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domingo, 15 de março de 2015

Linha erótica para evangélicos tem vibrador líquido e gel 'virgem de novo'

Casal Lídia Ribeiro e João Ribeiro, membros da Congregação Cristã e criadores da linha In Heaven
Casal Lídia Ribeiro e João Ribeiro, membros da Congregação Cristã 
e criadores da linha In Heaven

Membros da Congregação Cristã e empresa lançam produtos sensuais na 22ª Erótika Fair, que ocorre em São Paulo

Conquistar o direito de sentir prazer sexual – dentro do casamento entre homem e mulher, é claro – é o novo desafio da vanguarda evangélica após o abandono do modelo coque/saia e a criação do funk gospel. Para João Ribeiro e Lídia Ribeiro, membros da Congregação Cristã, uma das mais tradicionais do País, isso significa mais: ter um espaço nas prateleiras dos sexshops para produtos evangélicos. Eles apostam suas fichas na criação de uma linha voltada exclusivamente para o público religioso.

A procura de itens eróticos para apimentar a relação não é novidade no meio gospel. O iG mostrou que óleos de massagens e vibradores líquidos estão entre os produtos mais procurados pelos fiéis em sexshops. Mas o uso ainda é debatido dentro das igrejas. Para superar o tradicionalismo, os empresários tratam a nova linha, batizada In Heaven, como “novo segredo de um casamento feliz”. Os produtos serão lançados na 22ª Erótika Fair, principal feira do mercado erótico, realizada em São Paulo, entre 6 e 8 de março.

“O nosso stand [da feira] será dividido entre céu e inferno”, brinca Ribeiro, já que a linha dividirá espaço com produtos inspirados na trilogia "50 Tons de Cinza", que explora o sadomasoquismo e promete ser um dos temas mais explorados no evento.

Evangélicos e sexo: "Deus não se importa com o que o casal faz entre 4 paredes"

O rótulo discreto em branco com uma pomba dourada, clássico símbolo cristão, dá certo tom divino aos quatro primeiros produtos da In Heaven (No céu, em inglês). São eles: Pure (adstringente, que promove a sensação "virgem de novo"), Vibe (vibrador líquido), Mais Prazer (excitante feminino) e Mais Tempo (prolongador de ereção).

Ribeiro conta que a inspiração do nome veio da música "Cheek to Cheek", versão cantada por Ella Fitzgerald, ícone do jazz nos EUA. Ele acredita que a linha terá a mesma função da canção, "resgatando o romantismo entre os casais apaixonados".

 


“A ideia principal é que o casal se sinta à vontade para comprar e tenha a certeza de que não está sozinho. Não há motivo para vergonha. Somos 52 milhões de evangélicos no Brasil e não tínhamos uma linha específica”, explica Ribeiro, que ao lado da mulher comanda a sexshop Secret Toys, em Jandira (SP).

Produzidos e distribuídos pela INTT Cosméticos, a linha deve alcançar 20 itens nos próximos três meses. A diretora da marca, Alessandra Seitz, reconhece que apesar de fortes consumidores, os evangélicos não contavam com representação no mercado erótico. “Muitas vezes eles querem o produto, mas não compram porque tem uma algema no rótulo, por exemplo. Promover essas mudanças é uma forma de respeito com o consumidor evangélico”, defende.

Cada bisnaga tem o preço sugerido de R$ 15 e deve estar disponível aos clientes ainda em março. Além da nova roupagem, os produtos contam com cheiro, princípios ativos e gosto mais suaves se comparados aos outros produtos eróticos do mercado. Para Alessandra, que não é evangélica, a nova linha deve incentivar outras empresas a produzirem linhas segmentadas. "Não dá para ignorar a força deles", justifica.

O lançamento faz parte do Projeto Gospel, uma força-tarefa evangélica realizada pelo casal em parceria com a Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme). Na feira, o livro Guia Gospel para Sexshops será vendido aos lojistas para promover o surgimento de lojas eróticas especializadas, com atendimento especial a religiosos.

