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quinta-feira, 28 de março de 2013

Vigília Pascal

Segundo uma antiqüíssima tradição, esta é a noite de vigília em honra do Senhor (Ex 12, 42). Os fiéis, tal como recomenda o evangelho (Lc 12, 35-36), devem asemelhar-se aos criados, que com as lâmpadas acesas nas mãos, esperam o retorno do seu senhor, para que quando este chegue os encontre velando e os convide a sentar à sua mesa” (Missal Romano, pg 275).

Esta Noite Pascal tem, como toda celebração litúrgica duas partes centrais:

- A Palavra: Nesta celebração as leituras são mais numerosas (nove, ao invés das duas ou três habituais).

- O Sacramento: Esta noite, depois do caminho quaresmal e do catecumenato, celebra-se, antes da Eucaristia, os sacramentos da iniciação cristã: o Batismo e a Crisma.

Assim, os dois momentos centrais se revestem de um acento especial: se proclama na Palavra a salvação que Deus oferece à humanidade, atingindo o ápice com o anúncio da ressurreição do Senhor.

E logo celebra-se sacramentalmente esta mesma salvação, com os sacramentos do Bastismo, da Crisma e da Eucaristia. A tudo isso também antecede um especial rito de entrada constando do rito da luz, que brilha em meio à noite, e o pregão Pascal, lírico e solene.

A Páscoa do Senhor, nossa Páscoa

Todos estes elementos especiais da Vigilia querem ressaltar o conteúdo fundamental da Noite: a Páscoa do Senhor, a sua passagem da Morte à Vida.

A oração ao início das leituras do Novo Testamento, invoca a Deus, que “ilumina esta noite santa com a gloria da ressurreição do Senhor”. Nesta noite, com mais razão que em nenhum outro momento, a Igreja louva a Deus porque “Cristo, nossa Páscoa, foi imolado”. (Prefácio I de Páscoa).

Porém a Páscoa de Cristo é também a nossa Páscoa: “na morte de Cristo nossa morte foi vencida e em sua ressurreição resuscitamos todos” (Prefácio II de Páscoa).

A comunidade cristã se sente integrada, “contemporânea da Passagem de Cristo através da morte à vida”. Ela mesma renasce e goza na “nova vida que nasce destes sacramentos pascais” (oração sobre as ofertas da Vigilia): pelo Batismo se submerge com Cristo em sua Páscoa, pela Confirmação recebe também ela o Espírito de Vida, e na Eucaristia participa do Corpo e Sangue de Cristo, como memorial de sua morte e ressurreição.

Os textos, orações, cantos todos apontam a esta gozosa experiência da Igreja unida ao seu Senhor, centralizada nos sacramentos pascais. Esta é a melhor chave para a espiritualidade cristã, que deve centralizar-se mais que na contemplação das dores de Jesus (a espiritualidade da Sexta-feira Santa é a mais fácil de assimilar), na comunhão com o Ressuscitado dentre os mortos.

Cristo, ressuscitando, venceu a morte.

Este é na verdade “o dia que o Senhor fez para nós”. O fundamento de nossa fé. A experiência decisiva de que a Igreja, como Esposa unida ao Esposo, recorda e vive a cada ano renovando sua comunhão com Ele, na Palavra e nos Sacramentos desta Noite.

Luz de Cristo

O fogo novo é abençoado em silêncio, depois, toma parte do carvão abençoado e colocado no turíbulo, coloca-se então o incenso e se incensa o fogo três vezes. Mediante este rito singelo a Igreja reconhece a dignidade da criação que o Senhor resgata.

A cera, por sua vez, é agora uma criatura renovada. Devolver-se-á ao círio o sagrado papel de significar ante os olhos do mundo a glória de Cristo Ressuscitado. Por isso se grava em primerio lugar a cruz no círio. A cruz de Cristo devolve à cada coisa seu sentido. Por isso o Cânon Romano diz: “Por Ele (Cristo) segue criando todos os bens, os santificas, os enche de vida, os abençoas e repartes entre nós”.

Ao gravar na cruz as letras gregas Alfa e Ômega e as cifras do ano em curso, o celebrante proclama: “Cristo ontem e hoje, Princípio e Fim, Alfa e Ômega. Dele é o tempo. E a eternidade. A ele a glória e o poder. Pelos séculos dos séculos. Amém”.

Assim expressa com gestos e palavras toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo, homens, coisas e tempo estão sob sua potestade.

O Círio é decorado com grãos de Incenso, que segundo uma tradição muito antiga, que passaram a significar simbolicamente as cinco chagas de Cristo: “Por tuas chagas santas e gloriosas nos proteja e nos guarde Jesus Cristo nosso Senhor”.

Ocelebrante termina acendendo o fogo novo, dizendo: “A luz de Cristo, que ressuscita glorioso, dissipe as trevas do coração do e do espírito”.

Após acender o círio que representa Cristo, a coluna de fogo e de luz que nos guia através das trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança a procissão dos ministros. Enquanto a comunidade acende as suas velas no Círio recém aceso se escuta cantar três vezes: “Luz de Cristo”.

Estas experiências devem ser vividas com uma alma de criança, singela mas vibrante, para estar em condições de entrar na mentalidade da Igreja neste momento de júbilo. O mundo conhece demasiado bem as trevas que envolvem a sua terra em desgraça e tormento. Porém, nesta hora, pode-se dizer que sua desventura atraiu a misericórdia e que o Senhor quer invadir a toda realidade com torrentes de sua luz.

Já os profetas haviam prometido a luz: “O Povo que caminha em meio às trevas viu uma grande luz”, escreve Isaías (Is 9,1; 42,7; 49,9). Esta luz que amanhecerá sobre a Nova Jerusalém (Is 60,1ss.) será o próprio Deus vivo, que iluminará aos seus e seu Servo será a luz das nações (Is 42,6; 49,6).

O catecúmeno que participa desta celebração da luz sabe por experiência própria que desde seu nascimento está em meio às trevas; mas tem o conhecimento de que Deus o chamou para sair das trevas e a entrar em sua luz maravilhosa” (1 Pd 2,9). Dentro de uns momentos, na pia batismal, “Cristo será sua luz” (Ef 5, 14). Passará das trevas à “luz no Senhor” (Ef 5,8).

O Pregão Pascal ou “Exultet”

Este hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, alegria do céu, da terra, da Igreja, da assembléia dos cristãos. Esta alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas.

Em seguida é proclamada a grande Ação de Graças. Seu tema é a história da salvação resumida pelo poema. Uma terceira parte consiste em uma oração pela paz, pela Igreja por suas autoridades e seus fiéis, pelos governantes das nações, para que todos cheguem à pátria celestial.

A liturgia da Palavra

Nesta noite a comunidade cristã se detém mais do que o normal na proclamação da Palavra. Tanto o Antigo como o Novo Testamento falam de Cristo e iluminam a História da Salvação e o sentido dos sacramentos pascais. Há um diálogo entre Deus que se dirige ao seu Povo (as leituras) e o Povo que Lhe responde (Salmos e orações).

A leituras da Vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: “…e começando por Moisés e por todos os profetas, os interpretou (aos discípulos de Emaús) em todas as Escrituras o que a ele dizia respeito”(Lc 24, 27).

Leituras do Antigo Testamento

Primeira leitura: Gn 1,1-2,2 ou 1,1.26-31a – Viu Deus que tudo o que tinha feito era bom.

Segunda leitura: Gn 22,1-18 ou 1-2.9a.10-13.15-1 O sacrificio de Abraão, nosso pai na fé.

Terceira leitura Ex 14-15,1 – Os israelitas cruzaram o mar Vermelho.

Quarta leitura: Is 54,5-14 – Com misericordia eterna te ama o Senhor, teu redentor.

Quinta leitura: Is 55, 1-11 – Vinde a mim, e vivereis; firmarei convosco uma aliança perpétua.

Sexta leitura: Br 3,9-15.32-4,4 – Caminhai na claridade do resplendor do Senhor.

Sétima leitura: Ez 36.16-28 – Derramarei sobre vós uma água pura, y vos darei um coração novo.

É importante destacar esta passagem ao Novo Testamento: o Missal indica neste momento diversos símbolos, tais como a decoração do altar (luzes, flores), o canto do Glória e a aclamação do Aleluia antes do Evangelho. Também se ilumina de maneira mais plena a Igreja, já que durante as leituras do Antigo Testamento deve estar iluminada de maneira discreta. Sobretudo o evangelho, tomado de um dos três sinóticos, de acordo com o Ciclo, é o que deve destacar-se: se trata do cumprimento de todas as profecias e figuras, proclama a Ressurreição do Senhor.

Leituras do Novo Testamento

Primeira leitura: Rm 6,3-11 – Cristo, uma vez ressuscitado dentre os mortos, já não morre.

Evangelho CICLO A: Mt 28.1-10 – Ressuscitou e vos precede em Galiléia. CICLO B: Mc 16, 1-17 – Jesus de Nazaré, o que foi crucificado, ressuscitou. CICLO C: Lc 24.1-12 – Por que buscam entre os mortos aquele que está vivo.

A liturgia batismalA noite de Páscoa é o momento no qual tem mais sentido celebrar os sacramentos da iniciação cristã.Depois de um caminho pelo catecumenato (pessoal, se é que se trata de adultos e da família, para as crianças, e sempre nos diz respeito, da comunidade cristã inteira), o símbolo da água -a imersão, o banho- busca ser a expressão sacramental de como uma pessoa se incorpora a Cristo na sua passagem da morte à vida.

