Depois de alguns anos, comecei a sentir curiosidade em conhecer outras religiões. E fui buscar a Deus no espiritismo, depois nas religiões da tradição oriental, em especial no budismo e no hinduísmo. Pratiquei yoga, fiz meditação transcendental, estudei brahmanismo e diversas filosofias de linha Vedanta. Conheci diversas seitas malucas, desde aquelas que buscam contatos com ETs até as que prometem ensinar as pessoas como fazer o tal "desdobramento astral", técnica que permitiria ao praticante "sair do corpo" em espírito, para ir conhecer outras dimensões e mundos... Foram anos de estudos e novos conhecimentos adquiridos. Apesar de ter conhecido -, e por algum tempo até acreditado -, numa série de filosofias e doutrinas falsas, não considero essa fase da minha vida como tempo perdido, pois foi um período de profundo aprendizado. Principalmente aprendi, na prática, quanta enganação e falsidade existe no mundo, sob a fachada de "religião". Entendi o quanto tantos seres humanos vagam perdidos, buscando a Deus onde Ele não pode ser encontrado.
Foi no meio desse processo de busca que conheci minha esposa. Ela é aquilo que podemos chamar de uma pessoa de bem. Ela também tinha sede de Deus. De família toda evangélica”, mas católica de alma: logo me chamou a atenção que ela, ao passar diante de uma igreja católica, fazia o Sinal da Cruz. Aquilo me intrigava. Um dia questionei esse hábito, e ela me disse que, quando criança, sua avó, católica praticante, a levava à Missa todo domingo. Depois que cresceu, toda a família tornou-se "evangélica", mas ela nunca deixou de cultivar, no fundo do coração, um profundo respeito e um amor particular pela Igreja Católica, mesmo sem entender porquê.
Foi no meio desse processo de busca que conheci minha esposa. Ela é aquilo que podemos chamar de uma pessoa de bem. Ela também tinha sede de Deus. De família toda evangélica”, mas católica de alma: logo me chamou a atenção que ela, ao passar diante de uma igreja católica, fazia o Sinal da Cruz. Aquilo me intrigava. Um dia questionei esse hábito, e ela me disse que, quando criança, sua avó, católica praticante, a levava à Missa todo domingo. Depois que cresceu, toda a família tornou-se "evangélica", mas ela nunca deixou de cultivar, no fundo do coração, um profundo respeito e um amor particular pela Igreja Católica, mesmo sem entender porquê.
Depois que minha mente e minha alma se abriram um pouco, muitas coisas foram acontecendo em minha vida, que me levaram a repensar aquelas antigas convicções preconceituosas contra a Igreja Católica. Não caberia enumerá-las todas nesta mensagem, mas posso dizer que a principal foi conhecer instituições como a Toca de Assis, a Missão Belém e o Arsenal da Esperança, que auxiliam pessoas em situação de rua, e pastorais que levam a Mensagem de Cristo e ajuda concreta aos pobres e sofredores, sejam órfãos, idosos, doentes, menores abandonados e até prisioneiros... Nunca tinha sentido curiosidade em conhecer esse imenso trabalho de caridade da Igreja Católica, do qual só ouvia falar, de vez em quando. O fato é que a própria Igreja Católica não parecia fazer muita questão de alardear o grande e lindo trabalho que presta aos sofredores em todo o mundo.
Acabei descobrindo que a Igreja Católica é a instituição que mais faz caridade no mundo, obedecendo ao Mandamento de Jesus Cristo, que diz: "Estava nu e me vestistes, estava faminto e me destes de comer, estava preso e fostes me visitar" (Mateus 25,36-46)... Lembrei-me que nas "igrejas evangélicas" o foco estava na prosperidade, nas bênçãos... Era servir para ser servido, dar ofertas e pagar dízimo para receber em dobro, ou várias vezes mais. As pessoas iam à Igreja para ficarem ricas, para serem felizes no casamento, no trabalho, para realizar sonhos materiais... Não para fazer a Vontade de Deus, e sim para que Deus realizasse suas vontades...
