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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

São Pedro foi “apenas” um Presbítero e não o Primeiro papa?

 

Em vários sítios de apologética protestantes, muitos textos contra o primado de Pedro vêm falando que Pedro Príncipe dos Apóstolos se denominava um simples presbítero logo não gozava de nenhuma suprema autoridade sobre a Igreja, o que não lhe fazia em nada um Papa, apenas um simples sacerdote da Igreja.
O texto em que se baseiam é 1 Pedro 5, 1 onde lêem “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:” (Tradução João Almeida)
Presbitero em algumas Igreja protestantes “reformadas” diz respeito ao líder espiritual de uma comunidade, algumas outras afirmam que presbitero é um pastor.
Na Igreja católica o título prebítero é atribuido aos padres ordenados.
Mas será que Pedro quis dizer realmente que ele era um presbítero no sentido de um simples pastor da Igreja? Vamos fazer uma exegese mais acurada do texto em grego:
Πρεσβυτέρους τοὺς ἐν ὑμῖν παρακαλῶ ὁ συμπρεσβύτερος καὶ μάρτυς τῶν τοῦ χριστοῦ παθημάτων, ὁ καὶ τῆς μελλούσης ἀποκαλύπτεσθαι δόξης κοινωνός· (1Pe 5, 1 )
A palavra Πρεσβυτέρους (do grego antigo “πρεσβύτερος” de “πρέσβυς”) em negrito no texto, apesar de se pronunciar como “presbíteros” tem sua tradução não como “presbítero” como vulgarmente entendemos hoje, como um simples sacerdote da Igreja, mas sua real tradução significa, “Ancião”, logo Pedro não estava falando como um simples presbítero como imaginamos hoje, mais sim como um ancião que foi testemunha da paixão de Cristo.
E um presbítero , nas igrejas cristãs primitivas, era cada um dos anciãos aos quais era confiado o governo da comunidade cristã.
A palavra hebraica equivalente é za·qen e identificava os líderes do Antigo Israel, quer no Âmbito de uma cidade, da tribo ou em nível nacional.
Segundo o dicionário grego temos:
1. De idade avançada, freqüentemente subst. Pessoa (mais) velha Lc 15, 25; Jo 8, 9; At 2, 17; 1 Ti 5, 1b. De um período de tempo οἱ π. Homem antigo, nossos ancestrais Mt 15, 2; Mc 7, 3, 5; Hb 11, 2.
2. Como uma designação de um oficial idoso. presbitero.
Logo nenhuma tradução possível se encaixa como presbítero no sentido que entendemos hoje, de sacerdote, padre ou pastor.
Agora vamos analisar quantas vezes esta palavra Πρεσβυτέρους se repete na bíblia e a tradução João Almeida a traduz como ancião e não como presbítero:
Entre Judeus
Mt 16, 21
Grego:
Ἀπὸ τότε ἤρξατο ὁ Ἰησοῦς δεικνύειν τοῖς μαθηταῖς αὐτοῦ ὅτι δεῖ αὐτὸν ἀπελθεῖν εἰς Ἱεροσόλυμα, καὶ πολλὰ παθεῖν ἀπὸ τῶν πρεσβυτέρων καὶ ἀρχιερέων καὶ γραμματέων, καὶ ἀποκτανθῆναι, καὶ τῇ τρίτῃ ἡμέρᾳ ἐγερθῆναι.
João Almeida :
“Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.”
Mt 27:41
Grego:
“ Ὁμοίως δὲ καὶ οἱ ἀρχιερεῖς ἐμπαίζοντες μετὰ τῶν γραμματέων καὶ πρεσβυτέρων καὶ Φαρισαίων ἔλεγον”
João Almeida:
“E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo…”
A mesma coisa se repete em Mc 14, 43, 53; Lc 7, 3; 9, 22; At 4, 23; 6, 12.
Entre os Cristãos
At 11, 30
Grego
ὃ καὶ ἐποίησαν, ἀποστείλαντες πρὸς τοὺς πρεσβυτέρους διὰ χειρὸς Βαρνάβα καὶ Σαύλου.”
João Almeida
O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo.”
At 14, 23
Grego:
“ Χειροτονήσαντες δὲ αὐτοῖς πρεσβυτέρους κατ᾽ ἐκκλησίαν, προσευξάμενοι μετὰ νηστειῶν, παρέθεντο αὐτοὺς τῷ κυρίῳ εἰς ὃν πεπιστεύκεισαν. ”
João Almeida:
”E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao SENHOR em quem haviam crido.”
