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domingo, 23 de agosto de 2015

Tertuliano é uma prova contra o batismo infantil?

 
INTRODUÇÃO

Tanto no Oriente como no Ocidente, a prática de batizar as crianças é considerada uma norma de tradição imemorial. Orígenes e, mais tarde, Santo Agostinho consideravam-na uma "tradição recebida dos Apóstolos».[1] Quando no século II aparecem os primeiros testemunhos diretos, jamais algum deles apresenta o Batismo das crianças como uma inovação. Santo Irineu, de modo particular, considera óbvia a presença entre os batizados “das crianças e dos pequeninos”, ao lado dos adolescentes, dos jovens e das pessoas adultas.[2] O mais antigo ritual conhecido, aquele que descreve, no início do século III, a Tradição Apostólica, contém a prescrição seguinte: “Batizar-se-ão em primeiro lugar as crianças; todas aquelas que podem falar por si mesmas que falem; quanto às que não podem fazê-1o, os pais ou alguém da sua família devem falar por elas”.[3] São Cipriano, estando num Sínodo com os Bispos da África, afirmava que “não se pode negar a misericórdia e a graça de Deus a nenhum homem que vem à existência”; e esse mesmo Sínodo, recordando “a igualdade espiritual” de todos os homens, seja qual for a “sua estatura ou idade”, decretou que se podiam batizar as crianças “já a partir do segundo ou terceiro dia após o seu nascimento”[4] (Pastoralis Actio).
 
A “CONTROVÉRSIA”

 Tendo em vista que Tertuliano recomendava o adiamento do batismo de crianças, muitos protestantes tentam levantar, com isso, um ponto supostamente contraditório na Tradição Apostólica, como se houvesse certa dissensão entre os Padres, ao tratar sobre batismo infantil. A citação utilizada por eles é:
“(...) E então, de acordo com as circunstâncias e disposição, e até mesmo a idade, o adiamento do batismo é preferível, principalmente, contudo, no caso de crianças pequenas. Por que é necessário – se (o batismo em si) não é tão necessário – que os padrinhos sejam colocados em risco? Ambos, devido ao perigo de perecerem, podem não conseguir cumprir suas promessas e podem ficar decepcionados com o desenvolvimento de uma má disposição naqueles que estavam de pé? O Senhor, de fato, diz: “Não as impeçais de vir a mim”. Deixai-as vir, então, enquanto estiverem crescendo; venham elas enquanto estiverem aprendendo, enquanto estiverem aprendendo para onde ir. Deixai-as tornarem-se cristãs quando forem capazes de conhecerem a Cristo. Por que apressar a remissão dos pecados para o período da inocência? Mais cuidado deve ser tomado em assuntos mundanos: de modo que um que não seja dado a questões terrenas seja confiado às divinas! Deixe eles saberem como pedir pela salvação, para que você não pareça (ao menos) ter dado a ele que pede. (...) Se alguém entender a pesada importância do batismo, eles temerão sua recepção mais do que seu atraso: fé livre de erros é a garantia de salvação. (...)” (De baptismo, 18)
Mas será mesmo que Tertuliano condenava o batismo infantil? O que levou Tertuliano a recomendar que o batismo fosse adiado? Será mesmo que recomendar que seja adiado é o mesmo que condenar? Analisemos o contexto da época em que Tertuliano estava inserido, para ver se realmente há uma dissonância entre a prática do batismo infantil e o adiamento da mesma, recomendada por Tertuliano.
 