Já nas igrejas evangélicas, os autores do livro planejam percorrer encontros de casais, dar palestras e esclarecer o que a cosmética sensual pode fazer ao casamento. “Vamos discutir sexo e isso será feito de evangélico para evangélico. Não vamos mais ficar fora dessa”, conclui Ribeiro.
iG São Paulo 
 
Fonte Eletrônica;
 

Verdade e delírio na religião


 

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O culto pegava fogo. O frenesi do povo crescia, estimulado por um pastor quase grisalho, engravatado e com bastante gel nos cabelos. Mesmo acostumado a ambientes pentecostais, estranhei o exagero dos gestos e das palavras. Concentrei-me para entender o que o pastor dizia em meio a tantos gritos. Percebi que ele, literalmente, dava ordens a Deus. Exigia que o Senhor honrasse a sua palavra, sem deixar nenhuma pessoa ali sem uma bênção. Enquanto os decibéis subiam, estranhei o tamanho da arrogância. A ousadia do líder contaminava os participantes. Todos pareciam valentes, cheios de coragem. Assombrei-me quando ouvi mais uma ordem vinda do púlpito: Chegou a hora de colocar Deus no canto da parede. Vamos receber o nosso milagre e exigir os nossos direitos. Foi a gota d’água. Levantei-me e fui embora.

Os ambientes religiosos neopentecostais se tornaram alucinatórios. Eles geram fascínio por poder; almejam a capacidade de criar fieis com fé de viver em um mundo protegido e previsível. Por se sentirem onipotentes, os novos pentecostais buscam produzir uma realidade irreal. Para viabilizar esse mundo hipotético, televangelistas, apóstolos e bispos chegam ao cúmulo de se acharem gabaritados para comandar Deus. É próprio da religião oferecer segurança. Os neopentecostais, entretanto, mostram afoiteza redobrada em produzir uma existência garantida.

Em seus cultos, procuram eliminar as contingências. Não concebem a imprevisibilidade dos acidentes ou os contratempos da vida. Acreditam que o crente é capaz de domesticar o dia a dia e acabar com a possibilidade dos filhos adoecerem – se dirigem algum negócio as empresas nunca vão ter problema e vão se safar caso estejam no ônibus que despenca no barranco. Multidões lutam por uma religião preventiva para poderem alcançar controle sobre os solavancos da vida e se tornarem aptos para transformar a aventura de viver em mar de almirante ou em céu de brigadeiro.

A ideia de um mundo sem percalços não passa de delírio. Por mais que se ore, por mais que se bata o pé, com ordens a Deus, o Eclesiastes adverte: O que acontece com o homem bom, acontece com o pecador; o que acontece com quem faz juramentos acontece com quem teme fazê-lo (9.2).

A pergunta insiste: por que os cultos neopentecostais lotam auditórios e ganham força na mídia? Pelo simples fato de prometerem aos fiéis o poder de controlar o amanhã, eliminar os infortúnios e canalizar as bênçãos de Deus para o presente. Quando oram, ousam gerar ambientes pretensiosamente poderosos, capazes de converter quaisquer problemas em felicidade.

Esta premissa merece ser contestada. Pedir a Deus para nunca nos contrariar, ou para nos poupar de acidentes, significa exigir que ele coloque todos em uma bolha de aço. A vida precisa ser contingente para ser significativa. Se tudo pode ocorrer de bom e de ruim, vivemos a realidade. Uma existência sem o imprevisto seria maçante. O perigo da tempestade e a chegada da bonança, a ameaça da doença e a paz da saúde, e a riqueza do instante junto com a iminência da morte, tornam o dia-a-dia fantástico.

A verdade não produz necessariamente felicidade. Verdade conduz à lucidez. O delírio, porém, tranquiliza, enquanto gera um falso contentamento. Muitos recorrem à religião porque desejam escapar da verdade. Sentem-se arrasados a médio prazo, todavia. A paz que a alucinação produz não se sustenta diante da concretude dos fatos.

