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quinta-feira, 23 de julho de 2009

50 Perguntas a um Protestante Desonesto

Para bom aproveitamento da leitura deste informativo é preciso que se consulte cada citação bíblica do texto.
1. A Folha Universal, na sua edição de 22/março/2002, seção "Opinião", publicou o seguinte artigo.
Segundo o Manual Bíblico, esta é a denominação que se dá aos 14 livros, contidos em algumas bíblias entre os dois Testamentos, que se originam do 3º ao 1º século a.C., a maioria deles de autores incertos e que foram adicionados à Septuaginta, tradução grega do AT feita naquele período.
Esses livros foram produzidos depois de haver cessado as profecias, os oráculos e a revelação direta do A.T. Josefo, um respeitado estudioso nascido em 37 d.C., rejeitou-os totalmente. Eles não estão no A.T. hebraico, e, assim sendo, nunca foram reconhecidos pelos judeus como parte das Escrituras. Nunca foram citados por Jesus ou por qualquer pessoa do N.T. A Igreja Primitiva também não os reconheceu como sendo de autoridade canônica nem de inspiração divina. Quando se traduziu a Bíblia para o latim, no 2º século d.C, seu A.T. foi traduzido não do A.T. hebraico, mas da versão grega Septuaginta. Isso fez com que esses livros apócrifos fossem levados para a tradução latina e daí para a Vulgata latina, que veio a ser a versão usada na Europa Ocidental até o tempo da Reforma. Os protestantes, baseando seu movimento na autoridade divina da Palavra de Deus, rejeitaram logo esses livros, assim como a Igreja Primitiva e os hebreus antigos fizeram. A Igreja Romana, entretanto, no Concílio de Trento, 1.546 d.C., realizado para deter o movimento protestante, declarou canônicos tais livros que ainda figuram na versão de Matos Soares (Bíblia Católica Romana). Os livros apócrifos são: 1 Esdras, 2 Esdras, Tobias, Judite, Acréscimos do livro de Ester, A Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, o Cântico dos Três Moços, A História de Susana, Bel e o Dragão, A Oração de Manassés, 1 e 2 Macabeus,.
2. O que dizer sobre isso?
1. A que Manual Bíblico o autor do artigo está se referindo? Quais são os 14 livros? Por que não os enumera?
2. Em quais bíblias estão contidos estes supostos livros?
3. Por que a maldosa e desonesta insinuação de que esses tais livros só estão na bíblia adotada pelos católicos?
4. Por que o autor omite que a tradução dos Setenta, entre os anos 250 e 100 AC, foi feita quando ainda não haviam sido estabelecidos os critérios nacionalistas dos Judeus reunidos no sínodo de Jâmnia, nos anos 100 DC, o qual sínodo definiu o cânon judeu?
5. Por que quer o autor ignorar a legitimidade da tradução dos Setenta se aqueles sábios e exegetas apenas traduziram livros que eram lidos comumente, não só nas sinagogas judias da Palestina, como também naquelas de fora daquele país?
6. Por que, em vez de dizer que alguns livros foram adicionados a certas bíblias, não ser claro e mostrar logo que, na realidade, em vez de adicionados, o que eles foram mesmo é retirados da bíblia e, nada mais nada menos, do que pelo pecaminoso fundador do protestantismo: Martinho Lutero?
7. Onde é que está escrito na bíblia protestante que as profecias, oráculos e a revelação direta do AT cessaram à época de Esdras, ou seja, antes de cerca de 400 anos AC?
8. Por que o articulista, em vez de dizer "... depois de haver cessado as profecias..." não usa a forma correta "... depois de haverem cessado as profecias...", como manda a norma culta a respeito do emprego do infinitivo impessoal composto ou do pretérito impessoal?
9. Que autoridade tinham os judeus de Jâmnia, em 100 de nossa era, para determinar um cânon, o qual viria, mais tarde, a ter valor apenas para os protestantes, se eram eles judeus que não aceitavam a Cristo?
10. Por que os protestantes entraram nessa canoa furada do tal do cânon judeu se eles querem se passar por cristãos enquanto que os outros eram apenas uma turminha restrita de judeus (não representavam a totalidade dos judeus daquele tempo) que, naquele momento, se preocupava apenas em perseguir os primitivos católicos, assim como o faziam os pagãos e o fazem os protestantes de hoje?
11. Teria sido isso, o embarque nessa canoa furada, apenas uma pura contestação de Lutero?
12. Por que não dizer claramente aos leitores da Folha Universal que os livros deuterocanônicos (que os protestantes insistem em chamar de apócrifos) adotados pelos católicos são: Tobias, Judite, Sabedoria, os dois de Macabeus, Baruque e Eclesiástico e os fragmentos de Ester 10, 4-16, 24; Daniel 3, 24-90; Daniel 13-14 e, não, os tais dos 14 citados pelo colunista?