A DISCIPLINA DA IGREJA

A fim de entender a razão de Tertuliano fornecer esta prescrição, temos que analisar dois fatores que influenciaram-na:  a “pesada importância do batismo”e também outro fator que está intimamente ligado a esta grande importância do sacramento do batismo: a disciplina do sacramento da penitência, da época de Tertuliano.
Para demonstrar a importância do “sacramento da água” (De bapt., 1) para Tertuliano, vemos que ele diz no capítulo 12 da referida obra: “sem batismo, a salvação não é atingível por ninguém.”. Ótimo! Já sabemos que para ele o batismo não era um mero símbolo, mas algo decisivo e necessário à salvação do indivíduo. Bem, Tertuliano também afirma no capítulo 7 que “somos mergulhados na água, mas o efeito é espiritual, nele [no batismo] somos limpos do pecado” afirmando, com isso, que cria numa eficácia operada neste sacramento.
Oras, o que isso então tem a ver com a postura de adiar o batismo de crianças? Tudo. E é agora que entra em cena o outro fator levantado para explicar esta atitude de Tertuliano: o sacramento da penitência. Vemos que nosso protagonista indagou: “por que apressar a remissão dos pecados para o período da inocência?”. Oras, uma vez que ele cria que no sacramento do batismo somos limpos do pecado, nesta indagação Tertuliano demonstra não achar necessário conferir a remissão dos pecados a criaturas inocentes e que só contam com a mancha do pecado original [5]. Mas então, qual a razão de agir desta forma? Onde entra o sacramento da penitência?
Relaciona-se mais precisamente com a disciplina que a Igreja ocidental aplicava a este sacramento. Para Tertuliano, a penitência era oferecida apenas uma vez na vida, àquelas pessoas que, após o batismo cometeram pecados graves:
“(...) Prevendo estes venenos do maligno, Deus, embora as portas do perdão estivessem seladas e fixadas com a barra do batismo      , tem permitido ainda que elas permaneçam um pouco abertas. No vestíbulo, ele tem disposto um segundo arrependimento para [as portas do perdão]serem abertas com a batida. Mas de uma vez por todas [será aberta] por agora, uma segunda vez. Mas nunca mais [será], porque a primeira vez tinha sido em vão... No entanto, se houver [a necessidade] de incorrer na dívida de um segundo arrependimento, não é para seu espírito ser imediatamente cortado e minado por desespero. Que seja difícil para pecar, mas não seja difícil se arrepender de novo. (...)” (De Paenitentia, 7) [colchetes meus]
Os patrologistas Altaner e Stuiber, comentando esta obra de Tertuliano, dizem o mesmo:
“(...) A doutrina relativa à penitência. Em sua obra “De paenitentia”, Tertuliano concita a todos os pecadores à penitência eclesiástica, admissível uma só vez e não reiterável. (...)”(Patrologia: vida, obras e doutrina dos Padres da Igreja / 2.ed. Berthold Altaner, Alfred Stuiber; (tradução Monjas Beneditinas) – São Paulo: Paulinas, 1988, p. 169).
E também, pela disciplina da penitência ser dura (OTT, 1966), ele recomendava que ela fosse evitada:
“(...) Oh Jesus Cristo, meu Senhor, concede aos teus servos a graça de conhecer e aprender com a minha boca a disciplina da penitência, mas enquanto lhes convém e não para o pecado, em outras palavras, que depois (do batismo) não tenham que conhecer a penitencia e nem pedi-la. Odeio mencionar aqui a segunda, ou por melhor dizer, neste caso, a última penitência. Temo que, ao falar de um remédio da penitência que se tem em reserva, parece sugerir que existe, todavia, um tempo em que se pode pecar. Deus me livre alguém interprete mal meu pensamento, fazendo-os dizer que com esta porta aberta a penitência existe, portanto, agora uma porta aberta ao pecado. (...) Temos escapado uma vez (no batismo). Não vamos entrar mais em perigo, mesmo que nos pareça que ainda escaparemos outra vez. (...)” (De paenitentia, 7).
Como se sabe, a penitência (ἐξομολόγησις) era  humilhante, além de rígida, podendo durar por toda a vida, ou algumas semanas dependendo da região (AUER, 1983), para que então a absolvição fosse dada. Explico: na antiguidade, exceto em perigo de morte, o comum era depois da confissão, cumprir a satisfação (penitência) antes de receber a absolvição dos pecados pelo sacerdote (OTT, 1966). Isso gera dificuldades para que o penitente recebesse absolvição, pelos longos períodos que muitas vezes era submetido à satisfação, que poderia resultar em não encontrar novamente o sacerdote com o qual se confessou para receber a absolvição. Além de ser usual, no ocidente até por volta do século VIII, só ser possível conferir o sacramento da penitência apenas uma vez (FUNK, 1905).
Levando então em consideração o que foi dito acima, evidencia-se o motivo prático e pastoral de Tertuliano falar de adiar o batismo de crianças: havendo uma só possibilidade de reconciliação após o batismo, na visão de Tertuliano era bom que se adiasse o batismo, para que o indivíduo já com uma “fé livre de erros”, pudesse ter seus pecados lavados no batismo e com esta consciência, “não tenha que conhecer a penitência e nem pedi-la”, uma vez que era aplicada somente uma vez na vida, com humilhantes e prolongadas práticas penitenciais.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Respondendo às perguntas iniciais: Tertuliano condenava o batismo infantil? Não, não condenava. A esta pergunta responde também J. N. D. Kelly:
“(...) Tertuliano leva-nos um passo adiante. Ele sustenta que o batismo (De bapt. 1; 12-15) é necessário à salvação; seguindo o exemplo de Cristo, nascemos na água e só podemos ser salvos permanecendo nela. Ele é ministrado a crianças, embora Tertuliano pessoalmente prefira (De bapt., 18) que seja adiado até chegarem à idade do discernimento. (...)” (Kelly, J.N.D. Patrística: origem e desenvolvimento das doutrinas centrais da fé cristã / J.N.D. Kelly; Tradução Márcio Loureiro Redondo - São Paulo : Vida Nova, 1994. p. 157)
Como vemos, apesar de preferir que o batismo seja adiado, ele pode também ser administrado às crianças. E, uma vez que ele diz que “de acordo com as circunstâncias” o batismo pode ser adiado, igualmente pode ser conferido, como por exemplo, em casos de risco de vida, já que ensinou o batismo é necessário à salvação. Oras, é o que também sustentam Altaner e Stuiber ao ler Tertuliano:
 “(...) Tertuliano ensina em 'De Anima' 41, ser o pecado original 'vitium' originis': em consequência do pecado de Adão, o veneno da concupiscência contaminou a natureza humana; o 'vitium originis', por ação demoníaca, se tornou um 'naturale quodammodo'. Não obstante, não aconselha o batismo das crianças, exceto em caso de emergência (bapt. 18). (...)” (Patrologia: vida, obras e doutrina dos Padres da Igreja / 2.ed. Berthold Altaner, Alfred Stuiber; (tradução Monjas Beneditinas) – São Paulo: Paulinas, 1988, p. 169).
Como vimos, foram motivações práticas e pastorais, de acordo com a disciplina da Igreja norte-africana daquela época, que motivaram Tertuliano a preferir o adiamento do batismo (é por isso que ele fala que “o batismo em si não é tão necessário”), para que o indivíduo pudesse ter mais oportunidades de viver uma fé livre de erros com uma vida em santidade, sem precisar recorrer à rígida prática penitenciária de seu tempo.
Embora ele tivesse suas razões em optar por esta prática, para todos os Padres da Igreja que se pronunciaram sobre a questão ele não tinha razão, e fazia-se necessário o batismo de crianças. Por exemplo, Santo Agostinho, que foi deixado para ser batizado tardiamente, queixou-se de não ter sido batizado quando criança, pois assim receberia logo a cura:
“(...) Rogo-te, meu Deus, que me mostres — se nisso consentes — por qual desígnio foi adiado o meu Batismo (...) Quanto teria sido preferível para mim ser logo curado e esforçar-me, eu e os meus, para conservar intacta a saúde da minha alma, sob a proteção que me terias dado! Sem dúvida teria sido melhor. (...)” (Confissões, I, 11)
Vale ressaltar que além de Agostinho, Padres e Doutores, como um São Basílio, um São Gregário de Nissa, um Santo Ambrósio, um São João Crisóstomo, um São Jerónimo — que também tinham sido eles próprios batizados na idade adulta, em virtude deste estado de coisas — reagiram em seguida vigorosamente contra uma tal negligência, pedindo com insistência aos adultos para não retardarem o batismo, necessário para a salvação,[6]  e muitos de entre eles insistiram igualmente para que o mesmo fosse administrado também às criancinhas.[7]
Logicamente, se Tertuliano considerar A melhor que B, não é o mesmo que –condenar– B. E é isso que o texto demonstrou: a compatibilidade da posição de Tertuliano, neste aspecto, com a doutrina da Igreja: apesar de não ser uma orientação pastoral que coincida com o ensino dos demais Padres, para Tertuliano era perfeitamente possível o batismo de crianças, mesmo que sendo uma exceção, pois sua doutrina acerca da  necessidade e do efeito do batismo, registradas em seu tratado sobre o batismo, foram absolutamente católicas.
 
