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terça-feira, 30 de agosto de 2011

FALSO CRESCIMENTO

A divisão é um sistema de vida maligna, um falso crescimento autorizado pela ira, pelo orgulho e pela ambição, em vez da mansidão e paciência de Cristo. É uma guerra na qual o diabo é o único que realmente vence”, diz o pastor Francis Frangipane.
Dentro do contexto do crescimento protestante, tem que levar em conta: o inchamento, a falta de qualidade moral e dogmática, o interesse financeiro de certos líderes, os membros, ou ‘clientes’, em busca tão somente de soluções para seus problemas materiais, a onda gospel como entretenimento liberal e barato e a falta de compromisso social.
Dividir para crescer em rebelião é uma atitude diabólica. Tal prática torna-se inimiga do Evangelho de Cristo.
Fica muito difícil delinear o crescimento do atual protestantismo, na sua dimensão tradicional, pentecostal, neopentecostal, renovado, liberal e fundamentalista.
“A igreja evangélica brasileira é caracterizada mais pelas divergências do que pela união”, escreve Mark Carpenter, diretor-presidente da editora protestante Mundo Cristão.
“Séculos de influência européia e norte-americana fez da igreja evangélica brasileira uma espécie de saco de gatos teológico e eclesiológico” .
No contexto político o vexame é terrível, vejamos o que diz Carpenter:
“No Brasil os evangélicos são percebidos por muitos internautas como reacionários, inflexíveis, ultrapassados e intransigentes. Infelizmente esta noção é reforçada diariamente por televangelistas e políticos evangélicos, e pelas ações de líderes e denominações oportunistas”.
O vereador protestante por São Paulo, Carlos Alberto Bezerra Jr. Disse: “O exemplo que as bancadas evangélicas deram nas câmaras brasileiras não nos enche de orgulho. Pelo contrário, em vez de bancadas, atuaram como cambadas. O que está sendo questionado é esse modelo de espiritualidade ufanista, prepotente, falso moralista e antiético de parte do movimento evangélico” .
Os evangélicos, principalmente os pentecostais, não só no Brasil, mas em boa parte do planeta, tem pouca dogmática cristã, e muito ensino de auto-ajuda, sincretismo, misticismo e teologia da prosperidade.
O neo-protestantismo, ou protestantismo da pós-modernidade está vivendo o inatismo, pelagianismo e o pragmatismo. Vive-se uma “fé líquida” nos movimentos protestantes.
A crise é catastrófica e requer humildade para voltar às fontes, que não é nada fácil.
“O pentecostalismo vem perdendo prestígio pela imagem que se passa através dos escândalos, das promessas não cumpridas e por não produzir transformações sociais. Em função do institucionalismo cujas pressões levam a se fazer qualquer coisa antes do Reino de Deus e da pressão do mercado religioso, com suas demandas e desejos, o que se detecta é que a igreja evangélica perdeu o ensino e a ação ética. Portanto, a igreja evangélica brasileira tem um grande desafio ético pela frente, porque sem ensino não há transformação”, afirma o sociólogo protestante Paul Freston

LUTERO

O famoso concílio protestante que aconteceu em 1 de Outubro de 1529, na cidade de Marburg, na Alemanha. Organizado pelo príncipe Philip de Hesse, que queria formar uma frente política unida entre os protestantes contra as forças católicas unidas no restante da Europa, o concílio contou com a presença da maioria dos reformadores alemães e suíços: Martinho Lutero e Philip Melanchthon, do lado luterano, e Ulrich Zwínglio, Martin Bucer e Johanes Oecolampadius, do lado reformado suíço.
No final do concílio, houve uma acirrada discordância sobre a Ceia do Senhor (Eucaristia), Lutero se recusou a dar a destra de comunhão a Zwínglio e disse a Martin Bucer: “é evidente que não temos o mesmo espírito”. A partir daí, adeus união política, teológica e eclesiológica dos protestantes.
Esse foi o maldito exemplo dos reformadores para gerações posteriores em: divisões e desviados.
O princípio subjetivo do “livre exame das Escrituras”, ou seja, cada um interpreta a Bíblia á seu modo, ensinado por Lutero, produziu um esfacelamento sem precedentes na história do cristianismo pela multiplicação de nova “igrejas”.
Dá para entender o remorso, o drama de Lutero no final de sua vida por ser o mentor desta divisão pela frase: “Há tantos credos quantas cabeças há”.
Lutero não foi humilde para amar e viver a unidade da Santa Igreja de Deus.
Lutero sofria de muitas incompatibilidades… Lutero não aprendeu com Cristo e com santo Agostinho sobre a unidade e o tempo que cura todos os males.
Medite profundamente nesse pensamento:
“Todos os grandes problemas na Igreja foram criados pelos que, mesmo sendo membros dela, não a amaram suficientemente e preferiram a si mesmos, projetaram a si mesmos aproveitando-se da Igreja”, assim escreve o preclaro Frei Francisco Battistini, em seu excelente livro ‘Por que amo a Igreja’.

CONCLUSÃO

O protestantismo sofre pelas divisões e pela agonia dos desviados devido à desfiguração de seus múltiplos movimentos e alguns obscuros.
Em seu âmago surgem seitas cada vez mais traidoras dos ensinos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Fica difícil de evangelizar o mundo, por causa da confusão e fanatismo das seitas.
O povo está temeroso do interesse financeiro desses movimentos sectários. É de causar assombro em qualquer banqueiro à máquina capitalista dessas novas seitas.
Cada vez mais novas denominações ficam distante da Sagrada Escritura e da Sagrada Tradição e longe da unidade católica.
O ensino de Cristo:
“A fim de que todos sejam um. Para que seja perfeito em unidade”, é pisoteado pelo denominacionalismo.
Para um coração sincero, com a graça de Cristo, com estudos, oração e humildade, deve-se retornar com amor a verdadeira Igreja de Deus que é UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA.
Para o bom Deus nada é impossível.

FONTE ELETRÔNICA:

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Re-batismo e o Donatismo

Enquanto as disputas teológicas no Oriente versavam principalmente sobre Deus e Jesus Cristo, envolvendo problemas altamente especulativos, no Ocidente o debate teológico se voltou mais para questões de ordem prática, abordando especialmente o binômio "santidade e pecado" na Igreja. Examinaremos, a seguir, três controvérsias que, em última análise, desenvolveram essa temática.

O Re-batismo

À medida que se foram registrando heresias e cismas entre os cristãos, foi-se colocando uma questão nova: o Batismo ministrado por um herege é válido? Se o herege quer converter-se à Igreja Católica, deve ser batizado de novo? Essas perguntas suscitaram respostas contraditórias. A Igreja em Roma seguia a tradição antiga, admitindo a validade do Batismo conferido pelos hereges, pois se dizia, com razão, que é Cristo quem batiza, servindo-se do ministério dos homens. Na África do Norte, porém, a tendência era contrária: em Cartago, o escritor Tertuliano (+ após 220), homem de retórica e projeção, escreveu o opúsculo "Sobre o Batismo" (em grego e em latim), que rejeitava a validade do Batismo conferido pelos hereges. Três Sínodos, um em Cartago (220) e dois na Ásia Menor (230), adotaram tal sentença, a qual passou a ser observada na prática de muitas dioceses (era o re-batismo). A situação se tornou mais grave quando o bispo S. Cipriano em 255-6 passou a apoiar a sentença e a praxe do re-batismo. Tal posição era fortalecida pelo fato de que os hereges montanistas batizavam "em nome do Pai, do Filho e de Montano ou de Priscila (fundadores da corrente montanista)". Tal Batismo era evidentemente inválido, pois não observava a fórmula ensinada pelo Senhor Jesus (cf. Mt 28,18-20); se, porém, o batismo dos montanistas era inválido, parecia a muitos cristãos que o batismo de qualquer facção herética devia ser igualmente tido como inválido. Em Roma o Papa S. Estevão opôs-se ao costume do re-batismo, ameaçando de excomunhão os cristãos da África do Norte, caso insistissem em re-batizar os hereges batizados fora da Igreja Católica; apenas se deveria exigir que tivessem penitência para entrarem em comunhão com a Igreja Católica. Dizia textualmente o Papa uma frase que ficou célebre: "Se os hereges vêm a nós, qualquer que seja a sua seita, nada se inove, mas siga-se a Tradição, impondo-lhes as mãos para que façam penitência" (o Papa supunha naturalmente o Batismo conferido segundo a fórmula do Evangelho). O mesmo Pontífice enviou semelhantes determinações aos bispos da Ásia Menor que re-batizavam; em 256, informado de que 87 bispos reunidos em Sínodo haviam reafirmado a necessidade do re-batismo, o Papa os excomungou (não se sabe, porém, se tais bispos tinham recebido previamente as instruções de Estêvão I)

