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sexta-feira, 1 de março de 2013

E a Hermenêutica? Onde Fica?

Gostaria de recordar aqui a existência de um princípio de hermenêutica que nos garante: “Não existe texto sem contexto.”

Em outras palavras, esse princípio afirma que nenhuma palavra pode ser isolada de seu respectivo contexto textual nem do seu contexto sociocultural. E, alías, isso é um princípio preconizado também pelos grandes especialistas em leitura e interpretação de qualquer texto.

No entanto, muitos vivem a ISOLAR determinada palavra ou versículo do seu respectivo contexto em total desrespeito a esse unânime princípio. E isso é lamentável, pois a própria Sagrada Escritura já nos alertava contra aqueles que deturpam a palavra de Deus (2 Pd 3,16).

Espero que não seja o seu caso, caro leitor.

Sei que você, leitor amigo, está curioso para saber em que casos muitos têm realmente cometido tal desastre.
Mas, para matar a sua curiosidade, vamos deixar de mais mais e vamos ao que de fato aqui nos interessa:

1) Em Ex 20,1-, num contexto em que claramente o escritor inspirado contrapõe o Senhor aos falsos deuses, revelando-nos que aos ídolos jamais se deve adorar, muitos apegam-se à palavra IMAGEM ou, segundo algumas traduções, ESCULTURA para daí precipitadamente jogarem o texto contra as santas imagens de Cristo e dos seus servos. O problema aí está justamente em ISOLAR as palavras atrás mencionadas, pois o texto não fala de qualquer imagem, mas tão somente das imagens dos deuses falsos.

2) Em Mt 16,13-18, num contexto em que Nosso Senhor Jesus Cristo CLARAMENTE está se referindo a Pedro, E SOMENTE A ELE, eles simplesmente ISOLAM a expressão “e sobre esta pedra”, desprezando todo o contexto, como se tal contexto, referente EXCLUSIVAMENTE ao apóstolo, DE NADA VALESSE. O contexto aqui é mais do que claro: Cristo está falando COM Pedro.

3) No discurso do pão do céu, relatado em João 6, novamente os nossos amigos, simplesmente ISOLAM o versículo 63 em tremendo atentado ao contexto do texto, no qual EXPLICITAMENTE o Senhor Jesus fala da manducação de sua carne e da ingerência do seu sangue. Desconsiderando, então, tudo isso, eles jogam o versículo 63 contra todo o contexto como se tal versículo DESMENTISSE todo os outros 70 versículos daquele capítulo e pregam, CONTRADIZENDO todo o texto, a simbologia da respectiva passagem.

4) Em 1º Coríntios 11, 23-25, no momento em que São Paulo relata o episódio da ceia, eles apelam para a palavra MEMÓRIA, como se essa palavra, ISOLADA do contexto do texto e do contexto sociocultural em que foi proferida pelo Senhor Jesus, pudesse DESDIZER tudo aquilo que Cristo afirmou sobre a sua presença nas espécies eucarísticas. O contexto novamente é óbvio: Cristo usa explicitamente o verbo SER, cujo sentido primário é o de afirmar determinada coisa. Logo, Ele diz aí que o pão é o seu corpo como diz que o vinho é o seu sangue.

Nós poderíamos passar várias horas a demonstrar outras barbaridades que os comete contra o texto sacro, no entanto, ficaremos por aqui, pois cremos que tudo aí já é suficiente para mostrar que muita gente precisa mudar o seu trato com a Santa Palavra escrita de Deus.
FONTE;

Professor Evaldo Gomes



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