NOTAS

[1] Orígenes, In Romanos lib. V. 9, PG 14, 1047; cf. S. Agostinho, De Genesi ad litteram, X, 23, 39, PL 34, 426; De peccatorum meritis et remissione et de baptismo parvulorum I, 26, 39, PL 44, 131. Na verdade, já em três passagens dos Actos dos Apóstolos (Act 16, 15; Act16, 33; Act 18, 8), se lê que foi baptizada "toda uma casa de família".
[2] Adv. Haereses II, 24, 4, PG 7, 184, Harvey I, 330. Em muitos documentos epigráficos, já desde o século II, muitas crianças são designadas "filhas de Deus", título que só era concedido aos baptizados, ou se fala mesmo do Baptismo delas expressamente; cf. por exemplo, Corpus inscriptionum graecarum, III, nn. 9727, 9801, 9817; E. Diehl,Inscriptiones christianae latinae veteres, Berlin, 1961, nn. 1523 (3), 4429 A.
[3] Hipólito de Roma, La Tradition Apostolique, ed. e trad. de B. Botte, Münster W., Aschendorff, 1963 (Liturgiewiessenschaftliche Quellen und Forschungen 396) pp. 44-45.
[4] Epist. LXIV, Cyprianus et coeteri collegae, qui in concilio adfuerunt numero LXVI Fido fratriPL 3, 1013-1019, ed. Hartel, CSEL 3, pp. 717-721. Tal prática estava particularmente firmada na Igreja africana, não obstante a oposição de Tertuliano, o qual aconselhava adiar para mais tarde o Batismo das crianças, por causa de sua tenra idade e por causa do temor de eventuais defecções, no período da juventude. Cf. De baptismo, XVIII, 3; XIX, 1, PL 1, 1220-1222; De anima, 39-41, PL 2, 719 e ss.
[5] Sobre a fé de Tertuliano no pecado original, vemos em "De testimonio animae" 3,2
[6] Cf. S. Basílio, Homilia XIII exhortatoria ad sanctum baptismaPG 31, 424436; S. Gregório de Nissa, Adversus eos qui differunt baptismum oratioPG 46, 2; S. Agostinho, In Joannem tract. XIII, 7: PL 35, 1496, CCL 36, p. 134.
[7] Cf. S. Ambrósio, De Abraham II, 11, 81-84, PL 14, 495497, CSEL 32, 1, pp. 632-635; S. João Crisóstomo, Catechesis III, 5-6, ed. A. Wenger, SC 50, pp. 153-154; S. Jerónimo, Epist. 107, 6: PL 32, 873, ed. J. Labourt (Coll. Budé), t. 5, pp. 151-152. Todavia São Gregório de Nazianzo, muito embora faça pressão sobre as mães para mandarem baptizar os seus filhos de tenra idade, limita-se a fixar tal idade aos três anos. Cf. Oratio XL in sanctum baptisma,17 e 28, PG 36, 380 D e 399 A-B.
REFERÊNCIAS