Em consequência, a tensão foi assaz forte entre Roma e os bispos da parte oposta. Não tardou, porém, a se amainar, pois morreram mártires Estêvão em 257 e Cipriano em 258. O sucessor de Estêvão I, o Papa Sixto II, aparece em comunhão com os bispos do Norte da África, o que significa que atenderam às disposições de Santa Sé. Houve, porém, casos de re-batismo até o século IV, como atesta o Concílio de Arles em 314. A questão tinha um fundo teológico e não meramente disciplinar. Tertuliano e os cristãos da África tendiam a restringir a Igreja aos santos, de modo que só seriam válidos os sacramentos ministrados por pessoas ortodoxas e de reta conduta de vida; por conseguinte, quem estivesse fora de Igreja ou em pecado mortal não poderia validamente batizar. A concepção eclesiológica de Roma era outra: a Igreja consta de santos e pecadores, pois o Senhor mesmo insinuou que nela o joio e o trigo devem permanecer até o fim dos tempos (cf. Mt 13,24-30); na Igreja quem ministra os sacramentos é o próprio Cristo, que se serve dos homens como instrumentos seus; por isto o batismo conferido por um ministro validamente ordenado que tenha a intenção de fazer o que Cristo faz, é sempre válido. Tal é a concepção até hoje vigente na Igreja Católica. Como se vê os africanos insistiam mais no elemento pessoal, ético e subjetivo da administração dos sacramentos, ao passo que Roma considerava mais o aspecto objetivo da mesma. Este se tornaria mais claro ainda nos tempos de S. Agostinho.

As controvérsias penitenciais

A Igreja antiga tinha viva consciência de que os cristãos deviam dar o testemunho de uma vida pura. Esta consciência se manifestou de maneira extremamente rigorista em alguns momentos da história:

Até o século VI só era concedido uma vez na vida o Sacramento da Reconciliação. Os bispos julgavam que quem precisasse de mais de uma Penitência sacramental, não estava interiormente disposto a recebê-la; tal pecador era confiado diretamente à misericórdia de Deus. Tertuliano (+ após 220) parece ter sido o primeiro a falar de pecados irremissíveis, que seriam a apostasia, o homicídio e o adultério. O Papa Calixto I (217-220), porém, concedia reconciliação a todo pecador que fizesse a devida penitência. Esta praxe foi confirmada pelos sínodos de Roma e de Cartago sob o Papa Cornélio (251-253). Contra este levantou-se então o presbítero Novaciano, que abriu um cisma, encabeçando uma facção de caráter rigorista: Novaciano negava a reconciliação aos apóstatas mesmo em perigo de morte; estendeu esta severidade aos dois outros pecados ditos capitais na época (homicídio e adultério). Queria constituir uma Igreja de puros e santos; por isto rebatizava os católicos que entrassem nas suas fileiras. Em 251 um Sínodo de Roma, reunindo 60 bispos, excomungou Novaciano e seus seguidores. S. Cipriano de Cartago e Dionísio de Alexandria se lhes opuseram. Apesar disto, a facção novaciana se difundiu largamente, encontrando eco especial no Oriente. Em Cartago deu-se o movimento laxista, chefiado pelo presbítero Novato e pelo diácono Felicíssimo. Pleiteavam a reconciliação dos apóstatas sem a penitência sacramental, desde que fossem recomendados por confessores da fé, isto é, por cristãos que houvessem padecido por causa da fé sem chegar à morte do martírio. S. Cipriano manteve-se firme à disciplina da Igreja, que readmitia, sim, os apóstatas, mas após a prestação da devida penitência sacramental.

Os Donatistas

As controvérsias sobre o batismo dos hereges prolongaram-se na história do Donatismo. Este reavivou a questão: a eficácia dos sacramentos depende da santidade do respectivo ministro ou é algo de objetivo, garantido pelo sacerdócio do próprio Cristo? A problemática donatista teve origem com a morte do bispo Mensúrio de Cartago (311). Foi eleito em seu lugar Ceciliano; este, porém, tinha opositores, pois na perseguição de Diocleciano (284-305) se opusera a uma equívoca veneração e a exagerada exaltação dos confessores da fé18. Espalharam então o rumor de que os bispos sagrantes de Ceciliano, Felix de Aptunga, Fausto de Tuburbo e Novelo de Tyzica foram traidores, isto é, tinham entregue os livros sagrados aos perseguidores; em tais condições, diziam os adversários de Ceciliano, Felix, Fausto e Novelo não podiam ter ordenado validamente o novo bispo de Cartago. Diante dos rumores, 70 bispos da Numídia (Norte da África) se reuniram em Cartago e elegeram o antibispo Majorino, ao qual sucedeu em 315 Donato o Grande. Estava aberto o cisma donatista. A expansão do cisma provocou a intervenção do Imperador Constantino. Este mandou examinar as acusações proferidas contra Ceciliano: um sínodo, presidido em Roma pelo Papa Milcíades (313), reconheceu a legitimidade do bispo Ceciliano e rejeitou os donatistas. Estes não se davam por vencidos.

Por isto Constantino convocou em 314 um Sínodo Geral do Ocidente, que, reunido em Arles (França), confirmou a sentença de Roma e acrescentou explicitamente que a ordenação conferida por um bispo traidor é válida; além do que, reprovou o uso, de cristãos da África, de rebatizar quem tivesse sido batizado por hereges. Visto que os donatistas não se rendiam, Constantino mandou, para o exílio os chefes da facção e tirou-lhes as igrejas. Todavia estas medidas só surtiram acréscimo de fanatismo. Os donatistas puseram-se a questionar o direito, do Estado, de intervir em questões da Igreja; retomando o conceito novaciano, declararam ser "a Igreja imaculada dos mártires", em oposição à Igreja "contaminada por traidores" (os católicos),somente na facção donatista seriam ministrados validamente os sacramentos; por isto também rebatizavam todos os que se lhes agregassem. O número de donatistas foi aumentando a tal ponto que em 336 puderam celebrar um Sínodo em Cartago com 270 bispos. O Imperador Juliano (361-363), desejando restaurar a cultura pagã no Império, praticou uma política simpática aos donatistas. Estes, em parte, se aliaram a grupos fanáticos, chamados "dos circunceliões" (porque cercavam as habitações dos camponeses); praticavam a pilhagem e outros delitos nas regiões campestres. Finalmente dois grandes bispos se puseram a combater o donatismo no campo doutrinário: eram Optato de Milevo (que expôs as origens e a história do cisma no De schismate Donatistarum) e principalmente S. Agostinho de Hipona, que a partir de 393 foi escrevendo seus tratados teológicos contra os donatistas, a respeito de Igreja e da eficácia dos sacramentos.

