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domingo, 15 de abril de 2012

Esquece... Os Idólatras Gospel

A mentalidade evangélica do show não é mais novidade - e a idolatria também não - tanto que já não choca, não "escandaliza" ninguém. Já não se respeita o lugar do culto, a ambiência do sagrado, a oração, a presença de Deus. O que importa é a “alegria” , a “vitória”, tirar fotos com o cantor, abraçar, chorar, entronizar o novo deus do momento, o novo ídolo gospel em seu “ministério de adoração”...
E como os chamados "artistas gospel" adoram isso tudo! Basta ver em seus rostos a expressão de êxtase sob os holofotes, por serem o CENTRO do culto... e não Jesus ou Deus. Substituíram Jesus-Deus pelo homem. Notem o proceder desses deuses de hoje usando as mesmas técnicas dos "artistas" seculares em seus shows: "Joga a mão pra cima! Pula! Dança!” E enquanto o "culto" se desenrola em sua forçada normalidade, o povo tenta esconder sua alarmante ansiedade pelo show, até que chega o momento esperado: "com vocês: o nosso deus!" E o povo... abraça a idolatria em sua mais nefasta expressão - a substituição do Deus verdadeiro pela cópia bizarra do momento, a busca de Deus trocada pela busca da glória dos homens.

Se na Igreja de Cristo (a Católica) a Missa é cristocêntrica, centrada na presença do divino (Jesus) vivo na Eucaristia, nos cultos gospels a idolatria das “músicas de adoração” tomaram conta e, em vez de orar, dançam, em vez de adorar, gritam histéricos, em vez de buscar Jesus, gastam fortunas em equipamentos de som, em vez de meditar no silêncio, cantam músicas cada vez mais barulhentas capazes de espantar até os anjos... e ainda por cima ousam dizer que estão praticando um “ministério de adoração”. Pobre Jesus... agora virou motivo pra sustentar família de “pastor”, vender CD, alimentar a vaidade e o divertimento de dançarinos e cantores, vender prosperidade material nas igrejas neopentecostais e ser pistolão de salvação fácil não importam as obras.
A cruz?? Esquece...

O perdão dos pecados? Esquece...

O pai-nosso? Esquece...

Pedro? Esquece...

A carta de Tiago? Esquece...

Macabeus e outros 7 livros da Bíblia? Esquece...

Os padres apostólicos? Esquece...

As promessas de Cristo para sua igreja? Esquece...

A Igreja? Esquece...

Os santos? Esquece...

Maria Santíssima? Esquece...

As aparições de Fátima, Lourdes, Guadalupe etc... ? Esquece...

Pergunto: isso é ser cristão ou apenas anti-católico?

É interessante observar como são os cultos evangélicos e protestantes em geral: primeiro cantam, fazem barulho, gritam aleluias histéricos, exacerbam o sentimentalismo e criam um ambiente ilusório de “Jesus está aqui” aos berros. Depois, o pastor prega por uma hora “explicando” a Bíblia como quer e acha, sem a menor coerência com a história do cristianismo ou respeito à Revelação da Igreja Apostólica. E finalizam com mais uma sessão de cantorias exasperantes. Mas atenção... tudo “em nome de Jesus”, como se fosse uma palavra mágica, sem a menor referência à salvação das almas ou importância ao arrependimento e o perdão dos pecados. O Pai-nosso, a oração que Jesus ensinou? Desprezam, porque é coisa de católico...

Diante de fatos tão absurdos, pergunto: mas de onde vem tanta incoerência? Vem da idolatria ao próprio umbigo que Lutero ensinou.

Eis o que dizia e ensinava o pai de todas as “igrejas” anti-católicas que se formaram a partir da reforma protestante:
"Cristo cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte, de que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: 'Que fez, então, com ela?', depois com Madalena, depois com a mulher adúltera, que ele absolveu tão levianamente. Assim Cristo, tão piedoso, também teve de fornicar antes de morrer."

"Eu estou, da manhã à noite, desocupado e bêbado. Você me pergunta por que eu bebo tanto, por que eu falo tão galhardamente e por que eu como tão frequentemente? É para pregar uma peça ao diabo que se pôs a me atormentar. É bebendo, comendo, rindo, nessa situação, e cada vez mais, e até mesmo cometendo algum pecado, à guisa de desafio e desprezo por Satanás, procurando tirar os pensamentos sugeridos pelo diabo com o auxílio de outros pensamentos, como, por exemplo, pensando numa linda moça, na avareza ou na embriaguês, caso contrário ficarei muito raivoso."

"Quem não crê como eu é destinado ao inferno. Minha doutrina e a doutrina de Deus são a mesma. Meu juízo é o juízo de Deus."

- "...os hereges não são bem acolhidos se não pintam a Igreja (católica) como má, falsa e mentirosa. Só eles querem passar por bons: a Igreja há de figurar como ruim em tudo”. (Franca, Leonel, S.J. A Igreja, a reforma e a civilização, Ed. Agir, 1952, 6ª ed. Pág. 200)

- "Que mal pode causar se um homem diz uma boa e grossa mentira por uma causa meritória e para o bem da igreja (luterana)”. (Grisar, Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work, The Newman Press, 1960- pág 522).

- "Eu, Martinho Lutero, exterminei os camponeses revoltados, ordenei-lhes os suplícios, que o seu sangue recaia sobre mim, mas o faço subir até Deus, pois foi ele quem me mandou falar e agir como agi e falei."

