Os Protestantes dizem que quem intercede por nós são os que estão vivos, e os que morreram não pode interceder por nós, pois estão dormindo e esperando a ressurreição. Vejamos como isso é falso.
De imediato, é bom lembrar que Cristo levou no mesmo instante o bom ladrão. Pois ele disse: "hoje estarás comigo no paraíso". (Lucas 23,43). Podemos ver que o bom ladrão está bem acordadão, não é mesmo? e que Jesus não está mais sozinho no Paraíso. Na parábola do rico e de Lázaro, observamos também que não dormem.
Os que já estão na glória de Deus pode interceder junto a Cristo por nós. É o que veremos de agora em diante
Os Anjos e os Santos intercedem a Deus por nós
Os Santos no céu estão na mesma condição dos Anjos, pois conservam as suas naturezas individuais e intelectuais, e possuem a mesma Luz divina na qual vêem a Deus, e em Deus e tudo que a sua mente pode conhecer “Na tua Luz veremos a Luz” – (Salmos 35,10). Por isso, a Bíblia afirma que os Santos “julgarão o mundo” (1Coríntios 6,2). Para fazerem esse julgamento devem conhecer os atos nele praticados. Portanto, os Santos conhecem as nossas precisões e intercedem por nós como nossos amigos junto de Deus.
É o que lemos em várias passagens da Bíblia:
a) Em Jeremias lemos: “E o Senhor me disse: ‘ainda que Moisés e Samuel se apresentassem diante de mim, o meu coração não se voltaria para esse povo” (Jeremias 15,1). Ora, Moisés e Samuel já não eram do números dos vivos, e podiam, no entanto, interceder pelo povo.
Note-se que em (2 Macabeus 15,14), o próprio Jeremias, já falecido, é apresentado como, quem “muito ora pelo povo e pela cidade santa”.
b) No Apocalipse São João narra a visão que teve de Jesus Cristo em seu trono de glória, e como, diante d’Ele, se apresentavam anciãos “com taças cheias de perfume, que são as orações dos santos” (Apocalipse 5,8) ( Apocalipse 8,4). Esses anciãos significam os “Santos da glória” ao apresentarem a Jesus as orações dos “santos da terra”, ou seja, os fiéis de Cristo nesse mundo. Trata-se de uma forma de mediação secundária dos Santos entre Cristo e os seus fiéis.
c) No 1º livro dos Reis lemos que Deus prometeu a Salomão conservar para seu filho (Davi) a tribo ou reino de Judá, “em atenção” e “por amor ao seu servo Davi” (já morto) (1Reis 11,11-13). Isso significa que Deus toma em consideração os pedidos dos seus amigos também do Céu, os Santos.
d) Igual sentido tem a oração de Moisés pedindo a Deus que poupasse o povo culpado em atenção aos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, todos já falecidos (Êxodo 32,11-14).
e) Ainda no 2º livro dos Reis a Bíblia narra o milagre da ressurreição de um morto, ao contato com os ossos do profeta Eliseu (2 Reis 13,21).
Note-se que nesse texto está divinamente aprovada ainda a prática católica de se guardarem com respeito as relíquias dos Santos, pois, também através delas Deus pode nos conceder graças e favores.
f) Na Parábola do pobre Lázaro e do rico, Jesus apresenta Abraão sendo rogado pelo mal rico que fora condenado ao inferno (Lucas 16, 27). No caso, o mal rico não podia ser atendido. Mas com esse fato Jesus significou a possibilidade de se pedir ajuda aos amigos de Deus que estão no céu, pois o mal rico pediu intercessão de Abraão.
g) Se os santos da terra (os fiéis em Cristo) intercedem junto de Deus pelas necessidades dos irmãos, conhecidos e desconhecidos (são incontáveis os casos na Bíblia), quanto mais os Santos da glória que, na Luz divina, conhecem perfeitamente as nossas precisões (como acima ficou provado). Eles intercedem com certeza por nós junto de Deus. Ler ainda (Sabedoria 18,20-22).
Para nós Católicos os santos já estão no Céu,e podem interceder por nós ( Apocalipse 6,9-10) (Apocalipse 5,9) (Apocalipse 14,3) e (Apocalipse 15,3)
Por fim, um argumento de reta razão ou do bom senso:
É conforme à natureza dos seres criados por Deus que os inferiores obtenham favores dos superiores também pela mediação de amigos de ambos. A própria mediação de Cristo tem por base este princípio. Ora, os Santos são amigos de Deus e nossos na glória (Lucas.16,9). Logo, eles não só podem, mas realmente intercedem por nós junto de Deus.