Os bispos católicos em 404 pediram ao imperador Honório que aplicasse aos donatistas as leis do Estado referentes aos hereges - o que de fato aconteceu. S. Agostinho, diante de tal procedimento, foi mudando de alvitre: a princípio era contrário à intervenção do Estado em questões de doutrina e disciplina da Igreja; depois, passou a aceitá-la, apoiando-se no texto do Evangelho de Cl 14,23 ("obriga a entrar"); o Estado teria a obrigação de proteger a Igreja, mesmo aplicando medidas coercitivas com exclusão da pena de morte. Es palavras do S. Doutor escritas ao donatista Vicente: "Outrora era eu de opinião de que ninguém deve ser coagido à unidade do Cristo; dever-se-ia recorrer à palavra, combater mediante discussão e vencer pela razão; caso contrário, teríamos entre nós falsos católicos, em vez de ter contra nós hereges confessos. Tal era minha convicção. Ela teve de se dobrar diante da reflexão de meus contraditores; não diante das palavras deles, mas diante dos fatos que eles citavam. Primeiramente, apontavam-me a história da minha cidade natal, Talaste, que outrora pertenceu toda ao partido de Donato, e que fora de novo levada à unidade católica por força das leis imperiais; agora Talaste é tão alheia ao vosso partido de ódio e de morte que ela parece ter sido sempre estranha a vós.

Citavam-me também o exemplo de muitas outras cidades, cuja história me era contada" (epíst. XCIII 5,17). Ademais as violentas incursões e os atentados dos donatistas pareciam a S. Agostinho exigir a intervenção do Imperador. Esta atitude de S. Agostinho há de ser entendida no seu respectivo contexto histórico: os donatistas eram os primeiros a apelar para a autoridade imperial. Em nenhuma de suas outras polêmicas Agostinho pleiteou o apoio do braço civil; em mais de uma passagem de suas obras, o mestre advogou o trato caridoso até dos adversários. Em 411 realizou-se em Cartago uma grande assembléia, da qual participaram 286 bispos católicos e 279 donatistas. Durante três dias os debates não lograram resultado algum, apesar dos esforços de S. Agostinho em prol da reconciliação. O poder civil aplicou suas leis repressivas, que também pouco adiantaram.

O Donatismo só começou a desaparecer do mapa com a invasão dos vândalos do Norte da África a partir de 429; a invasão muçulmana no século VII pôs o termo definitivo à facção de Donato. S. Agostinho, na polêmica antidonatista, teve a ocasião de desenvolver a noção de catolicidade da Igreja; esta, sendo universal, deve compreender bons e maus; o Senhor fará a triagem no fim dos tempos; a seita de Donato jamais se poderia dizer católica.

FONTE ELETRÔNICA:

terça-feira, 23 de agosto de 2011

São Pedro, rocha firme de fé inabalável


São Pedro, rocha firme de fé inabalável No evangelho, com exceção de alguns episódios, os relatos em que Pedro aparece ocupam um lugar importante, tendo grande semelhança em Mateus, Marcos e Lucas, e mesmo de João. Entre as semelhanças e detalhes característico de cada Evangelista ao relatar os episódios, temos como certo que não se chamava Pedro, mas Simão, em grego, ou Simeão, em aramaico. Ao tomarmos como referência os quatro evangelhos, unânimes nesse ponto, esse nome lhe foi dado por Jesus. Era um novo nome, que até então parecia não ter sido dado a ninguém. Entretanto, os evangelistas situam em diferentes contextos a imposição desse nome por Jesus:
- em Mateus, é no momento da confissão de fé em Cesaréia(Mt 16,18);
- em Marcos e Lucas, tudo indica ser por ocasião da instituição do Doze(Mc 3,16; Lc 6,14). Porém é bom notar, desde o episodio da pesca milagrosa, ele já tratado no Evangelho de Lucas, como Simão Pedro(Lc 5,8);
- em João, é no momento do primeiro encontro às margens do Rio Jordão(Jo1,42).
A diversidade de contextos em que se vê Jesus dar a Simão seu novo nome,”Pedro”, indica que esse fato era bastante conhecido dos primeiros cristãos, mas que por alguns fatores, talvez se tenha esquecido sua circunstâncias exatas, conservando apenas o núcleo central do episódio, que é a clara mudança do nome de Simão para Pedro. O fato é que o cognome dado por Jesus a Simão se propagou na tradição oral impondo-se aos outros nomes. Nas cartas de Paulo, mais antigas que os evangelhos, a transcrição aramaica de “Pedro” – Cefas – tornar-se-ia a maneira habitual de designar o “primeiro” dos discípulos. Era conhecida a importância de Pedro e sua ligação privilegiada com Jesus nas primeiras comunidades Cristãs, já que sabia que a mudança de nome na Bíblia é sempre sinal de eleição divina.
Pelo fato de Simão ter grande relevância em alguns relatos e seu nome ser descrito por vezes de forma diferente, sendo que se faz referência à mesma pessoa, por parte muitos surgiu uma confusão quanto ao nome, confusão esta que buscarei esclarecer mostrando o significado de cada nome.
Simeão? Simão? Pedro? Cefas?
Simeão era o nome aramaico daquele que Jesus chamará por “Pedro”. Encontramos esse cognome apenas na boca de Tiago, “o irmão do Senhor”, por ocasião da Assembléia de Jerusalém(At 15,14), e na segunda carta cuja autoria é atribuída a “Simão Pedro”, servo e apóstolo de Jesus Cristo”( 2Pd 1,1).
Para uns, Simão seria a versão grega de Simeão; para outros, é um nome genuíno. Pedro é assim nomeado 46 vezes nos evangelhos e somente quatro vezes nos Atos dos Apóstolos(At 10-11).
Cefas é o “novo nome” dado por Jesus a Simão: ele vem do aramaico Kêphâ; é, na origem, um nome comum que significa “pedra”, “rocha”. Ele aparece somente uma vez nos evangelhos(Jo 1,42), ao passo que se encontra 8 vezes nas cartas de Paulo(1 Cor 1,12; 3,22; 9,5; 15; 5; Gl 1,18; 2,9.11.14), sinal de seu uso freqüente desde os primórdios da Igreja.
Pedro(Petros) é a tradução grega de Cefas. É a forma mais corrente nos evangelhos(95 vezes), nos Atos(56 vezes), em Paulo(2 vezes) e nos endereçamentos das epístolas de Pedro(2 vezes).
Simão Pedro: somente João utiliza correntemente esta dupla nomeação(17 vezes). Marcos jamais utiliza; Lucas e Mateus utilizam-se uma vez(Lc 5,8; Mt 16,16).
Em algumas vertentes protestantes, se diz que o nome atribuído a Simão Pedro(“Rocha”) é uma invenção criada por parta da Igreja Católica. Como percebemos, é perfeitamente coerente a exegese Católica quando ensina que Pedro recebe de Cristo um novo nome, em vista de uma missão cuja realização é acompanhada sempre de uma promessa que ultrapassa a pessoa a quem se a dá. No caso, a missão de Pedro e seus sucessores é firmar os filhos da Igreja na fé, como uma rocha que resiste a séculos de mudanças permanecendo firme sem ser abalada.

FONTE ELETRÔNICA:


domingo, 21 de agosto de 2011

A verdade por trás da fantasia



A pornografia é um mal enorme, e a ex-atriz pornográfica Shelley Lubben nos prova a degradação que envolve essa indústria doentia... Sem falar no mal físico, emocional e espiritual que faz a milhões de pessoas no mundo todo. Temos que fazer algo para deter isso.