Instrução da Congregação da Doutrina da Fé “Pastoralis Actio”, 20 de outubro de 1980 (Batismo de Crianças).
OTT, Ludwig. Manual de teología dogmática, Editorial Herder 1966, p. 617.
AUER, Johann. Los Sacramentos de la Iglesia. Vol. VII. Barcelona, 1983, p. 148-149.
OTT, Ludwig. Manual de teología dogmática, Editorial Herder 1966, p. 638.
FUNK, Franz Xavier von. Didascalia et Constitutiones Apostolicae, 1, Paderborn 1905, p 344-350.
 
PARA CITAR

OLIVEIRA, L.H. Tertuliano é uma prova contra o batismo infantil? Disponível em: Desde: 07/08/2015.

Pais da Igreja sobre o Sinal da Cruz

INTRODUÇÃO

Muitos tem se perguntando de onde vem o costume dos católicos fazerem o sinal da cruz diversas vezes ao dia e diante de várias situações. Para traçarmos este costume compilamos aqui algumas dezenas de testemunhos dos autores cristãos primitivos, para mostrar que este costume, é um dos costumes mais antigos da Igreja e que os primeiros cristãos atribuíam-lhe eficácia milagrosa. 
 
O cristão começa seu dia, suas orações e suas ações com o sinal-da-cruz, "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém". O batizado dedica a jornada à glória de Deus e invoca a graça do Salvador, que lhe possibilita agir no Espírito como filho do Pai. O sinal-da-cruz nos fortifica nas tentações e nas dificuldades.” (Catecismo da Igreja Católica – Parágrafo 2157)
 
Este sinal não é uma superstição ou "benzimento" como é popularmente conhecido, mas sim uma marca, como diz Santo Ambrósio de Milão"com a forma de sua cruz, sinal da sua paixão. Recebeste o sinal para te assemelhar a ele, para que ressuscites à sua imagem[...]" 
 
 O ENSINAMENTOS DOS PAIS DA IGREJA
TERTULIANO

A cada passo para a frente e movimento, em cada entrada e saída, quando colocamos  nossas roupas e sapatos, quando tomamos banho, quando nos sentamos à mesa, quando acendemos as lâmpadas, no sofá, na banco, em todas as ações ordinárias da vida diária, traçamos na testa o sinal da cruz.” (De Corona Capítulo 3)
 
HIPOLITO DE ROMA

"Durante a tentação, façai piedosamente na fronte, o sinal da cruz, pois este é o sinal da Paixão reconhecidamente provado contra o demônio, desde que feito com fé e não para vos exibir diante dos homens, servindo eficazmente como um escudo: o Adversário, vendo quão grande é a força que sai do coração do homem que serve o Verbo (pois mostra o sinal interior do Verbo projetado no exterior), fugirá imediatamente, repelido pelo Espírito que está no homem. Era isso que o profeta Moisés representava através do cordeiro morto na Páscoa e ensinava ao aspergir o sangue nos batentes das portas: simbolizava a fé que agora se encontra em nós, ou seja, a fé no Cordeiro perfeito. Ora, persignando-nos na fronte e nos olhos com a mão, afastamos tudo aquilo que tenta nos destruir." (Tradição Apostólica, Capítulo III).

EUSÉBIO DE CESAREIA

(...) Constantino cantou estas e outras palavras semelhantes e afins, através de suas ações, a Deus, chefe supremo e autor da vitória, ao entrar com hinos de triunfo em Roma. Todos em conjunto, os membros do Senado, os dignitários, o povo romano, bem como suas criancinhas e mulheres, o recebiam com a alegria nos olhos, cordialmente, qual libertador, salvador, benfeitor, entre exuberantes aclamações de júbilo. Mas ele, que possuía como coisa natural a piedade para com Deus, sem se deixar absolutamente comover pelos clamores, nem exaltar pelos louvores, estava bem cônscio do socorro vindo de Deus. Logo ordenou que se colocasse o troféu da paixão salutar na mão da sua estátua. Sustentando na mão direita o sinal salvífico da cruz, ergueu-a no lugar mais freqüentado pelos romanos. Mandou gravar em latim uma inscrição nesses termos: “Por intermédio deste sinal salutar, verdadeira prova de denodo, livrei e salvei vossa cidade do jugo do tirano; e ainda restabeleci o Senado e o povo romano em sua antiga dignidade e esplendor, após a libertação”. (...)” (Eusébio de Cesareia – História Eclesiástica IX, 9-11)
 
