top

create your own banner at mybannermaker.com!

domingo, 24 de julho de 2011

Conversão de um protestante à Verdadeira Igreja

Autor: Marcos Monteiro Grillo
Publicação original: Fevereiro de 2008
Fonte: http://www.veritatis.com.br/article/4675/
A maioria de vocês me conhece como um cristão protestante "de carteirinha". Não tanto como um daqueles "crentes" típicos, isto é, moralista, fundamentalista (na pior acepção da palavra) e às vezes inconvenientemente proselitista. Sempre fui um cristão discreto (até demais...) ou mesmo tímido, mas essa discrição e essa timidez têm sido compensadas, nos últimos anos, por uma intensa participação em listas de discussão e em comunidades no Orkut. E essas minhas participações fizeram-me um evangélico razoavelmente conhecido na Internet, ou pelo menos em um grupo relativamente grande de amigos e conhecidos evangélicos. O fato de muitas pessoas me conhecerem — umas mais, outras menos — como um protestante atuante e "engajado" é o que me obriga, por uma questão de honestidade, a vir a público dar-lhes uma notícia que para muitos (talvez para a maioria) de vocês poderá ser decepcionante, revoltante até, mas que eu preciso comunicar, até por um dever para com a minha própria consciência e com Deus.
Sem mais delongas, quero lhes comunicar minha decisão de me tornar católico apostólico romano. Não se trata de uma decisão súbita, ao contrário, é fruto de um processo que se iniciou há pelo menos cinco anos.
Resumidamente, para quem não conhece, vou contar minha trajetória religiosa até aqui. Eu nasci numa família protestante. Meus pais eram — e são até hoje — membros da Igreja Presbiteriana do Brasil, igreja onde fui batizado e fiz profissão de fé. Durante boa parte da minha adolescência, freqüentei uma igreja pentecostal conservadora. Com a morte da dirigente dessa igreja (que era minha tia), os membros se dispersaram, e eu então me tornei membro da igreja batista, onde congreguei por cerca de 3 anos, de onde saí para freqüentar, por poucos meses, uma pequena comunidade evangélica no bairro de Botafogo. Então com 24 anos, ingressei na faculdade de filosofia, o que fez com que eu me afastasse da igreja (embora não de Deus) por certo período, durante o qual eu pude refletir criticamente sobre a minha experiência como cristão.
Ao fim do curso, escolhi como tema da minha monografia um pensador religioso chamado Søren Kierkegaard (1813-1855), que era luterano. O estudo do pensamento desse filósofo, que é considerado "o pai do existencialismo", com sua perspectiva cristã ao mesmo tempo bíblica e original, reacendeu minha fé e eu então me tornei membro da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Mas, por causa da minha formação em filosofia (que continuou até o mestrado), desde que voltei a freqüentar a igreja (em 2002) eu sempre estive refletindo sobre a fé, sobre igreja (a fé institucionalizada) e sobre a religião em geral. Esse processo de reflexão, aliado ao princípio tipicamente protestante do "livre exame da Bíblia" (que alguns católicos chamam um tanto impropriamente de "livre interpretação"), levou-me a uma fé bastante subjetiva e racionalista (embora muitas vezes esse racionalismo se confundisse com fideísmo, certamente pela mania tipicamente racionalista de separar fé e razão). Esse subjetivismo e esse racionalismo por fim me levaram ao liberalismo teológico, não o liberalismo vulgar e irresponsável que muitos "teólogos" têm defendido hoje em dia, mas o liberalismo clássico.
Em outras palavras, embora eu reconhecesse a importância (e mesmo a imprescindibilidade) da Igreja e dos princípios básicos e tradicionais da fé cristã, passei a interpretar esses princípios de forma excessivamente racionalista (mais precisamente como "princípios morais", ao modo de Kant), e essa postura fez com que minha fé se apagasse novamente (Obs.: não foi à toa que o liberalismo teológico nasceu e se desenvolveu em contexto luterano.). Mas, ao longo desse percurso, eu mantive uma "relação de amor e ódio" com o catolicismo. Essa relação começou praticamente junto com minha aproximação do luteranismo, visto que Lutero nunca rompeu totalmente com a igreja católica (ao contrário de Calvino, por exemplo), e que a igreja luterana conserva até hoje muito da liturgia e até da teologia católicas (particularmente no que diz respeito ao sacramento da Eucaristia ou Santa Ceia).
Por isso, à medida que eu me aproximava do catolicismo, conhecendo sua profundidade teológica e sua própria trajetória histórica (que indubitavelmente remonta a Cristo, aos Apóstolos e aos primórdios da Igreja cristã), minhas raízes protestantes enchiam-me de "ódio" por essa religião "idólatra", por esse "cristianismo pervertido", por esse "paganismo mal disfarçado". E então eu me envolvia em inúmeras discussões com católicos, como que querendo, inconscientemente, convencer a mim mesmo de que o catolicismo estava errado e de que o protestantismo é que estava certo. Mas ao mesmo tempo em que eu ia tendo contato com o pensamento e com os consistentes argumentos católicos, eu ia constatando o subjetivismo e a mixórdia que infelizmente caracterizam o universo protestante, com suas incontáveis igrejas e profissões de fé, com as muitas variações entre um grupo protestante e outro. Como a doutrina de Cristo e dos Apóstolos poderia variar tanto? Como cada cristão poderia ter o direito de crer de acordo com o seu talante e de acordo com a sua própria interpretação (ou de acordo com a interpretação do fundador da sua igreja)? O subjetivismo e a variabilidade indicavam que alguma coisa estava errada, que a religião legada por Cristo e pelos Apóstolos haveria de ter permanecido incólume com o passar do tempo, sem estar sujeita ao arbítrio dos homens. E se há uma igreja que remonta a Cristo e aos Apóstolos, em que o subjetivismo simplesmente não existe, e onde uma autoridade visível (o Magistério) sempre foi e será responsável pela salvaguarda da fé, essa igreja só pode ser a igreja católica apostólica romana, essa igreja que não está sujeita às intempéries da história, nem aos modismos de cada época, nem aos gostos dos fregueses.
Ninguém pode negar que a história da Igreja Católica é manchada por episódios tristes, pela atuação de homens desonestos. Mas é necessário compreender que, se os homens da Igreja são pecadores, ela, em si mesmo considerada, é santa; é humana, mas também é divina. Seus membros são pecadores e humanos, mas a Igreja é santa e divina por causa da sua origem. E é precisamente esse o ponto em que o meu liberalismo teológico e minha atração pelo catolicismo se encontraram, como que numa encruzilhada. Se o meu liberalismo estivesse correto, isto é, se Jesus Cristo não fosse Deus em carne e osso (conforme ensina a fé cristã bíblica e tradicional), mas fosse apenas um mestre espiritual ou moral, então a questão sobre a igreja verdadeira perderia todo o sentido. Cada um poderia seguir individualmente o "mestre" Jesus, ter a sua própria "experiência" com ele, e isso bastaria.
Mas se, ao contrário, Jesus foi de fato Deus em forma humana (e esse é o cerne da fé cristã), então saber qual a Igreja que Ele (isto é, Deus em pessoa!) de fato fundou passa a ser uma questão crucial. E por mais que os protestantes se recusem a admitir, é histórica e logicamente inegável que essa Igreja é a Igreja católica, apostólica e romana, onde os sucessores dos Apóstolos foram incumbidos de preservar a doutrina revelada. E a verdade é que eu cansei de lutar contra as evidências, de lutar contra mim mesmo. Cansei de seguir simplesmente o meu próprio entendimento (Prov. 3,5), de ser pretensioso e orgulhoso ao ponto de achar que posso dispensar a experiência, o conhecimento e a autoridade daqueles que são os sucessores dos Apóstolos escolhidos por Cristo; que a minha compreensão da fé cristã é equivalente (quiçá superior!) à do Magistério; que a Igreja que Cristo fundou e cujo governo confiou aos Apóstolos (que evidentemente deveriam ter sucessores legítimos, visto que não poderiam viver eternamente!), e à qual prometeu acompanhar "até a consumação dos séculos" (Mt. 28,20), vagou perdida e equivocada por longos 1.500 anos, até que Lutero e os demais reformadores a "resgatassem"; enfim, cansei de lutar contra mim mesmo e contra Deus. (Obs.: talvez o meu liberalismo tenha sido uma última e desesperada tentativa de rechaçar o catolicismo, pois se Jesus não fosse Deus em forma de homem, então o catolicismo estava errado e eu não precisaria me preocupar mais com ele...)
Não estou aqui querendo julgar nenhum de vocês, nem poderia fazê-lo. Os que, dentre vocês, já são católicos, hão de me compreender e, presumo, de me felicitar. E os que são evangélicos eu espero que me compreendam da melhor forma possível, e que não se afastem de mim nem deixem de ser meus amigos por causa dessa minha decisão. Até porque não só por causa da minha origem protestante, mas também em consonância com o chamado da Igreja católica (particularmente na pessoa do atual Papa), vou continuar me empenhando no diálogo ecumênico, e talvez fazê-lo com mais dedicação ainda.
Finalmente, sei que estou correndo alguns riscos ao me expor dessa forma a tantas pessoas. Risco de ser incompreendido, de me tornar objeto de repulsa ou de chacota, e até de me transformar de amigo em inimigo. Mas eu simplesmente não poderia esconder dos amigos uma decisão de tal importância (a não ser que eu sumisse da Internet, trocasse os números dos telefones, enfim, desaparecesse, só para não ter que dar satisfações a ninguém...).
Há ainda várias razões pelas quais eu decidi me tornar católico. Uma delas é fato da Igreja católica ser o único porto efetivamente (e não aparentemente) seguro em meio ao relativismo filosófico, religioso e moral que grassa nos nossos dias.
Passei, então, a partir disso, a ter contatos com católicos no intuito de efetivar minha admissão na Igreja fundada por Cristo. Conversei com alguns leigos, tive direção espiritual com o Pe. Carlos Nogueira, LC, então diácono dos Legionários de Cristo, no Rio de Janeiro, e uma entrevista com o meu novo Bispo, D. Rafael Llano Cifuentes, da Diocese de Nova Friburgo, à qual pertenceria, uma vez convertido. Fui então, sendo preparado, para incorporar-me, externa, definitiva e formalmente, à única Igreja de Jesus, Nosso Senhor.
A partir de então, dediquei boa parte do meu tempo à formação doutrinária e um fortalecimento da amizade com Cristo, fazendo, inclusive, um extenso exame de consciência que me iria preparar à minha primeira Confissão geral de todos os meus pecados mortais. Confessei-os no dia 14 de dezembro de 2007, uma sexta-feira, dia penitencial por excelência (o que já se mostrou um sinal).
Minha confissão, embora árdua, foi uma bênção. Foi, acredito eu, como deveria ser: confessei meus pecados todos oralmente, o padre usou sua estola, ouviu atentamente a minha confissão, concedeu-me o perdão mediante a fórmula devida, e por fim prescreveu-me a penitência.. A certeza da reconciliação com Deus e com Sua Igreja, assim como a paz que advém dessa certeza, é algo inestimável! Louvado seja o santo nome do Senhor Jesus Cristo!
No dia 16 de dezembro de 2007, III Domingo do Advento, pela maravilhosa graça de Deus, por Sua infinita bondade e pela intercessão da Santíssima Virgem Maria, fui admitido na plena comunhão da Igreja Católica, por meio da Profissão de Fé e da Primeira Comunhão. A cerimônia, rigorosamente de acordo com o que determina o RICA (Ritual de Iniciação Cristã de Adultos), foi singela, como eu também esperava que fosse. A alegria de poder dizer publicamente "Creio e professo tudo o que a santa Igreja católica crê, ensina e anuncia como revelado por Deus" foi indescritível, e a experiência da Primeira Comunhão também ficará para sempre na minha memória.
Por quanto tempo eu andei errante, seguindo tão-somente aquilo que eu achava que era a verdade?! Por quanto tempo eu acreditei que tinha o direito de julgar tudo e todos com base em critérios eminentemente subjetivos, isto é, em critérios que me pareciam ser razoáveis?! Nos últimos tempos, esse subjetivismo havia me levado a uma fé fria, em pouco ou em nada diferente de um humanismo ou de uma moralidade de feitio kantiano, uma deplorável mistura de relativismo e liberalismo teológicos que eu tentava mitigar professando exteriormente uma fé conservadora da qual intimamente eu duvidava.
Mas algo em mim não deixava meu intelecto em paz, algo me dizia que aquele estado de indefinição, de permanente suspensão de qualquer juízo definitivo, não poderia ser aquilo que Deus planejou para mim. A verdade não poderia ser uma meta inatingível, nem algo que cada um pudesse ou devesse estabelecer de acordo com o seu próprio arbítrio. Algo me dizia que eu estava perdido em meio às minhas elucubrações, mas eu não tinha forças para sair daquela areia movediça em que eu mesmo me coloquei. Às vezes parecia que eu tentava fazer como o Barão de Munchausen, ou seja, tentava sair do atoleiro puxando eu mesmo o meu próprio cabelo... Mas eu sabia, havia tempos, que a verdade deveria ser buscada em algo maior do que eu, em algo que não dependesse do arbítrio de nenhum ser humano e que não estivesse sujeito às intempéries do tempo. Eu já sabia que a verdade só poderia ser encontrada na Igreja, isto é, naquela Igreja fundada pelo próprio Deus em carne e osso (Nosso Senhor Jesus Cristo!), cuja chefia Ele confiou aos Apóstolos e especialmente a Pedro, os quais, por causa dessa incumbência especialíssima, deveriam ter seus legítimos sucessores. Mas o meu orgulho e a minha presunção impediam-me de admitir essa verdade, e por isso meu intelecto ficava se debatendo, pois eu sabia que a verdade só pode ser encontrada num único lugar, nesse lugar onde todo intelecto pode, enfim, repousar, nesse verdadeiro porto seguro, onde fé e razão podem se entrelaçar perfeitamente, onde não há espaço para voluntarismos, nem para subjetivismos ou relativismos. Enfim, eu sabia que a verdade, a mais sublime verdade, só pode ser encontrada na una, santa, católica e apostólica Igreja de Cristo, que Ele prometeu jamais abandonar e sobre a qual Ele disse que as portas do inferno jamais prevalecerão. Mas eu insistia em me apegar à minha débil razão, em achar que aquela esperança desesperada que eu chamava de fé era o máximo que eu poderia alcançar, e preferia ficar com esse arremedo de fé a abdicar do meu "bom senso" em favor de algo maior. E foi nesse estado que a graça divina me alcançou, foi desse lamaçal que Deus me resgatou.
Hoje eu não tenho palavras para descrever a felicidade que o fato de estar na verdadeira Igreja tem me proporcionado. Tudo o que eu quero é agradecer a Deus todos os dias da minha vida por essa bênção e procurar conhecer mais e mais a fé católica apostólica. Sei que muitos podem e poderão achar que essa é só mais uma "fase", que assim como eu passei por outras igrejas, passarei também pela católica... Mas só pensa isso quem não sabe (ou se esqueceu) que a Igreja Católica não é uma igreja como outra qualquer, não é uma "opção" válida entre outras igualmente válidas. Quem se converte à Igreja Católica, ou nela permanece, pensando que o catolicismo é uma "opção" dentre outras (em vez de ser a verdade plena e definitiva), não conhece a fé que professa. E em meu íntimo eu já sabia que ser católico é algo muito sério, e também por isso eu vinha adiando minha decisão, até que a graça de Deus suplantou o meu medo e meu orgulho, de modo que eu abracei a fé católica com plena consciência do que isso significa, com a consciência de que essa é uma decisão para a vida toda. Eu sabia que, no dia em que me convertesse ao catolicismo, seria de uma vez para sempre.
Que Deus me dê a graça de perseverar até o fim. Que Ele não permita jamais que eu volte a seguir o meu próprio entendimento (Pv. 3,5), que não me deixe cair nessa tentação (pois sou homem e por isso estarei sempre sujeito a cair). Que eu nunca me esqueça de que sem Deus eu nada sou e nada posso fazer.
Quero agradecer publicamente ao meu irmão e amigo Marcus Pimenta, que suportou por anos a fio a minha petulância e a minha teimosia, em intermináveis debates por e-mail. Jamais esquecerei sua paciência e sua generosidade, meu irmão!
Agradeço também ao meu amigo e irmão Robson, companheiro do bacharelado ao mestrado em filosofia (hoje ele é doutorando e professor com uma brilhante carreira pela frente), com quem tive o prazer de conversar muitas vezes e que tenho a certeza de que rezou por mim.
Agradeço também à equipe do site Veritatis Splendor, especialmente os irmãos Alessandro Lima, Alexandre Semedo (a quem devo desculpas pelo tom ríspido dos últimos e-mails, de alguns anos atrás!) e Rafael Vitola Brodbeck, com os quais tive o privilégio de debater e com quem muito aprendi (e continuo a aprender!).
Agradeço ainda ao estimado irmão Marcelo Coelho, pela inestimável ajuda; ao prezado Yvan Eyer, com quem "briguei" muitas vezes pelo Orkut mas que também contribuiu, com sua inteligência e conhecimento, para esse passo tão importante; ao querido Joathas Bello, cristão exemplar e uma das pessoas mais íntegras e inteligentes que conheço; aos familiares e amigos da minha esposa em Belford Roxo (Baixada Fluminense), com quem tive (e espero continuar tendo!) a oportunidade de conhecer de perto o jeito católico de ser; e a todos os irmãos que, de uma forma ou de outra, me ajudaram e têm ajudado na caminhada até aqui. Que Deus abençoe grandemente todos vocês!
Enfim, agradeço à minha esposa, Osana, católica de berço, e que assim permaneceu até hoje. Ainda que não tenha influenciado diretamente no meu processo de conversão, ela certamente contribuiu com o seu comportamento, com sua simples presença ao meu lado, como que sempre a me lembrar da possibilidade de vir a me tornar católico. Também com ela eu comecei a aprender algo sobre o catolicismo, especialmente no que diz respeito à liturgia e ao calendário da Igreja. Com ela eu fui a várias missas, bem antes de me converter (missas nas quais a graça de Deus certamente já agia, ainda que silenciosamente). E com ela eu pude receber o meu primeiro sacramento católico, já que nos casamos na Igreja Católica.
Finalmente, quero agradecer a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, a quem toda a honra e toda a glória são devidas, e à Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, pela maravilhosa intercessão em favor desse filho rebelde!
A todos, o meu cordial e fraterno abraço.