E assim, aos poucos, fui perdendo o enorme preconceito que havia sido implantado em mim contra a Igreja Católica. Para encurtar a história, demorou, mas um belo dia minha esposa (nessa época ainda éramos namorados) me convenceu a ir à uma Missa. Com muito custo, me convenceu. Procuramos a igreja mais próxima da minha casa e lá fomos, lembro-me bem, num sábado à noite. Era justamente o mês de junho, quando acontece a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Logo ao começar a celebração, o padre pediu, a toda a assembleia, oração "por nossos irmãos evangélicos". Disse assim, nessas palavras, e falou também do grande desejo da Igreja, de ver um dia a união entre todos os cristãos, pois Cristo não veio para dividir, e sim para unir. Nesse momento, eu senti vergonha: durante todo o tempo em que frequentei "igrejas evangélicas", ouvi "pastores" atacando e caluniando os católicos. Mas na primeira vez em que pisei em uma igreja católica, depois de muitos anos, a primeira coisa que ouvi da boca de um padre foi o pedido de oração “por nossos irmãos evangélicos"... Quem é que estava fazendo a Vontade de Deus? Naquele instante eu não podia negar, para mim mesmo, que sem dúvida os católicos é que estavam cumprindo o Mandamento de Cristo.
Ao sair da Missa, naquele dia, me senti profundamente abençoado. Aos poucos, voltei a frequentar a Igreja Católica, que não tinha nada a ver com aquele monstro horrível que os "pastores" haviam pintado. Agora, depois de anos de estudo, bem mais maduro e preparado, eu podia compreender, finalmente, o que acontecia ali. E via que era tudo perfeitamente compatível com a Bíblia e com a autêntica Doutrina de Jesus Cristo. O que eu não entendia, com boa vontade pesquisava nos livros e bons sites da internet, como o “Veritatis Splendor”, o da “Frente Universitária Lepanto” e outros. Também descobri que a melhor tradução da Bíblia era a usada pelos padres e teólogos católicos, a Bíblia de Jerusalém.
Eu me sentia muito bem na Igreja Católica, mas não comungava do Corpo e Sangue do Senhor, pois ainda não era devidamente casado, isto é, eu e minha esposa ainda não havíamos contraído o Sacramento do Matrimônio. Mesmo assim, fomos bem acolhidos por toda a comunidade daquela paróquia, embora não da mesma maneira como costumam acolher os "evangélicos". O povo católico, normalmente, não está tão preocupado em agradar às pessoas que chegam: esta é uma falha que ainda existe e precisa ser corrigida: nos últimos tempos, os fiéis católicos vêm se conscientizando da importância de acolher bem, mas a mudança de atitude é um processo lento. Ocorre que os católicos não estão habituados a tentar "converter" as pessoas à força, não estão preocupados em lotar as igrejas.
Encurtando a história, eu e minha esposa começamos a participar da equipe de Liturgia na paróquia próxima de nossa casa, fazendo as leituras nas Missas de domingo. E cada vez mais, quanto mais eu me aprofundava na doutrina católica, mais a minha fé aumentava, mais eu compreendia que aquela, de fato, era e é a única Igreja instituída por Jesus Cristo neste mundo, para a nossa condução e salvação. Aprendi a diferenciar o que é a Igreja enquanto organização humana, gerida por homens falhos e imperfeitos, e as falhas desses homens imperfeitos, da Igreja Celeste, a Igreja Corpo de Cristo, do qual é Ele mesmo a Cabeça. Mas...