ATANÁSIO DE ALEXANDRIA

(...) Prova notável e testemunho evidente da destruição da morte e de representar a cruz a vitória por ele obtida sobre a morte, já sem vigor, verdadeiramente morta, é a seguinte: Todos os discípulos de Cristo a desprezam, marcham contra ela, sem temor, e pelo sinal da cruz e a fé em Cristo, calcam-na aos pés, como a um cadáver.(...)” (Santo Atanásio – A Encarnação do Verbo 27,1)
 
"(...) Tais coisas não fazem os deuses e demônios dos infiéis, enquanto, ao invés, apenas a presença de Cristo faz deles uns mortos, que apenas têm aparência vã e oca, pois o sinal da cruz elimina toda magia, reduz a nada os encantamentos. (...)” (Santo Atanásio – A Encarnação do Verbo 31,2)
“(...) Antigamente também, os demônios impressionavam os homens, apossando-se previamente das fontes, dos rios, das estátuas de madeira ou de pedra. Seus sortilégios espantavam os simples. Agora, contudo, após a aparição divina do Verbo, acabaram essas fantasias. De fato, só pelo sinal da cruz, o homem afugenta estes artifícios. (...)”(Santo Atanásio – A Encarnação do Verbo 47,2)
(...) Aproxime-se quem desejar prova de nossas afirmações e diante das fantasias demoníacas, das ilusões dos oráculos, dos portentos mágicos, faça uso desse sinal tão escarnecido entre eles, o sinal da cruz e apenas profira o nome de Cristo. Verá os demônios fugirem, calarem-se os oráculos, perecerem magia e feitiçaria.(...)”(Santo Atanásio – A Encarnação do Verbo 48,3)
(...) Admira-te de que, por ocasião da aparição do Salvador, a idolatria não se desenvolve, mas o restante diminui e cessa progressivamente. A sabedoria dos gregos não progride, mas tende a desaparecer. Os demônios não mais seduzem os homens com suas fantasmagorias, a adivinhação e a magia e desde que ousam empreender algo, são confundidos pelo sinal da cruz.(...)”(Santo Atanásio – A Encarnação do Verbo  55,1)
(...) Ouvia mais estes, não se preocupava com os demônios. Aproximando-se da porta, exortava as pessoas a se retirarem, sem temor, porque, dizia, os demônios usam de magias contra aqueles que têm medo. “Persignai-vos e parti corajosamente, deixai que eles se iludam a si mesmos”. Partiram, munidos do sinal-da-cruz. Antão ficou. Os demônios não podiam fazer-lhe nenhum mal, ele não se cansava de combatê-los. (...)” (Santo Atanásio – Vida de Santo Antão, 13)
(...) Se portanto vierem a nós, de noite, e quiserem anunciar-nos o futuro ou nos disserem: ‘Nós somos os anjos’, não lhes deis atenção, estão mentindo. Se louvam vossa ascese e vos declaram bem aventurados, não lhes deis ouvidos, não lhes deis atenção. Ao contrário, fazei o sinal da cruz sobre vós mesmos e sobre a casa e orai, que os vereis desaparecer: são frouxos e têm muito medo do sinal da cruz do Senhor, ‘porque por esse sinal o Salvador os despojou e os entregou em espetáculo’ (Cl 2,15) (...).”(Santo Atanásio – Vida de Santo Antão, 35)
(...) Onde se faz o sinal da cruz, a magia cede, e os venefícios não agem mais (...).”(Santo Atanásio – Vida de Santo Antão, 78)
(...) ‘Há aqui pessoas possessas dos demônios (vieram a ele algumas pessoas atormentadas pelos demônios, levou-as para o meio e disse): purificai-as por meio de vossos raciocínios ou pela arte que quiserdes, ou por magia, invocando os vossos ídolos. Ou, se não o podeis, cessai de lutar contra nós e vereis o poder da cruz de Cristo’. Ditas essas palavras, invocou a Cristo e fez o sinal-da-cruz sobre os doentes, duas e três vezes. Logo esses homens se levantaram ilesos, em plena posse de si mesmos e dando graças a Deus (...).”(Santo Atanásio – Vida de Santo Antão, 78)
 
EFRAIM, O SÍRIO

 
E se tu ouvires um zombador por acaso, quando tu não estiveis desejando, assiná-te com a cruz da luz, e apressar a partir dalí, como um antílope.” (Sobre a admoestação e o Arrependimento, Capítulo VI)
 