FONTE ELETRÔNICA:

Pessoas de fé podem ficar deprimidas

A depressão, doença tão comum em nossos dias, está envolvida por muitos mitos como acontece com várias outras doenças que envolvem o sentimento das pessoas. Aqui queremos desmistificar alguns deles.
A depressão não é uma manifestação de caráter imperfeito ou de fraqueza humana, a depressão é uma doença grave. Portanto todos estamos sujeitos a ficarmos deprimidos. A depressão não é apenas um 'mau-dia', não é simplesmente 'acordar mau-humorado'.
Outro mito que afasta pessoas de procurar ajuda, e as afasta mais ainda de buscar oração e orientação espiritual diz respeito à fé: 'Pessoas de fé não ficam deprimidas'. Se pessoas profundamente religiosas e até mesmo com Dom de cura são vítimas de pressão alta, resfriados, esclerose e outras tantas doenças, por que não podem ficar deprimidas, se a depressão é uma doença?
Portanto pessoas que possuem uma crença e um relacionamento íntimo com Deus também ficam deprimidas. O que ocorre com muita freqüência é um esfriamento deste relacionamento com Deus, porque é próprio da depressão levar a uma dificuldade de concentração, a um sentimento de indignidade, imobilizando desta forma várias áreas da nossa vida, inclusive a fé.
São três os fatores se entrelaçam e podem determinar o surgimento da depressão: a história familiar de pacientes depressivos revela que seus parentes sofrem ou sofreram de depressão, tornando-os predispostos a desenvolverem a doença; o estresse é uma força propulsora que, agrupado a outros fatores, pode desencadear a depressão; a tristeza, o pesar das perdas e a solidão são fatores que, quando não bem elaborados, não expressados adequadamente, transformam-se em doenças, uma delas a depressão.
As principais características da depressão são: Ruminação de pensamentos, sono conturbado, aumento ou diminuição do apetite, redução da capacidade de concentração, incapacidade de encontrar prazer em atividades agradáveis, perda de energia, dores crônicas e sofrimento que parecem ter causa física, mas que não reagem ao tratamento, afastamento e isolamento social.
Devemos ter em mente que depressão é uma doença grave e precisa ser tratada. O psiquiatra é o profissional mais indicado para o tratamento, pelo fato de haver um desequilíbrio químico cerebral em muitos casos. O tratamento clínico acompanhado de psicoterapia se torna mais eficaz, pois a psicoterapia vai levar o paciente a desenvolver habilidades para combater o problema e suas angústias. Porém é a perseverança na oração, mesmo nos momentos de maior aridez que vão sustentar a pessoa deprimida e dar-lhe força para enfrentar o tratamento.
Sendo o isolamento um fator desencadeante da depressão, uma das melhores formas de combatê-la é evitar este isolamento, buscando contato com pessoas que tenham significado em suas vidas, buscando atividades que possam ser úteis, ajudando outras pessoas necessitadas; ninguém é suficientemente 'pobre' que não tenha nada para dar ou suficientemente 'rica' que não necessite de carinho.
Concluindo, deixemos de lado os paradigmas de que a depressão só ataca pessoas fracas e sem fé. É obrigação nossa como seres humanos e cristãos estarmos sempre atentos para nossas reações físicas, pois o corpo fala, nos dá sinais de como está nossa saúde física, mental e espiritual.
Fiquemos também atentos às pessoas que estão ao nosso redor e nos procuram. Elas podem estar sofrendo caladas, esperando uma abertura, nem que seja uma pequena fresta para colocarem seus sentimentos e suas dores. Não podemos nos esquecer do calor humano que se expressa através do dar as mãos, não só no sentido figurativo, mas no seu verdadeiro sentido de abraçar, de acolher, de acalentar, de partilhar, de conversar e de compreender.