Cedo ou tarde, a tempestade chega, o dia mau se impõe e o arrazoamento do religioso cai por terra. Jesus nunca fez promessas mirabolantes. Como não se alinhou aos processos alienantes da religião, o Nazareno jamais garantiu que o mundo dos seus seguidores seria seguro. Pelo contrário, avisou que os enviaria como ovelhas para o meio dos lobos e advertiu que muitos seriam entregues à morte por familiares. Sem rodeio, afirmou: No mundo vocês terão aflições.

O Espírito conduziu Jesus ao deserto e o Diabo ofereceu uma vida segura, sem imprevistos. As três tentações foram ofertas de provisão, prevenção e poder. O Filho do homem rechaçou transformar pedra em pão, ter o socorro dos anjos e a riqueza do mundo. Ela os considerou mentira. O mundo que o Diabo prometeu não existe.

Muitos preferem acreditar nas ilusões. Fugir da crueza da vida é uma grande tentação. Em um primeiro momento, parece cômodo se exilar da realidade. É bom acreditar que riqueza, saúde e felicidade estão pertinho dos que sabem acessar o divino.
O mundo neopentecostal, portanto, desconecta, aliena. Seus seguidores vivem em negação por recusarem a sorte de todos os mortais. Daí, confundem esperança com deslumbre, virtude com onipotência mágica, culto com manipulação de forças esotéricas e espiritualidade com narcisismo religioso.

Os sociólogos têm razão: o crescimento numérico dos evangélicos não tende a arrefecer. Portanto, o debate sobre o fenômeno religioso deve ser qualitativo. O rastro de feridos e decepcionados que embarcaram nas promessas dos oportunistas da fé, já é maior do que se imagina.

A demanda por cuidado pastoral aumentará. Os egressos do avivamento evangélico perguntar: Por que Deus nunca me ouviu? ou “O que fiz de errado?. Será preciso responder: Não houve nada de errado com você. Deus não lhe tratou com indiferença. Você foi empurrado para um mundo delirante, que mistura fé com fantasia.

Ricardo Gondim
 
Fonte Eletrônica;

Miss Bumbum evangélica testa produtos eróticos para fiéis

A sucessão dos bispos de Roma segundo os padres da Igreja

Qual é o sentido de trazer o testemunho dos Padres da Igreja sobre a sucessão dos bispos de Roma? Nós queremos simplesmente apresentar ao leitor os testemunhos dos primeiros séculos do cristianismo sobre quem foi o primeiro bispo de Roma e quais seus sucessores, e a razão é simples: hoje, muitos protestantes dizem que a sucessão dos bispos de Roma a partir de Pedro é uma invenção da Igreja Católica. É fácil entender esta posição, porque se o que a Igreja Católica ensina sobre a sucessão apostólica dos bispos de Roma for verdade, todo o seu corpo doutrinário cai por terra.
Neste artigo ficará claro que os grandes pastores, reconhecidos em toda a igreja pós-apostólica, e muitos dos quais deram a vida por Cristo, acreditavam firmemente que os bispos de Roma sucederam Pedro no cargo de guiar a Igreja com autoridade. Em outras palavras, se hoje um cristão diz que no Evangelho não há “nenhum traço” que Pedro foi bispo de Roma, com o presente artigo ficará claro o que pensavam os primeiros cristãos, com a diferença de que estes últimos (dos Padres Igreja) estão cronologicamente muito mais perto de Jesus e os Apóstolos do que qualquer um de nós (com uma diferença de uns 1800 anos).
Recentemente o Vaticano colocou a lista de todos os papas em seu site (pode ser visto aqui), portanto o leitor pode comparar a lista apresentada pelo Vaticano e a lista apresentada pelos padres da Igreja, dos quais colocaremos o testemunho a seguir.
 
