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domingo, 2 de junho de 2013

Quantos “céus” existem?

Na “Divina Comédia”, Dante é levado através dos céus por Beatrice. Esses céus são baseados em ideias astronômicas. Beatrice o levou até o nono deles antes de chegarem à ultima morada de Deus.
A ideia de existir vários céus não é um conceito original de Dantes. Varias fontes antigas, incluindo passagens bíblicas e escritas judaicas, relatam múltiplos céus.
De fato, a palavra hebraica “céu” –shamayim- tem duplo sentido, sugerindo dois céus, mas outras passagens sugerem mais. Particularmente, São Paulo em um determinado ponto fala que foi levado até o “terceiro céu”. (2º Cor. 12,2).
Outras fontes antigas relatam mais céus- mais de dez. É claro, a partir dessa tendência que ouvimos falar a expressão “sétimo céu”, significando um estado supremo de felicidade.
Podemos lançar mais luz sobre o número de céus?
São Paulo e o “terceiro céu”
A primeira vista, a referencia de São Paulo ao “terceiro céu” pode parecer ser a prova de que existem vários reinos espirituais, mas essa não é uma prova certa.
Na linguagem bíblica, as palavras para “céu” (paraíso) são as mesmas para “céu” (espaço), e deve ser esse ultimo céu que Paulo estava se referindo.
Especificamente, pode se ter a sugestão de que ele poderia estar imaginando o primeiro céu como a “atmosfera”, habitado pelos pássaros e o segundo céu como “celestial” habitado pelas estrelas. O terceiro céu seria então a “morada de Deus”.
Se fosse assim, quando ele fala que foi levado ao terceiro céu, ele simplesmente quer dizer que foi até a presença de Deus, e a passagem bíblica não sugere que possa existir outros reinos espirituais.
A Visão Central
A visão central por trás de vários “céus” e que o céu não é um estado singular no qual os santos e os anjos são iguais á todas as pessoas que recebem a mesma recompensa. É mais complexo que isso.
A mesma percepção está por trás da maneira que as recompensas dos santos têm sido retratado historicamente.
Em seu livro, “Escatologia”, o Papa Emérito Bento XVI escreveu: “A Escolástica pegou essa percepção e deu a ela uma forma sistemática. Moldando, em partes, na extrema tradição venerável, eles falaram de uma “coroa” especial para os mártires, virgem e doutores. Hoje, nós estamos um pouco mais cautelosos onde tais afirmações estão em causa. É suficiente saber que Deus dá para cada pessoa a sua realização de modo peculiar para esse ou para aquele individuo, e que dessa forma cada um terá o seu extremo” (Escatologia, 236).
Dessa forma, ele ligou a experiência do céu com a passagem do Apocalipse onde Jesus promete para aqueles que permanecerem fiéis até o fim, “Eu lhe darei uma pedra branca, com um novo nome escrito na pedra, que ninguém conhece, exceto aquele que o recebe” (Apo 2,17, ver Escatologia, 235).
Apesar de sua presença em uma boa parte da literatura judaico-cristã, a ideia de que há um número específico e relativamente pequeno dos céus espirituais não é algo que a Igreja ensina.
Em vez disso, ela ensina a ideia central de que isso representa que o céu é experimentado diferentemente por indivíduos que, com base no que eles fizeram na vida e quanto eles abriram-se ao amor de Deus.
Traduzido por Tiago Rodrigo da Silva – Apostolado Spiritus Paraclitus do, do original em inglês “How Many Heavens Are There?” do site catholic.com
 
Fonte Eletrônica;
 

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