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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Porque ter imagens em igrejas e rezar aos pés delas, já que não possuem espíritos?

Alguns exemplos:
Fazemos aos pés das imagens o mesmo que Josué fez diante da Arca
“Os israelitas cometeram uma infidelidade a respeito do interdito. Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zara, da tribo de Judá, reteve para si algumas coisas condenadas, e a cólera do Senhor inflamou-se contra os israelitas. (…) Josué rasgou suas vestes e prostrou-se com a face por terra até a tarde diante da arca do Senhor, tanto ele como os anciãos de Israel, e cobriram de pó as suas cabeças.” (Josué 7 – 1ss)
Não esqueçamos que a arca era um mero objeto, e que acima dela tinha os querubins, e então, se um católico não pode prostrar respeitosamente diante de uma imagem, então Josué também não podia prostrar diante da Arca.
Por que então Josué não foi prostrar diante do próprio Senhor?
Se ele sabia que isso não podia, então por que o fez?
Simples! Porque não é adoração, não é prestar culto de latria.
Seu ato foi de veneração, e se buscar o objeto arca (que não tem espírito), puramente perecível, tanto é que pereceu, a veneração em honra ao Senhor Deus, por que não abominou isso?
Porque era feito com aprovação Dele, o Senhor.
“Os sacerdotes levaram a arca da aliança do Senhor para seu lugar, no santuário do templo, no Santo dos Santos, debaixo das asas dos querubins. Pois os querubins estendiam as suas asas sobre o lugar da arca, e cobriam por cima a arca e os seus varais”. (I Rs 8, 6 – 7)
Jamais, em nenhum texto bíblico, em nenhum versículo, capítulo ou livro consta que prostrar diante de algo ou alguém de forma respeitosa é um ato de idolatria. A Bíblia não pode ter contradições.
“Jacó, levantando os olhos, viu Esaú que avançava com quatrocentos homens. Repartiu então os filhos entre Lia, Raquel e as duas servas. Colocou as servas com seus filhos na frente, depois Lia com os seus, e, por último Raquel com José. E ele, passando adiante, prostrou-se até a terra sete vezes antes de se aproximar do seu irmão.(Gên: 33, 1-3)
“O povo veio a Moisés e disse-lhe: “Pecamos, murmurando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós essas serpentes.” Moisés intercedeu pelo povo, e o Senhor disse a Moisés: “Faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo“. Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a vida.” (Números 21, 7- 9)
Se termos objetos de veneração é pecado, se termos afeição por esse o aquele objeto que é sinal de Deus, certamente teríamos que afirmar que o Apóstolo Paulo permitiu que atos grosseiros de idolatria fossem praticados, desejando ele mesmo ser o próprio Deus.
Eis a prova:
“Deus fazia milagres extraordinários por intermédio de Paulo, de modo que lenços e outros panos que tinham tocado o seu corpo eram levados aos enfermos; e afastavam-se deles as doenças e retiravam-se os espíritos malignos“. (At 19, 11 – 12)
DEUS NÃO ENTRA EM CONTRADIÇÃO, pois somente a Trindade Santa (Pai, Filho e Espírito Santo) detêm a honra das honras.
Por que então Deus permitiria que meros objetos fossem usados como sinônimos de cura ou de própria cura que adivinha de Deus e não dos objetos, depois de tocados no corpo de um simples ser humano que era Paulo Apóstolo?
Isso seria tão idolatria ou mais do que ter imagens, porque imagens são permitidas desde o Antigo Testamento, enquanto objetos cotidianos (como lenços e panos) não constavam no mesmo.
Mas o que Deus faz é permitir que Sua glória se manifeste na ordem criada, usando do ordinário para estabelecer o extraordinário.
Deus seria incoerente já que Ele mesmo no livro do Êxodo, após entregar as tábuas da lei, manda Moisés fazer dois “QUERUBINS” de ouro e colocá-los acima da arca da aliança (Ex 25, 18 – 20)
O VERDADEIRO SENTIDO DA PROIBIÇÃO É: “NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MINHA FACE”. ISSO SIM É IDOLATRIA (ÊXODO 20, 2 – 5)
Questionamentos a serem feitos:
Defina imagem? É uma foto de seu time favorito? É a estátua da liberdade? É aquela foto das férias da família? É seu avatar no Orkut? É alguém na televisão? É o boneco de Papai Noel? Ou ainda a foto da Bíblia com o uma pomba?
Será que a definição de imagem (que infelizmente é imprecisa) enquadraria a fato de que o pai da reforma protestante, Martinho Lutero, JAMAIS PERMITIU que seus prosélitos negassem ou ultrajassem o uso das imagens? Saibam, que o próprio Lutero disse que as imagens eram “como a Bíblia dos pobres e iletrados” (Escritos de Lutero das Edições Weimarianas: tomo 7, pgs. 440/445).
O próprio pai da reforma e de todas as igrejas Não-Católicas chamou as imagens de própria Bíblia.
Veja que ele comparou as imagens com as próprias Palavras de Deus constantes das Sagradas Escrituras, com isso, tanto para a Igreja Católica, quanto para o dissidente Lutero, o valor sacro das imagens está constatado.
Outro dado importante, a saber, é que o mesmo Lutero prestou culto de HIPER-VENERAÇÃO à Virgem Santíssima até o último dia de sua vida.
Porém o mais grave absurdo não é dizer que somos idólatras, mas sim, manifestar que Deus entrou em contradição, que é incoerente, dizendo que num lugar a Bíblia mandou não fazer imagens e venerá-las, e noutro assim mandou.
Logo, é salutar e válido diante da Igreja Católica, prostrar-se diante de uma imagem para venera – lá.
Fonte: Catédral Santo Antônio de Jacútinga
FONTE ELETRÔNICA:

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