Com o sinal da cruz viva, sela todas as tuas obras, meu filho. Não saiais da porta da tua casa até que tenhas feito o sinal da cruz. Seja ao comer ou beber, seja em sono ou em vigília, se em tua casa ou na estrada, ou nas horas livres, não abandone este sinal; pois não há guardião como ele. Será a ti, como uma parede, na vanguarda de todas as tuas obras. E ensinai isso para os teus filhos, que atentamente eles se familiarizem com ele.” (Sobre a admoestação e o Arrependimento, Capítulo XVII)
 
CIRÍLO DE JERUSALÉM

Não vamos ter vergonha de confessar o Crucificado. Seja a Cruz nosso selo feito com ousadia por nossos dedos na nossa testa, e em tudo; sobre o pão que comemos, os copos que bebemos; em nossas idas e vindas; antes de nosso sono, quando nos deitar e quando nos levantar; quando estamos no caminho, e quando ainda estamos. Grande é essa conservante; é sem preço, para o bem dos pobres; sem trabalho, para os doentes; uma vez que também a sua graça é de Deus. É o sinal dos fiéis, e o medo de demônios[...]” (Leituras Catequéticas XIII, capítulo 36)
Muitos têm sido crucificado em todo o mundo, mas por nenhum destes os demônios estão com medo; mas quando vêem até mesmo o sinal da cruz de Cristo, que foi crucificado por nós, eles estremecem.” (Leituras Catequéticas XIII, capítulo 3)
Não vamos, portanto, ter vergonha da cruz de Cristo; mas ao invés de escondê-lo, faze abertamente selá-o sobre a tua testa, para que os demônios possam contemplar o sinal real e fugir tremendo para longe. Faça então este sinal no comer e no beber, no sentar, e ao deitar-se, ao levantar, ao falar, ao caminhar: em uma palavra, em cada ato. Para Ele que foi crucificado aqui está em cima no céu. “ (Leituras Catequéticas IV, capítulo 14)
 
BASÍLIO MAGNO

(...) Ninguém que tiver, por pouco que seja, experiência das instituições eclesiásticas, há de contradizer. De fato, se tentássemos rejeitar os costumes não escritos, como desprovidos de maior valor, prejudicaríamos imperceptivelmente o evangelho, em questões essenciais. Antes, transformaríamos o anúncio em palavras ocas. Por exemplo (para relembrar o que vem primeiro e é o mais comum), quem ensinou por escrito a assinalar com o sinal-da-cruz aqueles que esperam em nosso Senhor Jesus Cristo? (...)” (São Basílio Magno – Tratado Sobre o Espírito Santo 27, 66)
 
AMBRÓSIO DE MILÃO

(...) Deus, portanto, te ungiu e Cristo te marcou com um selo. Como? Foste marcado com a forma de sua cruz, sinal da sua paixão.Recebeste o sinal para te assemelhar a ele, para que ressuscites à sua imagem, vivas ao exemplo dele, que foi crucificado para o pecado e vive para Deus. E o teu homem velho, submerso na fonte, foi crucificado para o pecado, mas ressuscitou para Deus. (...)” (Ambrósio de Milão – Sobre os Sacramentos, Livro VI 2,7)
 
(...) O catecúmeno também crê na cruz do Senhor Jesus pela qual ele foi marcado, mas a não ser que tenha sido batizado em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, não pode receber a remissão dos pecados nem haurir o dom da graça espiritual. (...)” (Ambrósio de Milão – Sobre os Mistérios 4,20)
 
SÃO JERÔNIMO

Eles serão suficientes para avisá-lo que você deve fechar a porta do seu peito e fortalecer a sua testa por muitas vezes, fazendo o sinal da cruz.” (Carta 130, Capítulo 9)
Em cada ato que fazemos, em cada passo que damos,  que nossa mão traçe a cruz do Senhor.” (Carta 22, Capítulo 37)

Levantando o dedo também à sua boca, ela fez o sinal da cruz em cima de seus lábios.” (Carta 108, Capítulo 29)
E embora ela assinalasse sua boca e seu peito com o sinal da cruz, e esforçou-se, assim, para aliviar a dor de uma mãe; seus sentimentos superaram ela e os seus instintos maternais eram demais para sua mente confiante.”  (Carta 108, Capítulo 21)
(...) quanto mais eu, cristão de pais cristãos e carregando à minha fronte o estandarte da cruz, que me esforcei por restituir as omissões, corrigir as alterações e revelar os mistérios da Igreja em uma linguagem pura e ortodoxa, não devo ser reprovado por leitores desdenhosos ou mal intencionados! (...)” (São Jerônimo – Apologia Contra os Livros de Rufino II, 29)
 