IRINEU DE LIÃO

Santo Irineu (bispo e Mártir). Foi discípulo de São Policarpo que por sua vez foi discípulo do apóstolo São João. Conhecido por seu tratado “Contra as Heresias” onde combate as heresias de seu tempo, em especial a dos gnósticos. Contra estes mesmos Gnósticos ele diz que a sucessão dos bispos prova que a doutrina dele é apostólica por causa da sucessão continua, ao contrário dos gnósticos que não tinha qualquer sucessão de bispos que remetesse aos apóstolos. Para então provar que o que ele falava era verdade ele elenca a sucessão dos bispos da Igreja e Roma, que para ele começa com os dois grandes apóstolos Pedro e Paulo:
 
Mas visto que seria coisa bastante longa elencar numa obra como esta, as sucessões de todas as igrejas, limitar-nos-emos à maior e mais antiga e conhecida por todos, à igreja fundada e constituída em Roma, pelos dois gloriosíssimos apóstolos, Pedro e Paulo, e, indicando a sua tradição recebida dos apóstolos e a fé anunciada aos homens, que chegou até nós pelas sucessões dos bispos, refutaremos todos os que de alguma forma, quer por enfatuação ou vanglória, quer por cegueira ou por doutrina errada, se reúnem prescindindo de qualquer legitimidade. Pois é uma questão de necessidade que cada Igreja concorde com esta Igreja, com relação à preeminente autoridade, ou seja, os fiéis em todos os lugares, na medida que a tradição apostólica tem sido preservada continuamente por aqueles [homens fiéis] que existem em todos os lugares.
 
Os bem-aventurados apóstolos que fundaram e edificaram a igreja transmitiram o governo episcopal a Lino, o Lino que Paulo lembra na carta a Timóteo. Lino teve como sucessor Anacleto. Depois dele, em terceiro lugar, depois dos apóstolos, coube o episcopado a Clemente, que vira os próprios apóstolos e estivera em relação com eles, que ainda guardava viva em seus ouvidos a pregação deles e diante dos olhos a tradição. E não era o único, porque nos seus dias viviam ainda muitos que foram instruídos pelos apóstolos. No tempo de Clemente, surgiram divergências graves entre os irmãos de Corinto. Então a Igreja de Roma enviou aos coríntios uma carta importantíssima para reuni-los na paz, reavivar-lhes a fé e reconfirmar a tradição que há pouco tinham recebido dos apóstolos, isto é, a fé num único Deus todo-poderoso, que fez o céu e a terra, plasmou o homem e provocou o dilúvio, chamou Abraão, fez sair o povo do Egito, conversou com Moisés, deu a economia da Lei, enviou os profetas, preparou o fogo para o diabo e os seus anjos. Todos os que quiserem podem aprender desta carta que este Deus é anunciado pelas igrejas como o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e conhecer a tradição apostólica da Igreja, porque mais antiga do que os que agora pregam erradamente outro Deus superior ao Demiurgo e Criador de tudo o que existe.
A este Clemente sucedeu Evaristo; a Evaristo, Alexandre; em seguida, sexto depois dos apóstolos foi Sisto; depois dele, Telésforo, que fechou a vida com gloriosíssimo martírio; em seguida Higino; depois Pio; depois dele, Aniceto. A Aniceto sucedeu Sotero e, presentemente, Eleutério, em décimo segundo lugar na sucessão apostólica, detém o pontificado. Com esta ordem e sucessão chegou até nós, na Igreja, a tradição apostólica e a pregação da verdade. Esta é a demonstração mais plena de que é uma e idêntica a fé vivificante que, fielmente, foi conservada e transmitida, na Igreja, desde os apóstolos até agora.”(Contra as heresias – Livro III, 3, 2-3).
A lista de Santo Irineu termina no pontificado do Papa Eleutério, então temos a lista ininterrupta de Pedro a Eleutério. O leitor deve se perguntar: Por que Santo Irineu menciona “Pedro e Paulo” na sucessão? Isto porque Paulo também foi bispo em Roma, isto é, ele exerceu lá papel de bispo, não como bispo “empossado” da cidade em si como Pedro, mas exerceu função de bispo, ensinando e guiando os romanos na fé, assim como Pedro.
 