Mara Silvia M. Lourenço - PsicólogaExtraído de www.cancaonova.com

O que é o Reino de Deus?

Autor: Rafael de Mesquita Diehl
Publicação: Março de 2010
Muito se fala hoje em dia nos meios católicos sobre “trabalhar pelo Reino de Deus”. De fato, o “Reino de Deus” (basileia tou Qeou) é algo central no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Cumpre-nos, contudo, observar qual o verdadeiro sentido desse termo, a fim de não cairmos em erros heterodoxos, como ocorre freqüentemente a deturpação da doutrina da Igreja acerca do Reino de Deus.
Observaremos, aqui, que o Reino de Deus assume na doutrina da Igreja várias dimensões, que não são excludentes, mas complementares. Primeiramente, devemos lembrar que Deus já reina no Universo pelo senhorio natural que exerce sobre a Criação. De fato, é Deus que governa e sustenta a Criação. Contudo, o Reino de Deus anunciado por Cristo no Evangelho diz respeito a algo mais profundo: a um reinado que restaurará a ordem, a justiça e a paz na Criação e que também renovará toda a obra criada. Por fim, observemos também que há uma forma com que o Reino de Deus se insere no âmbito pessoal e social.
I – O Reino Messiânico inaugurado por Cristo
O Catecismo da Igreja Católica ensina que:

“Doravante, Cristo está sentado à direita do Pai: «Por direita do Pai entendemos a glória e a honra da divindade, em cujo seio Aquele que, antes de todos os séculos, existia como Filho de Deus, como Deus e consubstancial ao Pai, tomou assento corporalmente desde que encarnou e o seu corpo foi glorificado».
Sentar-se à direita do Pai significa a inauguração do Reino messiânico, cumprimento da visão do profeta Daniel a respeito do Filho do Homem: «Foi-Lhe entregue o domínio, a majestade e a realeza, e todos os povos, nações e línguas O serviram. O seu domínio é um domínio eterno, que não passará jamais, e a sua realeza não será destruída» (Dn 7, 14). A partir deste momento, os Apóstolos tornaram-se as testemunhas do «Reino que não terá fim».” (663 – 664)
Portanto, havia já no Antigo Testamento um anúncio a respeito da vinda de um Reino messiânico, que seria inaugurado pelo Filho do Homem. Este homem seria um ungido (Cristos) de Deus e seu reino seria eterno. Entre os judeus do tempo de Jesus, a expectativa do advento deste Reino messiânico era muito forte, contudo muitos esperavam um Reino humano, terreno, onde Israel expulsaria os dominadores estrangeiros e estenderia seu poder sobre os outros povos e nações. O Reino messiânico anunciado pelos profetas e pregado por Cristo, contudo, é de natureza escatológica e espiritual. Em Sua pregação, Nosso Senhor fala a respeito da proximidade desse Reino. De fato, Jesus inaugurou o Reino quando ascendeu aos Céus e “sentou-se à direita do Pai”. O Reino de Deus está presente no mundo pela Igreja, e alcançará a sua plenitude no fim dos tempos, com a segunda vinda de Nosso Senhor, quando virá para julgar os vivos e os mortos.
“Depois da ascensão, o desígnio de Deus entrou na sua consumação. Estamos já na «última hora» (1 Jo 2, 18) (611). «Já chegou pois, a nós, a plenitude dos tempos, a renovação do mundo já está irrevogavelmente adquirida e, de certo modo, encontra-se já realmente antecipada neste tempo: com efeito, ainda aqui na Terra, a Igreja está aureolada de uma verdadeira, embora imperfeita, santidade». O Reino de Cristo manifesta já a sua presença pelos sinais miraculosos que acompanham o seu anúncio pela Igreja.” (Catecismo da Igreja Católica, 670).
O Reino de Deus inaugurado por Cristo, segundo o Papa Bento XVI, assume três dimensões: cristológica, mística e eclesiológica. Estas tripla dimensão do Reino de Deus aparece nos escritos dos Padres da Igreja. A dimensão cristológica encontra expressão no teólogo Orígenes, que definiu Jesus Cristo como a autobasiléia (autobasileia), ou seja, o próprio Reino. Nesse sentido, o Reino de Deus não seria um mero domínio espacial como os reinos humanos, mas seria uma Pessoa; Cristo é Deus presente entre os homens, e desta forma os conduz para Deus[1]. A dimensão mística diz respeito ao domínio de Deus no interior do homem, de forma que o homem pela santidade busque fazer de si mesmo um lugar onde Deus possa reinar. Já a dimensão eclesiológica consiste na relação entre o Reino de Deus e a Igreja, a qual já expusemos anteriormente citando o Catecismo da Igreja [2].
O tempo atual, é de espera e vigília pelo advento do Reino de Deus, conforme também diz o Catecismo: “Cristo afirmou, antes da sua ascensão, que ainda não era a hora do estabelecimento glorioso do Reino messiânico esperado por Israel, o qual devia trazer a todos os homens, segundo os profetas, a ordem definitiva da justiça, do amor e da paz. O tempo presente é, segundo o Senhor, o tempo do Espírito e do testemunho mas é também um tempo ainda marcado pela «desolação» e pela provação do mal, que não poupa a Igreja e inaugura os combates dos últimos dias. É um tempo de espera e de vigília” (Catecismo, 672). Isto quer dizer que estamos aguardando a vinda do Reino, já presente na Igreja, em sua plenitude. E antes da vinda de Cristo, a Igreja ensina que virá o Anticristo: “A suprema impostura religiosa é a do Anticristo, isto é, dum pseudo-messianismo em que o homem se glorifica a si mesmo, substituindo-se a Deus e ao Messias Encarnado” (Catecismo, 675). Portanto, vemos como nos tempos finais, o Demônio tentará desviar os homens do projeto do Reino de Deus pregado por Cristo, prometendo um falso messianismo, um Reino sem Deus.
Com a segunda vinda de Cristo, o Reino de Deus alcançará sua plenitude. Neste momento final da História, Cristo virá para julgar os vivos e os mortos:
“No dia do Juízo, no fim do mundo, Cristo virá na sua glória para completar o triunfo definitivo do bem sobre o mal, os quais, como o trigo e o joio, terão crescido juntos no decurso da história.
Quando vier; no fim dos tempos, para julgar os vivos e os mortos, Cristo glorioso há-de revelar a disposição secreta dos corações, e dará a cada um segundo as suas obras e segundo tiver aceite ou recusado a graça.” (Catecismo, 681-682)
Com o juízo universal, Nosso Senhor Jesus Cristo consumará o Reino de Deus, restabelecendo a ordem, a justiça e a paz no Universo e renovando toda a Criação, onde haverá “Novos Céus e Nova Terra” (II Pe III, 13). Não será, portanto, um reino de natureza terrena, mas um Reino de plenitude espiritual sobre todo o Universo.
A palavra usada para o Reino de Deus nas Escrituras é malkut, em hebraico e basiléia, em grego. Esta palavra não designa apenas o reino em um sentido físico, territorial, mas trata da própria realeza e soberania de Deus sobre a história e sobre o universo criado [3].
II – O Reino de Deus no homem e na sociedade
Trabalhar pelo Reino de Deus também significa trabalhar para que Cristo reine nos homens e na sociedade. Isso significa que devemos nos esforçar para sermos fiéis aos ensinamentos de Cristo (fazendo-o Rei de nossas mentes e corações) e para que a sociedade seja regida pelos princípios evangélicos (ou seja, que as Leis, Governos e instituições estejam de acordo com os princípios morais, com os Dez Mandamentos, com o Evangelho).
Primeiramente é preciso que Cristo reine em nós. Para isso, devemos buscar a santidade, observar os mandamentos de Deus e da Igreja, freqüentar os sacramentos, entregando-nos a Cristo, colocando nossa vontade à serviço da Vontade de Deus, como fez Jesus em Sua vida terrena, sendo obediente ao Pai até a morte. Sobre isso, diz São Josemaría Escrivá:
“O Senhor impeliu-me a repetir, desde há muito tempo, um grito silencioso: Serviam!, servirei. Que Ele nos aumente as ânsias de entrega, de fidelidade à sua chamada divina - com naturalidade, sem ostentação, sem ruído -, no meio da rua. Agradeçamos-Lhe do fundo do coração. Elevemos uma oração de súditos, de filhos!, e a nossa língua e o nosso paladar experimentarão o gosto do leite e do mel, e nos saberá a favo cuidar do reino de Deus, que é um reino de liberdade, da liberdade que Ele nos conquistou.” [4]
São Josemaría continua, explicando que o programa do Reino de Deus anunciado por Jesus consiste na busca pela Justiça e pela Verdade, que é precisamente a santidade:
“Quando Cristo inicia a sua pregação na terra, não oferece um programa político, mas diz simplesmente: Fazei penitência, porque o reino dos céus está próximo. Encarrega os discípulos de anunciarem essa boa nova, e ensina a pedir na oração o advento do reino. Eis o reino de Deus e a sua justiça: uma vida santa; isso é o que temos que procurar em primeiro lugar, a única coisa verdadeiramente necessária.” [5]
É precisamente nesse sentido de buscar a santidade, meio pela qual Deus reina em nossas mentes e corações, que Jesus diz no Santo Evangelho “O Reino de Deus está entre vós!” (Lc 17, 20).
Cristo é Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, portanto é a fonte de poder e autoridade de todos os governantes e estes terão de prestar contas ao Senhor no dia do Juízo do uso da autoridade que Ele lhes concedeu. A religião, a vida de cristão, não é algo que se restringe ao âmbito privado: somos obrigados a sermos cristãos e prestar culto a Deus sempre, tanto na vida privada quanto pública. E é por isso que ensinou o Papa Leão XIII que os Estados também têm o dever de prestar culto a Deus. Devem portanto os cristãos enforcarem-se para que Cristo reine na sociedade, para que os governantes e instituições reconheçam a soberania de Cristo, fonte de todo poder e autoridade, e para que governem em conformidade com a Lei de Deus, o que resultará em grandes vantagens para a sociedade e lhe trará uma melhor Ordem , conforme ensinou o Papa Pio XI ao instituir a Festa de Cristo Rei. O reinado social de Nosso Senhor Jesus Cristo deve ser lembrado especialmente em nossos tempos, onde o violento laicismo quer renegar aos cristãos o direito de professar sua fé publicamente, onde se quer negar a Cristo a sua soberania e primazia sobre todas as coisas, onde se quer retirar os crucifixos dos estabelecimentos públicos, onde nem mesmo a moral é mais respeitada.