JOÃO CRISÓSTOMO

(...) Com efeito, prestaremos contas de olhares impudicos, de palavras ociosas e ridículas, de ultrajes, de raiva e de embriaguez; de outro lado, receberemos recompensa pelas boas obras, por um copo de água fria, pela palavra boa, até por um só gemido. Disse o profeta: “Assinala com uma cruz a testa dos que estão gemendo e chorando” (Ez 9,4). Como, portanto, ousas dizer que aquele que tão minuciosamente examina nossos atos, em vão e inutilmente ameaçou com a geena? Não, rogo-te, por tão vã esperança não te percas, nem aqueles que confiam em ti. Se não acreditas em nossas palavras, interroga os judeus, os gentios, os hereges, e todos responderão em uníssono que haverá julgamento e retribuições. Acaso não te bastam os homens? Interroga os próprios demônios, e ouvirás o clamor: “Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?” (Mt 8,29). (...)” (São João Crisóstomo – Comentário à carta aos romanos 16,16)
 
"(...) Se desonra a cabeça, quem a cobre, como não será abominável ungir com lodo o menino? Como, pergunto, levá-lo-às às mãos do sacerdote? Como pedirás que o presbítero faça com a mão o sinal da cruz na fronte que cobristes de lama? Não, irmãos, não deveis agir desta maneira; mas desde a infância haveis de munir de armas espirituais os meninos, e ensinar-lhes a marcar a fronte com o sinal da cruz; até antes que possam fazê-lo com a própria mão, vós mesmos assinalai-os com a cruz.(...)” (São João Crisóstomo – Comentário à primeira carta aos coríntios 4, 11-12)
 
"(...) Se, portanto, é bom, qual o sentido da locução: “É santificado pela Palavra de Deus e pela oração”? É evidente que, se é impuro, foi santificado. Não se trata disto, mas fala contra aqueles que julgavam que havia criatura profana. Por conseguinte, apresenta dois pontos: O primeiro, que nenhuma criatura é profana; o segundo, que no caso de se tornar profana, existe remédio: Emprega o sinal da cruz, a ação de graças, a glorificação de Deus, a renúncia a qualquer impureza. Podemos, portanto, purificar assim até a vítima oferecida aos deuses? Se não sabes que é uma delas; se sabes, e comes, ficarás impuro. Não por ser vítima, mas devido à ordem de não ter comunhão com os demônios e a estabeleceres por meio dela. Por conseguinte, ela não é tal por natureza, mas por tua decisão e desobediência. Como? A carne de porco não é impura? Não, quando ingerida com ação de graças, com o sinal da cruz. Nem qualquer outra coisa é impura. Impura é a decisão, é não dar graças a Deus.(...)” (São João Crisóstomo – Comentário à primeira carta a Timóteo 4,1-5)
(...) Algumas pessoas acostumaram-se a frequentemente fazer o sinal da cruz, e não precisam de quem as relembre. Não raro, apesar de estar a mente ocupada em outros assuntos, pelo hábito, qual conselheiro, a mão espontaneamente faz o sinal.  (...)” (São João Crisóstomo – Comentário à segunda carta a Timóteo 2,26)
(...)Se amas teu Senhor, morre como ele morreu. Aprende qual a força da cruz, quanto bem realizou, quanto realiza, como constitui segurança de vida. Através dela, tudo acontece: o batismo é através da cruz (importa receber o signáculo); a imposição das mãos, faz-se com a cruz; quer estejamos em caminho, ou em casa, em algum lugar, a cruz é um grande bem, armadura de salvação, escudo inexpugnável, que ataca o diabo. Por conseguinte, ao combateres nessa guerra, carrega a cruz, não apenas persignando-te, mas nela padecendo. (...)” (São João Crisóstomo – Comentário à carta aos filipenses 3,18-21)
(...)És fiel? Faze o sinal da cruz, e declara: “Tenho apenas estas armas, este o medicamento; outro não conheço (...)”. (São João Crisóstomo – Comentário á carta aos colossenses 3,15)
 