Como diz o Missal, se é que se trata de adultos, esta noite é quando tem pleno sentido que além do Batismo também se celebre a Confirmação, para que o neófito

se integre plenamente à comunidade eucarística. O sacerdote que preside nesta noite tem a faculdade de conferir também a Confirmação, para fazer visível a

unidade dos sacramentos de iniciação.

A celebração consta dos seguintes elementos:

A ladainha dos santos (se ocorre um batizado), de acordo com a sugestão do Missal;

A bênção da água trata sobretudo de bendizer a Deus por tudo o que fez por meio da água ao longo da História da Salvação (desde a criação e a passagem pelo Mar Vermelho até o Batismo de Jesus no Jordão), implorando-lhe que hoje também este sinal atualize o Espírito de vida sobre os batizados;

o Batismo e a Confirmação sengundo seus próprios rituais;

a renovação das promessas batismais, se não se realizou a celebração do Batismo, (do contrário já a realizaram junto com os batizados e seus padrinhos). Trata-se de que todos participem conscientemente tanto da renúncia como da profissão de fé;

a sinal da aspersão, com um canto batismal, como recordação plástica do próprio Batismo. Este sinal pode se repetir todos os domingos do Tempo Pascal, ao início da Eucaristia; a Oração universal ou oração dos fiéis, que é o exercício, por parte da comunidade, do seu sacerdócio batismal intercedendo perante Deus por toda a Humanidade.

A Eucaristia

A celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascal. É a Eucaristía central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar do seu Corpo e do seu sangue, como memorial da sua Páscoa. É o ponto mais importante da celebração.ssão sacramental de como uma pessoa se incorpora a Cristo na sua passagem da morte à vida.

Como diz o Missal, se é que se trata de adultos, esta noite é quando tem pleno sentido que além do Batismo também se celebre a Confirmação, para que o neófito se integre plenamente à comunidade eucarística. O sacerdote que preside nesta noite tem a faculdade de conferir também a Confirmação, para fazer visível a unidade dos sacramentos de iniciação.

A celebração consta dos seguintes elementos:

A ladainha dos santos (se ocorre um batizado), de acordo com a sugestão do Missal;

A bênção da água trata sobretudo de bendizer a Deus por tudo o que fez por meio da água ao longo da História da Salvação (desde a criação e a passagem pelo Mar Vermelho até o Batismo de Jesus no Jordão), implorando-lhe que hoje também este sinal atualize o Espírito de vida sobre os batizados;

o Batismo e a Confirmação sengundo seus próprios rituais;

a renovação das promessas batismais, se não se realizou a celebração do Batismo, (do contrário já a realizaram junto com os batizados e seus padrinhos). Trata-se de que todos participem conscientemente tanto da renúncia como da profissão de fé;

a sinal da aspersão, com um canto batismal, como recordação plástica do próprio Batismo. Este sinal pode se repetir todos os domingos do Tempo Pascal, ao início da Eucaristia; a Oração universal ou oração dos fiéis, que é o exercício, por parte da comunidade, do seu sacerdócio batismal intercedendo perante Deus por toda a Humanidade.

A Eucaristia

A celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascal. É a Eucaristía central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar do seu Corpo e do seu sangue, como memorial da sua Páscoa. É o ponto mais importante da celebração.

Morto… mas só até domingo – PASCOA

Com medo dos judeus e dos romanos, os discípulos todos estavam ao redor da mesa e conversavam sobre as últimas palavras de Jesus.

Jesus disse para todos os seus amigos mais chegados que iria passar por uma experiência traumática, mas necessária, para que eles mesmos e milhares de outras pessoas, em todos os tempos, pudessem vencer a maior barreira conhecida pela humanidade: a morte. Parecia loucura ouvi-lo falar com tanta certeza e determinação sobre isso: “Vou ser morto, mas ficarei assim só até domingo!”, dizia ele.

“Puxa como alguém poderia passar três dias morto e retornar?”, pergunta o mais jovem do grupo. “Vocês não se lembram?”, disse um dos que estava à direita da mesa. E complementou: “Lembram-se do que aconteceu na cidade de Betânia, perto da capital, com aquele homem chamado Lázaro? Ele já estava sepultado há alguns dias quando foi trazido de volta por ele!” – “É mesmo, isso é verdade, eu estava lá!”, acrescentou outro homem postado na extremidade esquerda da mesa.

O mais incrível é que isso realmente aconteceu. Jesus, o Mestre, que insistia em dizer que ficaria morto só até domingo e depois ressuscitaria, cumpriu o que

prometeu. Os relatos bíblicos são tão claros, citam tantas testemunhas e apontam provas diretas desse fato. Até o historiador judeu, Flávio Josefo, o qual não

tinha compromisso nenhum com os cristãos, considerado ‘a testemunha da história’, registrou esse fato histórico em um de seus livros.

Irmãos, a Páscoa conta uma história linda de coragem, altruísmo, força, determinação, esperança, fé, vitória e principalmente amor!

Jesus disse: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá sua vida pelas ovelhas”.(João 10:11) “Ninguém tira a minha vida de mim, pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e para reavê-la”.(João 10:18) A grande ênfase da Páscoa não pode ser somente a morte de Jesus e a sua ressurreição. Mas o motivo pelo qual ele fez isso!

Não podemos nos martirizar exigindo que sentimentos de dó e remorso constituam o ambiente de nossos corações nessa época da Páscoa.

Não podemos só nos privar de certas comidas e ficarmos abatidos até o final de mais essa data do calendário e depois retornarmos às nossas atividades normais sem guardarmos os efeitos objetivos daquele esforço, sem mudança de vida! Mas, na verdade, o sentimento que deve brotar de dentro de nós nessa Páscoa é o de gratidão e de reconhecimento do amor demonstrado por Jesus, morrendo e ressuscitando, por mim e por você.

Isso revela que somos muito importantes para Deus e alvos de seu amor grandioso. Não devemos nos comprometer com sentimentos de dó e revolta,

mas abrirmos o todo de nossas vidas, para que possamos viver a profunda experiência do amor de Jesus dentro de nós, fazendo tudo novo de dentro para

fora. É uma experiência acessível a qualquer pessoa, não importando credo, classe social, preferências, etc… Basta conversarmos com Deus agora mesmo e

dedicarmos nosso passado, presente e futuro ao Senhor Jesus.

Daí a Páscoa poderá trazer a tristeza de um sacrifício, mas a alegria da vitória que todos os que confiam em Jesus podem ter a partir de agora!

Jesus disse: Eu vim para que tenham vida e vida completa!”(João 10:10b)”.

FONTE  ELETRÔNICA;


O que é Tríduo pascal ?

O tríduo pascal se considerava como três dias de preparação para a festa de Páscoa; compreendia a quinta-feira, a sexta-feira e o sábado da Semana Santa.

Era um tríduo da paixão.

A palavra tríduo na prática devocional católica sugere a idéia de preparação.Às vezes nos preparamos para a festa de um santo com três dias de oração em sua honra, ou pedimos uma graça especial mediante um tríduo de preces de intercessão

No novo calendário e nas normas litúrgicas para a Semana Santa, o enfoque é diferente. O tríduo se apresenta não como um tempo de preparação, mas sim como uma só coisa com a Páscoa. É um tríduo da paixão e ressurreição, que abrange a totalidade do mistério pascal. Assim se expressa no calendário:

Cristo redimiu ao gênero humano e deu perfeita glória a Deus principalmente através de seu mistério pascal: morrendo destruiu a morte e ressuscitando restaurou a vida. O tríduo pascal da paixão e ressurreição de Cristo é, portanto, a culminação de todo o ano litúrgico.

Logo estabelece a duração exata do tríduo:

O tríduo começa com a missa vespertina da Ceia do Senhor, alcança seu cume na Vigília Pascal e se fecha com as vésperas do Domingo de Páscoa.

Esta unificação da celebração pascal é mais acorde com o espírito do Novo Testamento e com a tradição cristã primitiva. O mesmo Cristo, quando aludia a sua paixão e morte, nunca as dissociava de sua ressurreição. No evangelho da quarta-feira da segunda semana de quaresma (Mt 20,17-28) fala delas em conjunto: “O condenarão à morte e o entregarão aos gentis para que d’Ele façam escarnio, o açoitem e o crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará”.

É significativo que os pais da Igreja, tanto Santo Ambrosio como Santo Agostinho, concebam o tríduo pascal como um todo que inclui o sofrimento do

Jesus e também sua glorificação. O bispo de Milão, em um dos seus escritos, refere-se aos três Santos dias (triduum illud sacrum) como aos três dias nos

quais sofreu, esteve no túmulo e ressuscitou, os três dias aos que se referiu quando disse: “Destruam este templo e em três dias o reedificaré”. Santo

Agostinho, em uma de suas cartas, refere-se a eles como “os três sacratíssimos dias da crucificação, sepultura e ressurreição de Cristo”.

Esses três dias, que começam com a missa vespertina da quinta-feira santa e concluem com a oração de vésperas do domingo de páscoa, formam uma unidade, e como tal devem ser considerados. Por conseguinte, a páscoa cristã consiste essencialmente em uma celebração de três dias, que compreende as partes sombrias e as facetas brilhantes do mistério salvífico de Cristo. As diferentes fases do mistério pascal se estendem ao longo dos três dias como em um tríptico: cada um dos três quadros ilustra uma parte da cena; juntos formam um tudo. Cada quadro é em si completo, mas deve ser visto em relação com os outros dois.