III – O Reino de Deus na Igreja

Como vimos anteriormente, o Reino de Deus já se manifesta na Terra pela Igreja, sendo portanto na Igreja onde participamos antecipadamente do Reino perfeito que não terá fim. Cristo reina pela Igreja, através do Papa e dos Bispos em comunhão com ele, que apascentam o rebanho dos fiéis. Para trabalhar pelo Reino de Deus, é preciso portanto estar unido à Igreja, estar em comunhão com o Papa, acolher seus ensinamentos, propagá-los e colocá-los em prática.
Na Igreja também, temos a antecipação da vinda escatológica do Reino de Deus quando assistimos a Santa Missa. Sobre isso, comenta o Papa Bento XVI:
“Cada reunião eucarística é para s cristãos esse lugar da soberania do rei da paz. A comunidade da Igreja de Jesus Cristo, que envolve todo o mundo, é então um pré-esboço da terra de amanhã, que deve tornar-se uma terra da paz de Jesus Cristo. Também aqui a terceira bem-aventurança está de acordo com a primeira: o que o Reino de Deus significa torna-se mais claro um pouco adiante, precisamente quando a pretensão dessa expansão se estende mais além da promessa da terra.” [8]
Assim, quando participamos da Missa, Cristo antecipa de certo modo Sua Vinda escatológica, tornando-se presente em nosso meio pela Eucaristia e oferecendo-se como alimento, para que possamos nos unir a Ele e assim Ele possa reinar plenamente em nós.
IV – Idéias erradas sobre o Reino de Deus
Existem basicamente dois erros comuns sobre o Reino de Deus. O primeiro é de tendência gnóstica e crê que o Reino de Deus seria puramente espiritual, não devendo os cristãos esforçarem-se para que Cristo reine na sociedade. Esta tese é errônea, pois Cristo recebeu do Pai toda a autoridade e todo poder sobre o Universo, sendo Rei portanto de todas as coisas.
O segundo erro é de matriz materialista. Crê que o Reino de Deus será instaurado em sua plenitude na Terra, um paraíso terrestre. Este erro originou-se dos judeus do tempo de Jesus, que queriam um Messias terreno que fizesse Israel governar e submeter todos os povos. Esse erro é defendido hoje pela Teologia da Libertação que crê na implantação de um paraíso terrestre por meio da abolição da hierarquia e das classes sociais.
O Demônio tentou Jesus no deserto das duas formas: tentou-lhe a usar dos milagres como única forma de resolver os problemas (transformar pedras em pães, jogar-se do alto do Templo para forçar um milagre) o que acontece quando tentamos a Deus, querendo que ele nos sirva; e também tentou Jesus ao materialismo (oferecendo-lhes os reinos terrenos) o que acontece quando colocamos as coisas matérias como o mais importante de nossas vidas. Jesus respondeu à ambas as tentações pela entrega e obediência à vontade do Pai. De fato, só há liberdade e Reino perfeito em Deus, que é Sumo Bem e Justiça, que nos livra da escravidão do pecado e da morte. O Reino de Deus não é deste mundo, mas está em parte nesse mundo. Só terá seu cumprimento pleno no Fim dos Tempos.
Conclusão
O Reino de Deus é, nos dizeres do Papa João Paulo II, o destino do homem. É o desígnio de santidade que nos foi preparado por Deus. Este Reino é eterno e terá sua plenitude coma vinda de Cristo no Fim dos Tempos e o surgimento dos “Novos Céus e Nova Terra”. Já participamos desse Reino, contudo, ao trabalharmos em união com a Igreja, ao buscarmos a santidade, ao oferecermos a Deus nossas obras e a nós mesmos, fazendo-os nosso Rei. Antecipamos o Reino também quando trabalhamos para que a sociedade reconheça Cristo como seu Senhor e siga seus ensinamentos.
Dessa forma vivemos com a meta em Deus e não nas realidades transitórias e passageiras, como ensina o Papa João Paulo II:
“O Evangelho do reino de Deus é a confirmação da obra divina da criação. Deus criou o mundo para o homem, para todos os homens e mulheres. Mas como o destino definitivo do homem é o reino de Deus, não pode ele viver exclusivamente para o mundo. Não pode viver como se o mundo e as realidades temporais fossem sua meta definitiva. Não pode arrimar totalmente o coração nos bens e nas riquezas desta terra.” [10]
Para São Josemaría Escrivá, o Reino de Deus consiste na Verdade e Justiça que vivemos e testemunhamos: “Verdade e justiça; paz e gozo no Espírito Santo. Esse é o reinado de Cristo: a ação divina que salva os homens e que culminará quando a História terminar e o Senhor, que se senta no mais alto do Paraíso, vier julgar definitivamente os homens.” Assim, o Reino de Deus consiste em vivermos santamente, unidos a Cristo, que nos conduzirá ao verdadeiro Paraíso, de felicidade eterna.
Christus regnat!
Rafael de Mesquita Diehl, 23 de janeiro de 2010, I Vésperas do III Domingo do Tempo Comum.

[1] BENTO XVI, Papa. Jesus de Nazaré: primeira parte – do batismo no Jordão à transfiguração. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007. p. 59.
[2] Idem, Ibidem. p. 60.
[3] Ibid. pp. 64-65.
[4] ESCRIVÁ, São Josemaría. É Cristo que passa, n. 179. Disponível em:
http://www.escrivaworks.org.br/book/cristo_que_passa-capitulo-18.htm
[5] Idem, Ibidem, n. 180.
[6] “Sendo a sociedade política fundada sobre estes princípios, evidente é que ela deve, sem falhar, cumprir por um culto público os numerosos e importantes deveres que a unem a Deus. Se a natureza e a razão impõem a cada um a obrigação de honrar a Deus com um culto santo e sagrado, porque nós dependemos do poder dele e porque, saídos dele, a Ele devemos tornar, à mesma lei adstringem a sociedade civil. Realmente, unidos pelos laços de uma sociedade comum, os homens não dependem menos de Deus do que tomados isoladamente; tanto, pelo menos, quanto o indivíduo, deve a sociedade dar graças a Deus, de quem recebe a existência, a conservação e a multidão incontável dos seus bens. É por isso que, do mesmo modo que a ninguém é lícito descurar seus deveres para com Deus, e que o maior de todos os deveres é abraçar de espírito e de coração a religião, não aquela que cada um prefere, mas aquela que Deus prescreveu e que provas certas e indubitáveis estabelecem como a única verdadeira entre todas, assim também as sociedades não podem sem crime comportar-se como se Deus absolutamente não existisse, ou prescindir da religião como estranha e inútil, ou admitir uma indiferentemente, segundo seu beneplácito. Honrando a Divindade, devem elas seguir estritamente as regras e o modo segundo os quais o próprio Deus declarou querer ser honrado.
Devem, pois, os chefes de Estado ter por santo o nome de Deus e colocar no número dos seus principais deveres favorecer a religião, protegê-la com a sua benevolência, cobri-la com a autoridade tutelar das leis, e nada estatuírem ou decidirem que seja contrário à integridade dela. E isso devem-no eles aos cidadãos de que são chefes. Todos nós, com efeito, enquanto existimos, somos nascidos e educados em vista de um bem supremo e final ao qual é preciso referir tudo, colocado que está nos céus, além desta frágil e curta existência. Já que disso é que depende a completa e perfeita felicidade dos homens, é do interesse supremo de cada um alcançar esse fim. Como, pois, a sociedade civil foi estabelecida para a utilidade de todos, deve, favorecendo a prosperidade pública, prover ao bem dos cidadãos de modo não somente a não opor qualquer obstáculo, mas a assegurar todas as facilidades possíveis à procura e à aquisição desse bem supremo e imutável ao qual eles próprios aspiram. A primeira de todas consiste em fazer respeitar a santa e inviolável observância da religião, cujos deveres unem o homem a Deus.” (LEÃO XIII, Papa. Encíclica Immortale Dei sobre a Constituição Cristã dos Estados, n. 11-12. Roma, 1885. Disponível em:
http://www.vatican.va/holy_father/leo_xiii/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_01111885_immortale-dei_po.html )
[7] “En cambio, si los hombres, pública y privadamente, reconocen la regia potestad de Cristo, necesariamente vendrán a toda la sociedad civil increíbles beneficios, como justa libertad, tranquilidad y disciplina, paz y concordia. La regia dignidad de Nuestro Señor, así como hace sacra en cierto modo la autoridad humana de los jefes y gobernantes del Estado, así también ennoblece los deberes y la obediencia de los súbditos. Por eso el apóstol San Pablo, aunque ordenó a las casadas y a los siervos que reverenciasen a Cristo en la persona de sus maridos y señores, mas también les advirtió que no obedeciesen a éstos como a simples hombres, sino sólo como a representantes de Cristo, porque es indigno de hombres redimidos por Cristo servir a otros hombres: Rescatados habéis sido a gran costa; no queráis haceros siervos de los hombres.
“Y si los príncípes y los gobernantes legítimamente elegidos se persuaden de que ellos mandan, más que por derecho propio por mandato y en representación del Rey divino, a nadie se le ocultará cuán santa y sabiamente habrán de usar de su autoridad y cuán gran cuenta deberán tener, al dar las leyes y exigir su cumplimiento, con el bien común y con la dignidad humana de sus inferiores. De aquí se seguirá, sin duda, el florecimiento estable de la tranquilidad y del orden, suprimida toda causa de sedición; pues aunque el ciudadano vea en el gobernante o en las demás autoridades públicas a hombres de naturaleza igual a la suya y aun indignos y vituperables por cualquier cosa, no por eso rehusará obedecerles cuando en ellos contemple la imagen y la autoridad de Jesucristo, Dios y hombre verdadero.” (PIO XI, Papa. Encíclica Quas primas sobre a Festa de Cristo Rei, n. 17-18. Roma, 1925. Disponível em:
http://www.vatican.va/holy_father/pius_xi/encyclicals/documents/hf_p-xi_enc_11121925_quas-primas_sp.html )
[8] BENTO XVI, Papa. Jesus de Nazaré, Op. Cit. p. 87.
[9] JOÃO PAULO II, Papa. Homilia na Missa celebrada para os fiéis da Arquidiocese de São Luís do Maranhão, n. 1. 1991. Disponível em:
http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/homilies/1991/documents/hf_jp-ii_hom_19911014_sao-luis_po.html
[10] Idem, Ibidem. n. 2.
[11] ESCRIVÀ, São Josemaría. Op. Cit. n. 180.


