A Igreja Universal, dona de um dos maiores impérios de fortuna no país é acusada de extorquir presos da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. Quem não paga, é discriminado e não faz mais parte do grupo seleto de presos que rende à igreja, em média, R$ 30 mil por mês. Entre os detentos, uma ironia bíblica: chamam a vantagem de pagamento de dízimo.
A denúncia começou com o interrogatório de um preso a um juiz de Várzea Grande (Grande Cuiabá). Por não ter dinheiro, o preso conta que foi colocado de lado. Ficava de castigo, longe dos outros que pagavam em dia e que tinham mordomias na Ala dos Evengélicos.
O caso chegou até o Ministério Público Estadual (MPE), que nas investigações representou pela busca e apreensão dos objetos usados pela Igreja Universal na Penitenciária Central, inclusive computadores e documentos contábeis que a igreja mantinha dentro da casa de reclusão.
Nas investigações, o Ministério Público comprovou que os presos que pagam tinham todos os tipos de mordomias. Eram “intocáveis”, e podiam fazer de tudo, pois viviam como se estivessem casa, com uso de televisão, filmes, água gelada, boas comidas, e e outras mordomias que ainda estão sendo investigadas.
O promotor de Justiça Célio Wilson de Oliveira, da Vara de Execuções Penais confirmou as denúncias de extorsão, mas não quis se prolongar sobre o assunto. “As investigações são mais longas do que se imagina, por isso vamos aguardas as conclusões”, comentou rapidamente Célio Wilson.
A reportagem do Portal de Notícias 24 Horas News conversou com um preso da Penitenciária central que confirmou: “Os caras cobram e quem não paga não tem direito nem a água gelada. Quem paga tem até filme pornô”. A reportagem tentou conversar com representantes da Igreja Universal, em Cuiabá, mas ninguém atendeu o telefone.
Fonte:24h News
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