"… Seja um pecador e peque fortemente, mas creia e se alegre em Cristo mais fortemente ainda... Se estamos aqui (neste mundo) devemos pecar... Pecado algum nos separará do Cordeiro, mesmo praticando fornicação e assassinatos milhares de vezes ao dia”. (Carta a Melanchthon, 1 de agosto de 1521)

É importante conhecer o pensamento de Lutero porque é a partir dessas ideias que a reforma protestante aconteceu. Sem esses princípios (absurdos e malignos, como se vê acima), o PROTESTANTISMO não existiria. Não foi a toa que ele queria rasgar a epístola de Tiago (“a fé sem obras é morta...”), rejeitou livros do cânon bíblico e adulterou sua tradução da Bíblia para o alemão a fim de atingir seus propósitos insanos. E conseguiu...

A maior idolatria evangélica é feita pelo crente de si mesmo. Explico. Uma das contestações de Lutero seria a infalibilidade papal. Ou seja, o papa não deve ser tido como infalível na interpretação da Bíblia, só ele, Lutero, já partindo do pressuposto falso de que a Bíblia é mãe da igreja quando sabemos que é o contrário.

Então o que ocorre com o evangélico ? Ele interpreta a Bíblia por conta própria e se faz mestre de si mesmo. Tão logo contrariado a partir da leitura que fez, deixa uma denominação por outra. Por vezes, funda uma nova denominação. Por isso se dividem, pois não há um evangélico leitor da Bíblia que admita opinião alheia ou contrária. Ele que não aceita a infalibilidade do papa torna-se um Super Papa, admitindo apenas a sua interpretação e, fazendo-se sábio aos seus próprios olhos, torna-se "infalível" em matéria de fé e doutrina, atacam-se uns aos outros e a letra da Bíblia é usada para que cada crente firme suas convicções pessoais. Assim, ele adora a si próprio, pecado número um da soberba e evidente causa de heresias sem fim. É comum ouvir de um crente a expressão: "falta conhecimento bíblico ao fulano." Ou seja, só ele é que tem conhecimento bíblico para julgar todas as coisas. O crente é ídolo de si mesmo. Pelo visto, será salvo quem melhor interpretar a Bíblia... J Aliás, se conhecesse a Bíblia, não precisava andar com ela debaixo do braço...

Desde então a Bíblia é usada para escolha de denominações, pastores e doutrinas que se pretendem seguir.

Na prática, o PROTESTANTISMO ensina que o crente salva a si mesmo na medida em que “crê em Jesus”. Como tudo depende da leitura que ele faz da Bíblia que, como é a que deseja, ele garante a si mesmo a salvação. Fácil né? E mais, seguindo a mesma lógica, Jesus morreu na cruz, sofreu, padeceu e depois nos deixou por conta própria. E o interessante é que a Bíblia não fala de si como a única fonte de revelação. Paulo manda que guardemos as tradições! A Bíblia proíbe ainda a interpretação privada (Pedro) e destaca a Igreja como coluna e sustentáculo da verdade (Timóteo)! Mas o “crente” faz tudo diferente do que a Bíblia ensina e ainda tem coragem de se dizer defensor da palavra de Deus.

A Bíblia proíbe a interpretação particular (Pedro) e o crente "interpreta".

A Bíblia diz que Igreja é coluna e sustentáculo da verdade (Timóteo) e o crente diz que igreja não serve para nada.

Ele próprio contesta a infalibilidade da Igreja e do papa, mas torna-se "infalível" em sua interpretação. Ele julga quem é herege e quem não é. Ele determina que denominações são ungidas e as que não são. Ele faz as suas escolhas a partir da leitura individual. Contesta seus pares e se contrariado faz beicinho e troca de denominação quando não funda a sua própria. Todos são diferentes uns dos outros, mas todos, sem exceção, julgam-se assistidos pelo Espírito Santo, com exceção dos católicos é claro...

Quem apoia o divórcio acha que está certo a partir de sua leitura privada. Quem é contra pensa que também está certo. Quem pratica a teologia da prosperidade prova sua tese pela Bíblia e quem é contra tal teologia faz o mesmo. Como o próprio Lutero disse: "Cada cabeça uma igreja." Em relação ao próprio Lutero, seguem apenas o que lhes é conveniente, caso contrário, seriam todos luteranos. Seguem também o que pretendem de Calvino, juntam os textos que pretendem seguir e descartam outros. Pegam um pouco daqui e um pouco de lá. Cada pregador enfatiza uma ou outra coisa e, firmado em suas próprias convicções pessoais, estabelece sua própria doutrina que segundo o próprio crente é a única certa. Ora, se isto não é idolatria de si mesmo, o que é? Fazem-se passar por deuses!

Outra incoerência é que o evangélico usa de interpretação literal para acusar os demais e quando confrontado parte para o grego. Mas, se o grego não serve, parte para o hebraico. E depois para o aramaico. Depois recorre a Lutero ou Calvino. E depois de tudo isso, ele mesmo diz que a Bíblia é de fácil interpretação! Será que todo e qualquer protestante conhece a fundo o luteranismo, o calvinismo e todos falam grego, hebraico e aramaico?

Exatamente porque a Bíblia é de difícil compreensão e Pedro nos alertava disto, é que o eunuco da Bíblia dizia: "Como posso entender as escrituras se ninguém me explica ?" Se Pedro já naquela época advertia que as escrituras (e estava se referindo apenas ao antigo testamento) na mão de ignorantes é certeza de condenação, o que ele diria hoje, para os novos idólatras gospel que nada têm de ignorantes, exibem a Bíblia como varinha mágica e se auto intitulam “bispos” e “apóstolos”?

São evangélicos ou são bruxos idólatras? Esquece...

Claudio Maria
 
FONTE ELETRÔNICA;

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