Em seu livro, “A verdade por trás da fantasia da pornografia: a maior ilusão da terra” (“Truth Behind the Fantasy of Porn: The Greatest Illusion on Earth”), a ex-atriz pornográfica Shelley Lubben rasga a sedutora máscara da pornografia e expõe a verdade por trás da “maior ilusão da face da terra”.

Shelley é brutalmente honesta ao falar de seu passado, de uma infância de abusos sexuais, à prostituição, ao ambiente nada glamoroso dos filmes pornográficos. Mas isso não é tudo. Ela escapou da “indústria” pornográfica aos 26 anos de idade. Agora, ela partilha sua poderosa história de recuperação e redenção, oferecendo uma mensagem de esperança para o mundo inteiro.

No primeiro livro a expor o lado “secreto” da ponografia, Shelley quer lhe mostrar a dura verdade. A pornografia é uma escravidão nos tempos modernos para milhares de mulheres, e para milhões de viciados em pornografia, que simplesmente não conseguem parar de clicar.



Mas você conhecerá a verdade, e a verdade lhe libertará!


“Os filmes pornográficos são a maior ilusão da face da terra. Acredite em mim, eu conheço. É isso mesmo: nenhuma de nós, mulheres, gosta de fazer pornografia. Na verdade, nós odiamos. Odiamos ter que nos entregar para homens doentios. Detestamos ser degradadas por eles. Algumas mulheres odeiam tanto, que as podia ouvir vomitando no banheiro no intervalo entre as cenas. Encontrava outras do lado de fora, fumando um maço de cigarro atrás do outro...” (S. Lubben)


“Nossos corpos, infectados por doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), viviam cobertos de infecções, hematomas e feridas, escondidas por trás de nossa imagem ousada e provocante.” (S. Lubben)

FONTE ELETRÔNICA:

http://vidaecastidade.blogspot.com/2010/11/video-verdade-por-tras-da-fantasia.html

domingo, 14 de agosto de 2011

Aumentam os católicos no mundo e a metade está na América

Aumentam os católicos no mundo e a metade está na América
VATICANO, 19 Fev. 11 / 11:32 am (ACI/EWTN Noticias)
Esta manhã foi apresentado ao Papa Bento XVI o Anuário Pontifício 2011 que entre outras coisas revela que os católicos no mundo aumentaram e quase a metade, 49,4 por cento, vive na América.
Os resultados da investigação para este Anuário mostram que os católicos no mundo passaram de ser 1 bilhão e 166 milhões em 2009 a 1 bilhão e 181 milhões em 2009 com um aumento de 15 milhões, quer dizer 1,3 por cento.
Depois da América vem a Europa com 24 por cento, a África com 15, 2 por cento, Ásia com 10,7 por cento e Oceania com 0,8 por cento
Os bispos também aumentaram. Dos 5002 que eram em 2008 em 2009 passaram a 5065, quer dizer um incremento de 1,3 por cento.
Como já se informou há poucos dias, o número de sacerdotes também aumentou, de 405 178 em 2000 a 410 593 em 2009.
O Anuário mostra também que os diáconos permanentes também experimentaram um crescimento de 2,5 por cento, passando de ser 37 203 em 2008 a 38 155 em 2009.
Onde sim se viu uma redução é nos religiosos. Em 2008 eram 739 068 e em 2009 passaram a ser 729 371, quase dez mil menos. Apesar disto as vocações aumentam na África e Ásia.
Os seminaristas também aumentaram em 0,82 por cento, passando de ser 111 024 em 2008 a 117 978 em 2009. Grande parte do aumento também se deve à África e Ásia, com um ritmo de crescimento de 2, 2 e 2, 39 por cento respectivamente. No mesmo período a Europa e América diminuíram suas porcentagens em 1,64 e 0,17 por cento respectivamente.
Encarregado-los de apresentar o Anuário Pontifício 2011 ao Papa Bento XVI foram o Secretário de estado Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone e o Substituto da Secretaria de Estado para os Assuntos Gerais, Dom Fernando Filoni.
Conforme assinala a nota do Escritório de Imprensa do Vaticano, o Papa agradeceu a apresentação e mostrou um grande interesse pela informação. Deste modo expressou sua gratidão a todos os que colaboraram nesta nova edição do Anuário que nos próximos dias estará à venda nas livrarias.
fonte eletrônica:http://www.paraclitus.com.br/2011/anoticias/aumentam-os-catolicos-no-mundo-e-a-metade-esta-na-america/

Pornografia, LIXO que busca inútil “validação” da própria “masculinidade”