A mesma coisa se repete em 1 Tm 5:17,19; Tt 1, 5; Js 5, 14; 1 Pd5:5; 2 Jo 1; 3 Jo 1; Ap 4:4; 7:11.
Logo vemos que a Tradução João Almeida nada mais passa do que uma tradução tendenciosa. A palavra πρεσβυτέρους (ancião) se repete quase que 30 vezes no novo testamento e somente na que Pedro de refere a ele mesmo, a “João Almeida” traduz como presbítero. Logo na de Pedro!
E além de tudo os protestantes caem de boca em cima da passagem, não sabendo eles o real significado e a morfologia da palavra e o como Pedro realmente se intitulou.
Apesar de hoje usarmos a palavra “Presbítero” como um sacerdote que preside uma Igreja particular, Pedro emprega o sentido etimológico da palavra que é “ancião” em oposição ao que ele vai falar aos Jovens no versículo 5 do mesmo capítulo onde lemos:
“Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos . . .” (1 Peter 5, 5 – João Almeida)
Note que no versículo 1 já analisado a João Almeida traduz πρεσβυτέρους como Presbítero por que Pedro se referia a ele próprio, mas 4 versículos depois a mesma João Almeida traduz a mesma palavra πρεσβυτέρους como Ancião, logo podemos ver a tradução tendenciosa.
Por Que Pedro Não Poderia Ser Um Simples Presbítero, no sentido atual da palavra?
Existe uma hierarquia na Igreja e Pedro só poderia estar no todo dela, como apostolo:
Ef 4, 11 “A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores…”
Cada um na Igreja tem sua função logo, Pedro não teria 2 cargos:
1 Cor 12, 29 Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres?
Pedro é notável e coluna da Igreja (Gl 2, 1-9)
É freqüentemente chamado por Paulo de Cefas. Κηφᾶς, ᾶ, ὁ (Aramaico = ‘rocha’) (Jo 1, 42; 1 Cor 1, 12; 3, 22; 9, 5; 15, 5; Gal 1, 18; 2, 9, 11, 14).
Seu nome está na frente todas as listas dos apóstolos e dos grupo intimo de Jesus (Mt 10,2; Mt 17,1; Mt 26,37.40; Mc 3,16; Mc 5,37; Mc 14,37; Lc 6,14; At 1,13)
Pedro – Pedra sobre a qual Jesus edificou sua Igreja (Mt 16,18)
Jesus paga imposto por ele e por Pedro (Mt 17,26)
Jesus confia aos apóstolos a papel de Ensinar as pessoas tudo que prescreveu (Mt 28,20)
Pedro é sempre destacado dos demais apóstolos (Mc 1,36; Mc 16,7; Lc 9,32; Jo 13,6-9; Jo 21,7-8; At 2,37; At 5,29; ICor 15,5)
Jesus Roga por Pedro para que ele Confirme os irmãos (Lc 22,31s)
Cristo Ressuscitado aparece primeiro a Pedro (Lc 24,34; 1Cor 15,5s)
Jesus manda Pedro a apascenta as ovelhas dele (Jo 21,15ss)
É sempre ele que toma as decisões e toma a palavra entre os apóstolos (Mt 18,21; Mc 8,29; Lc 9,5; Lc12,41; Jo 6,67ss; At 1,15.22; At 2,14; At 10,1; At 15,7-12)
Pedro realiza o primeiro milagre da Era da Igreja, curando um aleijado (At 3,6-12)
Pedro lança a primeira excomunhão a Safira e Ananias (At 5,2-11)
Pedro é a primeira pessoa após Cristo a ressuscitar um morto (At 9,40)
Cornélio, o 1º pagão convertido, é orientado por um anjo a procurar Pedro para ser instruído no cristianismo (At 10,1-6)
Pedro abre, preside e encerra o primeiro Concílio da Cristandade (At 15,7-11)
S.Paulo vai conhecer Pedro e fica 15 dias com ele (Gál 1,18)
Logo Pedro se referiu a ele mesmo como ancião e não como “presbítero” atual como andam colocam as palavras na boca de Pedro.
Fica provado portanto que Pedro nunca quis dizer que ele era um simples presbitério como pensam os protestantes e insinua a tendenciosa tradução protestante da bíblia, de João Almeida.
Rafael Rodrigues.