Interessa saber que tanto na sexta-feira como na sábado santo, oficialmente, não formam parte da quaresma. Segundo o novo calendário, a quaresma começa na quarta-feira de cinza e conclui na quinta-feira santa, excluindo a missa do jantar do Senhor 1. na sexta-feira e na sábado da semana Santa não são os últimos dois dias de quaresma, mas sim os primeiros dois dias do “sagrado tríduo”.

A ressurreição é nossa páscoa; é um passo da morte à vida, da escuridão à luz, do jejum à festa. O Senhor disse: “Você, pelo contrário, quando jejuar, unja-se a

cabeça e se lave a cara” (MT 6,17). O jejum é o começo da festa.

O sofrimento não é bom em si mesmo; portanto, não devemos buscá-lo como tal.

A postura cristã referente a ele é positiva e realista. Na vida de Cristo, e sobre tudo na sua cruz, vemos seu valor redentor. O crucifixo não deve reduzir-se a uma dolorosa lembrança do muito que Jesus sofreu por nós. É um objeto no que podemos nos glorificar porque está transfigurado pela glória da

ressurreição.
Nossas vidas estão entretecidas de gozo e de dor. Fugir da dor e as penas a toda costa e procurar gozo e prazer por si mesmos são atitudes erradas. O caminho cristão é o caminho iluminado pelos ensinos e exemplos do Jesus. É o caminho da cruz, que é também o da ressurreição; é esquecimento de si, é perder-se por Cristo, é vida que brota da morte. O mistério pascal que celebramos nos dias do sagrado tríduo é a pauta e o programa que devemos seguir

em nossas vidas.

FONTE ELETRÔNICA;


domingo, 24 de março de 2013

Domingo de Ramos

O Domingo da Paixão que simboliza o sofrimento ou Domingo de Ramos que simboliza a vitória, abre a Semana Santa e marca o início da etapa final da caminhada da Quaresma. Neste dia a Igreja celebra a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém cheia de glória e de humildade, para cumprir seu mistério Pascal.

Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia que aí está diante de vós e logo achareis presa uma jumenta e com ela um jumentinho. Desprendei-a e trazei-los. E, se alguém vos disser alguma coisa, respondei que o Senhor precisa deles. E logo os enviará.

Ora, isto aconteceu para se cumprir a Profecia de Zacarias: Dizei à filha de Sião:

“Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de animal de carga (Zacarias 9,9).

Indo os discípulos e tendo feito como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta e o jumentinho. Então puseram em cima deles as suas vestes e sobre elas Jesus montou. E o povo tanto os que o precediam como os que o seguiam o acolhe como rei, agitando ramos de palmeira e clamando: Hosana ao filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas! E, com isso toda cidade de Jerusalém se alvoroçou perguntando: Quem é este? E as multidões clamavam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia.” Mateus 21:1-11.

A Procissão de Ramos

Consiste em uma procissão que vem de fora e tem como ponto de partida um lugar de reunião dos fiéis, fora da Igreja. Há a proclamação do Evangelho que conta a entrada de Jesus em Jerusalém e inicia-se a procissão até a Igreja.

Na procissão a Igreja não somente comemora evento passado e celebra realidade presente, mas também antecipa seu cumprimento final. Os ramos não devem ser jogados fora depois da procissão, mas devem ser levados para as casas e lá guardados com respeito ou queimados.

A cinzas, que são usadas na quarta-feira de cinzas, são feitas com os ramos bentos deste dia, dando sequencia a um costume que vem desde o século XII.

FONTE ELETRÔNICA;


O significado Bíblico do Domingo de Ramos

No dia seguinte, ouvindo, que viera à Festa, que Jesus ia chegar a Jerusalém, a grande multidão tomou ramos de palmeiras e saiu ao seu encontro clamando:

“Hosana! Bendito seja Aquele que vem em nome do Senhor, o rei de Israel!”

Jesus encontrou um jumentinho e montou em cima dele, como está escrito:

Não temas, ó filha de Sião: vem o teu rei assentado sobre o filho de uma jumenta”.

0s seus discípulos não entendiam isto no princípio; mas quando Jesus foi glorificado, então se lembraram de que estava escrito acerca dEle:

“Eis que o Senhor proclamou até as extremidades da terra: Dizei à filha de Sião: Eis que vem o teu Salvador; eis que com ele vem o seu galardão, e a sua recompensa diante dele” .Isaías 62:11

“Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta”. Zacarias 9:9

“Ora, isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Dizei à filha de Sião: Eis que aí te vem o teu Rei, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, cria de animal de carga. E a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho. E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!” Mateus 21:4-5, 8-9A Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém

E, sabendo-o a multidão, o seguiu; e ele os recebeu, e falava-lhes do reino de Deus, e sarava os que necessitavam de cura. Lucas 9:11

“Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia que aí está diante de vós e logo achareis presa uma jumenta e com ela um jumentinho. Desprendei-a e trazei-mos. E, se alguém vos disser alguma coisa, respondei que o Senhor precisa deles. E logo os enviará. Ora, isto aconteceu para se cumprir o que foi dito por intermédio do profeta: Dizei à filha de Sião: “Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de animal de carga (Zacarias 9,9). Indo os discípulos e tendo feito como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta e o jumentinho. Então puseram em cima deles as suas vestes e sobre elas Jesus montou. E a maior parte da multidão estendeu as suas vestes e outras cortavam ramos de árvores, espalhando-as pela estrada. E as multidões, tanto as que O precediam, como as que O seguiam, clamavam: Hosana ao filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas! E, entrando Ele em Jerusalém, toda cidade se alvoroçou e perguntavam Quem é este? E as multidões clamavam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia.” Mateus 21:1-11.

A entrada triunfal do Senhor em Jerusalém, no domingo anterior à sua crucificação e ressurreição, representava a recepção gloriosa que lhe prestaria a Sua Igreja, prestes a ser estabelecida; representa a recepção do Senhor como Rei da Glória, como Divina Verdade, como forma visível do Divino Amor na forma humana.

Num sentido mais interior, a entrada triunfal marcava também o começo do trabalho final da redenção, pela qual os infernos foram subjugados, os céus foram ordenados e um caminho foi aberto para a instalação de Sua Igreja na terra.

ESPERANÇA E SUCESSO FINANCEIRO

À humilde senhora que me perguntou se, ao dar o dízimo, ela conseguiria a tão sonhada casa própria, respondi que não poderia lhe dar tal garantia. Se um pregador de outra igreja disse isso na televisão a responsabilidade é toda dele, porque Jesus não fez esta promessa.

Quem põe sua esperança em Cristo porque ele dará sucesso financeiro e as soluções de todos os problemas, tem uma religião de resultados. Nela o pregador fala como quem tem certeza e não como quem tem esperança. A fé não dá essas garantias. O justo vive da fé (Gl 3,11) e não de falsas certezas de quem é capaz de dar até hora e local para o milagre, como se Deus dependesse do relógio deles. A nós cabe esperar humildemente que as coisas aconteçam para o nosso bem, mas do jeito de Deus e não do nosso.

Para nós, católicos, não há fé sem esperança, nem esperança sem fé. Para nós, a esperança é a vela, a fé é a chama. A vela não funciona sem a chama, a chama não dura sem a vela com o seu pavio. Sem o fio interior, nem vela é… Se a fé se apaga, a esperança não ilumina. Se a esperança se agita demais ou não fornece o pavio, a fé não arde.

Mais bonito ainda é saber que sem a fé e a esperança também a caridade não sobrevive, posto que amar é crer e esperar em alguém, até mesmo quando a pessoa amada não corresponde. Os pais, por exemplo, esperam no filho que não dá nenhuma esperança de mudar, mas há neles esperança suficiente para apostarem na força do seu amor por este filho e na graça de Deus que leva tudo a bom termo.

A Igreja nos convida a sermos como Paulo que sabia em quem acreditava e por isso esperou e sua esperança não foi em vão. 2 Tm 1,12. Paulo tinha esperança porque acreditava e acreditava porque tinha esperança. Ele sabia que uma era a extensão da outra! Nós também! Certezas? Temos algumas. Mas isso de afirmar que Deus dá casas e apartamentos para quem paga o dízimo é confundir esperança com certeza. Espere ter a sua casinha, mas não aposte que ela virá do dízimo. Sei de muita gente que pagou o dizimo e morreu em casa alugada e de muitos que nunca deram um centavo para a religião e moram em palácios. Alguém precisa lembrar ao povo que Jesus não veio ao mundo aumentar a conta dos seus discípulos no banco. Nem distribuir iates e carros para quem lhe for fiel. Isso não está na Bíblia. Se o pregador quiser prometer, prometa, mas diga que é opinião pessoal!