Pornografia, LIXO que busca inútil “validação” da própria “masculinidade”Gene McConnel
Numa noite fria e escura, não há nada melhor que o calor do fogo de uma lareira. Você pode empilhar a lenha e deixá-la queimar bem. É seguro, quente, relaxante e romântico. Agora tire esse fogo de dentro da lareira (que foi feita para queimar) e deixe cair no meio da sala – de repente o fogo se torna destrutivo, podendo queimar a casa toda e matar todos que estão dentro. Sexo é como esse fogo. Enquanto é expresso dentro de um relacionamento protegido e comprometido como o casamento, é maravilhoso, quente e romântico. Mas a pornografia tira o sexo de dentro deste contexto.
Pornografia: um grande negócio
É um grande negócio que faz muito dinheiro e que não se importa como. Vão usar todas as estratégias para fazer você comprar mais. “Lançaram 11.000 vídeos pornográficos ano passado contra 400 filmes lançados por Hollywood… e 70.000 web sites pornográficos”. (New York Times,“Naked Capitalists”)
A Imagem de Sexo da Pornografia
Uma das partes mais vitais do ambiente mental é a idéia saudável de quem somos sexualmente. Se essas idéias estão poluídas, uma parte fundamental de quem somos fica destorcida. A cultura pornográfica ensina que sexo, amor e intimidade são tudo a mesma coisa. Tudo o que importa é a satisfação. Não importa o corpo de quem se está usando, contanto que se possa possuí-lo. A pornografia leva você a pensar que sexo é algo que se pode fazer a qualquer hora, em qualquer lugar, com qualquer pessoa, sem nenhuma conseqüência.
O Real Significado do Sexo
O ponto de vista da pornografia é estúpido e superficial. Relacionamentos não são construídos sobre sexo, mas sobre compromisso, amor e confiança mútua. Neste contexto, como o fogo dentro da lareira, sexo é maravilhoso. Estar com alguém que ama e aceita você, alguém que está comprometido a viver a vida toda com você, alguém a quem você pode se entregar completamente, isso é o que torna o sexo realmente maravilhoso.
Efeitos da Pornografia: As Mentiras
Não se pode aprender a verdade sobre sexo com a pornografia. Ela não lida com a verdade. Pornografia não foi feita para educar, mas para vender. Ela usará de qualquer mentira que vá atrair e segurar a audiência. A pornografia faz sucesso com a mentira – mentiras sobre sexo, mulheres, casamento e muitas outras coisas. Vamos examinar algumas dessas mentiras e ver que grande estrago elas podem fazer na sua vida e nas suas atitudes:
Mentira #1 - Mulheres são inferiores aos seres humanos
As mulheres da “Revista Playboy” são chamadas de “coelhinhas”, são transformadas em pequeninos animais graciosos, ou “parceiras de jogo”, transformadas num brinquedinho. A “Revista Penthouse” chama as mulheres de “animal de estimação”. A pornografia freqüentemente se refere às mulheres como animais, brinquedos ou partes de corpo. Alguns materiais mostram somente o corpo ou as genitais e não mostram de maneira nenhuma o rosto. A idéia de que as mulheres são verdadeiramente seres humanos com pensamentos e emoções é subestimada.
Mentira #2 - Mulheres são um “esporte”
Algumas revistas de esporte têm uma sessão de “roupas de banho”. Isto sugere que as mulheres são apenas um tipo de esporte. A pornografia vê sexo como um jogo, deve-se “ganhar”, “conquistar”, ou “marcar pontos”. Homens que pensam da mesma forma gostam de falar sobre “marcar pontos” com mulheres. Eles julgam sua masculinidade por quantas “conquistas” conseguem fazer. Cada mulher que “conquista” é um troféu novo na sua prateleira para validar a própria masculinidade.
Mentira #3 - Mulheres são propriedades
Todos já vimos fotos de um super carro com uma garota debruçada sobre ele. A mensagem sem palavras: “Compre um, e ganhará os dois”. Pornografia que mostra o sexo explícito vai ainda mais longe: mostra mulheres como uma mercadoria num catálogo, expondo-as o mais abertamente possível para que o consumidor veja. Não me surpreende que muitos rapazes pensem que porque gastaram uma boa quantia de dinheiro levando uma garota para sair, têm o direito de fazer sexo com ela. A pornografia ensina que mulheres podem ser compradas.
Mentira #4 – O valor da mulher depende de quão atrativo seja seu corpo
Mulheres que são menos atraentes são ridicularizadas na pornografia. São chamadas de cadelas, baleias, porcas ou coisa pior, simplesmente porque não se enquadram no critério de mulher “perfeita” da pornografia. A pornografia não se importa com o que a mulher pensa ou com sua personalidade, somente com o seu corpo.
Mentira #5 – Mulheres gostam de ser estupradas
“Quando ela diz não, ela quer dizer sim” é um típico cenário pornográfico. Mostram mulheres sendo estupradas, lutando e chutando primeiro e depois, começando a gostar. A pornografia ensina os homens a gostar de machucar e abusar das mulheres por diversão.
Mentira #6 – Mulheres deveriam ser desprezadas
A pornografia é geralmente cheia de discursos de ódio contra as mulheres. Mostram mulheres sendo torturadas e humilhadas em centenas de maneiras insanas diferentes, mas implorando por mais. Esse tipo de tratamento demonstra algum respeito pelas mulheres? Algum amor? Ou o que a pornografia está promovendo é ódio e descaso pelas mulheres?
Mentira #7 – Criancinhas deveriam fazer sexo
Uma das maiores vendas da pornografia é a versão pornográfica infantil. As mulheres são “produzidas” para parecerem com menininhas usando rabinhos de cavalo, sapatinhos de meninas e segurando um ursinho de pelúcia. A mensagem das fotos e cartazes diz que é normal para adultos fazerem sexo com crianças. Isso influência os usuários de pornografia a verem as crianças com uma intenção sexual.
Mentira #8 – Sexo ilegal é divertido
A Pornografia geralmente tem elementos ilegais ou perigosos incluídos para tornar o sexo mais “interessante”. Sugere que não se pode aproveitar o sexo se este não for excêntrico, ilegal ou perigoso.
Mentira #9 – A Prostituição é fascinante
A pornografia pinta uma imagem animadora da prostituição. Na realidade, muitas mulheres retratadas no material pornográfico são garotas que fugiram de casa e estão presas a uma vida de escravidão. Muitas foram abusadas sexualmente. Muitas estão infectadas por doenças sexualmente transmissíveis incuráveis que tem alto risco de contágio e geralmente morrem muito jovens. Muitas usam drogas para poder agüentar viver da pornografia.
Efeitos da Pornografia: Ponto Principal
A pornografia se beneficia da vida arruinada de jovens mulheres e laçam homens que gastarão rios de tempo e dinheiro sujeitando-se aos seus produtos.
O Poder das Imagens
É estupidez pensar que as coisas que vemos e ouvimos não nos afetam. Todos admitimos que boa música, bons filmes e bons livros só têm a acrescentar nas nossas vidas. Não é difícil acreditar que imagens ruins podem nos fazer mal.
As imagens também podem nos persuadir. Empresários sabem que se conseguirem pôr uma imagem persuasiva do seu produto na sua frente durante um momento emocional intenso, ela vai penetrar no seu subconsciente. Os cientistas de propaganda são tão bons no que fazem, que podem até predizer quanto mais do seu produto você irá comprar se vir seus anúncios. Algumas vezes, nem mesmo se vê o nome do produto. “Reeses Pieces” pagou um preço muito caro para ter seus doces aparecendo por alguns segundos no filme “E.T.”, e as vendas de “Reeses Pieces” subiram nas alturas. Por quê? Porque as emoções conectadas a assistir aquele menino ajudando o alienígena foram transferidas para a imagem visual do doce. Se uma rápida olhada no produto — mesmo quando não é o centro da atenção — pode afetar o comportamento das pessoas, imagine os efeitos de um filme que mantém a sua atenção grudada numa tela por uma hora e meia com imagens de sexo explícito.
Quais efeitos isso pode ter num homem?
Que tipo de idéias a pornografia está colocando nas nossas cabeças? Se coisas erradas continuarem sendo absorvidas, seu ambiente mental pode ficar tão poluído que você terá problemas na sua vida. Uma das partes mais vitais do ambiente mental é uma idéia saudável de quem somos sexualmente. Se essas idéias estão poluídas, uma parte fundamental de quem somos fica destorcida.
Vício Pornográfico: A Influência da Pornografia
Nem todo mundo que vê pornografia ficará viciado. Alguns apenas ficarão com algumas idéias tóxicas sobre mulher, sexo, casamento e crianças. Porém, alguns terão algum tipo de abertura emocional que permitirá que o vício tome lugar. As empresas pornográficas não se importam de maneira alguma se você irá se tornar um completo viciado nos produtos deles. É um grande negócio. Dr. Victor Cline dividiu a progressão do vício em vários estágios; vício, agravamento, anulação dos sentimentos (insensibilidade), atuação. Para viciados em pornografia, percebi que existe um outro estágio que vem primeiro — exposição precoce. Vamos examinar esses estágios:
EXPOSIÇÃO PRECOCE
A maioria dos rapazes que ficam viciados em pornografia começa cedo. Eles vêm pornografia quando são muito jovens e já estão com um pé na porta do vício.
VÍCIO PORNOGRÁFICO
Você continua retornando à pornografia. Ela se torna uma parte da sua vida. Você está atado e não consegue se livrar.
AGRAVAMENTO
Você começa a buscar por mais e mais materiais pornográficos. Você começa a usar materiais que antes lhe causavam repulsa. Agora,lhe causam excitação.
INSESIBILIDADE
Você começa a ficar insensível às imagens que vê. Até a imagem mais pornográfica não o excita mais. Você fica desesperado para sentir a mesma sensação novamente, mas não consegue.
ATUANDO SEXUALMENTE
Este é o momento em que os homens dão um salto crucial e começam a pôr em prática as imagens que viram. Alguns saem das imagens pornográficas de papel e plástico e entram no mundo real, com pessoas reais, em atitudes destrutivas.
Vício Pornográfico: Eu Sou Um Viciado?
Se você identifica algum desses padrões na sua vida, você precisa pisar nos freios agora. A pornografia está tomando mais e mais controle da sua vida? Você tem alguma dificuldade em parar? Você continua buscando por mais?
O Que Posso Fazer?
A primeira coisa que você tem de fazer é admitir que tem problemas com a pornografia. Acredite em mim, você não é estranho ou anormal se tem esse problema. Milhões de homens estão em vários estágios na luta com a pornografia. Não é nenhuma surpresa. A indústria pornográfica gastou bilhões de dólares tentando conquistar você. Realmente é surpresa que eles tenham tido sucesso? Para alguns de vocês pode haver também algumas questões no seu passado, como abuso ou exposição sexual, o que faz com que seja muito difícil se livrar do vício pornográfico.
Você pode muito pouco na luta contra o vício sem ter ajuda. É preciso que alguém o ajude a quebrar esse vício. Superar o segredo é vital. Você provavelmente não pode escapar do vício sem isso; o que não quer dizer que todo mundo tem que saber que você tem dificuldades. Escolha alguém que aconselha homens com problemas com vícios em quem possa confiar – um pastor, um conselheiro ou um líder que trabalhe com jovens. Alguém em quem possa confiar plenamente, se sentir seguro e que tem alguma experiência na área de vício não ficará surpreso com isso.
Existe Alguma Solução Para o Vício Pornográfico?
A pornografia conquista com mentiras. Em contraste, Deus pode levar a verdade. Jesus disse: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (João 8:31-32). Aqueles que ouviram Jesus dizer isso se ofenderam e reagiram: “… nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres?” (João 8:33). E Jesus explicou que “todo aquele que vive pecando é escravo do pecado” (João 8:34), mas que Ele pode nos libertar.
Fonte: Carmadélio