FONTE ELETRÔNICA:

http://www.catolicosdobrasil.com.br/biblia/sao-pedro-foi-%e2%80%9capenas%e2%80%9d-um-presbitero-e-nao-o-primeiro-papa/

4 comentários:

  1. Olá A todos


    Pedro era casado. Então o primeiro papa assim considerado pela Igreja Romana Católica era um papa casado? Porque os papas não se casam então?

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  2. parte 1 da resposta

    Se o Papa quiser casar é só ele mudar a norma da Igreja. Celibato não é dogma de fé, mas norma pastoral. Entretanto o celibato tem as grandes vantagens citadas em Mt 19,12; 1Cor 7,32-34!

    Papa, bispos, padres não se casam pois são imitadores de Jesus celibatário e seguem os conselhos de São Paulo: "O solteiro cuida das coisas que são do Senhor, de como agradar ao Senhor"(1Cor 7,32).

    Eles, a exemplo de Cristo Sumo-Sacerdote, entregam suas vidas inteiramente ao Reino de Deus. Renunciam a todos os bens deste mundo, até mesmo à constituição de família carnal: Tudo em prol do Reino dos Céus !

    O papa e os nossos sacerdotes são celibatários, por isso seguem o Cordeiro para onde Ele for...(Ap 14,4).

    Além do mais, A Bíblia não diz que Pedro era casado.
    Se Pedro tivesse mulher, seria lógico que ela se colocasse a serviço de Jesus, quando Ele curou a sua mãe.

    É mais provável, portanto, que Pedro fosse viúvo. Em nenhum lugar da Bíblia aparece a mulher de Pedro.

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  3. parte 2 da resposta:

    Embora no passado fosse aceite o matrimônio de padres ordenados (tendo incluso São Paulo recomendado a fidelidade matrimonial aos bispos [3]), na atualidade, exceptuando em casos referentes aos diáconos e a padres ordenados pelas Igrejas orientais católicas e pelos ordinariatos pessoais para anglicanos, todo o clero católico é obrigado a observar e cumprir o celibato.[4][5][6] Nas Igrejas orientais, o celibato é apenas obrigatório para os bispos, que são escolhidos entre os sacerdotes celibatários.[7]

    O celibato acabou por se impôr no Ocidente: o Código de Direito Canónico impõe o celibato a todos os sacerdotes da Igreja Latina (c. 277). Porém, há várias exceções de sacerdotes casados na Igreja Latina, houve alguns papas casados (Adriano II, Honório IV), bispos casados (nas diocese da Islândia até à Reforma protestante; o bispo Salomão Barbosa Ferraz no Brasil) e vários padres casados ordenados nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido e Escandinávia, sob autorização especial.

    A Igreja Católica, sinteticamente, dá as seguintes principais razões de ordem teológica para o celibato dos sacerdotes e religiosos de vida consagrada:[8]
    com o celibato os sacerdotes entregam-se de modo mais excelente a Cristo, unindo-se a Ele com o coração indiviso;
    o conteúdo e a grandeza da sua vocação levam o sacerdote a abraçar na vida essa perfeita continência, que tem como exemplo a virgindade de Cristo;
    o celibato facilita ao sacerdote a participação no amor de Cristo pela humanidade uma que vez que Ele não teve outro vínculo nupcial a não ser o que contraiu com a sua Igreja;
    com o celibato os clérigos dedicam-se com maior disponibilidade ao serviço dos outros homens;
    a pessoa e a vida do sacerdote são possessão da Igreja, que faz as vezes de Cristo, seu esposo;
    o celibato dispõe o sacerdote pare receber e exercer com generosidade a paternidade que pertence a Cristo.

    O celibato obrigatório foi decretado pelo Concílio de Elvira (295-302), mas, como este concílio era apenas um concílio provincial espanhol (Elvira era uma cidade romana, junto a Granada), as suas decisões não foram cumpridas por toda a Igreja cristã [9][10]. O Primeiro Concílio de Niceia (323) decretou apenas que "todos os membros do clero estão proibidos de morar com qualquer mulher, com excepção da mãe, irmã ou tia" (III cânon) [9]. Apesar disso, no final do século IV, a Igreja Latina promulgou várias leis a favor do celibato, que foram geralmente bem aceites no Ocidente no pontificado de São Leão Magno (440-461) [10]. Aliás, o Concílio de Calcedónia (451) proibiu o casamento de monges e virgens consagradas (XVI cânon), impondo por isso o celibato ao clero regular.[11]

    Porém, apesar disso, houve vários avanços e recuos na aplicação desta prática eclesiástica, nomeadamente entre o clero secular, chegando até mesmo a haver alguns Papas casados, como por exemplo o Papa Adriano II (867-872). No século XI, vários Papas, especialmente Leão IX (1049-1054) e Gregório VII (1073-1085), esforçaram-se novamente por aplicar com maior rigor as leis do celibato, devido à crescente degradação moral do clero, causada em parte pela confusão instaurada pelo desmembramento do Império carolíngio. Naquele período, houve padres e bispos que chegaram a mostrar publicamente que tinham esposas ou concubinas.[10] Segundo fontes históricas, durante o Concílio de Constança (1414-1418), 700 prostitutas atenderam sexualmente os participantes.[13][14][15].

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  4. parte 3 final

    Por fim, o Primeiro Concílio de Latrão (1123) e o Segundo Concílio de Latrão (1139) condenaram e invalidaram o concubinato e os casamentos de clérigos, reforçando assim o celibato clerical, que já era na altura uma prática frequente e aceite pela maioria como necessária.[16][17] O celibato é defendido porque os celibatários eram mais livres e disponíveis, daí que, com o tempo, o clero regular se foi destacando em relação ao clero secular.

    O celibato clerical voltou ainda a ser defendido em força pelo Quarto Concílio de Latrão (1215) e pelo Concílio de Trento (1545-1563), que impôs definitivamente o celibato obrigatório a todo o clero da Igreja Latina, incluindo o clero secular.

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