CONVERTIDOS POR UM TEMPO

Converter-se vem das raízes “cum” e “vertere” e subentende cumplicidade. A pessoa volta-se para a mesma direção que a outra. Elas se entendem porque o objetivo é o mesmo. Infelizmente, porém, existe conversão temporária e conversão permanente. Há quem diga que sendo temporária por mais sincera que seja não é conversão verdadeira. Os que assim pensam merecem ser ouvidos. Tocam num ponto fundamental da fé. Adesão com prazo para se desligar não é adesão, é engate ou enganche. É como viajar de pingente…

Mas algumas pessoas voltam- se para sempre na direção de Deus e do próximo. Sua conversão torna-se um segundo DNA. Guardam a fé, cumprem a promessa e não voltam atrás, nem praticam desvios. ( 2 Tm 4,7) Outras, infelizmente, – e não temos o direito de julgá-las, convertem-se por algum tempo. Não estavam voltadas para Deus ou para a religião, nem para o próximo, mas num retiro ou movimento, ou após a leitura de algum livro, declararam-se convertidas para a nova fé. Mudaram da noite para o dia. Mas apenas por um tempo. Pedro afirma que tais convertidos agem como o cão que volta ao vômito e a porca que volta á lama (2 Pd 2,22) Voltam ao de sempre! Foi entusiasmo momentâneo. Não era um processo de busca. Foi impulso de momento. Pode até dar certo para alguns; para a maioria, não!

Alguns desses convertidos passeiam de holofote em holofote dando testemunho de vida, mas falam cedo demais. Não dão tempo ao céu. Tamanho é o seu fervor e o seu poder de atração que as pessoas se voltam para eles á procura de alguma luz que eles ou elas irradiam. Pregam bem, têm uma bela história para contar e uma vida admirável a mostrar. Deus os transformou.

De repente, não se sabe quando, como ou o porquê, a revertem guinada que haviam dado e voltam a ser quem eram antes. Salomão é um exemplo do que pode acontecer a qualquer um de nós. Ergueu um Templo para javé e morreu negando Javé. Padre se casa, é o Bispo deixa o ministério e entra na política, pastor se casa com outra, leigo deixa a esposa e se envolve com outra mulher, escritor que depois de falar de maneira profunda sobre Jesus publica um livro dizendo que não tem mais fé, diácono muda de igreja, pastora que vai viver com um dos seus fiéis… Venceu o lado humano.

Uma das coisas mais fáceis do mundo é julgá-los. Quem está em pé, cuide-se para não cair, afirmava Paulo. ( 2 Cor 10,12) Não estando na pele deles, constatemos, mas não julguemos. Melhor é orar por eles. Converter-se nunca foi fácil.

FONTE ELETRÔNICA;


sábado, 23 de março de 2013

São Cipriano, a Cátedra de Pedro e a Ilusão protestante


1. INTRODUÇÃO

Seria jocoso se não fosse triste as tentativas protestantes de utilizar os pais da Igreja em prol de suas heresias. Como já não bastasse a larga difusão de matérias e obras dos pais da Igreja mostrando que estes eram extremamente católicos, alguns protestantes ainda teimam em querer sustentar que o protestantismo tem algo haver com o cristianismo primitivo. Prova disto é a recente propagação protestante em sites, de matérias sobre são Cipriano levantando a celeuma de que São Cipriano brigou com o Papa Estevão, e portanto negava a autoridade romana. Ora, mas qual a intenção desses sites protestantes em frisar tanto a contenda de São Cipriano e o papa Estevão? Caso realmente ele negasse a autoridade de Roma, isso faz dele um protestante, ou mostra que ele aceitava as heresias protestantes?
Em outra matéria divulgada aqui, de autoria de José Miguel Arraiz (pode ser vista aqui), mostramos que de protestante São Cipriano não tinha nada, pois nenhum protestante crê, nas coisas que são Cipriano cria, tais como:
1) Sucessão apostólica
2) O primado de Pedro.
3) A Eucaristia ter caráter igual ao sacrifício perfeito de Cristo e que se apresenta pelo Padre no altar, cumprindo-se o que era profetizado pelo senhor em Malaquias 1, 11 e que o pão e vinho consagrados são realmente (e não símbolos) o corpo e Sangue de Cristo.
3) A celebração eucarística pelo descanso eterno dos defuntos.
4) Confissão dos pecados ao clero.
5) O Batismo como sacramento para a salvação.
Se nem de longe São Cipriano era protestante ou defendia as heresias do protestantismo, por que tais sites protestantes insistem em bradar sobre a questão do Papa Estevão e de São Cipriano? Obviamente ao tentarem achar um só argumento para usar contra a Igreja de Cristo, pegam toda e qualquer besteira que para eles é uma negação da autoridade de Roma. Nunca leram os escritos de são Cipriano, por isso não conseguem imaginar que tal caso foi apenas um ato de rebeldia por parte do Santo Bispo de Cartago. Mas ao invés disso pensam que ele era protestante.
Sendo assim, nos propomos em esclarecer as dúvidas de alguns leitores e refutar o erro dos sites heréticos para a exposição da verdade. Não direcionaremos o nosso texto a um site ou blog específico para não nos limitarmos nas refutações, mas traremos as principais bravatas e as refutaremos com os próprios escritos de São Cipriano, de concílios e de outros pais da Igreja.

2. SÃO CIPRIANO E A PRIMAZIA DE ROMA

Nos Escritos de São Cipriano podemos encontrar várias evidências da autoridade do bispo de Roma sobre a Igreja Universal. Quando começou perseguição de Décio (250) temos a primeira demonstração disto. São Cipriano fugiu da perseguição, mas enviou uma carta à Igreja de Roma explicando as razões que o motivou a fugir:
Senti a necessidade de escrever esta carta para dar conta da minha conduta, minha linha de disciplina e de meu ciúme... Mas, ainda que ausente no corpo, tenho estado presente em espírito...” (Cipriano, Epístola 20)
Por que uma carta logo a Roma? É claro que nessa carta reconhecia na Igreja de Roma a autoridade a quem teria que dar conta, caso contrário, uma carta justificando sua conduta a Roma teria sido totalmente desnecessária.
Pouco antes da De Unitate, Cipriano escreveu a Epístola 43, nela nós encontramos:
Deus unus est et Christus unus et una ecclesia et cathedra una super Petrum Domini uoce fundata. Aliud altare constitui aut sacerdotium nouum fieri praeter unum altare et unum sacerdotium non potest. Quisque alibi collegerit spargit.
“... Eles, que se afastaram da Igreja, não permitem que a Igreja se lembre e traga de volta os apóstatas. Há um só Deus, e um só Cristo, e uma Igreja, e uma cátedra fundada pela voz do Senhor sobre a rocha. Outro altar não pode ser posto, nem um novo sacerdócio feito, além do altar único altar e do único sacerdócio. (Epístola 43 (39), 5)
Novamente São Cipriano confirma Pedro como a rocha e que há uma só cátedra, e como veremos mais adiante, pelo próprio Cipriano, o bispo de Roma é o sucessor de Pedro.
Outro exemplo, é em reação de Cipriano à investigação do Papa Cornélio em razão da consagração de Fortunato, que Cipriano tinha feito sem consultar Roma. Em resposta, o prelado Africano reconhece seu dever de trazer a Roma todas as questões mais importantes e escreve se desculpando:
Eu não te escrevi imediatamente querido irmão, porque não era algo tão importante e tão grave que você tivesse que ser notificado em seguida ... Eu esperava que você soubesse de tudo isso e tinha certeza de que você lembrava. É por isso que eu julguei que não era necessário comunicar-lhe com tal velocidade e urgência as loucuras dos hereges ... E eu escrevi sobre tudo aquilo, porque todos nós desprezamos, por o outro lado, e pouco lhe enviei os nomes dos bispos que estão a frente dos irmãos e não foram contaminados pela heresia. Foi a opinião unânime de todos desta região que enviasse-lhe estes nomes (Cipriano, Epístola 59,9)
Esta carta é bastante sugestiva, já que ele não reconhecia a primazia do Bispo de Roma, porque pedir desculpas por não ter notificado ele antes? Será que o Papa poderia se intrometer em uma questão que não era de sua própria igreja particular? Por que era opinião unânime de todos na região manter o bispo de Roma informado?
Na carta 67 ocorre algo similar, Cipriano denuncia Basilides, que depois de ter se confessado culpado foi a distante Roma para apelar para a autoridade de Estevão (Bispo de Roma) e enganá-lo para que restaura-se o seu episcopoado. Mais uma vez, se todos os bispos tivessem autoridade igual, não há sentido este tipo de apelos para o bispo de Roma, e não seria possível que ele pudesse restaurar bispos ao seu ministério contrariando o conjunto de bispos que depuseram. Mas isso não é novidade, desde o primeiro século há evidências de como o bispo de Roma disciplinou e ditou sentenças em comunidades em conflito (como no caso de dissensão em Corinto que cedeu à autoridade de São Clemente de Roma).
Por que razão você deve diligentemente observar e manter a prática derivada a partir de tradição divina e a observância apostólica, que também é mantida entre nós, e quase todas as províncias; que para a condigna celebração de ordenações todos os bispos da mesma província vizinha deve, se reunir com essas pessoas para um prelado seja ordenado. E o bispo deve ser escolhido na presença das pessoas, que conheceram mais plenamente a vida de cada um, e viram as ações de cada um no que concerne a sua conduta habitual. E isso também, nós vemos, foi feito por você na ordenação de Sabino nosso colega; para que, pelo sufrágio de toda a fraternidade, e pela sentença dos bispos que haviam se reunido em sua presença, e que tinham escrito cartas para você a respeito dele, o episcopado lhe foi conferido, e as mãos foram impostas sobre ele no lugar de Basilides. Nem pode rescindir uma ordenação Justamente aperfeiçoada, que Basilides, após a detecção de seus crimes, e descoberta de sua consciência, mesmo por sua própria confissão, foi para Roma e enganou Estevão colega nosso, colocando-o distante e ignorante do que tinha feito, e da verdade, para convencer que ele poderia ser substituído injustamente durante o episcopado de que ele tinha sido justamente deposto. O resultado disso é que os pecados de Basilides não estão nem desfeitos nem reparados, na medida em que seus antigos pecados ele também acrescentou o crime de fraude e evasão.”. (Cipriano Epístola 67, 5)
É importante entender que houve uma mudança significativa na posição de Cipriano sobre a sua maneira de pensar e interpretar a primazia do bispo de Roma que veio do resultado de seu conflito com o Papa Estêvão. Ele nunca recusou a autoridade do bispo de Roma, mas rejeitou a sua jurisdição como antes, algo que discutiremos mais adiante. Porém mesmo dentro desse conflito mostra que o Bispo de Roma era o Sucessor de Pedro:
E a este respeito eu estou com razão indignado contra esta patente e manifesta tolice de Estêvão, de que ele que se orgulha do seu lugar no episcopado e alega possuir a sucessão de Pedro, na qual os fundamentos da Igreja foram lançados devesse introduzir muitas outras rochas e estabelecer novos fundamentos de muitas igrejas. ( Epístola 74)
Antes deste conflito, Cipriano foi muito mais explícito em reconhecer o primado romano, a tal ponto de dizer que não poderia pertencer à Igreja quem perdesse a comunhão com a Sé de Pedro. Escreveu então Cipriano sobre Novaciano que havia se rebelado contra Cornélio (O Papa):
“Portanto, uma vez que só a Igreja tem a água viva, e o poder de batizar e de limpar o homem, ele diz quem qualquer um pode ser batizado e santificado por Novaciano deve primeiro mostrar e ensinar que Novaciano está na Igreja ou que preside a Igreja. Pois a Igreja é una, e como ela é uma, não pode estar tanto dentro como fora. Porque, se ela está com Novaciano [o herege], ela não pode estar com Cornélio [o Papa]. Mas se ela estava com Cornelio, que sucedeu o Bispo Fabiano pela ordenação legal, e quem, ao lado da honra do sacerdócio, o Senhor glorificou com o martírio também, Novaciano não está na Igreja, nem pode ser contado como bispo, que não sucede a ninguém, e despreza a tradição evangélica e apostólica, surgiu por conta própria. Pois ele quem não foi ordenado na Igreja não pode ter nem pertencer à Igreja de forma alguma.” (Cipriano, Epístola 75,3)
Quando eles finalmente surgiram a diferenças entre o Papa e Cipriano por causa do batismo dos hereges, ele se obstina e se recusa a jurisdição sobre os assuntos da sua própria igreja. (Um evento que quase gerou um cisma).