As ciências naturais e suas limitações

"Ao contrário do que pensam muitas pessoas, também pesquisadores, nenhum conhecimento científico é definitivo. Basta conhecer um pouco de História da Ciência para perceber que teorias que pareciam estar mais que provadas em outros tempos, são completamente ridículas para o homem moderno."
As ciências naturais e suas limitaçõesA respeito do conceito do tempo, comentou Santo Agostinho: “O que é o tempo? Se ninguém me fizer esta pergunta, eu sei o que o tempo é. Mas se eu desejar explicar a quem me fizer a pergunta, eu não sei mais respondê-la”.


Cremos que com relação ao conceito de ciência pode-se fazer comentário análogo. É difícil defini-la, e muitos livros foram escritos sobre esse tema. Inicialmente, vejamos o que apresenta o dicionário Houaiss:
“Ciência: Cada um dos ramos particulares e específicos do conhecimento, caracterizados por sua natureza empírica, lógica e sistemática, baseada em provas, princípios, argumentações ou demonstrações que garantam ou legitimem a sua validade”.

Entre os diversos livros que procuram definir ou ao menos explicar o que seja ciência, vejamos o que diz Chalmers 1. Ele começa o Prefácio da 1ª edição (1976) informando que seu livro pretende ser uma introdução simples, clara e elementar das opiniões modernas sobre a natureza da ciência. E apresenta diversas dessas “opiniões” (que, a rigor, partem de um pré-conceito), em um crescendo de complexidade, terminando com sua própria visão do que seja ciência.

Limitar-nos-emos a algumas das considerações iniciais de Chalmers 2:
“Em uma concepção do senso comum do que seja conhecimento científico poder-se-ia dizer que conhecimento científico é conhecimento confiável porque é conhecimento provado objetivamente, sendo as teorias científicas derivadas de maneira rigorosa a partir de dados obtidos por observação e experimento”.

A CIÊNCIA NÃO É VERDADE
De um modo já mais rigoroso, Chalmers considera que conhecimento científico não é conhecimento comprovado, mas sim que é provavelmente verdadeiro, pois, “por maior que seja, o número de observações ou experimentos é sempre limitado. Em virtude desta limitação, as conclusões devem ser consideradas não como certeza absoluta, mas como provavelmente verdadeiras” 3.
Vejamos, como um exemplo das muitas manifestações dos cientistas, o que escreveram Hawking e Medinow 4:
Qualquer teoria física é sempre provisória, no sentido de ser apenas uma hipótese: nunca é possível prová-la. Não importa quantas vezes os resultados dos experimentos estejam de acordo com alguma teoria, você nunca poderá ter certeza de que, na próxima vez, o resultado não a contradirá. Por outro lado, você pode desacreditar uma teoria encontrando uma única observação que seja discordante de suas previsões.
Do mesmo ponto de vista é o matemático Stewart 5:
Nunca se pode ter certeza de que uma teoria é absolutamente correta, ainda que ela resista a um milhão de testes experimentais; pois – quem sabe? – poderá fracassar no milionésimo primeiro. Assim, às vésperas do 3º milênio d.C., os cientistas começam a abandonar a busca da verdade [...]. Estamos aprendendo, de maneira penosamente lenta, a não nos levar demasiado a sério.
Cremos que a concepção de teoria científica apresentada por Tomás de Aquino em sua Suma Teológica é mais correta e encaixa-se nas considerações de Stewart. Ela deixa bem claro que a realidade física, o fenômeno observado, é uma coisa; e outra coisa são as teorias científicas que tentam explicá-lo:
“Uma teoria deve salvar as aparências sensíveis [ou seja, deve estar de acordo com o que aparece aos sentidos, com a realidade física]. Isto, entretanto, não constitui uma prova suficiente e decisiva, porque talvez pudéssemos salvar as aparências sensíveis com uma teoria diferente e mais simples”.

Com o que Hawking está plenamente de acordo, ao dizer:

“Não peço a uma teoria que corresponda à realidade, porque não sei o que ela é [...]. Apenas peço que uma teoria preveja os resultados de experiências” 6.

Em outras palavras: uma teoria científica não pretende corresponder à realidade, mas apenas explicá-la. Exemplifiquemos:

– A teoria do contínuo, na engenharia. Admite-se que a matéria seja contínua, sem falhas, fissuras, vazios, poros, espaços entre cristais ou moléculas. É mais do que evidente que isso não corresponde à realidade. Mas as teorias baseadas neste postulado explicam satisfatoriamente o comportamento dos materiais e facilitam enormemente os cálculos, quer se trate de uma ponte, torre, barragem ou outra estrutura qualquer, quer se trate do movimento e das forças existentes nos líquidos e nos gases, tais como: sustentação de um avião, bolas com “efeito” (futebol, tênis, pingue-pongue) e mesmo no movimento do sangue nas veias e artérias, etc.
– Isaac Newton, em sua lei da gravitação universal: “Tudo se passa como se a matéria atraísse a matéria na razão direta das massas e na razão inversa dos quadrados das distâncias”. Não afirma, categórico: “a matéria atrai a matéria…”, mas, modestamente, sugere que “tudo se passa como se…”.
– Owen Gingerich, astrônomo de Harvard: “Os átomos, como os imaginamos, nãopodem ser comprovados de um modo absoluto. O máximo que podemosdizer é que ouniverso age como se fosse feito de átomos”. Novamente um modesto “como se”, indicando que se pretende apenas explicar a realidade, sem a pretensão de afirmarque é assim e que não pode ser diferente.
– O mesmo vale para o mundo psíquico: uma teoria pode explicar o comportamento humano, mas nada assegura que ela indique a razão real deste comportamento. Penso nas teorias de Freud, Adler, Jung e tantos outros; teorias estas conflitantes entre si. Cada autor rejeita explicações diferentes da sua, que, no seu entender, exprime perfeitamente as razões do comportamento humano.
A concepção de Tomás de Aquino, em que se baseia um princípio fundamental do pensamento científico da atualidade (“em ciência nada é definitivo”), encontra corroboração pacífica no mundo científico. Por exemplo, encontramos o seguinte em Morris:

“Hoje em dia escreve-se muito sobre o caráter bizarro e supostamente paradoxal da mecânica quântica [...]. Os físicos que usam a mecânica quântica em seu trabalho não têm que se preocupar com seu sentido. A teoria funciona, e funciona muito bem. Mas, se quisermos saber precisamente o que a mecânica quântica nos diz sobre a natureza da realidade [o grifo é nosso] depararemos com problemas que nunca foram resolvidos, ou que, pelo menos, estão sujeitos a interpretações diferentes” 7.