SANTO AGOSTINHO DE HIPONA

(...) Eu tinha ouvido falar, ainda criança, da vida eterna a nós prometida, graças à humildade do Senhor nosso Deus, que desceu até a nossa soberba. Fui marcado pelo sinal da cruz e recebi o sal divino, apenas saído do seio de minha mãe, que em ti depositava todas as suas esperanças. (...)” (Santo Agostinho – Confissões, Livro I, 11,17)
(...) Certamente todos somos cristãos, ou temos o nome de cristãos, todos nos marcamos com o sinal da cruz de Cristo. (...) (Santo Agostinho – Comentário ao Salmo 30, Sermão II, 8)
(...) Já não há reis maus; eles tornaram-se bons. Acreditaram também eles, e trazem na fronte o sinal da cruz de Cristo, sinal mais precioso do que qualquer pedra de seu diadema. (...)” (Santo Agostinho – Comentário ao Salmo 32, Sermão II, 13)
(...) Aconteceu à Cabeça e também ao corpo. Pois, como sucedeu ao Senhor na cruz, assim também aconteceu a seu corpo em todas as perseguições passadas; nem faltam também agora as perseguições deles. Onde quer que se encontre um cristão, constuma-se atacar, atormentar, zombar, chamá-lo de estúpido, incapaz, sem coração, inábil. Façam o que quiserem. Cristo está no céu. Façam o que quiserem. Ele honrou seu suplício, já fixou sua cruz em todas as frontes. Permite que o ímpio ataque, mas não permite que fique encarniçado. (...)” (Santo Agostinho – Comentário ao Salmo 34 Sermão II, 8)
(...) Os cristãos são apelidados filhos do esposo. Por que razão Cristo seria Coré? Porque Coré significa Calvário. Vamos um pouco longe. Perguntava qual a razão de se denominar a Cristo de Coré. Procuro saber com maior insistência por que Cristo tem referência a Calvário. Logo não nos ocorre que Cristo foi crucificado no Calvário (cf Mt 27,33)? É claro que ocorre. Por conseguinte, os filhos do esposo (cf Mt 9,15), os filhos de sua paixão, os filhos redimidos em seu sangue, os filhos de sua cruz, que na fronte trazem o sinal daquilo que os inimigos fincaram no Calvário, chamam-se filhos de Coré; para que eles o entendam é que se canta o presente salmo. (...)” (Santo Agostinho – Comentário ao Salmo 41, 2)
(...) Quer se trate da morte em que incorreu Adão, pois foi pela persuasão do diabo que o homem a sorveu, quer seja a da separação entre alma e corpo, é seu autor aquele que primeiro caiu pela soberba e invejou o homem que estava de pé. Derrubou-o pela morte invisível de tal modo que também ficasse sujeito à morte visível. Têm a morte por pastor os que dele dependem; nós, porém, que consideramos a futura imortalidade, e com razão trazemos na fronte o sinal da cruz de Cristo, temos por pastor somente a vida. (...)” (Santo Agostinho – Comentário ao Salmo 48, Sermão II, 2)
(...) Pois, não falamos de pagãos, nem de judeus, mas de cristãos; nem se trata de catecúmenos, mas de muitos já batizados, de quem não vos diferenciais pelo batismo, mas pelo coração. Pensamos em quantos são hoje nossos irmãos, e contudo lastimamos que procurem vaidades e loucas mentiras, negligenciando sua vocação! Se, por acaso, no circo eles se horrorizam por alguma coisa, logo fazem o sinal da cruz, mas permanecem de pé, trazendo-o na fronte, num lugar de onde deviam se afastar se o trouxessem no coração. (...)”  (Santo Agostinho – Comentário ao Salmo 50, 1)
Na mesma Cartago, urna mulher muito religiosa chamada Inocência, das mais ilustres dessa cidade, tinha um cancro no peito, caso que, segundo diziam os médicos, nenhum medicamento era capaz de curar. Costumava-se, portanto, extrair do corpo o órgão onde ele surgia ou então, para se viver durante mais algum tempo, sem que daí se protelasse, todavia, a morte para muito mais tarde; devia-se, conforme o conselho atribuído a Hipócrates, omitir todo o tratamento. Foi o que ela soube dum médico: hábil, amigo intimo de sua família. Ela, então, apenas para Deus se voltou pela oração. Ao aproximar-se a Páscoa, foi avisada em sonhos de que, colocando-se no batistério na parte destinada às mulheres, a primeira mulher batizada a ela se dirigiria e lhe traçaria sobre o peito o sinal da cruz. Assim fez e alcançou imediatamente a cura.” (Cidade de Deus Livro XXII, Capitulo VIII)
 
SOZOMENO  - HISTÓRIA ECLESIÁSTICA (470 d.C)

Pois ele tinha se convertido a sua nova religião quando já era um homem, e assim, inconscientemente, caiu em seu hábito mais primitivo, e assinalou-se com o símbolo de Cristo, assim como o cristão cercado de perigos nunca vistos costuma fazer. Imediatamente os espectros desapareceram e seus projetos foram frustrados. O neófito foi pego de surpresa com isso, quando informado sobre a causa da fuga dos demônios”  (História Eclesiástica de Sozomeno Livro V, Capítulo 2)
 
TEODORETO (450 d.C)

Com estas e outras palavras ele fez o sinal da cruz sobre a água, e ordenou Equitius, um de seus diáconos, que estava armado com fé e entusiasmo, tirar a água e aspergisse com fé, e em seguida, aplicasse a chama. Suas ordens foram obedecidas, e o demônio, incapaz de suportar a aproximação da água, fugiu.” (História Eclesiástica de Teodoreto, Livro V, Capítulo 21)
 
CONSTITUIÇÕES APOSTÓLICAS

Que o sumo sacerdote, portanto, juntamente com os sacerdotes, rezar por ele próprio; que ele coloque a sua veste brilhante, e de pé no altar, faça o sinal da cruz em sua testa com a mão e diga [...]” (Constituições Apostólicas Sessão II, Capítulo 12)
 
PARA CITAR

OLIVEIRA, Lucas & RODRIGUES, Rafael. Pais da Igreja e o Sinal da Cruz. Disponível em: . Desde: 18/08/2015.