2. 1 SÃO PEDRO É O PASTOR E A FUNDAÇÃO
No tratado De Habitu virginum [C. 10] que é, sem dúvida é anterior a De Unitate, Cipriano diz:
Petrus etiam, cui oues suas Dominus pascendas tuendasque commendat, super quem posuit et fundauit ecclesiam
Pedro também, a quem o Senhor recomenda suas ovelhas para serem alimentadas e protegidas, sobre quem ele colocou e fundou a Igreja...”
Agora Cipriano como habitualmente, diz que Cristo fundou a Igreja sobre Pedro, quando ele menciona esse Apóstolo, e é certo que ele considerava isso como uma prerrogativa especial de Pedro. Aqui ele nomeia o encarregado de alimentar as ovelhas com uma distinção honrosa pertencente somente a Pedro.

2.2 EPÍSTOLA 59: A CATÉDRA DE PEDRO E A PRINCIPAL IGREJA EM ROMA
A EPÍSTOLA IGNORADA PELO PROTESTANTISMO
Outra evidência é encontrada em sua Epístola 59. Nela vemos como uns hereges em conflito com São Cipriano recorrem a Igreja de Roma através de cartas ao Papa para atuar em seu favor. Embora são Cipriano não tenha gostado desta atitude, porque, em sua opinião, devem defender a sua posição diante do seu próprio bispo, isso mostra que mesmo entre os cismáticos havia o reconhecimento de que a autoridade da Igreja de Roma era superior ao o resto, e, consequentemente, de apelaram a ela. Também é notável como epístola de São Cipriano refere-se à Igreja de Roma como a “Cátedra de Pedro” e a “Igreja principal’, onde surgiu “a unidade do sacerdócio”: “ad ecclesiam principalem unde unitas sacerdotalis exorta est.”
Post ista adhuc pseudoepiscopo sibi ab haereticis constituto nauigare audent, et ad Petri Cathedram adque ad ecclesiam principalem unde unitas sacerdotalis exorta est ab schismaticis et profanis litteras ferre, nec cogitare eos esse Romanos, quorum fides Apostolo praedicante laudata est, ad quos perfidia habere non possit accessum
Com um bispo falso apontado eleito por hereges, eles se atrevem a navegar e levar cartas de cismáticos e blasfemos para a cátedra de Pedro e à Igreja principal, em que a unidade sacerdotal tem a sua fonte; eles nem pensaram que estes são romanos, cuja fé foi elogiada na pregação pelo Apóstolo, e entre os quais não é possível a perfídia ter entrada.(Cipriano, Carta 59 (54), 14)
No latim eclesiástico o qual são Cipriano utilizava perfidia significa “infidelidade” ou “heresia”.
Os protestantes são obrigados a admitir que Cipriano vê em Roma uma dignidade peculiar, mesmo que não admitam autoridade; mas aos invés disso eles acham que a linguagem Cipriano é outra e que chega a negar toda a autoridade acima dos bispos. Alguns apenas admitem que ele considerava Roma como tendo apenas a supremacia moral e uma fama honrosa. Como vemos levar seus protestos ocasionais sobre a independência dos bispos como seu pensamento completo é um absurdo ilógico, pois essa passagem é atribuída somente a Roma! A Tentativa dos protestantes de desmerecê-la é totalmente desonesta. Olhe para o contraste entre os “cismáticos e pessoas profanas” e a fé imaculada dos romanos, que o Apóstolo tinha elogiado 200 anos antes, onde a infidelidade não tem acesso.

3. SANTO ESTEVÃO X SÃO CIPRIANO

Com o passar dos séculos após Cristo foram se registrando várias heresias e cismas entre os cristãos, foi-se colocando uma questão nova: o Batismo ministrado por um herege é válido? Se o herege quer converter-se à Igreja Católica, deve ser batizado de novo? Essas perguntas suscitaram respostas contraditórias. A Igreja em Roma seguia a tradição antiga, admitindo a validade do Batismo conferido pelos hereges, pois se dizia, com razão, que é Cristo quem batiza, servindo-se do ministério dos homens. Na África do Norte, porém, a tendência era contrária. S. Cipriano em 255 e 2556 passou a apoiar a prática do re-batismo. Tal posição era fortalecida pelo fato de que os hereges montanistas batizavam “em nome do Pai, do Filho e de Montano ou de Priscila (fundadores da corrente montanista)”. Tal Batismo era evidentemente inválido, pois não observava a fórmula ensinada por Jesus (Mt 28,18-20); se, porém, o batismo dos montanistas era inválido, parecia a muitos cristãos que o batismo de qualquer facção herética devia ser igualmente tido como inválido.
Em Roma o Papa S. Estevão opôs-se ao costume do re-batismo, ameaçando de excomunhão os cristãos da África do Norte, caso insistissem em re-batizar os hereges batizados fora da Igreja Católica; apenas se deveria exigir que tivessem penitência para entrarem em comunhão com a Igreja Católica. O Papa então escreveu uma frase que ficou muito conhecida:
Se os hereges vêm a nós, qualquer que seja a sua seita, nada se inove, mas siga-se a Tradição, impondo-lhes as mãos para que façam penitência
Santo Estevão fala claramente do Batismo conferido segundo a fórmula do Evangelho, ele também enviou as mesmas determinações aos bispos da Ásia Menor que re-batizavam; em 256 foi informado de que 87 bispos reunidos em Sínodo em Cartago haviam reafirmado a necessidade do re-batismo, o Papa os excomungou porém não se sabe, se eles tinham recebido previamente as instruções do Papa. São Cipriano escreveu uma carta raivosa a São Firmiliano, lamentando o ato de excomunhão do Papa Estevão e tentando justificar sua posição em razão do re-batismo dos hereges.
Em consequência, a tensão foi forte entre Roma e os bispos da parte oposta. Porém não durou muito, pois morreram mártires Estêvão em 257 e Cipriano em 258. O sucessor de Estêvão I, o Papa Sixto II, aparece em comunhão com os bispos do Norte da África, o que significa que atenderam às disposições de Santa Sé. A questão tinha um fundo teológico e não meramente disciplinar. Não se sabe porém se São Cipriano voltou atrás antes de morrer. Santo Agostinho até mesmo duvidada que as cartas onde são Cipriano defende essas posições contra o Papa Estevão fossem verdadeiras. [1]

3.1 DE ONDE VEIO O COSTUME DE REBATIZAR OS HEREGES EM CARTAGO?
O costume de não rebatizar hereges na Igreja era bem antigo, porém depois que as seitas heréticas começaram a se proliferar, várias objeções começaram a aparecer. Toda a Igreja aceitava a validade do batismo feito nas seitas, pois como já dito a Igreja sempre acreditou que quem batiza é o próprio Cristo utilizando os homens, logo se um herege confere o batismo do mesmo modo que a Igreja faz e com a mesma intenção esse batismo é válido. Porém no norte da no Norte da África a tendência se tornou contrária ao antigo costume e em Cartago começou com o escritor Tertuliano (+ após 220), homem de retórica e projeção, que escreveu o opúsculo “Sobre o Batismo” (em grego e em latim), que rejeitava a validade do Batismo conferido pelos hereges, pelos mesmos hereges que ele posteriormente iria se juntar e atacar a Igreja.
Tertuliano tinha suas convicções próprias, negou o batismo conferido pelos montanistas, depois se tornou um montanista e por fim fundou sua própria seita os tertulianistas. Logo a tendência do rebatismo em Cartago era contrária ao antigo costume e surgiu através de Tertuliano, que influenciou quase todos os bispos do Norte da África inclusive são Cipriano.