Em resumo, uma teoria científica não quer ser a realidade, mas apenas explicá-la, como muito bem expõe o mesmo autor 8: “É a imaginação criativa que amplia nossa compreensão, descobrindo ligações entre fenômenos aparentemente não relacionados e formando teorias lógicas e coerentes para explicá-los” [o grifo é nosso]. Especificamente, Morris cita a teoria das cordas de dez dimensões (nove no espaço e uma no tempo). Essa teoria pode ter coerência matemática – e é isto que se exige de uma teoria científica – mas não há garantia de que as entidades teóricas correspondam a alguma coisa que exista na realidade 9.

Uma teoria deve ter pelo menos uma prova do que ela afirma, além de uma proposição lógica, coerente. Se não houver prova, não passa de uma hipótese, que pode ser um passo inicial para uma futura teoria caso venha a ser confirmada por observações e / ou experimentos. Pode-se ainda falar de uma simples proposta, quando se trata de uma idéia arrojada e ainda sem uma estrutura suficiente para ser uma hipótese. Pode ser, por assim dizer, um lampejo que aparece na mente de um cientista, como fruto, em geral, de muita meditação e outro tanto de genialidade.
A rigor, pode-se dizer que quando uma teoria é completamente comprovada, sem sombra de dúvida, deixa de ser uma teoria: é um fato. A Terra esférica (aproximadamente), por exemplo. A prova definitiva foi obtida pelas fotografias tiradas do espaço por astronautas. Comentando este ponto, Thuillier conclui que “as teorias só se tornam verdadeiramente verdadeiras quando não são mais teorias”. Vejamos o que escreveu:

“Os cientistas utilizam os fatos, i.e., certo número de observações e de resultados experimentais [...]. Seu desejo é produzir teorias válidas para uma infinidade de fenômenos. Mas, na prática, nunca podem estar certos de que reuniram todos os «fatos» úteis; e as teorias mais bem comprovadas continuam, por isso mesmo, precárias e frágeis [...]. Ao apresentar os «fatos» como uma espécie de prova maciça da verdade da ciência, dão a esta última uma publicidade exagerada 10.

“A afirmação de que a Terra é esférica (ou quase esférica) teve de início o estatuto de teoria: foi a partir da reflexão e da especulação que os sábios antigos chegaram a esta idéia. Depois, a teoria foi confirmada brilhantemente. Todos já vimos, em nossa época, fotografias que mostram literalmente a esfericidade (ou a quase esfericidade) de nosso planeta. Mas este é o paradoxo: não se trata mais de uma teoria! Para nós, é um fato, [...] nos lembra (este resultado) que as teorias só se tornam completamente verdadeiras quando não são mais teorias…”

Aí está, em nosso entender, umas das razões da condenação de Galileu pela Inquisição: deu como certo o que na época não deveria passar de uma hipótese.Não tinha prova alguma do que defendia, como ardoroso divulgador do trabalho de Copérnico. O seu maior mérito esteve em refutar brilhantemente as objeções ao heliocentrismo. A rotação da Terra em torno de seu eixo, no tempo de Galileu, não passava de uma hipótese, e Galileu não conseguiu provar esta rotação. A prova que apresentou, das marés, estava completamente errada, e só contribuiu para que sua “teoria” fosse fortemente combatida, inclusive pela maioria dos astrônomos de sua época. É verdade que acenou para os ventos alísios como prova desta rotação, mas não conseguiu quantificar este fenômeno que, de fato, está ligado à rotação de nosso planeta.

A primeira prova de que a Terra gira em torno de seu eixo foi obtida por Foucault,em 1851, com o pêndulo que fixou na cúpula do Panteão de Paris. Dizem que se Galileu tivesse observado por mais tempo o movimento pendular de um candelabronuma igreja (quando constatou que o período era sempre o mesmo,independentemente da amplitude de oscilação), teria conseguido a prova que tãoansiosamente procurava.
Ben-Dov, físico e Professor da História da Ciência e de Filosofia da Ciência, exprime muito bem o que se pode esperar da ciência hoje em dia:

“Diante dos sucessos obtidos pela física desde o século XVII, muitos viam na ciência um método que permitia desvelar a verdade última da realidade, os que consideravam que a validade de uma teoria física decorre do fato de todos concordarem em reconhecer que ela fornece uma descrição «verdadeira» da natureza [...].

“Este «realismo científico» animou a ciência até o século XIX [...]. No século XIX certas teorias científicas vieram substituir outras que não eram, contudo,menos científicas: a teoria do calórico (natureza fluida do calor) foi abandonada em proveito da teoria mecânica do calor, e a teoria ondulatória da luz destronou a teoria corpuscular. Assim uma vez que o método científico não garante que uma teoria forneça uma descrição realista da natureza, surgiu a necessidade de indagar sobre o tipo de saber gerado pela ciência, uma vez que ela não é um saber sobre a realidade.
“No final do século XIX, muitos pensadores, como Ernst Mach, afirmaram que o papel da ciência não é descrever a realidade [...]. A física deve se limitar unicamente a descobrir modelos matemáticos que expliquem dados experimentais” 11 [os grifos são nossos].

Como o leitor deve ter percebido, estas conclusões estão perfeitamente de acordo com o que apresentou Tomás de Aquino em sua Suma Teológica.

E, mais adiante, afirma Ben-Dov:

“A partir do século XVII a mecânica de Newton foi vista como o emblema de uma teoria «verdadeira», de uma teoria que proporcionava uma descrição genuína do mundo real. É verdade que o século XIX havia fornecido exemplos de teorias perfeitamente científicas – como a teoria do calórico ou a teoria corpuscular da luz – às quais havia sido necessário finalmente renunciar, e já se podia supor que os saberes adquiridos da física não são jamais definitivos”12 [o grifo é nosso].

Vamos insistir nestas considerações sobre as limitações das teorias científicas. Assim, como mais um exemplo, apresentaremos as ponderações que a respeito faz Thuillier:

“A própria noção de teoria implica a incerteza. Mesmo uma teoria eficaz (no sentido em que o foi e ainda é a teoria newtoniana da gravitação) não é necessariamente uma teoria verdadeira [...].

“Uma boa teoria não é uma teoria definitivamente irrefutável e absolutamente verdadeira: é uma teoria coerente e que possui uma certa eficácia nas condições vigentes. O mal-entendido começa quando divulgadores ardorosos (às vezes os próprios cientistas) empreendem uma glorificação excessiva da certeza e da objetividade do saber experimental. E quando esquecem, entre outras coisas, que alguns dos famosos fatos podem ser explicados por váriasteorias diferentes…” 13 [os grifos são nossos].

E, mais adiante, prossegue:

“Não é raro o fornecimento de «provas» experimentais se revele extremamente delicado. O próprio Darwin sabia do que estava tratando: ele não afirmava que sua teoria estivesse «comprovada», contentando-se em dizer que ela tornava inteligível grande número de «fatos» (o que é muito diferente…)” 14.

AS NOVAS TEORIAS
Um outro ponto que desejamos salientar é sobre a aceitação de novas teorias. Elas sempre foram contestadas e sópouco a pouco foram ganhando adeptos. Vejamos o que diz a respeito Freeman Dyson, matemático, físico e Professor Emérito do “Institute for Advanced Studies”, em Princeton (2000, p.315):

“O dever profissional de todo cientista diante de uma teoria nova e instigante é tentar refutá-la. É assim que a ciência funciona e se mantém honesta. Toda nova teoria deve lutar por sua existência contra críticas veementes e, muitas vezes, acerbas. Na maioria das vezes, acaba-se descobrindo que a nova teoria é incorreta e as críticas são absolutamente necessárias para tirá-las do caminho e dar lugar a teorias melhores. A rara teoria que sobrevive às críticas sai reforçada e melhorada e vai se incorporando gradualmente ao conjunto crescente de conhecimentos científicos” 15.

