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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pregações em igrejas neopentecostais

Se você já ouviu pregações em igrejas neopentecostais, percebeu que a maior parte das pregações são no Antigo Testamento?
Já viu que os pregadores “avivalistas” gostam de textos que abordam a história da Abraão, Elias, Eliseu, Davi, Daniel, Jeremias etc?
Percebeu que o ministério profético do Antigo Testamento é muito abordado nas preleções dos “conferencistas internacionais”? Se não, ouça e verá!
Observe que “a leitura bíblica neopentecostal é atomizada…isto é, fragmentada, de versículos isolados, é desculturada, desarrigada de seu contexto e usada alegoricamente.
Sendo assim, prega excessivamente no Antigo Testamento.
Abusa dos símbolos vero-testamentário e aplica a simbologia judaica de forma distorcida na igreja hodierna, que é ou deveria ser neotestamentária.
Seus líderes inventam campanhas, tentando realçá-las em textos e personagens do Antigo Testamento, empregando figuras e símbolos, completamente fora do contexto bíblico, como ponto de contato para estimular a fé, e também para arrecadar fundos.
São campanhas dos “318 pastores”, “Unção apostólica de Elias”, “Azeite da Viúva”, “Porção dobrada de Eliseu”, “Derrubando as muralhas de Jericó”.
As campanhas semanais, os cultos “de libertação”, “da vitória”, “da conquista” e “da prosperidade” se multiplicam na disputa de fiéis.
Tudo isso dirigido a um público despreocupado também com as regras de interpretação bíblica, pouco afinado com a reflexão, mas numa busca constante e intensa de solução.
Os pregadores farão tudo para atrair seus “clientes”, muito disputados hoje em dia no mercado evangélico.
Quando se quer extrair, de modo legítimo, um ensinamento bíblico; se parte para a hermenêutica histórica, contextual, linguística e teológica, mas a analogia é o aspecto central na hermenêutica neopentecostal.
Em vez de uma exegese, para extrair do texto bíblico o que ele diz, se pratica a eisegese, colocando no texto o seu próprio pensamento, ou seja, se tenta justificar por meio da Bíblia.
A Bíblia para o neopentecostalismo é indicativa, ou seja, se recorre a ela como justificadora de suas práticas, mas não normativa, ou seja, determinando as doutrinas e práticas da igreja.
A Bíblia, no neopentecostalismo, é um simples amuleto e enfeite de emaranhados de doutrinas estranhas as Sagradas Escrituras.
Uma questão importante na hermenêutica neopentecostal é que ele é pragmática e empírica.
Pragmática se entende que a interpretação bíblica do neopentecostalismo busca praticidade ou funcionalidade de sua crença; se algo é prático e dá certo, então é preciso inserir na doutrina neopentecostal.
Quando algum apologista critica as experiências e crenças no neopentecostalismo, os seus promotores vem com os seguintes argumentos: “mais as pessoas são curadas”, “mas isso tem dado certo”, “explique os milagres de meu ministério” etc.
Sempre se recorre a funcionalidade de suas doutrinas. A experiência sempre procede a doutrina no neopentecostalismo.
No neopentecostalismo – inclusive nos seus enclaves nas denominações históricas -, por mais que seus integrantes se declarem defensores das Escrituras, a importância atribuída as fenômenos, maravilhas e novas revelações os empurrarão à incômoda consequência prática de terem na Bíblia a sua “fonte secundária” de conhecimento.
No contexto na interpretação bíblica, a experiência conta como a mais alta autoridade, determinando os sentido de um texto.
A Bíblia, nessa situação, não é a regra de fé e prática.
Kenneth Hagin estabeleceu a fórmula de fé da confissão positiva, baseado em um suposto encontro com Jesus, por meio da visão ele criou uma nova doutrina.
A revelação, as crenças pessoais, as profecias, as visões tomam o lugar da Palavra de Deus, no momento em que elas estabelecem doutrina.
A hermenêutica neopentecostal é individualista e mística.
Quando se lê a Bíblia, não procuram compreender o significado original que o escritor, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu.
Cada crente que leia a sua Bíblia e interprete da maneira transcendental, por meio de uma revelação interior.
Procuram sempre achar novas verdades, e dizem ser portadores de nova revelações, desprezadas pela igreja durante séculos. Sendo esse entendimento, sempre individual, por meio de uma iluminação.
Na leitura neopentecostal, o Espírito Santo, dá o significado de um texto para necessitadas específicas de várias pessoas, ou seja, o versículo passa a não ter uma significação absoluta, mas é uma mensagem diferente em cada revelação.

FONTE ELETRÔNICA:

http://afeexplicada.wordpress.com/2011/06/01/pregacoes-em-igrejas-neopentecostais/

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