3.2 SE O BISPO DE ROMA É INFALÍVEL, POR QUE CIPRIANO DISCUTIU COM ELE?
A infalibilidade do Papa acontece somente quando ele pronuncia uma verdade de fé solenemente, ou seja o Papa não é infalível a todo momento e em qualquer ponto que ele discuta, ele é infalível quando se pronuncia ex-cáthedra, algo sobre fé e moral. Portanto, São Cipriano podia facilmente discordar do Papa Estevão em qualquer ponto ainda não definido e debaterem também sobre se o rebatismo era errado ou não, isso de modo algum afetava a infalibilidade de Estevão.
Acontece que Cipriano queria negar um costume antigo da Igreja, logo Estevão estava o exortando, porém São Cipriano se revoltou e não quis aceitar, convocando até um sínodo que posteriormente foi anulado pelo próprio Papa.

3.3 A OPNIÃO DE SÃO CIPRIANO PREVALECEU E O CONCÍLIO DE NICÉIA O SEGUIU?
Alguns hereges chegam a proferir a bravata de que o concílio de Nicéia mandou rebatizar os hereges em seu Cânone 19º, seguindo o pensamento de São Cipriano, e rejeitando o do papa Estevão. O cânone diz o seguinte
Decreta-se que os Paulianistas que vieram se acolher na Igreja Católica sejam, de qualquer modo, rebatizados. Se alguns deles, que no passado foram listados em seu Clero, forem considerados sem culpa e sem reprovação, devem ser rebatizados e ordenados pelo bispo da Igreja Católica. Mas se o exame descobrir que são indignos, devem ser depostos. Semelhantemente, a mesma medida deve ser tomada no caso de suas diaconisas, e, de modo geral, daqueles que foram listados em seu Clero. Chamamos diaconisas aquelas que tomaram o hábito mas que devem ser colocadas apenas entre os leigos, uma vez que não recebem imposição das mãos.” (Concílio de Nicéia - Cânon XIX – 325 d.C )
É lamentável como vemos quão ignorantes sobre a história da Igreja, são os protestantes, e ainda mais a desonestidade ao usar cânones dos concílios cristãos, dos quais eles desconhecem e não aceitam as formulações. Para esclarecer este cânone, vamos ensinar um pouco da história da Igreja para eles.
Os Paulianistas (os hereges que o concílio manda rebatizar) eram os seguidores do anti-Trinitário Paulo de Samósata que foi eleito bispo de Antioquia em 260 d.C. Paulo caiu em heresia e começou a negar a Trindade e foi deposto pelo grande Sínodo do ano de 269. Esses hereges, apesar de não crerem na trindade, ao batizar proferiam as palavras “o Pai e o Filho e o Santo Espírito”, porém davam um sentido falso à formula batismal e não usavam as palavras “Filho e Santo Espírito” no sentido da doutrina da Igreja, logo, o batismo deles era inválido. Santo Atanásio em II Oral, Contra Arianos. No. XLIII, explica quem são eles e que seu batismo era obviamente inválido.
Portanto, o concílio de Nicéia mandou “rebatizar” os paulianistas por que o batismo deles era inválido, pois além de não crerem na Trindade, não usavam a formula doutrinal correta. Então o concílio de Nicéia aplicou a eles, justamente aquilo que mandará o concílio de Arles 11 anos antes, que dizia que se eles não fossem batizados em nome da Trindade que fossem rebatizados:
Se alguém cair em heresia na Igreja, deve ser-lhe solicitado rezar o Credo. E no caso de se perceber que foi batizado em nome do Pai e do Filho e do Santo Espirito, deve-se apenas impor-lhe as mãos, porque ele pode receber o Santo Espírito. Mas se na resposta à sua inquirição ele não citar a Trindade, deve ser batizado.” (Concílio de Arles - Cânon VIII – 314 d.C)
Portanto, se não é batizado em nome da Trindade o batismo é inválido e deve se fazer outro batismo, mas mesmo sendo hereges se fossem batizados em nome da Trindade o batismo era válido e não era mais necessário outro batismo. Sendo assim, tanto o concílio de Nicéia em 325 d.C, quanto o de Arles 11 anos antes, confirmam a posição do Papa Estevão, totalmente contrário a de São Cipriano, contrariando assim a lógica herética protestante.

4. TESTEMUNHOS DOS OUTROS PAIS REFUTANDO A TEORIA PROTESTANTE

4.1 SÃO JERÔNIMO SOBRE SÃO CIPRIANO
São Jerônimo em seu diálogo contra os Luciferianos, mata de uma vez por toda a argumentação protestante de que a argumentação de São Cipriano era válida, e mostra que a “rebeldia” de são Cipriano contra Estevão não foi sustenta até o fim, e os mesmos bispos que tinham se reunido com ele para decretar que os hereges deveriam ser rebatizados, voltaram atrás e conservaram o antigo costume, isto é, os hereges não precisariam ser rebatizados:
Cipriano de abençoada memória tentou evitar as cisternas e não beber das águas estranhas, e, portanto, rejeitando batismo herético, convocou seu Sínodo Africano em oposição a Estevão que era o vigésimo segundo sucessor do bem-aventurado Pedro na Sé de Roma. Eles se reuniram para discutir o assunto, mas a tentativa falhou. Por último aqueles bispos que tinham se reunido com ele e determinado que os hereges deveriam ser re-batizados, voltaram para o velho costume e publicaram um novo decreto...” (Contra os Luciferiano 23)
Este evento não é de outra maneira testificado É bastante claro que São Cipriano não foi cortado da comunhão com Roma, sob Dionísio e Sixto. É inconcebível que Estevão retirou a sua decisão, é quase tão improvável que Dionísio ou Sixto tiraram também. Por outro lado, a raiva extrema de São Cipriano, mostrado em sua carta a Pompeu e na carta a Firmiliano, é provável que se passou, como a raiva faz. Ele já havia admitido o antigo costume, para os bispos que preferiram isso. Fica claro que esses mesmos bispos que apoiavam Cipriano voltaram atrás e aceitaram as decisões do Papa.

4.2 SÃO VICENTE DE LERINS SOBRE SÃO CIPRIANO E O BISPO DE ROMA
Outro pai da Igreja que atesta a invalidade das alegações de são Cipriano contra o Papa é São Vicente Lerins, em seu Commonitorium, confirma que o Concílio sob são Cipriano foi abolido e esquecido, pois não tinha nenhum autoridade contra Roma.
O que era o fim? Que força havia no concílio Africano? Pelo dom de Deus, nenhuma. Todos, como um sonho ou um conto, foi abolido, esquecido.”
"Et, o rerum mira conuersio! Auctores eiusdem opinionis catholici, consectatores haeretici, iudicantur; absoluuntur magistri, condemnantur discipuli; conscriptores librorum filii regni erunt, adsertores uero gehenna suscipiet?"
Por que é tão louco duvidar que abençoado Cipriano, que a luz de todos os santos e mártires, com seus colegas, reinarão por toda a eternidade com Cristo, ou quem, pelo contrário, de modo sacrílego como negar que os donatistas e as outras pragas, que se gabam de que é pela autoridade desse concílio que eles rebatizam, deve queimar com o diabo para sempre?” (Commonitorium I, 6)
Vemos, pois que a posição de São Cipriano nunca foi aceita pela Igreja.