Mas uma coisa eu não entendia. Mesmo depois de mais de um ano frequentando e participando na Igreja Católica, do alto dos meus quase quarenta anos de idade, eu não conseguia entender UMA só coisa: para mim, o Senhor Jesus Cristo, Deus e Salvador, não poderia estar literalmente Presente ali, na Hóstia, naquela casquinha de pão, após a Consagração pelo padre, um pecador igual a mim. Eu ainda acreditava, assim como me havia sido ensinado havia muitos anos, que as palavras do Senhor tinham sido apenas simbólicas: "Eu sou o Pão da Vida" era apenas uma metáfora. Quando Ele elevou o pão, na última ceia com os Apóstolos, e disse: "Este é o meu Corpo", ele tinha que estar falando de maneira apenas simbólica.
E assim, eu continuava indo às Missas, participando na Igreja, mas não aceitava o principal, o fundamento da celebração cristã e católica, o centro de toda a Missa: a Eucaristia. Eu não podia aceitar aquilo, que Jesus viesse ao mundo em forma de pão, pelas mãos de homens pecadores, para alimentar outros pobres pecadores. Todo o resto me agradava, e todas as calúnias contra os católicos em que eu um dia acreditara, iam sendo derrubadas uma por uma: católico não adora imagem; não adora Maria como se fosse uma "deusa" nem põe Maria no lugar de Jesus; imagem na igreja não é idolatria; a Bíblia não é a única fonte de autoridade para o cristão; a Tradição dos Apóstolos é uma coisa muito diferente das tradições dos homens; as palavras "orar" e "rezar" significam a mesma coisa, etc, etc... Tudo se encaixava, para que a Igreja Católica fosse realmente a Igreja de Cristo e procedente dos Apóstolos. Menos a fé na Presença Real de Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia. E eu procurava simplesmente não pensar nisso, praticando a minha fé sem me entregar a questionamentos tão profundos. Agora eu achava que queria ser católico, mas me faltava o principal.
Acabei descobrindo que a Igreja Católica é a instituição que mais faz caridade no mundo, obedecendo ao Mandamento de Jesus Cristo, que diz: "Estava nu e me vestistes, estava faminto e me destes de comer, estava preso e fostes me visitar" (Mateus 25,36-46)... Lembrei-me que nas "igrejas evangélicas" o foco estava na prosperidade, nas bênçãos... Era servir para ser servido, dar ofertas e pagar dízimo para receber em dobro, ou várias vezes mais. As pessoas iam à Igreja para ficarem ricas, para serem felizes no casamento, no trabalho, para realizar sonhos materiais... Não para fazer a Vontade de Deus, e sim para que Deus realizasse suas vontades...
E assim, aos poucos, fui perdendo o enorme preconceito que havia sido implantado em mim contra a Igreja Católica. Para encurtar a história, demorou, mas um belo dia minha esposa (nessa época ainda éramos namorados) me convenceu a ir à uma Missa. Com muito custo, me convenceu. Procuramos a igreja mais próxima da minha casa e lá fomos, lembro-me bem, num sábado à noite. Era justamente o mês de junho, quando acontece a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Logo ao começar a celebração, o padre pediu, a toda a assembleia, oração "por nossos irmãos evangélicos". Disse assim, nessas palavras, e falou também do grande desejo da Igreja, de ver um dia a união entre todos os cristãos, pois Cristo não veio para dividir, e sim para unir. Nesse momento, eu senti vergonha: durante todo o tempo em que frequentei "igrejas evangélicas", ouvi "pastores" atacando e caluniando os católicos. Mas na primeira vez em que pisei em uma igreja católica, depois de muitos anos, a primeira coisa que ouvi da boca de um padre foi o pedido de oração “por nossos irmãos evangélicos"... Quem é que estava fazendo a Vontade de Deus? Naquele instante eu não podia negar, para mim mesmo, que sem dúvida os católicos é que estavam cumprindo o Mandamento de Cristo.
