos. O mesmo se pode dizer quanto a conjuntos de acontecimentos. Um escritor talvez siga uma estrita ordem cronológica, ao passo que outro talvez aliste os acontecimentos segundo a ligação deles com as ideias. As omissões se dariam igualmente segundo o ponto de vista do escritor e o seu resumo do relato. Assim, Mateus falou a respeito de dois cegos terem sido curados por Jesus, ao passo que Marcos e Lucas mencionaram apenas um. (Mateus 20,29-34; Marcos 10,46; Lucas 18,35) O relato de Mateus não é contraditório. Ele é simplesmente mais específico quanto ao número, ao passo que Marcos e Lucas se restringem ao homem a quem Jesus dirigiu diretamente a palavra.
Havia também diferentes métodos de computar o tempo. A nação judaica usava dois calendários — o calendário sagrado e o secular, ou agrícola — cada qual começando num diferente período do ano. Escritores que divergem quanto ao mês e ao dia ao se referirem a um mesmo acontecimento poderiam estar simplesmente usando calendários diferentes. Visto que os escritores orientais raramente usavam frações, partes de um ano eram contadas como anos completos. Eram arredondadas para o algarismo mais próximo. Observe isso, por exemplo, nos registros genealógicos em Gênesis, capítulo 5.
Harmonizando “Contradições”
Mas, não há textos na Bíblia que dizem exatamente o contrário de outros textos? Consideremos alguns que têm sido citados por certos críticos da Bíblia.
Em João 3,22 lemos que Jesus “batizava”, ao passo que um pouco mais adiante, em João 4,2, o registro diz que ‘o próprio Jesus não batizava’. Mas, como o restante do texto indica, eram os discípulos de Jesus que realizavam o batismo propriamente dito, em nome e sob a direção dele. Isto é similar ao caso em que tanto o empresário como a sua secretária podem afirmar ter escrito uma determinada carta.
Há também o texto em Gênesis 2,2, que diz que Deus repousou “de toda a sua obra”. Contrastando com isso há o comentário em João 5,17, onde Jesus diz que Deus “tem estado trabalhando até agora”. Mas, como mostra o contexto, o registro em Gênesis fala especificamente a respeito das obras de criação material de Deus, ao passo que Jesus se referia às obras de Deus concernentes à sua orientação divina e aos cuidados que presta à humanidade.
Outra aparente contradição se constata na comparação de Êxodo 34,7 com Ezequiel 18,20. O primeiro texto diz que Deus traria “punição pelo erro dos pais sobre os filhos e sobre os netos”, ao passo que o último diz que “o próprio filho não levará nenhuma culpa pelo erro do pai”. Por que parecem ser contraditórios esses textos? Porque são tirados do contexto. Examine a matéria circundante e o cenário. Neste caso, torna-se óbvio que quando Deus mencionou a punição como vindo não apenas sobre os pais, como também sobre seus filhos e netos, ele falava sobre o que resultaria aos israelitas como nação, caso pecassem contra ele e fossem levados ao cativeiro. Por outro lado, ao dizer que um filho não seria responsabilizado pelo erro de seu pai, ele referia-se à responsabilidade individual.
É possível encontrar diferenças, como nos relatos sobre o nascimento de Jesus, registrados em Mateus 1,18-25 e Lucas 1,26-38. Mas, será que indicam contradição?
Já leu alguma vez duas biografias a respeito de uma mesma pessoa famosa? Em caso afirmativo, notou que essas biografias diferem, sem serem necessariamente contraditórias? Em muitos casos, isso se dá por causa das impressões pessoais do escritor, ou das fontes que ele usou. Também depende do que o autor julga ser importante relatar na sua matéria, do ângulo que ele aborda, e de ter em mente o público a quem a matéria se dirige. Assim, relatos visando leitores gentios difeririam de relatos visando leitores judeus, que já entendiam e aceitavam certos fatos.
Esses são apenas alguns exemplos de trechos na Bíblia que, sem uma análise cuidadosa, parecem contraditórios. Mas, ao serem meticulosamente examinados, tendo em mente o ponto de vista do escritor e o contexto, eles de forma alguma são contradições, mas sim simplesmente passagens que exigem pesquisa adicional. Contudo, a maioria das pessoas não faz esse esforço adicional, achando muito mais fácil simplesmente dizer: “A Bíblia se contradiz.”
Ela Merece a Nossa Confiança
O Espírito Santo de Deus concedeu aos escritores bíblicos uma ampla margem de liberdade ao escreverem os seus relatos. (Atos 3,21) Assim, puderam produzir um quadro expressivo e vívido a respeito do que viram. As dessemelhanças, contudo, na verdade confirmam a credibilidade e a veracidade deles, por não darem margem a nenhuma acusação de engano ou de conluio. (2 Pedro 1,16-21) Conquanto os escritores divergissem em seu método de apresentação, todos apontavam na mesma direção e visavam o mesmo objetivo: Mostrar às pessoas o que Deus fará para tornar feliz a humanidade e o que os humanos, por sua vez, precisam fazer para receber a aprovação de Deus. — Provérbios 2,3-6, 9.
A Bíblia é um livro que apela à nossa faculdade de raciocínio. É plenamente harmoniosa. Não se contradiz. Todos os 73 livros – na Bíblia católica ou 66 na protestante (1.189 capítulos ou 31.173 versículos, segundo a versão Rei Jaime, em inglês) merecem a nossa total confiança. Sim, você pode confiar na Bíblia!
Mateus disse que dois cegos foram curados por Jesus. Marcos e Lucas mencionaram apenas um. É isso uma contradição?
Se Você Encontrar Uma “Contradição” na Bíblia, Poderia Ser Que:
◆ Desconheça certos fatos históricos ou costumes antigos?
◆ Não tenha levado em conta o contexto?
◆ Tenha despercebido o ponto de vista do escritor?
◆ Esteja tentando conciliar idéias religiosas errôneas com o que a Bíblia realmente diz?
◆ Esteja usando uma tradução da Bíblia inexata ou desatualizada?

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