4.3 SANTO AGOSTINHO SOBRE SÃO CIPRIANO
Santo Agostinho chegou a duvidar se as cartas de São Cipriano contra o papa Estevão eram genuínas - Contra Cresconium I 32 (38), II 31 (39), porém ele preferiu simplesmente dizer que elas não eram Escritura canônica, e que ele não as seguia (ibid). Mas em outros lugares, ele admite que o estilo é de Cipriano - Epístola 93, 10 (35), lembrando que, embora não sabemos se ele mudou de idéia, “não é incongruente supor que um homem tão grande corrigiu sua visão”; em qualquer caso, si quid in eo fuerat emendandum, purgauit Pater falce passionis (compare De bapt I, xviii:28, in catholica unitate permansit, et charitatis ubertate compensatum est, et passionis falce purgatum).
O que ele derramou contra Estevão em sua irritação não vou discutir de novo.” (De bapt V, XXV, 36).
Santo Agostinho na sua carta contra os donatistas (de baptisma), mostra que Cipriano agiu com raiva contra o Papa Estevão. E somente os donatistas conseguiriam pensar que Cipriano estava na certo, e não o Papa. Os protestantes ficam do lado da heresia donatista e rejeitam as palavras de Santo Agostinho sobre Cipriano.
Ele [Cipriano] mereceu alcançar a coroa do martírio, de modo que qualquer nuvem que tinham obscurecido o brilho de sua mente foi expulsa pelo sol brilhante de seu sangue glorioso”. (Santo Agostinho, De bapt I, xviii, 28)
Aqui como vemos na mesma carta Agostinho atesta que a mente de Cipriano estava obscurecida, mas que foi clareada pelo martírio.
No Oriente havia outros no século IV, além de São Basílio, que pensavam que poderia ser bom, por vezes, rebatizar hereges, mas essas peculiaridades foram, aparentemente, só colocadas em prática em casos raros. Certamente não era o costume em qualquer lugar, rebatizar arianos ou semi-arianos. A partir do século V em diante, o Oriente está absolutamente em linha com o Ocidente, e a opinião teórica de São Basílio continua a ser letra morta. Todas as correntes do argumento, invectiva e eloquência de São Cipriano contra o ensinamento de Roma foram em vão.
5. OS CONCÍLIOS EM CARTAGO E A AUTORIDADE DE ROMA

5.1 O SÉTIMO “CONCÍLIO” DE CATARGO EM 255 D.C
Alguns protestantes tentando arrumar argumentos onde não existem, apelam para este concílio realizado em 255 d.C por são Cipriano e outros bispos Africanos, para tentarem dizer que um concílio em Cartago anulou a autoridade de Roma, vejamos a argumentação protestante:
Nada melhor, então, do que analisarmos aquele que foi presidido pelo próprio Cipriano, o Concílio de Cartago (255 d.C). Ele diz:
“Pois nenhum de nós coloca-se como um bispo de bispos, nem por terror tirânico alguém força seu colega à obediência obrigatória; visto que cada bispo, de acordo com a permissão de sua liberdade e poder, tem seu próprio direito de julgamento, e não pode ser julgado por outro mais do que ele mesmo pode julgar um outro. Mas esperemos todos o julgamento de nosso Senhor Jesus Cristo, que é o único que tem o poder de nos designar no governo de Sua Igreja, e de nos julgar em nossa conduta nela.” (Sétimo Concílio de Cartago, presidido por Cipriano)
Para infelicidade dos hereges, este foi um concílio totalmente inválido, tanto é que nem é contado nas listas dos concílios da Igreja, nem mesmo o protestante Philip Schaff, em sua tradução dos pais da Igreja, coloca este concílio dentre os concílios regionais e ecumênicos, ele é colocado apenas dentre os escritos de São Cipriano. O papa Estevão refutou e excomungou todos os bispos que participaram deste concílio, como dito anteriormente.
Como já visto São Vicente de Lerins 2 séculos depois mostra e declara que este concílio foi totalmente anulado e esquecido:
O que era o fim? Que força havia no concílio Africano? Pelo dom de Deus, nenhuma. Todo, como um sonho ou um conto, foi abolido, esquecido.”
Protestantes somente podem basear suas balelas em atos de rebeldia e insubmissão. Como num sopro cai toda a celeuma protestante.
5.2 O CONCÍLIO DE CARTAGO DE 418 D.C
A acusação protestante:
Curiosamente, na mesma cidade de Cartago se reuniu, dois séculos mais tarde, um novo Concílio, que reiterou que não havia autoridade da Sé Romana sobre as demais igrejas locais:
“Igualmente decidimos que os Presbíteros, Diáconos e outros Clérigos inferiores, nas causas que surgirem, se não quiserem se conformar com a sentença dos bispos locais, recorram aos bispos vizinhos, e com eles terminem qualquer questão... E que, se ainda não se julgarem satisfeitos e quiserem apelar, não apelem senão para os Concílios Africanos, ou para os Primazes das próprias Províncias: - e que, se alguém apelar para a Sé Transmarina (de Roma) não seja mais recebido na comunhão.” (Concílio de Cartago, ano 418)
Curiosamente, não existe qualquer cânon no Concílio 418 que se refira à Sé Romana, quem deseja chegar pode ver aqui no Early church Texts e verificar que não há nada nem mesmo parecido. O concílio de Cartago de 418 discutiu, apenas e tão-somente, a heresia pelagiana, estabelecendo oito cânons (ou, segundo um texto, nove cânons), todos referentes a tal heresia, condenando-a.
Este cânone encontramos no IV concílio de Cartago de 419 no Cânon XXVIII, que foi confirmado por Roma. O cânone nada mais estabelece que se Roma já deu autoridade para o concílio e os prelados cartaginenses, nada fosse novamente levado a Roma, a voz final já foi dada que tudo deveria ser tratado localmente, pois uma apelação direta a Roma mostra insubordinação aos prelados locais.
Além de tudo como é que o Concílio de Cartago de 419, negaria autoridade de Roma se este mesmo concílio no famoso cânon 24 que cita o cânon bíblico, diz que o cânon tem que ser enviado a Roma para confirmação?
Que este seja enviado a nosso irmão e companheiro Bispo, Bonifácio, e aos outros bispos daquelas partes, com a finalidade de confirmar este cânone, pois estas são coisas que nós recebemos de nossos pais para serem lidas na Igreja”. (Cânon XXIV)
Como é que o concílio de Catargo “reiterou que não havia autoridade da Sé Romana sobre as demais igrejas locais” se este mesmo concílio mandar enviar os cânones a Roma para a confirmação do Papa Bonifácio? Por que teria que ser confirmado logo pelo bispo de Roma?

Para acabar de vez com a celeuma protestante, mostraremos agora que contraditoriamente este mesmo concílio de Cartago em 419, refuta o pensamento protestante e confirma que era legitima a apelação a Roma, e ainda fala como se deve apelar para corte Romana no cânon 106:
Aqueles que vão levar seus casos a corte devem cuidadosamente informar tanto o bispo de Cartago quanto o bispo de Roma.
Pareceu bom que quem quisesse ir ao tribunal, devesse dar aviso no formulário que é enviado para a Igreja da cidade de Roma, que a partir daí, ele também devesse receber uma carta formal do tribunal. Mas se receber apenas uma letra formal de Roma, e não disser nada sobre a necessidade que ele tinha de ir a tribunal, e imediatamente quiser ir para lá, que ele seja cortado da comunhão. Mas, se ao mesmo tempo em Roma, a necessidade de ir a tribunal, de repente aparecer, deixá-lo expor sua necessidade ao bispo de Roma e deixai-o levar com ele um rescrito do mesmo bispo de Roma. Mas deixe as antigas cartas que são emitidos pelos primazes e por certos bispos para seu próprio clero tem a data da Páscoa, mas, se é ainda incerto o que é a data da Páscoa daquele ano, que o anterior à data da Páscoa seja estabelecido, como é costume até hoje atos públicos após o consulado.” (Canon 106. (Grego cix.))

Para que o concílio de Cartago diz que aqueles que fossem a cortem informassem o bispo Cartago e também o de Roma? Por que não só o bispo de Cartago, mas também o de Roma? O que é que Roma milhares de quilômetros de Cartago tem haver com uma causa de uma diocese tão distante para que tudo seja informado a ela também?

Será que um mesmo concílio ia se contradizer, em um cânone supostamente insinuando que Roma não tinha autoridade, e no outro dizer que se deve informar os pedidos a sé Romana? E por que iria se dirigir apelos a Roma se ela não tinha nenhuma autoridade sobre Cartago? Como se vê, protestantes sempre isolam o contexto de um texto para justificarem suas sandices.