13. Por que insinuar, maldosamente, ou por desconhecimento, que a bíblia dos católicos adota 14 livros apócrifos (isso só na cabeça doente do articulista da Folha, é claro), quando, na realidade só inclui os citados na pergunta anterior e que os mesmos não são apócrifos coisíssima nenhuma, apenas deuterocanônicos?.
14. Por que dar tanta ênfase a esse tal de "respeitado" (?) Josefo? Interessa a alguém saber se foi Josefo (ou Josefa?) que rejeitou tais livros? Fui eu quem o mandou rejeitar os livros ou foi ele quem fez isso por conta própria? E quero lá eu saber quem foi esse inexpressivo tal de Josefo?
15. Por que buscar no fundo do baú um tal de Josefo só para querer autenticar a rejeição a certos livros bíblicos e ignorar desonestamente os milhares de estudiosos, autores e escritores patrísticos que os aceitaram, todos eles muito mais respeitados, santos e competentes do que o mísero e incógnito Josefo?
16. Por que omitir desonestamente que os livros da bíblia católica constavam do AT judeu e que os mesmos foram traduzidos para o grego e, posteriormente, para a Vulgata, bem antes da definição do cânon nacionalista judeu em Jâmnia?
17. Por que o articulista da Folha não diz claramente a seus leitores que quem retirou tais livros do AT foram os judeus nacionalistas de Jâmnia, os quais, junto aos pagãos, também gostavam de perseguir e importunar os primitivos católicos, assim como hoje em dia muitos protestantes costumam contrariar os atuais católicos?
18. Quem disse que esses livros nunca foram reconhecidos pelos judeus? Quais judeus? E os judeus de Alexandria, que os reconheciam, não eram eles também judeus?
19. Por que o articulista não disse em seu artigo que, já naquele tempo, logo depois da paixão, morte e ressurreição de Cristo, os judeus, não só os da Palestina como também os de fora dela, começaram a perseguir os primeiros católicos, assim como hoje muitos protestantes os perseguem e aborrecem?
20. Por que não dizer que os judeus de Jâmnia retiraram os tais livros do AT judeu, simplesmente porque queriam contestar os primitivos católicos, assim como Lutero quis contestar os modernos católicos?
21. Por que não dizer honesta e claramente aos leitores da Folha que das cerca de 300 citações que o NT faz do AT, 250 se referem, literalmente à tradução da Septuaginta?
22. Por que não ser honesto e dizer a seus leitores que os apóstolos e evangelistas, ao escreverem o NT em grego, citavam o AT, usando a tradução grega de Alexandria (ou dos Setenta), mesmo quando esta diferia do texto hebraico, como se pode inferir de Mt 1, 23, em confronto a Is 7, 14 e Hb 10, 5 em confronto com Sl 40, 7?
23. Por que não dizer que o NT se refere, implicitamente, aos livros "apócrifos", tais como: Rm 1, 19-32 a Sabedoria 12-15; Rm 13, 1 a Sabedoria 6, 4.8; Mt 27, 43 a Sabedoria 2, 13; Tg 1, 19 a Eclesiástico 4, 34; Mt 11, 29s a Eclesiástico 5, 23-30 e Hb 11, 34s a 2 Macabeus 6, 18, 7, 42?
24. Por que não dizer que alguns livros adotados pelos protestantes (e pelos católicos também) não são nem sequer implicitamente citados no NT tais como Eclesiastes, Ester, Cântico, Esdras, Neemias, Abdias e Naum?
25. Por que defender a dúbia e equivocada tese de que os "apócrifos" não são canônicos só porque não foram citados no NT, enquanto que outros livros (os mencionados na pergunta anterior), se nem sequer implicitamente citados pelo NT, são aceitos como canônicos?
26. Por que os crentes usam uma mesma medida, a não-citação no NT, para concluir duas coisas distintas: a não-canonicidade de certos livros e a canonicidade de outros? É isto honesto, intelectualmente?
27. Por que esconder dos leitores da Folha que a Igreja Católica Primitiva, através dos escritos patrísticos, citava os deuterocanônicos como Escritura Sagrada?
28. Por que o articulista da Folha não lê o patrístico Clemente Romano (cerca de 95 da nossa Era) que recorre a Sabedoria, fragmentos de Daniel, Tobias e Eclesiástico ao comentar a epístola aos Coríntios?
29. É honesto, intelectualmente, dizer-se que a Igreja Primitiva não reconheceu aqueles livros?
30. Por que o articulista da Folha não lê o Pastor de Hermas (140 DC), membro da Igreja Primitiva, que fez amplo uso de Eclesiástico e de 2 Macabeus?
31. Por que o autor do artigo da Folha não lê Hipólito (235 DC) que, ao comentar o livro de Daniel, cita os deuterocanônicos (livros catalogados após controvérsias) como sendo Escritura Sagrada (Sabedoria, Baruque e 2 Macabeus)?
32. Por que ignorar a extrema importância dos escritores patrísticos acima mencionados (tão reconhecidos, admirados e consultados pelos bons, honestos e sérios teólogos protestantes) e superestimar esse tal de Josefo?