Conclusão: aí estão alguns dos fundamentos bíblicos da prática católica da devoção ou culto dos anjos e dos Santos. A isso os evangélicos costumam apresentar que há um só Mediador, Jesus Cristo (1Timóteo 2,5).
A isso se responde completando a citação no versículo 06 assim: “. . . o Qual Se entregou em Redenção por todos”. Cristo é, sim, o único Mediador, mas “de redenção”. O que não exclui a mediação de intercessão dos Anjos e Santos, como acima ficou provado.
E mais: estando os “Santos da glória” na mesma condição dos Anjos, eles podem também ser venerados como os Anjos o foram por homens justos ou seja, pelos fiéis, conforme se lê na Bíblia.
Pelo fato de os habitantes do céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxilio.
Sendo os Santos amigos de Deus pela santidade, e nossos, pela sua perfeita caridade, é justo que lhes tributemos os louvores que, sob esse duplo título, merecem; e que nos recomendemos à sua intercessão junto de Deus. É justo, visto que neles também se realiza, embora em grau bem menor, mas bem verdadeiro, o que disse de Si mesma, mas cheia do Espírito Santo, a mais santa que todos os Santos, Maria Santíssima: Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada, porque fez em mim grandes coisas o Todo-Poderoso” (Lucas 1,48-49)
Vê-se, por essas palavras inspiradas, que o louvor dos Santos redunda em louvor e glória de Deus, pois os Santos são obras-primas da sua sabedoria, bondade e poder. Quando os louvamos, é a seu Autor que louvamos. De fato, sendo Deus admirável em seus Santos, e os Santos, obra de sua graça (à qual eles corresponderam fazendo a sua parte), Deus os ama sob esse título. Aliás, no preceito de “amar e honrar a Deus” está incluindo o de amar e honrar a tudo o que Ele ama e honra, e segundo a ordem com a qual Ele o faz. E Deus ama, de modo especial, os seus Santos: a Jesus Cristo enquanto Homem, depois a Nossa Senhora, e depois aos Anjos e todos os Santos da glória; e também às santas almas do Purgatório. E depois, aos que ainda pelejam neste mundo.
Jaime Francisco de Moura - do livro:
"As Diferenças entre Igreja Católica e Igrejas Evangélicas"
De imediato, é bom lembrar que Cristo levou no mesmo instante o bom ladrão. Pois ele disse: "hoje estarás comigo no paraíso". (Lucas 23,43). Podemos ver que o bom ladrão está bem acordadão, não é mesmo? e que Jesus não está mais sozinho no Paraíso. Na parábola do rico e de Lázaro, observamos também que não dormem.
Os que já estão na glória de Deus pode interceder junto a Cristo por nós. É o que veremos de agora em diante
Os Anjos e os Santos intercedem a Deus por nós
Os Santos no céu estão na mesma condição dos Anjos, pois conservam as suas naturezas individuais e intelectuais, e possuem a mesma Luz divina na qual vêem a Deus, e em Deus e tudo que a sua mente pode conhecer “Na tua Luz veremos a Luz” – (Salmos 35,10). Por isso, a Bíblia afirma que os Santos “julgarão o mundo” (1Coríntios 6,2). Para fazerem esse julgamento devem conhecer os atos nele praticados. Portanto, os Santos conhecem as nossas precisões e intercedem por nós como nossos amigos junto de Deus.
É o que lemos em várias passagens da Bíblia:
a) Em Jeremias lemos: “E o Senhor me disse: ‘ainda que Moisés e Samuel se apresentassem diante de mim, o meu coração não se voltaria para esse povo” (Jeremias 15,1). Ora, Moisés e Samuel já não eram do números dos vivos, e podiam, no entanto, interceder pelo povo.
Note-se que em (2 Macabeus 15,14), o próprio Jeremias, já falecido, é apresentado como, quem “muito ora pelo povo e pela cidade santa”.
b) No Apocalipse São João narra a visão que teve de Jesus Cristo em seu trono de glória, e como, diante d’Ele, se apresentavam anciãos “com taças cheias de perfume, que são as orações dos santos” (Apocalipse 5,8) ( Apocalipse 8,4). Esses anciãos significam os “Santos da glória” ao apresentarem a Jesus as orações dos “santos da terra”, ou seja, os fiéis de Cristo nesse mundo. Trata-se de uma forma de mediação secundária dos Santos entre Cristo e os seus fiéis.
c) No 1º livro dos Reis lemos que Deus prometeu a Salomão conservar para seu filho (Davi) a tribo ou reino de Judá, “em atenção” e “por amor ao seu servo Davi” (já morto) (1Reis 11,11-13). Isso significa que Deus toma em consideração os pedidos dos seus amigos também do Céu, os Santos.
d) Igual sentido tem a oração de Moisés pedindo a Deus que poupasse o povo culpado em atenção aos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, todos já falecidos (Êxodo 32,11-14).
e) Ainda no 2º livro dos Reis a Bíblia narra o milagre da ressurreição de um morto, ao contato com os ossos do profeta Eliseu (2 Reis 13,21).