Eis alguns exemplos:

– No século XIX a teoria do eletromagnetismo de Hermann von Helmholtz tinha muito mais adeptos entre os cientistas que a de Maxwell. E, no final, esta foi plenamente adotada.
– Einstein nunca aceitou os conceitos de Niels Bohr relativos à teoria quântica, amplamente usados em nossos dias.
– O mesmo Einstein chegou a apresentar uma “prova” teórica de que os buracos negros não podiam existir. Atualmente sua existência é, pode-se dizer, ponto pacífico.
– Por outro lado, as teorias da relatividade especial e da relatividade geral de Einstein inicialmente foram muito contestadas. E só tiveram uma aceitação geral quando foram comprovadas por observações e experimentos.
– A própria existência dos átomos, quando lançada a teoria atômica por Dalton, no início do século XIX, foi considerada por muitos físicos apenas como “uma ficção útil, sem nenhuma base concreta na realidade” 16.

Vejamos como se manifestaram alguns “entendidos” no assunto: Em 1837, o químico Jean Baptiste Dumas: “Se eu pudesse, apagaria a palavra átomo da ciência, pois estou convencido de que ela ultrapassa a experiência”. Sainte-Claire Deville, na segunda metade do século XIX: “Não admito nem a lei de Avogadro [pertinente à teoria atômica] nem os átomos, nem as moléculas; recuso-me a crer naquilo que não posso ver nem imaginar. E na Inglaterra, Edmund J. Mills, em 1871 declarou o seguinte: “Os átomos são ainda mais inacreditáveis do que era o flogístico, esse fluido imaginário graças ao qual Stahl pretendia explicar a combustão” 17.

Na verdade, os átomos não passam de criação de nossas mentes. E o que serão, na realidade, o que conceituamos como elétrons, neutrinos, prótons e nêutrons? E osquarks que formam nêutrons e prótons? Talvez nem sejam partículas, mas nodos de ondas (de que tipo? com que propriedades?) ou de energia; ou algo que até agora a mente humana não conseguiu imaginar (e talvez nunca o consiga). De um modo análogo, o que constitui a luz: partículas (fotons) ou ondas? Ora ela se comporta como partícula, ora como onda. Talvez, na realidade, não seja nenhuma das duas coisas. Como comentam Hawking e Mlodinow 18, ondas e partículas “são conceitos de autoria humana, não necessariamente conceitos que a natureza é obrigada a respeitar, fazendo com que todos os fenômenos caiam numa categoria ou outra”.

Outro exemplo. Em 1915, Alfred Wegener, meteorologista alemão, publicou As origens dos continentes e oceanos, em que tratava da deriva dos continentes: eles podem se deslocar tanto horizontal como verticalmente. Wegener pacientemente coletou informações que se transformaram em argumentos a favor de sua teoria. Apresentou informações biológicas, geodésicas, geológicas, paleontológicas, paleoclimáticas, etc. Apesar de tudo, sua teoria foi duramente atacada por geólogos e geofísicos. Além de não aceitarem suas provas, seus opositores justificavam sua posição alegando que não havia força conhecida capaz de mover continentes. Além disso, ele não era geólogo profissional: era um amador.
Wegener morreu em 1930 e sua teoria, em face da até agressiva contestação, caiu no esquecimento. Somente na década de 1950, com novos instrumentos, capazes de medir campos magnéticos muitíssimo fracos de antigas formações rochosas, é que foi comprovada e aceita por muitos a deriva dos continentes. E a prova final apareceu em 1962, com a teoria do geólogo da Universidade de Princeton, Harry S. Hess, sobre o movimento do solo marinho. Esta teoria foi confirmada no ano seguinte, com as medições do magnetismo das rochas do leito do oceano feitas pelos oceanógrafos britânicos Frederick J. Vine e Drummond H. Mathews.
Algo que faz pensar sobre a confiabilidade da ciência é o que comenta Thuillier 19 a respeito da teoria de Wegener:
“Hoje em dia é fácil declarar que as peças de defesa de Wegener eram «insuficientes» e que só depois, com a teoria das placas tectônicas, os pesquisadores foram «racionalmente» persuadidos. Mas a partir de que momento os fatos podem e devem ser considerados como concludentes? Na realidade, as preferências pessoais influenciaram: havia aqueles que eram «a favor» e aqueles que eram «contra», sem qualquer critério absoluto para servir de base”.

O fato de a propagação da luz não ser instantânea foi combatido durante muito tempo. Eis uma das “provas” (que com os conhecimentos atuais parece ridícula) de sua instantaneidade: “Quando fechamos os olhos e os abrimos para o céu estrelado a luz estelar atinge imediatamente os nossos olhos, o que prova a sua instantaneidade”. Até pessoas de alto nível intelectual, tais como Johannes Kepler e René Descartes consideravam que a luz se propagava instantaneamente.

Em 1960, com os estudos de Edward Lorenz, foram lançados os fundamentos de um novo ramo da ciência, a chamada Ciência do Caos. A maioria dos cientistas com alguma ligação com os temas nela tratados julgou-a insensata e nada científica. “Idéias superficiais podem ser assimiladas; idéias que exigem reorganização da imagem que se faz do mundo provocam hostilidade”, escreveu a respeito Gleick 20. E a mesma hostilidade, inclusive por um grande número de astrônomos, provocou a teoria do heliocentrismo. Esta teoria, sem dúvida alguma, foi a causadora de uma imagem totalmente nova do universo, tanto do ponto de vista religioso como filosófico e astronômico. Lembremos que, de acordo com um criterioso estudo, entre 1543 (lançamento do livro de Copérnico) e 1600, apenas dez astrônomos foram encontrados que aceitavam a teoria de Copérnico como correspondendo à realidade física; para os demais que a aceitavam, não passava de uma hipótese útil para cálculos e previsões.
Concluindo, podemos dizer que é muito fácil (e muito comum!) criticar concepções do passado com os conhecimentos atuais (muitas vezes também profundamente alterados no decorrer do tempo; lembremos que em ciência nada é definitivo). Para sermos corretos em nossas avaliações e críticas, devemos integrar-nos, de corpo e alma, aos conhecimentos, costumes e “bom senso” da época e região que estamos estudando. Lembramos que Aristarco de Samos, no século III a.C, já havia lançado a teoria heliocêntrica, mas as fortes objeções que sofreu fizeram-na cair no esquecimento, até que Nicolaus Copérnico relançou-a, mais elaborada, no século XVI. Como muito bem comenta Ben-Dov:

“Esta aparente cegueira em relação ao que hoje consideramos a «verdade», é perfeitamente compreensível [...]. No contexto da física antiga a hipótese do movimento da Terra conduzia a complicações inúteis. A hipótese da Terra imóvel no centro do universo era, portanto, justificada [...]. Além disso, ela havia dado origem a uma astronomia bastante sofisticada, desenvolvida pelos gregos e seus sucessores, que tinham conseguido descrever o movimento dos planetas com boa precisão” 21.

Afinal, o que se espera das teorias científicas é que elas expliquem os fenômenos e permitam prever os resultados de futuros experimentos e observações.

Por Joaquim Blessmann
fonteeletrônica:http://www.paraclitus.com.br/2010/veritas/milagre-que-a-ciencia-nao-explica/