FONTE ELETRÔNICA:
http://www.reinodavirgem.com.br/igreja/reino-de-deus.html

Falsas Doutrinas

Debatendo com protestantes

Neste mês de Julho de 2007, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé publicou um documento chamado "respostas à questões relativas sobre alguns aspectos da doutrina sobre a Igreja", onde se reafirma uma verdade fundamental que o Sagrado Magistério da Igreja sempre defendeu: a única Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo é a Igreja Católica Apostólica Romana.
O documento reconhece que nas demais igrejas e denominações encontram-se também "elementos de santificação e verdade"; porém somente na Santa Igreja Católica a verdade é conservada íntegra, pois, conduzida pelo Espírito Santo e infalível em matéria de fé e moral, como afirma o número 2035 do Catecismo da Igreja Católica (Cat.). Esta é a razão pela qual o documento desagradou à muitos protestantes.
A doutrina protestante atinge inúmeras denominações no mundo inteiro, tais como: luteranos, anglicanos, calvinistas, metodistas, batistas, adventistas, "Assembléia de Deus", "Deus é Amor", "Igreja Universal do Reino de Deus", "Igreja Internacional da Graça de Deus", e assim por diante.
O protestantismo surgiu no século XV, com Martinho Lutero, e se fundamenta em duas heresias: na "Sola Scriptura" (ou seja, na aceitação da Bíblia como a único pilar da fé, desprezando-se da Tradição e do Sagrado Magistério da Igreja) e no "livre exame" (ou seja, o princípio de que cada fiel pode interpretar a Bíblia livremente, sem depender da interpretação do Sagrado Magistério da Igreja).
Não é difícil de perceber que tal raciocínio carece de lógica, tendo em vista que foi o próprio Magistério da Igreja quem definiu os livros que deveriam fazer parte da Sagrada Escritura (os chamados "canônicos") e quais não deveriam (os chamados "apócrifos"), no pontificado do Papa São Dâmaso, próximo ao Concílio de Éfeso (século IV).
É uma questão de lógica: é impossível provar que a Bíblia é a Palavra de Deus por ela mesma. Evidentemente, isto seria uma argumentação sem fundamento algum. É preciso que uma instância autorizada à isso o faça; esta instância é o Magistério da Igreja, instituído por Nosso Senhor. Como então aceitar a Bíblia como verdade e desprezar o Magistério, se foi o próprio Magistério que a confeccionou?
É também uma questão de lógica pensar que Nosso Senhor tenha instituído na terra uma autoridade para interpretar o que Ele revelou; caso contrário, cada um pegaria a Bíblia e sairia interpretando do jeito que bem quisesse - e é exatamente o que os protestantes fazem; por isso existem mais de milhares de denominações protestantes diferentes, cada uma interpretando a Sagrada Escritura de uma maneira diferente. Já a fé católica é objetivamente clara e segura, e nela não existe espaço para tais controvérsias.
Do desprezo do Sagrado Magistério da Igreja derivam todos os outros erros protestantes, como por exemplo, a negação:
  • da Presença Real de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento (Cat. 1373-1381)
  • da Santa Missa como renovação do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo na cruz (Cat. 1362-1372)
  • da diferença essencial e mística entre sacerdotes ordenados e leigos (Cat. 1546-1547)
  • da maternidade divina da Santíssima Virgem (Cat. 490-495), da Sua Imaculada Conceição (Cat. 490-493), Virgindade Perpétua (Cat. 496-500), Gloriosa Assunção ao Céu (Cat. 966) e Mediação subordinada à Mediação de Nosso Senhor (Cat. 969)
  • do culto de veneração à Santíssima Virgem (Cat. 971) e aos santos canonizados pela Santa Igreja (Cat. 1090)
  • do culto às santas imagens (Cat. 2132)
  • da intercessão da Santíssima Virgem e dos santos (Cat. 956)
  • da doutrina do purgatório (Cat. 1030-1032)
E assim por diante.
Tenho travado via internet alguns debates com protestantes, e tenho percebido que a linha de argumentação deles geralmente é a mesma. À título de ilustração, transcrevo abaixo três destas debates, e podemos perceber como neles os mesmos equívocos protestantes se repetem, equívocos estes que não resistem à uma contra-argumentação bem-embasada. Os nomes dos protestantes são fictícios.
Debate 1