Note-se que nesse texto está divinamente aprovada ainda a prática católica de se guardarem com respeito as relíquias dos Santos, pois, também através delas Deus pode nos conceder graças e favores.
f) Na Parábola do pobre Lázaro e do rico, Jesus apresenta Abraão sendo rogado pelo mal rico que fora condenado ao inferno (Lucas 16, 27). No caso, o mal rico não podia ser atendido. Mas com esse fato Jesus significou a possibilidade de se pedir ajuda aos amigos de Deus que estão no céu, pois o mal rico pediu intercessão de Abraão.
g) Se os santos da terra (os fiéis em Cristo) intercedem junto de Deus pelas necessidades dos irmãos, conhecidos e desconhecidos (são incontáveis os casos na Bíblia), quanto mais os Santos da glória que, na Luz divina, conhecem perfeitamente as nossas precisões (como acima ficou provado). Eles intercedem com certeza por nós junto de Deus. Ler ainda (Sabedoria 18,20-22).
Para nós Católicos os santos já estão no Céu,e podem interceder por nós ( Apocalipse 6,9-10) (Apocalipse 5,9) (Apocalipse 14,3) e (Apocalipse 15,3)
Por fim, um argumento de reta razão ou do bom senso:
É conforme à natureza dos seres criados por Deus que os inferiores obtenham favores dos superiores também pela mediação de amigos de ambos. A própria mediação de Cristo tem por base este princípio. Ora, os Santos são amigos de Deus e nossos na glória (Lucas.16,9). Logo, eles não só podem, mas realmente intercedem por nós junto de Deus.
Conclusão: aí estão alguns dos fundamentos bíblicos da prática católica da devoção ou culto dos anjos e dos Santos. A isso os evangélicos costumam apresentar que há um só Mediador, Jesus Cristo (1Timóteo 2,5).
A isso se responde completando a citação no versículo 06 assim: “. . . o Qual Se entregou em Redenção por todos”. Cristo é, sim, o único Mediador, mas “de redenção”. O que não exclui a mediação de intercessão dos Anjos e Santos, como acima ficou provado.
E mais: estando os “Santos da glória” na mesma condição dos Anjos, eles podem também ser venerados como os Anjos o foram por homens justos ou seja, pelos fiéis, conforme se lê na Bíblia.
Pelo fato de os habitantes do céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxilio.
Sendo os Santos amigos de Deus pela santidade, e nossos, pela sua perfeita caridade, é justo que lhes tributemos os louvores que, sob esse duplo título, merecem; e que nos recomendemos à sua intercessão junto de Deus. É justo, visto que neles também se realiza, embora em grau bem menor, mas bem verdadeiro, o que disse de Si mesma, mas cheia do Espírito Santo, a mais santa que todos os Santos, Maria Santíssima: Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada, porque fez em mim grandes coisas o Todo-Poderoso” (Lucas 1,48-49)
Vê-se, por essas palavras inspiradas, que o louvor dos Santos redunda em louvor e glória de Deus, pois os Santos são obras-primas da sua sabedoria, bondade e poder. Quando os louvamos, é a seu Autor que louvamos. De fato, sendo Deus admirável em seus Santos, e os Santos, obra de sua graça (à qual eles corresponderam fazendo a sua parte), Deus os ama sob esse título. Aliás, no preceito de “amar e honrar a Deus” está incluindo o de amar e honrar a tudo o que Ele ama e honra, e segundo a ordem com a qual Ele o faz. E Deus ama, de modo especial, os seus Santos: a Jesus Cristo enquanto Homem, depois a Nossa Senhora, e depois aos Anjos e todos os Santos da glória; e também às santas almas do Purgatório. E depois, aos que ainda pelejam neste mundo.
Jaime Francisco de Moura - do livro:
"As Diferenças entre Igreja Católica e Igrejas Evangélicas"
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