Ao sair da Missa, naquele dia, me senti profundamente abençoado. Aos poucos, voltei a frequentar a Igreja Católica, que não tinha nada a ver com aquele monstro horrível que os "pastores" haviam pintado. Agora, depois de anos de estudo, bem mais maduro e preparado, eu podia compreender, finalmente, o que acontecia ali. E via que era tudo perfeitamente compatível com a Bíblia e com a autêntica Doutrina de Jesus Cristo. O que eu não entendia, com boa vontade pesquisava nos livros e bons sites da internet, como o “Veritatis Splendor”, o da “Frente Universitária Lepanto” e outros. Também descobri que a melhor tradução da Bíblia era a usada pelos padres e teólogos católicos, a Bíblia de Jerusalém.
Eu me sentia muito bem na Igreja Católica, mas não comungava do Corpo e Sangue do Senhor, pois ainda não era devidamente casado, isto é, eu e minha esposa ainda não havíamos contraído o Sacramento do Matrimônio. Mesmo assim, fomos bem acolhidos por toda a comunidade daquela paróquia, embora não da mesma maneira como costumam acolher os "evangélicos". O povo católico, normalmente, não está tão preocupado em agradar às pessoas que chegam: esta é uma falha que ainda existe e precisa ser corrigida: nos últimos tempos, os fiéis católicos vêm se conscientizando da importância de acolher bem, mas a mudança de atitude é um processo lento. Ocorre que os católicos não estão habituados a tentar "converter" as pessoas à força, não estão preocupados em lotar as igrejas.
Encurtando a história, eu e minha esposa começamos a participar da equipe de Liturgia na paróquia próxima de nossa casa, fazendo as leituras nas Missas de domingo. E cada vez mais, quanto mais eu me aprofundava na doutrina católica, mais a minha fé aumentava, mais eu compreendia que aquela, de fato, era e é a única Igreja instituída por Jesus Cristo neste mundo, para a nossa condução e salvação. Aprendi a diferenciar o que é a Igreja enquanto organização humana, gerida por homens falhos e imperfeitos, e as falhas desses homens imperfeitos, da Igreja Celeste, a Igreja Corpo de Cristo, do qual é Ele mesmo a Cabeça. Mas...
Mas uma coisa eu não entendia. Mesmo depois de mais de um ano frequentando e participando na Igreja Católica, do alto dos meus quase quarenta anos de idade, eu não conseguia entender UMA só coisa: para mim, o Senhor Jesus Cristo, Deus e Salvador, não poderia estar literalmente Presente ali, na Hóstia, naquela casquinha de pão, após a Consagração pelo padre, um pecador igual a mim. Eu ainda acreditava, assim como me havia sido ensinado havia muitos anos, que as palavras do Senhor tinham sido apenas simbólicas: "Eu sou o Pão da Vida" era apenas uma metáfora. Quando Ele elevou o pão, na última ceia com os Apóstolos, e disse: "Este é o meu Corpo", ele tinha que estar falando de maneira apenas simbólica.
E assim, eu continuava indo às Missas, participando na Igreja, mas não aceitava o principal, o fundamento da celebração cristã e católica, o centro de toda a Missa: a Eucaristia. Eu não podia aceitar aquilo, que Jesus viesse ao mundo em forma de pão, pelas mãos de homens pecadores, para alimentar outros pobres pecadores. Todo o resto me agradava, e todas as calúnias contra os católicos em que eu um dia acreditara, iam sendo derrubadas uma por uma: católico não adora imagem; não adora Maria como se fosse uma "deusa" nem põe Maria no lugar de Jesus; imagem na igreja não é idolatria; a Bíblia não é a única fonte de autoridade para o cristão; a Tradição dos Apóstolos é uma coisa muito diferente das tradições dos homens; as palavras "orar" e "rezar" significam a mesma coisa, etc, etc... Tudo se encaixava, para que a Igreja Católica fosse realmente a Igreja de Cristo e procedente dos Apóstolos. Menos a fé na Presença Real de Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia. E eu procurava simplesmente não pensar nisso, praticando a minha fé sem me entregar a questionamentos tão profundos. Agora eu achava que queria ser católico, mas me faltava o principal.
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