Martinho> EI VC JA LEU A BIBLIA ALGUMA VEZ ? COMO VC DIZ Q MARIA É A PORTA DOS CEUS POR FAVOR SE VC TIVER BIBLIA LEIA JOAO 16:4 E VC VAI VER Q SÓ QUEM PODE SALVAR E JESUS MARIA SÓ FOI UMA CANAL NAO ESQÇA DISSO NAO POR FAVOR VC JA VIU NA BIBLIA ONDE MARIA SALVA LEIA LUCAS CAPITULO DOIS TODO AI VC VAI ENTENDER Q MARIA NAO SALVAR NIGUEM POIS NESSE CAPITULO ELA AGRADECIR A DEUS POR DEUS TER SALVO ELA LEMBRE DISSO DEUS TE ABENÇOE
Eu> Caríssimo Martinho, a Sagrada Escritura precisa ser interpretada corretamente e só quem pode fazer isso, conduzido pelo Espírito Santo, é o Sagrado Magistério da Igreja, ou seja, o Papa com os Bispos em comunhão com ele. De nada adiante querer interpretar versículos fora do contexto. Não faz sentido a aceitação da Bíblia como Palavra de Deus e a não aceitação do Sagrado Magistério como instituído por Nosso Senhor - não é difícil de perceber que tal raciocínio carece de lógica, tendo em vista que foi o próprio Magistério da Igreja quem definiu os livros que deveriam fazer parte da Sagrada Escritura (os chamados "canônicos") e quais não deveriam (os chamados "apócrifos"), no pontificado do Papa São Dâmaso, próximo ao Concílio de Éfeso (século IV). Quanto ao título "Porta do Céu", é um título tradicional da Santa Igreja para falar da Santíssima Virgem e diz respeito a intercessão Dela, que nos leva à Nosso Senhor Jesus Cristo, que como você disse, é o único Salvador do gênero humano.
Martinho, sugiro que leia o seguinte artigo:
http://www.reinodavirgem.com.br/igreja/infalibilidade.html
Martinho> ei vc acha q maria depois de ter Jesus contiuo virgem ?
ei a biblia é para todos
Eu> Caríssimo Martinho:
Sim, Maria Santíssima continuou Virgem depois de gerar Nosso Senhor, isto é um dogma da fé católica. O que na Sagrada Escritura, nas traduções em português, aparece como "irmãos de Jesus" designa no hebraico e no aramaico um grau de parentesco que engloba também o que aqui chamamos de "primos".
Quanto à Sagrada Escritura, é claro que ela é pra todos, na medida que a Revelação Divina é para todos; porém, nem todos podem interpretá-la. Se assim o fosse, não haveria mais de 2000 denominações cristãs no mundo, cada um interpretando a Bíblia do jeito que bem entende. É uma questão de lógica pensar que Nosso Senhor tenha instituído na terra uma autoridade para interpretar e transmitir a Revelação Divina; e esta autoridade é o Sagrada Magistério da Igreja.
Quanto ao que lhe falei ontem, e aos artigos que lhe indiquei, não apresentastes contra-argumento nenhum. Apenas dissestes, sem apresentar embasamento lógico nenhum: "Ei, a Bíblia é para todos"...
Martinho> TA VEIJO Q VC ESTAR ILUDIDO MESMO ENTAO TA Q DEUS TE ABENÇOE E ABRA OS SEUS OLHOS E LEIA MATEUS 22:29 A E SE QUIZER LER O CONTEXTO VAI SER MELHOR AINDA TA
oi eu vim aki para dizer q nao vim aki para atingi a tua religiao e nem te julgar por isso ou akilo pois sei q em ( mateus 7:1 q da mesma forma q julgamos seremos julgados )mais vim para te deichar alguns versiculos e tb esclarecer sobre os filhos de maria (mais anteçao leia com atençao )afirmo q qdo a biblia se referi aos irmaos de JESUS se referem a graus de parentesco proximo (primos e tios)porq o hebraico e o aramaico nao deferencia uns do outros .isso serferia se fose no antigo testamento mais aki trata-se do novo testamento e como vc sabe foi escrito em grego a qual possui o termo defenido para cada grau de parentesco o grego usa adelfos para irmao,aldeufe`para irma anepsiòs para primos e suggenis para prima esta escritos q JESUS TEVI ADELFO E ADEUFES(MATEUS 13:55-56 )MAIS INDEPENDENTE DE TUDO SE VC FOR ACREDITAR Q JESUS CRISTO TEVI FILHO ,OU Q MARIA SALVA,VENHO TI DIZER Q JESUS CRISTO SALVA E SÓ A MEDIADOR ENTRE DEUS E O HOMEM E ELE É O UNICO Q SALVA Q LEVA O HOMEM DE VOLTA PARA O PAI JOAO 14:6
Eu> Caríssimo Martinho, concordo contigo que a Santíssima Virgem por Ela mesma não tem o poder de salvar ninguém, e que Nosso Senhor Jesus Cristo é o Único Salvador - não falei o contrário disso! O papel da Santíssima Virgem é levar-nos a Nosso Senhor por Sua Poderosa Intercessão, por isso Ela é a MEDIANEIRA
JUNTO AO ÚNICO MEDIADOR. Ela nos leva a Nosso Senhor, e Nosso Senhor nos leva ao Pai!
Quanto a questão de "irmãos" e "primos": Mateus certamente não falava grego, e não escreveu o seu Evangelho em grego. Os exegetas são unânimes em afirmar que foi escrito em aramaico, mas essa fonte se perdeu.O que chegou até nós foi a versão grega, certamente muito antiga [possivelmente pelo ano 70], E mais ainda que uma limitação "linguística", o costume de chamar os parentes próximos de "irmãos" é uma característica cultural.
Por exemplo, se os judeus quisessem se referir a alguém como "primo", eles conseguiriam, porque existe uma construção hebraica, "ben-dod" [ou coisa parecida] que, literalmente, significa "filho do tio" - portanto, primo. Mas os judeus não a utilizavam, e preferiam chamar "irmão". Outro exemplo: na carta aos Gálatas, São Paulo fala de um Apóstolo Tiago, irmão do Senhor [em grego, adelphos mesmo]. Só que nenhum Apóstolo Tiago é irmão de Cristo, e isso é fácil de ver, porque tem os nomes deles nos evangelhos, e um Tiago é filho de Alfeu e, o outro, de Zebedeu. Mas independente de tudo isso, só o fato de o Sagrado Magistério da Igreja nos garantir que a Maria Santíssima é Virgem antes, durante e depois do parto já é suficiente para nos dar esta certeza. Aliás, NÃO CONTRA-ARGUMENTASTES as provas, PELA LÓGICA, que citei de que somente o Sagrado Magistério da Igreja pode interpretar a Sagrada Escritura, apenas continua repetindo versículos fora de contexto...
Martinho> mano contra a verdade so a verdade
ta certo meu irmao nao irei fikr descutindo com vc se vc mesmo nao qr abrir seus olhos enqto a questao de maria mos levar a JESUS ei e o espirito santo fik a onde em ? mais tudo bem vc nao q eschegar a verdade preferi confiar no magisterio doq vc proprio ler entao ta , q vc deiche a verdade entrar em vc fik na paz xau
Eu> Caríssimo Martinho, perceba que enquanto eu estou argumentando com elementos concretos e fatos históricos, você continua dizendo que "é porque é". O que isso te faz concluir?
O protestante não mais respondeu.
Debate 2
Henrique> Veneração de acordo com o dicionario aurélio significa...ato ou efeito de venerar; reverencia ;respeito, admiração.DEVOÇÃO,CULTO,ADORAÇÃO...
SEGUNDO A BIBLIA SAGRADA PRESTAR CULTO A UMA IMAGEM QUE NÃO FALA NÃO V NÃO ANDA NÃO RESPIRA NÃO SENTE E NEM PODE ESTENDER SEU BRAÇO PARA ABENÇOA ALGUEM É PECADO E A PESSOA QUE SE MANTER NESSE ERRO O DESTINO É O INFERNO. ME PROVE AO CONTRARIO NA BIBLIA QUE EU TE DO A RAZÃO.
EXODO:20:4,5.
Deuteronomio 27:15...ROMANOS:1:23
vc é escravo de maria se vc é escravo de maria vc tem que obedecer maria...sabe o que maria disse na biblia no livro de João capitulo 2 versiculo 3,4 e 5.Jesus Cristo disse:(EU)sou o caminho a verdade ea vida.
maria falo obedecei a Jesus e não a mim entaum tah na hora de vc começa a obedecer a Jesus e não a maria foi ela quem disse isso.
Mateus 12,48 quem é minha mãe e meus irmãos? e estendendo a mão para os seus discipulos disse eis minha mãe e meus irmãos.( todo mundo que segue a jesus é a mãe e irmão dele)
JOÃO:10.9-JESUS DISSE: EU SO A PORTA E SE ALGUEM ENTRAR POR MIM , SERÀ SALVO;entrará e sairá e achara pastagem.1TIMOTIO:2,5- por quanto a um so DEUS e um so mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRITO.
Biblicamente errado maria não é medianeira de ninguem so Jesus.
JOÃO:8.32- conhecereis a verdade e a verdade vos libertarás
lê biblia faz bem para todo mundo pq vc não le tbm um poko
FIQUE NA PAZ DO NOSSO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO.
FELIZ È A NAÇÃO CUJO O DEUS È O NOSSO SENHOR.
Eu> Caríssimo Henrique:
A Sagrada Escritura precisa ser interpretada corretamente e só quem pode fazer isso, conduzido pelo Espírito Santo, é o Sagrado Magistério da Igreja, ou seja, o Papa com os Bispos em comunhão com ele. De nada adiante querer interpretar versículos fora do contexto. Não faz sentido a aceitação da Bíblia como Palavra de Deus e a não aceitação do Sagrado Magistério como instituído por Nosso Senhor - não é difícil de perceber que tal raciocínio carece de lógica, tendo em vista que foi o próprio Magistério da Igreja quem definiu os livros que deveriam fazer parte da Sagrada Escritura (os chamados "canônicos") e quais não deveriam (os chamados "apócrifos"), no pontificado do Papa São Dâmaso, próximo ao Concílio de Éfeso (século IV).
O dicionário aurélio, que você citou, não distingue os diversos sentido da palavra adoração. A teologia católica utiliza normalmente a palavra "adoração" para designar o culto que presta à Deus (e portanto, não à Santíssima Virgem e à nenhum santo). O culto que se presta à Santíssima Virgem e aos santos é um culto de veneração, que a teologia católica utiliza para designar um culto de honra DIFERENTE do culto que presta à Deus.
O Concílio Vaticano II, ao escrever sobre o culto ao qual a Santa Igreja honra a Virgem Maria, afirma: "Maria foi exaltada pela graça de Deus acima de todos os anjos e de todos os homens, logo abaixo de seu Filho, ser a Mãe Santíssima de Deus, como tal, haver participado nos mistérios de Cristo; por isso, a Igreja a honra com um culto especial. (...) "Todas as gerações me chamarão de bem-aventurada, porque fez em mim grande coisas o onipotente" (Lc 1,48) Este culto, tal como existiu sempre na Igreja, é de todo singular, mas DIFERE ESSENCIALMENTE DO CULTO DE ADORAÇÃO QUE É PRESTADO AO VERBO ENCARNADO E DO MESMO MODO AO PAI E AO ESPÍRITO SANTO, e muito contribui para ele." (Lumen Gentium, 66)
Este culto à Virgem Maria se expressa, entre outras formas, através do culto à Suas Santas Imagens. A acusação de que a Santa Igreja Católica cai na
idolatria ao cultuar as Santas Imagens também carece de fundamento, pois um estudo atento das Sagradas Escrituras mostra que Deus não proíbe em si mesma a confecção de imagens dos que estão no Céu, como se alega. O que Deus proíbe é a idolatria às imagens que havia nas práticas dos povos pagãos (Ex 20, 1). Prova disso é que Ele mesmo ordena à seguir que se faça a imagem de dois querubins (Ex 25, 18)!
Quanto à Mediação da Santíssima Virgem, o papel Dela não é outro senão levar-nos à Nosso Senhor Jesus Cristo e interceder por nós. Quem obedece à Ela, que manda "fazei o que Ele vos disser", naturalmente obedecerá à Nosso Senhor, que como você disse, é o único Salvador do gênero humano.
Sugiro que leias os seguintes artigos:
Henrique> abaixa esse audio e escuta um próprio padre concordando com alguns fatos e falando que na lei da igreja catolica...não se ensina a se ajoelhar ou adorar ou venerar (que é a msm coisa)uma imagem...e ele fala tbm que maria não pode tb, intercede por ninguem pelo motivo dela está morta provado com textos biblicos.
http://www.4shared.com/file/7624630/e21409f2/Debate_entre_pastores_e_padres.html
Eu> Caríssimo Henrique:
Tanto faz se é um pastor ou padre que diz algo; é apenas o Sagrada Magistério da Igreja (o Papa e os Bispos falando em comunhão com ele) que tem a infalibilidade em matéria de fé e moral. E já lhe mostrei, citando documento do Sagrada Magistério, que para a teologia católica adorar é DIFERENTE de venerar.
Também o Sagrado Magistério da Igreja atesta que os santos que estão no Céu (a Santíssima Virgem, os Santos Apóstolos e tantos outros) intercedem pelos que estão na Terra (Catecismo da Igreja Católica, 956)
Quanto ao que lhe falei ontem à respeito do Sagrado Magistério e os artigos que indiquei, não contra-argumentastes em nada...não faz sentido crer na Sagrada Escritura e não crer no que ensina o Sagrado Magistério da Igreja, caríssimo!
O protestante não mais respondeu.
Debate 3
Edir> NA BIBLIA FALA QUE JESUS TEVE IRMÃOS ENTÃO PODEMOS ENTENDER QUE MARIA Ñ MORREU VIRGEM. LEIA A BIBLIA
JESUS HOMEM TEVE MÃE,MAIS Ñ TEVE PAI,JESUS ESPIRITO TEM PAI MAIS Ñ TEM MÃE.
Eu> Edir, sobre a questão da interpretação da Sagrada Escritura e da Virgindade de Maria Santíssima, leia estes dois artigos:http://www.reinodavirgem.com.br/igreja/infalibilidade.html http://www.reinodavirgem.com.br/virgemmaria/virgindademaria.html
Se discordares de algo, peço que argumente de forma coerente, para prosseguirmos o debate.
Edir> EU PODERIA COLOCAR VARIOS VERSICULOS DA BIBLIA QUE MOSTRA QUE MARIA Ñ É MÃE DE DEUS Ñ IMPORTA OS ARTIGOS QUE VC INDIQUE EU SÓ ACREDITO NAQUILO QUE ESTA ESCRITO E MAIS NADA A BIBLIA É PALAVRA DE DEUS EU Ñ VOU DEIXAR DE CRER NA BIBLIA PARA CRER EM SIMPLES ARTIGOS.FOI A BIBLIA QUE MUDOU A MINHA VIDA.
Eu> Edir, eu também creio em tudo o que está escrito na Bíblia. Mas a Bíblia precisa ser bem interpretada! E quem pode fazer isso é somente o Sagrada Magistério da Igreja, com a autoridade dada por Nosso Senhor.
Não faz sentido a aceitação da Bíblia como Palavra de Deus e a não aceitação do Sagrado Magistério como instituído por Nosso Senhor - não é difícil de perceber que tal raciocínio carece de lógica, tendo em vista que foi o próprio Magistério da Igreja quem definiu os livros que deveriam fazer parte da Sagrada Escritura (os chamados "canônicos") e quais não deveriam (os chamados "apócrifos"), no pontificado do Papa São Dâmaso, próximo ao Concílio de Éfeso (século IV). Se lestes os artigos que indiquei, ficará mais claro.
Edir> durante anos eu e meus familiares fomos catolicos apostolicos romanos a vida era um verdadeiro inferno brigas,vicios,prostituição,separação etc... até que um dia tivemos conhecimento deste livro sagrado(biblia)começamos a ler nossos olhos espirituais começaram a abrir e descobrimos quem era o causador dos sofrimentos que estavamos passando,e antes nos ensinaram que era um,a cruz que tinhamos que levar,pouco a pouco fui descobrindo a verdade e hojé todos meu familiares somos felizes adoramos a um unico e verdadeiro DEUS.ELE DISSE EU SOU O CAMINHO A VERDADE E A VIDA E NINGUEM VEM AO SENÃO POR MIM.
Eu> Edir:
O fato de você ter sua vida transformada após renunciar a fé católica e aderir ao protestantismo não é critério para avaliar a verdade destas duas doutrinas, pois há outras variáveis em jogo.
Primeiro, porque embora a verdade se conserve íntegra somente na Santa Igreja Católica Apostólica Romana, Nosso Senhor Jesus Cristo tem o poder de agir mesmo em uma denominação cismática ou protestante, quando é buscado pelos fiéis de forma sincera e, sem culpa, não se dão conta do erro que estão cometendo em NÃO aderir à fé católica.(*)
Segundo, porque infelizmente hoje há muitos que se dizem católicos, mas não pregam a verdade da fé católica, mas sim o marxismo, o relativismo ou quaisquer outros "ismos", e possivelmente você não tenha recebido a autêntica pregação da fé católica quando a buscavas; mas sempre é tempo de recomeçar!
O protestante não mais respondeu.
Francisco Dockhorn, 10 de Agosto de 2007
------
(*): "Aqueles que ignoram SEM CULPA o Evangelho de Cristo e a sua Igreja, mas buscam a Deus na sinceridade do coração, e se esforçam, sob a ação da graça, para cumprir na sua vida a sua vontade, conhecida através dos ditames da consciência, também estes podem alcançar a salvação eterna. Nem a divina providência nega os meios necessários àqueles que, SEM CULPA, ainda não chegaram ao conhecimento explícito de Deus, mas procuram com a graça divina viver retamente." (Lumen Gentium, 16)

FONTE ELETRÔNICA:

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A doutrina da determinação

Entres as heresias ensinadas pelos teólogos da prosperidade, a mais falaciosa é a doutrina da determinação.Esses pregadores ensinam que em João 14.13 onde aparece o termo pedir está mal traduzido, pois no grego significaria determinar. Isso é uma falácia de altíssimo grau!
Vamos ver como reza o texto em diferentes versões da Bíblia:
E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Y todo lo quepidiereis al Padre en mi nombre, esto haré, para que el Padre sea glorificado en el Hijo
And whatsoever ye shall ask in My name, that will I do, that the Father may be glorified in the Son
A palavra grega usada aí para pedir é aitew (aiteo),que segundo o Léxico de Strong significa : pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer e não determinar.
O termo grego para determinar é: paragellw (paraggello).
Além disso, a doutrina da determinação fere a soberania de Deus. Deus é Senhor de todas as coisas. Nós estamos submissos à sua vontade e não ele à nossa.
É muita pretensão determinar coisas como se Deus estivesse aos nossos préstimos. Isso é uma inversão de valores perniciosa e que tem conseguido inúmeros adeptos no meio evangélico brasileiro.
Outro dia, um certo pregador televisivo encerrou sua oração da seguinte forma:
“…é o que determinamos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”
Isso é um absurdo!
Onde estão frases do tipo: “humildemente pedimos” ou “reconhecemos que nada merecemos mas te pedimos em nome de Jesus” ou simplesmente “ te pedimos…”?
Eu respondo: Estão sendo banidas pelo falso evangelho conhecido como teologia da prosperidade. Nessas horas é que nos lembramos de alguns livretos ou folhetos de evangelismo que ilustram o homem não nascido de novo com o “Eu” no centro.
O apóstolo João, no verso 5.14, diz:“E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve”.
Aqui mais uma vez é usado o termo aiteo, assim como em João14.13, mostrando que em nenhum momento Jesus ou os apóstolos ensinaram a determinação.
Deus disse: “O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo?”(Ml:1.6)
Onde já se viu um filho determinar o que quer que o pai faça?
Ou, semelhantemente, um servo determinar algo ao seu senhor?
O filho é submisso ao pai e o servo é submisso ao seu senhor.
Se Deus é nosso Pai então devemos honrá-lo como tal. Se ele é nosso Senhor então a nossa postura deve ser de Servos.
Determinar algo para o “poder de Deus” entrar em ação e fazer como ensinam alguns pregadores televisivos é desonrar à Deus como Pai e não colocá-lo na posição de Senhor.
Cristianismo ou feitiçaria?
“Então o tentador, aproximando-se, disse: Se é filho de Deus MANDA que essa pedra se transforme em pães”. MT 4:3
Hoje nas igrejas temos visto muitos serem levados por ventos de doutrina, como por exemplo, a teologia da determinação e reivindicação, em que o povo é ensinado por seus pastores a determinarem as suas bênçãos e a reivindicarem de Deus as suas vitórias e “direitos”, porém a verdade é que esse ensinamento equivocado possui o mesmo princípio satânico que vemos no versículo bíblico acima, onde satanás tenta induzir a Jesus a “determinar” ou “reivindicar” que a pedra se torne em pão: “Manda que essa pedra se torne em pão…”
Podemos perceber que satanás lança sua proposta: mande,ordene,reivindique de Deus que transforme essas pedras em pão, Ele tem que satisfazer a sua vontade, se você é filho mesmo você pode. Jesus rejeitou essa proposta.
O princípio satânico é o mesmo dessa teologia que parece querer colocar o homem na posição de comando, onde o povo é incentivado a dar ordens a Deus, tentando colocar o homem no comando, a criatura ordenando ao Criador.
Doutrinas de demônios
“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios.” I Tm 4:1
Ensinam, dentro dessa falsa doutrina, a “confissão positiva” onde dizem que a palavra do homem, ao ser pronunciada, tem “poder” e por isso deve-se ordenar e reivindicar algo através do poder de sua palavra e assim, ativada pela “fé”, um poder será liberado e aquilo vai acontecer e seus desejos serão realizados, como na feitiçaria que ensina justamente que uma palavra de comando previamente determinada deve ser ativada e assim aquilo que você deseja é liberado.
Podemos, então, discernir que essa doutrina da determinação possui o mesmo princípio ocultista utilizado por religiões satânicas, trazendo assim doutrinas de demônios, sorrateiramente, para dentro das igrejas.
Somos servos ou senhores?
“Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis; Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” Gn 3:4-5
Ora, se o poder será “ativado” pela palavra “poderosa” (confissão positiva) do homem, o poder e o comando são do homem e não mais do Senhor, logo este estará independente de Deus, justamente como a serpente sugeriu a Eva no Éden conforme o versículo acima, a sedutora oferta de ser igual a Deus, a estar no comando, a ser independente do Senhor, conforme um dia Lúcifer desejou,ele quis tomar o lugar de Deus e ainda hoje quer implantar no homem a mesma semente de rebelião.
Na verdade, os tais pastores que pregam esse engano, não passam de instrumentos de suas próprias cobiças.
O povo, por sua vez, também atraídos pela sua própria cobiça e querendo um Jesus “instantâneo” para satisfazer seus desejos e caprichos acabam sendo presas fáceis para esse tipo de “negócio”, ou seja, é a clientela e os mercenários da fé, uns mercadejam a Palavra de Deus e vendem Jesus por “trinta moedas de prata”, propagando um evangelho falso, porém muito lucrativo, que enche suas igrejas, enquanto, por outro lado, o povo aceita prontamente tais ofertas, pois querem garantir suas bênçãos, afinal o homem tem essa tendência de querer satisfazer seus anseios e assim são iludidos e persuadidos, tornando-se massa de manobra nas mãos de lobos devoradores.

FONTE ELETRÔNICA:

A perpétua virgindade da Santíssima Virgem

Desde o início do cristianismo Nossa Senhora era cultuada como “Áiepartenon”, isto é, a “sempre Virgem”.
A virgindade eterna de Maria é facilmente demonstrável, quer seja pela Sagrada Escritura ou pela Tradição, quer seja pela lógica.
O que devemos provar: a) Nossa Senhora era Virgem antes do parto; b) Nossa Senhora permaneceu Virgem durante o parto e c) Nossa Senhora permaneceu virgem após o parto.
Três asserções que vou provar aqui com a Bíblia na mão, e um pouco de lógica na cabeça. Aliás, a terceira já está provada pela própria explicação dos irmãos de Jesus. Todavia, vamos aprofundar mais um pouco a análise.
Nossa Senhora era Virgem antes do parto
A primeira asserção é admitida pelos próprios protestantes, pois se encontra positivamente no Evangelho: “O Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma virgem desposada… e o nome da Virgem era Maria”. (Luc. I, 26).
Mais positivo ainda é o testemunho da própria Virgem objetando ao anjo: “Como se fará isso, pois eu não conheço varão?”. Nenhuma dúvida subsiste – Maria Santíssima era Virgem.
Nossa Senhora permaneceu Virgem durante o parto
A segunda asserção, mostrando que a Mãe de Jesus ficou virgem no parto, pode deduzir-se dos mesmos textos. O que é concebido por milagre deve nascer por milagre; o nascimento é a conseqüência da concepção; sem esta conseqüência, o milagre seria incompleto. Em outras palavras, Deus teria operado um milagre incompleto ao desejar manter a virgindade de Nossa Senhora e não tendo levado essa promessa até o final. “Como se fará isso, pois eu não conheço varão?” “O Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus, porque a Deus nada é impossível” (Luc 1, 35). A Deus nada é impossível, a virgindade de Nossa Senhora seria preservada, mesmo ela “não conhecendo varão”.
Continuamos na argumentação. O Evangelho nos mostra que Maria, tendo chegado ao termo ordinário da natureza, “deu à luz o seu filho. E estando ali, aconteceu completarem-se os dias em que devia dar à luz” (Luc. 1, 6).
Ora, “conceber” e “dar à luz” são dois termos de uma ação única.
A mãe concebe, para dar à luz – é uma só ação: gerar filhos.
O parto e a conceição são inseparavelmente ligados, sendo o primeiro o preço doloroso da segunda (perder a virgindade); sendo Maria Santíssima libertada da segunda parte, por meio do milagre de Deus, deve sê-lo da primeira, pois para Deus não é mais custoso fazer “nascer” virginalmente do que fazer “conceber” virginalmente.
Ademais, se a ação virginal havia começado, pela ação do Espírito Santo, Deus completaria essa ação no momento em que esta chegasse ao seu final. É uma conseqüência lógica e necessária, sob pena de negar o milagre completo de Deus manifestado em sua vontade e na resolução de Nossa Senhora de manter a virgindade.
A própria dúvida de Nossa Senhora em relação à concepção deixa claro a posição dela perante a virgindade: “Como se fará isso, pois eu não conheço varão?”. O Anjo resolve o problema: “O Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus, porque a Deus nada é impossível” (Luc. 1, 35).
A conceição da Virgem Santíssima é, pois, obra do Espírito Santo: “O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. E por isso mesmo o santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus.” (Luc. 1, 35).
“Conceber” Jesus e “dá-lo à luz” são, textual e literalmente, um só milagre, o milagre da encarnação. Separar estes dois termos, que o Evangelista resumiu de propósito numa única frase, é adulterar de maneira visível o texto e a significação da palavra de Deus.
Sendo Nossa Senhora virgem antes do parto, deve sê-lo também durante o parto, pois o milagre da encarnação é uno e completo. E isto é muito conforme à profecia: “uma virgem conceberá e dará à luz”. É o próprio Evangelho que faz a aplicação desta profecia: “Ora, tudo aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor, por meio do profeta” (Mat. 1, 22). Ou seja, conceber e dar à luz, virginalmente!
A Virgindade de Nossa Senhora antes e durante o parto é uma verdade que não se pode negar, senão espezinhando-se todas as regras da lógica e da hermenêutica. Deus quis manter a virgindade de Nossa Senhora antes e durante o parto, não o precisava, mas assim o fez.
Nossa Senhora permaneceu virgem após o parto
Sobre a virgindade de Nossa Senhora após o parto, já provamos anteriormente. Todavia, para dar mais realce à explicação, façamos um pequeno exercício de hermenêutica.
Quando Nossa Senhora afirma, categoricamente, “eu não conheço varão”, ela não está dizendo que “até o momento eu não conheço”, mas que ela, por opção pessoal, não “conhece varão”, o que dá uma extensão geral à sua afirmação.
Segundo a tradição, Nossa Senhora havia feito um voto de castidade perpétua e assim o manteve, mesmo vivendo com S. José, como fica clara pela própria afirmação dela (“Eu não conheço varão”), quando já estava desposada de S. José.
Se não fosse propósito de Nossa Senhora manter a castidade perpétua, sua afirmação não teria propósito, pois o Anjo poderia lhe responder: “se ainda não conhece, conhecê-lo-á logo; não é José teu esposo? “. A sua afirmação só faz sentido, dentro do contexto, tendo Nossa Senhora feito o voto de castidade perpétua.
S. Marcos, na mesma linha, chama Jesus “O filho de Maria” – “uiós Marias” – (Marc. 6, 3), e não um dos filhos de Maria, como querendo mostrar que ele era o seu filho único.
Tudo isso ficará mais claro quando tratarmos da Imaculada Conceição segundo a Tradição, onde os evangelistas descrevem a virgindade perpétua de Maria Santíssima.
Desfazendo objeções protestante: “antes de coabitarem”, “filho primogênito” e “não a conhecia até que ela desse à luz”
a) “antes de coabitarem”
S. Mateus: “Maria, sua Mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, ela concebeu por virtude do Espírito Santo” (Mt 1, 18). Ora, “antes de coabitarem” significa apenas “antes de morarem juntos na mesma casa”. Isso aconteceu quando “José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa (Maria)”(Mt 1, 24)
b) “filho primogênito”
S. Lucas: “Maria deu à luz o seu filho primogênito” (Lc 2, 7). Explicação: É errado concluir que devia seguir o segundo filho. A lei de mosaica exige que todo o primogênito seja consagrado a Deus, quer seja filho único ou não: “Consagrar-me-ás todo o primogênito (primeiro gerando) entre os israelitas, tanto homem como animal: ele é meu” (Ex 13, 2). Um exemplo elucidativo encontrado no Egito, retirado de uma inscrição judaica: “Arisoné entre as dores do parto morreu ao dar à luz seu filho primogênito”. Ou no Êxodo, quando Deus disse: “Todo o primogênito na terra do Egito morrerá” (Ex 11, 5). E assim aconteceu. “Não havia casa em que não houvesse um morto” (Ex 11, 30). Necessariamente, havia, como em todos os países, casais de um só filho; por exemplo, todos os que se tinham casado nos últimos anos…
Depois, em outro trecho, Deus ordena: “contar todos os primogênitos masculinos dos filhos de Israel, da idade de um mês para cima” (Num 3, 40). Ora, se há primogênito de um mês de idade, como é que se pode exigir que, para haver primeiro, haja um segundo?
Logo, há primogênito sem que haja, necessariamente, um segundo filho.
A primogenitura era um título de dignidade e de honra entre os Judeus. Geralmente, o filho, primeiro, tinha direito a certos privilégios, como os de herdeiro etc, ficando sujeito a certas obrigações, como vemos na Bíblia. (Lc 2, 23)
É, portanto, de propósito e com razão que o Evangelista chama Jesus: “primogênito” – “ton protótokon”. Designa-o, deste modo, como herdeiro de David, como tendo um direito privilegiado sobre esta herança (cf Gen 10, 15 – 21, 12).
E é isso que se pode verificar na apresentação de Jesus no templo: “Depois que foram concluídos os dias da purificação de Maria, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor: Todo o varão primogênito será consagrado ao Senhor” (Lc 2, 22)
Essa passagem é muito clara e resolve de uma vez a discussão sobre a “primogenitura” de Nosso Senhor, pois a apresentação no templo ocorreu apenas 40 dias após o seu nascimento, como filho único de Nossa Senhora.
c) “não a conhecia até que ela desse à luz”
Em algumas traduções, aparece em S. Mateus: “José não conheceu Maria (= não teve relações com ela) até que ela desse à luz um filho (Jesus)”. (Mt 1, 25). Explicação: Seria errado insinuar que depois daquele “até” José devia “conhecer” Maria”. “Até”, na linguagem bíblica, refere-se apenas ao passado. Exemplo: “Micol, filha de Saul, não teve filhos até ao dia de sua morte” (II Sam 6, 23). Ou então, falando Deus a Jacob do alto da escada que este vira em sonhos, disse-lhe: “Não te abandonarei, enquanto não se cumprir tudo o que disse” (Gen 28, 15). Quererá isso dizer que Deus o abandonaria depois? Em outra passagem, Nosso Senhor diz aos seus Apóstolos: “Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28, 20).
Ora, o texto sagrado deixa claro que a palavra “até” é um reforço do milagre operado, a saber, a encarnação do verbo por obra do Espírito Santo, e não por obra de um homem (S. José).
Nos tempos bíblicos, todos os membros da família, inclusive primos, eram considerados “irmãos”.Nas línguas semíticas, como o aramaico, falado por Jesus, o termo “irmão” pode ser usado num sentido mais amplo, para designar também os primos e parentes próximos, quer dizer, os membros de sua família. E também vemos que, na Bíblia, o termo “irmão” é várias vezes usado para se referir a pessoas que não são irmãos no mesmo sentido em que entendemos a palavra hoje, essa mistura de palavras se chama “hebraismo”que são certas expressoes proprias da lingua hebraica e que nao possuem traducao para outras linguas, um exemplo claro disse é o ingles, a lingua mais falada no mundo nao tem palavra propria para “sogro, sogra, nora, genro” por exemplo sogro é father in law ou pai pela lei, o genro é son in law ou filho pela lei, ou seja, ate o ingles a lingua mais falada no mundo tem deficiencias nas definicoes das palavras.
Eis alguns exemplos bíblicos:
Gênese 14,14: “Quando Abrão soube que seu IRMÃO fora levado prisioneiro, fez sair seus aliados, seus familiares, em número de trezentos e dezoito, e deu perseguição até Dã”.
Gen 11:27-28 “Eis a descendencia de Taré: Taré gerou Abraão,Nacor e Arão.Arão gerou Lot….”
Gen 13,8 Abraão diz a Ló: “Somos irmãos,” – enquanto de Gen 11,27-31 consta claramente que Ló era filho de Aran – irmão de Abraão, portanto seu sobrinho.
O “irmão” em questão nesta passagem é Lot. Mas, era Lot irmão de Abrão? Não. Ele era o filho de Arão, irmão falecido de Abrão (v. Gênese 11,26-28). Portanto, Lot era sobrinho de Abrão.
No Primeiro livro das Crônicas os filhos de Quiche são chamados irmãos das filhas de Eleazar, que eram suas primas (23,21-23)
Gênese 29,15: “Então Labão disse a Jacó: ‘Por seres meu IRMÃO, irás servir-me de graça? Indica-me qual deve ser teu salário”. Acaso era Labão irmão de Jacó? Não, ele era seu tio.Jacó se declara irmão de Labão, quando na verdade era filho de Rebeca, irmã de Labão.
Na própria Sagrada Escritura está bem claro no livro de Tobias. Aconselhado pelo Arcanjo Rafael a casar-se com Sara, filha de Raquel, primo-irmão de seu pai, assim rezou a Deus: “Senhor, sabeis que não é por motivo de luxúria que recebo por mulher esta minha irmã” (Tb 7, 4-6) haja visto que sara era prima de tobias.
A explicação, então, é simples: não existe palavra hebraica ou aramaica para “parente”. Os escritores teriam assim que usar os termos “irmão” ou “irmã”, ou escrever “o filho da irmã do meu pai”. É evidente que preferiam usar a palavra “irmão” que é bem mais facil de pronunciar e também torna o laço de parentesco bem mais intimo entre os parentes.
A palavra hebraica “Ha” é geralmente traduzida para “irmão”. Já que o hebraico e o aramaico (no qual o evangelho segundo Mateus foi escrito) possuem bem menos palavras que o inglês ou o português, os judeus daquele tempo empregavam essa palavra num sentido mais amplo para expressar parentesco. Não existiam termos em hebraico para expressar os diferentes níveis e graus de parentesco. “Irmão” pode significar os filhos do mesmo pai e todos os membros masculinos da mesma clã ou tribo.
Em grego, no qual o evangelho segundo Marcos foi escrito, a palavra “irmão” é escrita como “adelphói”, do grego “adelphós”, significando membro seguidor de uma clã. Mesmo hoje, a palavra “irmão” é empregada com um significado mais extenso, incluindo amigos, aliados, discípulos e compatriotas. Não era diferente na época de Cristo. Em quatro dicionários se foi encontrado de três a quatro classes de significados para a palavra “irmão”.
Uma pesquisa cuidadosa no Novo Testamento nos mostrará que realmente existe um exagero de expressão se dissermos que Maria teve outros filhos:
1- Quando Jesus foi encontrado no templo, com a idade de 12 anos (Lucas 2,41-51), não se menciona a existência de outros filhos, embora toda a família tivesse peregrinado junto.
2- O povo de Nazaré refere-se a Jesus como “o filho de Maria” (Marcos 6,3b e Mateus 13:55) e não como “um dos filhos de Maria”. A expressão grega inplica que Ele era seu único filho. Na verdade, ninguém nos Evangelhos é chamado de filho de Maria, ainda quando são chamados de “irmãos do Senhor”.
3- Existe ainda um outro ponto que requer uma compreensão da antiga cultura oriental. Em tal cultura, o termo “irmão” era usado para se referir aos mais velhos – parentes com mais idade cuja função era dar conselhos aos mais novos.
Em João 7,3-4, encontramos os “irmãos” de Jesus aconselhando-o a deixar a Galiléia e ir para Judéia, para que seus discípulos pudessem ver as suas obras.
Se os “irmãos” forem compreendidos neste sentido, conforme a cultura oriental, eles certamente seriam mais velhos que Jesus, o que elimina de vez a possibilidade de serem seus irmãos de fato, já que todos nós sabemos que Jesus era o filho primogênito de Maria.
Portanto os irmaos que aparecem na biblia sao os primos de Jesus como vemos em jo 19:25 “Junto a cruz de Jesus estavam de pé sua mãe,a irmã de sua mãe (tia) Maria, mulher de cleofas e Maria madalena” e em Mc 15:40 marcos descreve bem que tem tb maria de cleofas uma filha…Maria mae de Tiago, o Menor, e de josé e Salomé que o tinham seguido e o haviam assistido qdo Ele(jesus) estava na Galiléia.
Quais são os “irmãos de Jesus” citados pelos Evangelistas? São Marcos diz que, quando Nosso Senhor começou a pregar na Sinagoga, vendo Sua sabedoria, o povo se perguntava: “Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui também entre nós suas irmãs?” (Mc 6, 3).
São Lucas esclarece que Tiago e Judas eram filhos de Alfeu ou Cleofas (6, 15-16). Portanto o eram também José e Simão. Mas não Jesus, que sabemos que era filho de “José, o carpinteiro”. Portanto, não poderiam ser irmãos carnais.
Por outro lado, São Mateus dá o nome da mãe deles: “Entre as quais estava … Maria, mãe de Tiago e de José” (Mt 27, 56).
Não se pode confundir esta Maria com sua homônima, esposa de José, o carpinteiro. São João deixa bem clara essa distinção: “Junto à cruz de Jesus estava sua mãe e a irmã (prima) de sua Mãe, Maria, mulher de Cleofas” (Jo 19, 25), cuja filha se chamava Maria Salomé. São as bem conhecidas “três Marias”.
Segundo dom Estêvão Bettencourt, em seu livro “Católicos Perguntam”, os nomes de Cleofas e Alfeu designam em grego a mesma pessoa, pois são formas gregas do nome aramaico claphai. O mais antigo historiador da Igreja,Hegesipo, conta-nos que Cleofas, ou Alfeu, era irmão de são José. Daí se conclui que Tiago, José, Judas e Simão, eram todos primos de Jesus, e não seus irmãos.
Vejam como se auto-define o próprio Tiago em Tg 1,1: “Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos da Dispersão:saudações!” Observem também como se define Judas, outro dos apóstolos em Jd 1,1: “Judas, servo de Jesus Cristo, irmão de Tiago, aos que foram amados por Deus Pai e guardados por Jesus Cristo”. Judas considera-se irmão de Tiago, mas nenhum deles se declara irmão de Jesus Cristo.
E Finalmente, devemos considerar o que aconteceu aos pés da Cruz (João 19,26-27). Se Tiago, José, Simão e Judas fossem mesmo irmãos de Jesus, porque Jesus fez vistas grossas a esse fato e confiou Sua mãe ao Seu discípulo João? O Evangelhos nos diz que “a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em sua casa”. Por que ela iria para a casa de um discípulo se ela tinha pelo menos mais quatro filhos??Jesus como fidelissimo observador da lei de moisés nao podia confiar sua mãe na hora de sua morte na cruz a Joao (Apostolo)(jo 19,26)se ele realmente tivesse outros irmaos.nao se ve na biblia os “irmaos” (primos, parentes) de Jesus sendo chamado de Filho de maria, Filho de jose carpinteiro, o que ocorre com Jesus.

FONTE ELETRÔNICA:

http://afeexplicada.wordpress.com/2011/05/29/a-perpetua-virgindade-da-santissima-virgem/