6. OBRA A UNIDADE DA IGREJA (De Ecclesiae Unitate) E O PRIMADO DE PEDRO

Está obra é uma aproveitada por vários protestantes para afirmar que Pedro não tinha a primazia, e que Pedro não tinha nada de superior aos outros apóstolos. É bem conveniente se aproveitar de apenas uma versão e não se atentar a outra verão da mesma obra, como se só existisse uma e todas as outras que divergem fossem falsificadas. Há duas versões da obra que derivam do próprio Cipriano, o que eles preferem ignorar.
O Teólogo Jhoannes quasten explica que este capítulo quarto que mantém uma versão dupla, uma com ênfase no primado de Pedro e a outra sem, e que, neste sentido, houve uma controvérsia após alegações de Hartel (o editor das obras de Cipriano Corpus Scriptorum Ecclesiasticorum Latinorum. Viena 1866ss.). Dom Chapman provou que estas variações não são devido a uma corrupção do texto, mas a uma revisão por parte do mesmo Cipriano. Ao rever o original, teria introduzido adições. Isto foi confirmado por estudos realizados por D.vanden Eynden, O. Perler e M. Bévenot, mas o último inverteu a ordem das duas versões mais antigas, considerando que a que enfatiza o primado de Pedro é a primeira. S. Ludwig, no entanto apresenta o texto da primazia como o autêntico e o outro como uma questão que é devido à alteração que um partidário de Cipriano fez durante sua polêmica batismal.
Todos os estudiosos, ou pelo menos quase todos, os que discordam são vozes insignificantes, concordam que ambas as versões são de são Cipriano, uma menor e a outra maior, que ele mesmo alterou, para mostrar o poder depositado em Pedro por Jesus Cristo.
“O Senhor disse a Pedro: ‘Digo-te (disse Ele) que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela.’ E, embora a todos os apóstolos conferido o poder mesmo após ressurreição diz: ‘Como o Pai me enviou, eu também vos envio. Recebei o Espírito Santo. “Se a alguém perdoar-lhe os pecados serão perdoados; se a alguém retiveres serão retidos”, no entanto, para mostrar a unidade estabeleceu uma cátedra, e com a autoridade determinou que a origem desta unidade empezasse por um. É verdade, que o mesmo que Pedro, eram os outros Apóstolos, adornados com a mesma proporção de honra, e poder, mas o princípio é derivado da unidade. A Pedro foi dada a primazia, para manifestar que a Igreja é uma em Cristo... Aquele que não tem esta unidade da Igreja, crêr ter fé?... Quem se opõe e resiste à Igreja tenha confiança de estar dentro da Igreja? [...] O episcopado é um só, que é parcialmente propriedade por cada[...] A Igreja também é uma, que estende a sua fertilidade prodigiosa no meio da multidão, a maneira que muitos raios do sol, e um só sol, e muitos ramos de uma árvore, mas um só trondo é fundada no tronco raiz, e quando vários córregos vêm da mesma fonte, embora seu número aumente com a abundância de água, preserva a unidade de sua origem.”(De Ecclsiae unitate 4, 5).
Este texto é muito revelador, começa citando Mateus 16, 18 e ai afirma que a todos os apóstolos confere igual poder, logo depois agrega um “no entanto” que para manter a unidade estabeleceu, o Senhor, com sua autoridade estabeleceu uma cátedra em Pedro a quem deu o primado.
Agora, é difícil ver onde no texto coincide com alguma doutrina protestante e difere da doutrina católica. Em primeiro lugar ele reconhece como a santa Igreja é governada por bispos, um dos quais tem a primazia, o que implica um reconhecimento explícito da doutrina da sucessão apostólica, o que eles rejeitam. Em seguida, condena aqueles que se apartam da unidade da Igreja Católica para fundar suas próprias seitas, não é exatamente o que os protestantes têm feito desde Lutero? Estabelece claramente que fora da Igreja não há salvação e que “Ninguém pode ter Deus como Pai se não tem a Igreja como Mãe”. Para São Cipriano, o mártir não pode se desviar da unidade da Igreja, porque o sangue não pode apagar a mancha de heresia e do cisma.

7. EPISTOLA 33 E A SUCESSÃO APOSTÓLICA

Está é outra epístola usada por protestantes para negarem a primazia Romana. Eles não tratam o ponto de vista de Cipriano sobre Pedro cronologicamente, e que ele teria feito bem em considerar Epístola 33, antes de vir para o De Unitate. Nessa carta, os protestantes frequentemente citam, mas nunca discutem, não há questão da unidade da Igreja, mas apenas da autoridade do bispo, que tinha sido atacada, e os rebeldes utilizavam erroneamente o nome da Igreja, sem o conhecimento de Cipriano. Ele está indignado por ter sido assim ignorado:
“Dominus noster, cuius praecepta metuere et seruare debemus, episcopi honorem et ecclesiae suae rationem disponens in euangelio loquitur et dicit Petro: "Ego dico tibi . . . etc . . . et in caelis." Inde per temporum et successionum uices episcoporum ordinatio et ecclesiae ratio decurrit ut ecclesia super episcopos constituatur et omnis actus ecclesiae per eosdem praepositor gubernetur. Cum hoc ita diuina lege fundatum sit, miror quosdam audaci temeritate...”
Nosso Senhor, cujos preceitos e admoestações devemos observar, descrevendo a honra de um bispo e a ordem de Sua Igreja, fala no Evangelho, e diz a Pedro: ‘Eu ti digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela e eu ti darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na. terra será desligado no céu.’ Daí, através das mudanças dos tempos e das sucessões, a ordenação de bispos e do plano dos fluxos partir da Igreja, de modo que a Igreja se funda sobre os bispos, e cada ação da Igreja é controlada por estes mesmos governantes. Uma vez que esta, então, está fundada sobre a lei divina, admira-me que alguns, com ousada temeridade, optam por escrever a mim como se escreveseem em nome da Igreja; Quando a Igreja está estabelecida no bispo e no clero, e todos os que estão firmes na fé.” (Cipriano, Carta 33 (26), aos apostatas AD. 250)
São Cipriano fala do bispo mais honrado (Pedro) no qual Cristo fundou sua Igreja e que também sobre todos os bispos a Igreja está fundada e é controlada por eles.
A interpretação protestante:
Aqui, Cipriano conclui que a fundação da Igreja está sobre os bispos, não sobre um bispo em específico, muito menos sobre o bispo de Roma. São eles que governam a mesma Igreja, e sua sucessão (a dos bispos) continua fluindo. Cipriano então vê Pedro como um representante do episcopado, não de apenas um bispo. Este episcopado é indiviso, mas representado por cada bispo da igreja, como ele esclarece em Da Unidade da Igreja:”
A refutação:
Primeiro: são Cipriano não diz em nenhum lugar que todos os bispo são sucessores de Pedro.
Segundo: Ele diz que a Igreja foi construída sobre um Bispo, sobre Pedro é só lermos:
descrevendo a honra de um bispo e a ordem de Sua Igreja, fala no Evangelho, e diz a Pedro: ‘Eu ti digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela e eu ti darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na. terra será desligado no céu.
Se segundo Cipriano Cristo diz a Pedro “Tu és Pedro e sobre esta Pedra eu construirei a minha Igreja”, é claro e evidente que é sobre um que ele construiu a Igreja. A honra maior era de Pedro, pois era o chefe dos apóstolos, porém todos os bispos eram honrados e o poder que Cristo conferiu a Pedro também conferiu aos demais apóstolos e bispos, porém a Pedro foi dada a Primazia.
Terceiro: a passagem de São Cipriano está em pelo acordo com a doutrina católica. Sim, todo bispo é o fundamento da Igreja, mas especificamente de sua Igreja particular e é só ler o catecismo para sabermos:
Os Bispos individualmente são o visível princípio e fundamento da unidade em suas Igrejas particulares. Nesta qualidade, ‘exercem sua autoridade pastoral sobre a porção do povo de Deus que lhes foi confiada’ assistidos pelos presbíteros c pelos diáconos. Todavia, como membros do colégio episcopal, cada um deles participa da solicitude por todas as Igrejas, solicitude esta que exercem primeiramente "governando bem sua própria Igreja como uma porção da Igreja universal", contribuindo, assim, "para o bem de todo o Corpo Místico, que é também o Corpo das Igrejas". Esta solicitude estender-se-á particularmente aos pobres, aos perseguidos por causa da fé, assim como aos missionários que atuam em toda a terra.” (CIC 886)
Como vemos são Cipriano fala exatamente a mesma coisa que o catecismo, que os bispos são o fundamento da Igreja e que todos governam e são responsáveis por ela. O que os protestantes tem que entender é que o bispo de Roma é uma autoridade final e decisiva, ele não é uma pessoa que governa sozinha e sim o que tem mais poder dentre todos os governantes da Igreja, caso contrário não teríamos bispos no Brasil, Europa e etc.
A Igreja é construída sobre Pedro, os bispos de Roma são os sucessores de Pedro, e não a própria Rocha que Pedro era. Quando São Cipriano se refere a “Fundamento”, está se referindo a autoridade que os bispos têm de guiar a Igreja.
Quarto: São Cipriano não está falando em questões gerais da Igreja e sim da sua própria diocese, onde sua autoridade tinha sido ferida por pessoas que usaram o nome da Igreja sem consulta-lo, logo ele diz que a Igreja (particular) é fundada nos bispos (pois o bispo é o governante) e que tudo deve passar por a autorização dele.

8. CONCLUSÃO

Concluímos, portanto, que, se São Cipriano sempre aceitou a autoridade de Roma como vemos em seus escritos (Cartas 20, 43, 59, 67, 74, 75, ), que sua rebeldia contra o Papa Estevão na mais passou do que um momento de raiva pela corrente do rebatismo que vinha desde Tertuliano se proliferando em Cartago, mas que de nada adiantou (Vide São Jerônimo, Agostinho Vicente de Lerins), e que São Cipriano era perfeitamente católico e aceitava as diversas doutrinas que os protestantes negam (Vide aqui), qual a validade da argumentação protestante? A resposta óbvia é: nenhuma!




BÍBLIOGRAFIA

[1] AQUINO, Felipe: O Rebatismo e o donatismo. Diponível em:
Dom John Chapman. St. Cyprian on the Church and the Papacy. Disponível em: <http://www.philvaz.com/apologetics/num44.htm>. Acesso em: 06/07/2012
Mercaba.org, Disponível em: <http://www.mercaba.org/TESORO/cartel-patres.htm.> Acesso em 01/03/2013.
BAC 206. Patrología I, Johannes Quasten
ARRAIZ, José Miguel. São Cipriano pensava como um protestante? Disponível em: Desde 25/02/2013. Tradução: Rafael Rodrigues
RODRIGUES, Rafael. Pedro a Rocha Parte II.1 Disponível em: Acesso em: 01/02/2013.
PARA CITAR

Rodrigues, Rafael. São Cipriano, a cátedra de Pedro e a Ilusão protestante. Disponível em: < http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/patristica/controversias/576-sao-cipriano-a-catedra-de-pedro-e-a-ilusao-protestante> Desde 25/03/2013.