33. Como que a Igreja Primitiva não reconheceu aqueles livros se os autores acima citados eram legítimos representantes do pensamento da Igreja da época?
34. Por que esconder que a Igreja Católica Primitiva, através dos Concílios Regionais de Hipona (393), Cartago III (397), Cartago IV (419) e Trulos (692) definiram sucessivamente o cânon amplo (isto é, o adotado pelos Setenta sábios de Alexandria) como sendo o da Igreja Primitiva?
35. Ou será que essa Igreja Primitiva era a "igreja" protestante, que Lutero nem podia ainda pensar em fundar?
36. Por que não dizer aos leitores que o cânon definido pelos Concílios acima mencionados foi repetido pelos Concílios ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546) e Vaticano I (1870)?
37. Por que o articulista não diz para seus leitores que Jesus e os apóstolos citam cerca de 250 vezes o AT traduzido para o grego pela Septuaginta (não o texto judaico do AT) e que isto, por si só, já é uma grande justificativa, afora outras, para a autenticidade dos livros deuterocanônicos ?
38. Por que não diz o articulista que a colônia judia (que falava o grego) estabelecida em Alexandria era muito maior, economicamente e em população, do que os judeus que viviam na Palestina?.
39. Por que não é informado ao leitor que os judeus reunidos em sínodo em Jâmnia, no sul da Palestina, em 100 da nossa era, não representavam os judeus espalhados pelo mundo inteiro e que aquela sua reunião foi feita mais para contestar o primitivo catolicismo que estava avançando, graças a Deus?
40. Se o cânon católico está errado, por que tanta maldade do Divino Espírito Santo em permitir que ele prevalecesse por cerca de 1500 anos (e prevalece até hoje), aguardando que o pecaminoso Martinho Lutero viesse alterá-lo?
41. Seria Lutero mais brilhante e mais santo do que todos os milhares e milhares de santos, teólogos e estudiosos católicos que sempre aceitaram o cânon completo, baseado na Septuaginta?
42. Quem disse que os protestantes, ao rejeitarem os deuterocanônicos, estão amparados pela autoridade da Palavra de Deus?
43. Onde lhes é concedida esta autoridade, se a própria bíblia, nem a católica nem a deles, diz isto?
44. Não seria essa posição de contestação dos protestantes baseada, simplesmente, na Tradição Oral dos judeus de Jâmnia e, não, na própria bíblia (Tradição oral significa o que disseram as pessoas, de boca em boca, ou de escrito em escrito, de sínodo em sínodo, de concílio em concílio, mas que não está escrito na bíblia.)?
45. Quem disse que a Igreja Primitiva e os hebreus antigos rejeitaram esses livros? Não é mais correto e honesto dizer que quem os rejeitou foram os judeus de depois de Jesus?
46. Por que não dizer em seu artigo que, em vez de ter sido realizado para combater o nefasto avanço do protestantismo, o Concílio de Trento (1546) foi convocado exatamente para iniciar a verdadeira Reforma da Igreja Católica?
47. Como é que uma pessoa (Martinho Lutero) que estava fora de uma Instituição (a Igreja Católica) poderia reformá-la?
48. Pode alguém que não é proprietário de uma casa (a Igreja), reformá-la, sem a autorização de seu dono (seus legítimos dirigentes e fiéis)
49. Por que tanta maldade em se dizer que a Bíblia Católica Romana é a da versão de Matos Soares, escondendo-se que as versões das bíblias católicas são aquelas autorizadas pela Igreja e nas quais devem constar os famosos "nihil obstat", "iprimi potest" e o "imprimatur" das competentes autoridades eclesiásticas
50. Finalmente, ao enumerar como sendo apócrifos os livros: 1 Esdras, 2 Esdras, Tobias, Judite, Acréscimos do livro de Ester, A Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, o Cântico dos Três Moços, A História de Susana, Bel e o Dragão, A Oração de Manassés, 1 Macabeus, 2 Macabeus, não seria melhor, mais justo e mais honesto separar as coisas e defini-las corretamente, dizendo que desses tais de 14 "apócrifos" a Igreja adota apenas os deuterocanônicos Tobias, Judite, Sabedoria, os dois de Macabeus, Baruque e Eclesiástico e os fragmentos de Ester 10, 4-16, 24; Daniel 3,24-90; Daniel 13-14 e que os mesmos não são apócrifos, são apenas Deuterocanônicos, isto é, livros que foram considerados canônicos somente após controvérsias entre os primitivos católicos?
Pergunta final:
Onde é, pelo amor do Santo Deus, que está escrito na Bíblia que o cânon dos judeus (que nem cristãos são) adotado pelos protestantes é o correto?
Fonte de Consulta: "15 Questões de fé", do monge e exegeta beneditino Estêvão Tavares Bettencourt, Edições "Lumen Christi", Caixa Postal 2666, Rio)

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