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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

AS FALÁCIAS DO LAICISMO

O laicismo quer silenciar os cristãos, afirmando que eles pretendem impor ao Estado posições, soluções ou proibições que teriam como base apenas a fé, coisa que seria incompatível com o Estado laico, que não poderia adotar soluções “religiosas”, mas apenas “racionais”. Não hesitam em contrapor, como incompatíveis, razão e fé.
Aí, insistimos, há uma evidente falácia.
Porque, mesmo que os cristãos, cumprindo com o seu dever de consciência, defendam posições em matérias humanas e sociais baseadas nas suas convicções “cristãs”, um Estado democrático e pluralista – é preciso repeti-lo, frisá-lo usque ad nauseam – deveria respeitar essas posições; da mesma forma que esse Estado acha lógico e necessário respeitar as opiniões de cidadãos que defendem as suas convicções marxistas (convicções que muitos outros cidadãos acham falsas e próprias de uma verdadeira “religião materialista”), ou as convicções hedonistas, ou pan-sexualistas, etc.
Como é sabido de todos, se algum “ecologista” ou seguidor do New Age defende que os ratos e as baratas têm os mesmos ou até maiores direitos que os homens, nenhum Estado laico vai desclassificá-lo; pelo contrário, reconhecer-lhe-á o direito inalienável à liberdade de pensamento e de expressão, de modo que será punido qualquer um que desrespeite essa opinião ou a impeça de ser defendida democraticamente (e isso será assim, mesmo que esses ecologistas adotem manifestações públicas ofensivas para outros grupos sociais e até ações violentas).
Por sinal, houve uma recente manifestação em São Paulo, na Av. Paulista, contra a vivisseção de animais para pesquisa médica; mas, que se saiba, ninguém ali se opôs à vivisseção de fetos de até vários meses no ventre materno, que, como é sabido, é o sistema habitual de abortar: cortar o feto em pedaços, para extraí-lo do útero materno).
Retomando o fio do discurso, é patente que, hoje, quando um cristão coerente defende as suas convicções, as suas “opiniões” (às quais, como cidadão, tem direito), a máquina laicista vai agredi-lo de palavra e por escrito, vai tentar silenciá-lo e proceder à sua “exclusão” cívica, com o apoio e o aplauso de quase toda a mídia.
Como, de fato, isto acontece diariamente, entende-se o que diz a Nota doutrinal:
Nas sociedades democráticas todas as propostas são discutidas e avaliadas livremente.
Aquele que, em nome do respeito à consciência individual, visse no dever moral dos cristãos de serem coerentes com a própria consciência um sinal (um motivo) para desqualificá-los politicamente, negando a sua legitimidade de agir em política de acordo com as próprias convicções relativas ao bem comum, cairia numa espécie de intolerante laicismo.
Procuremos dar mais um passo para desmascarar as falácias do laicismo. No campo social e político, os católicos defendem, pode-se dizer que em 99,9 % dos casos, se não em 100 %, posições que decorrem, não diretamente da religião nem da Revelação divina, mas apenas da Ética racional.
Por exemplo, sempre que um cristão combate a favor da vida (contra o aborto, as experiências e manipulações genéticas, etc.), ou do sentido humano da sexualidade, ou do direito à liberdade de ensino, ou da justiça social, etc., faz isso seguindo um ponto de vista filosófico respeitável, baseado na antropologia filosófica e na ética racional, natural (não sobrenatural).
Imediatamente, porém, os laicistas militantes acusarão esse cidadão de tentar impor “idéias religiosas”, contrárias ao caráter laico do estado e à racionalidade da ciência.
De nada adiantará, nestes casos, dizer a verdade, isto é, que a Antropologia e a Ética racional alcançaram verdades naturais e aprofundamentos importantíssimos desde há milênios – já o dissemos acima – entre os pagãos, sem qualquer conotação ou dependência religiosa.
Qualquer pessoa culta sabe que os pais da Ética natural, racional, foram os filósofos gregos, principalmente Sócrates e o seu discípulo Platão; depois, dando um enorme passo à frente, Aristóteles (Ética a Nicômaco, Grande Ética), e os filósofos estóicos (Epicteto), etc., até se chegar a Cícero, com seu tratado moral de inspiração estóica, intitulado De officiis (“Dos deveres”), e a Sêneca com suas Cartas a Lucílio, etc.
Nenhum deles pretendia fazer teologia. A indagação fundamental de todos eles não era “o que Deus quer ou manda”, mas “qual é a verdadeira felicidade humana”, e toda a ética racional foi – também entre muitos cristãos, que sabem distinguir entre Ética racional e Moral cristã – , um esforço da razão para achar as respostas certas a essa indagação básica sobre o verdadeiro bem e a verdadeira felicidade do homem e da sociedade.
Esse esforço acumulou séculos de sabedoria e atingiu cumes altíssimos do pensamento humano, que hoje a maioria ignora. Infelizmente, prescindir dessas conquistas acarreta um empobrecimento lastimável da cultura, da vida social e, sobretudo, da dignidade humana.

FONTE ELETRÔNICA:

http://afeexplicada.wordpress.com/2011/06/05/as-falacias-do-laicismo/

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