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domingo, 24 de junho de 2012

Como era o culto dos primeiros cristãos?

Como se dava o culto dos primeiros cristãos, no começo da cristandade? Será que os primeiros seguidores de Jesus Cristo, liderados pelos Apóstolos e seus sucessores, reuniam-se somente para orar e cantar? Será que eles só liam a Bíblia e louvavam a Deus? Ou eles celebravam a Eucaristia, a Santa Comunhão, como faz a Igreja Católica? Existem vários documentos antigos e registros históricos de como se desenrolava a Celebração Eucarística, nos primeiros anos do cristianismo. Logo abaixo, o testemunho de São Justino Mártir, escrito no ano 155, sobre como se dava o culto dos cristãos e o desenrolar da Celebração Eucarística:

"Se os cristãos celebram a Eucaristia desde as origens, e sob uma forma que, em sua substância, não sofreu alteração através da grande diversidade do tempo e das liturgias, é porque temos consciência de estarmos ligados ao mandato do Senhor, dado na véspera de sua Paixão: ‘Fazei isto em memória de mim’ (1Cor 11, 24-25). [...] Ao fazermos isto, oferecemos ao Pai o que ele mesmo nos deu: os dons de sua Criação, o pão e o vinho, que pelo poder do Espírito Santo e pelas palavras de Cristo se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo, o que, assim, se torna Real e misteriosamente Presente. [...] No dia do Sol (domingo), como é chamado, reúnem-se num mesmo lugar os habitantes, quer das cidades, quer dos campos. Lêem-se ora os comentários dos Apóstolos, ora os escritos dos Profetas. Depois, o que preside toma a palavra para aconselhar e exortar à imitação de tão sublimes ensinamentos. Seguem-se as preces da comunidade e, quando as orações terminam, saudamo-nos uns aos outros com o ósculo. Em segida, leva-se àquele que preside aos irmãos o pão e o vinho (...). Ele os toma e faz subir louvor e glória ao Pai do Universo, no Nome do Filho e do Espírito Santo e rende graças (em grego: eucharistian) longamente, pelo fato de termos sido julgados dignos destes Dons. Terminadas todas as orações e as ações de graças, todo o povo presente prorrompe numa aclamação, dizendo: Amém. Depois de o presidente ter feito a ação de graças e o povo ter respondido, os diáconos distribuem a Eucaristia e levam-na também aos ausentes." - Carta de S. Justino ao imperador Antonio Pio. (S. Justino, ano 155 dC, em Apologeticum 1,65)

Vemos, neste fascinante documento da Igreja primitiva, que a Santa Missa sempre foi celebrada exatamente da mesma maneira como fazemos até hoje, em todos os detalhes! A Santa Missa é o presente mais agradável que podemos oferecer à Santíssima Trindade. Cada Missa eleva nosso lugar no Céu e aumenta a nossa felicidade eterna. Os anjos presentes oram por nós e oferecem nossa oração a Deus. Cada vez que olhamos cheios de fé para o Pão Consagrado, ganhamos uma recompensa especial no Céu. A Missa é a maior, a mais completa e a mais poderosa oração, e a mais perfeita prática das quais dispõem os católicos. Graças a Deus!

Também Sto. Inácio de Antioquia, (†110) terceiro bispo de Antioquia, sucessor de S. Pedro e de Evódio, contemporâneo dos Apóstolos quando muito jovem, que declarou ter visto Nosso Senhor ressuscitado e conheceu pessoalmente São Paulo e São João. Sob o imperador Trajano, foi preso e conduzido a Roma onde morreu nos dentes dos leões no Coliseu. A caminho de Roma escreveu Cartas as igrejas de Éfeso, Magnésia, Trales, Filadélfia, Esmirna e ao bispo S. Policarpo de Esmirna. Apresenta alguns detalhes sobre a oblação da Eucaristia, na sua primeira carta aos cristãos de Esmirna. E nesta aparece pela primeira vez a expressão “Igreja Católica”:
“Abstêm-se eles da Eucaristia e da oração, por que não reconhecem que a Eucaristia é a carne de nosso Salvador Jesus Cristo, carne que padeceu por nos­sos pecados e que o Pai, em Sua bondade, ressuscitou.” (Epístola aos Esmirnenses: Cap. VII; Santo Inácio de Antioquia).

Sto. Ireneu de Lião, (130-202) eminente teólogo ocidental, confirma-nos o sacrifício que era prestado pelos primeiros cristãos figurado no sacrifício de Cristo, em outra obra ele ressalta a importância e a transubstanciação na Eucaristia:

“(Nosso Senhor) nos ensinou também que há um novo sacrifício da Nova Aliança, sacrifício que a Igreja recebeu dos Apóstolos, e que se oferece em todos os lugares da terra ao Deus que se nos dá em alimento como primícia dos favores que Ele nos concede no Novo Testamento. Já o havia prefigurado Malaquias ao dizer: Porque desde o nascer do sol, (...) (Malaquias, I, 11). O que equivale dizer com toda clareza que o povo primeiramente eleito (os judeus) não havia mais de oferecer sacrifícios, senão que em todo lugar se ofereceria um sacrifício puro e que seu nome seria glorificado entre as nações." (Adversus Haereses, Santo Ireneu de Lion).

Outro Registro é o Didaqué, um Catecismo escrito por volta do ano 100 d.C. e anterior a alguns livros da própria Bíblia Sagrada. É um dos mais antigos registros do cristianismo, e trata do culto cristão e da celebração dos primeiros crentes após transcrever regras a respeito da Celebração da Eucaristia. Diz:

“Que ninguém coma nem beba da Eucaristia sem antes ter sido batizado em nome do Senhor pois sobre isso o Senhor disse: 'Não dêem as coisas santas aos cães.'" (Didaqué, Cap. IX, Nº 5)

Também diz sobre a reunião dos crentes:

“Reúna-se no dia do Senhor para partir o pão e agradecer após ter confessado seus pecados, para que o sacrifício seja puro.” (Didaqué, Cap. XIV, nº 1)

Finalizando, seria até desnecessário esclarecer que todas esses documentos e registros históricos só confirmam aquilo que os Apóstolos disseram na Bíblia, (como em I Cor 10,16 e I Cor 11, 28-30 e outros) e Nosso Senhor mesmo, diretamente nos Evangelhos, declarou de si mesmo:

"Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu. Quem comer deste Pão viverá eternamente. E o Pão, que eu hei de dar, é a minha Carne para a salvação do mundo. A essas palavras, os judeus começaram a discutir, dizendo: Como pode este homem dar-nos de comer (phagein) a sua carne? Então Jesus lhes disse: 'Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a Carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu Sangue, não tereis a Vida em vós mesmos. Quem come (ho trogon) a minha Carne e bebe o meu Sangue tem a Vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha Carne é verdadeiramente uma Comida e o meu Sangue, verdadeiramente uma Bebida. Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue, permanece em Mim, e eu nele.” (Jo 6, 51ss)

FONTE ELETRÔNICA;


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