EUSÉBIO DE CESARÉIA (304 d.C)

Eusébio de Cesareia também chamado de Eusebius Pamphili, foi bispo de Cesareia. É o principal historiador da Igreja primitiva. Ele nasceu em 265 e morreu em 339 d.C, e ficou famoso por sua obra chamada de “História Eclesiástica”.
Eusébio usa basicamente duas fontes para a lista dos bispos de Roma. A primeira é a lista de Irineu, já mencionada acima. A segunda é a perdida “Crônica” de Hipólito, bispo de Portus, escrita cerca de meio século depois de Irineu.  Na História Eclesiástica ele também confirma a lista dos bispos de Roma deixada por Irineu:
No livro terceiro de sua obra Contra as heresias expõe a sucessão dos bispos de Roma até Eleutério, de cuja época também investigamos os acontecimentos, e estabelece a lista como se, de fato, sua obra fosse composta nos tempos deste; escreve como segue: "Os bem-aventurados apóstolos, depois de haverem fundado e edificado a Igreja, puseram o ministério do episcopado em mãos de Lino. Este Lino é mencionado por Paulo em sua carta a Timóteo [2 Timóteo 4:21] Sucede-o Anacleto, e depois deste, em terceiro lugar a partir dos apóstolos, obtém o episcopado Clemente, que também havia visto os bem-aventurados apóstolos e tratado com eles, e tinha ainda ressoando-lhe nos ouvidos a pregação dos apóstolos e diante dos olhos sua tradição. E não apenas ele, porque então ainda sobreviviam muitos que haviam sido instruídos pelos apóstolos. Quando nos tempos deste Clemente surgiu entre os irmãos de Corinto uma não pequena dissensão, a igreja de Roma escreveu aos Coríntios uma carta importantíssima tentando reconciliá-los na paz e renovar sua fé e a tradição que tinham recebido dos apóstolos."  E depois de breve espaço diz: ‘A este Clemente sucede Evaristo, e a Evaristo, Alexandre; depois é instituído Sixto, o sexto portanto a partir dos apóstolos; e depois deste, Telésforo, que também sofreu gloriosamente o martírio; logo Higinio; depois Pio, e depois deste, Aniceto; havendo Sotero sucedido a Aniceto, agora é Eleutério que ocupa o cargo do episcopado, em décimo segundo lugar a partir dos apóstolos.  Pela mesma ordem e com a mesma sucessão chegaram até nós a tradição e a pregação da verdade que procederam dos apóstolos na Igreja.”  (História Eclesiástica, Livro V, capítulo 5 e 6)
Antes disto, Eusébio já havia dado a lista e atividades dos bispos de Roma até seu tempo. Sua lista começa em Pedro e termina em Marcelino em 304 d.C que era seu contemporâneo. Abaixo estão todas as referências à lista dos bispos de Roma deixadas por Eusébio em suas obras:
 
1º Pedro
Pedro, de nacionalidade Galileia, o primeiro pontífice dos cristãostendo inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade.” (Crônicas de Eusébio Página 261 parágrafo 2)[1]
 "Imediatamente depois, ainda no começo do império de Cláudio, a Providência universal, boníssima e cheia de amor aos homens, conduziu pela mão a Roma, qual adversário deste destruidor da vida, o valoroso e grande apóstolo Pedro, o primeiro dentre todos pela virtude. autêntico general de Deus, munido de armas divinas (Ef 6,14-17; 1Ts 5,8), trazia do Oriente ao Ocidente a preciosa mercadoria da luz inteligível, e anunciava, como a própria luz (cf. Jo 1,9) e palavra de salvação para as almas, a boa nova do reino dos céus." (Livro II, Capitulo 14 Versículo 6)
Segundo se conta, sob Cláudio, Fílon em Roma relacionou-se com Pedro, que então pregava aos seus habitantes. Isto é verossímil, visto que o escrito a que nos referimos, exarado por ele muito mais tarde, encerra evidentemente normas da Igreja, agora ainda observadas entre nós.” (História Eclesiástica Livro II, Capítulo 17, Versículo 17(1))
 “Diz-se que o apóstolo conheceu o fato por uma revelação do Espírito. Alegrou-se com o desejo deles e aprovou o livro por meio de leitura nas assembleias. Clemente, no sexto livro das Hypotyposes conta essa história e a confirma com seu testemunho o bispo de Hierápolis, chamado Papias. Pedro menciona marcos na sua primeira carta que, diz-se, ele mesmo compôs em Roma, assinalando-a com o nome simbólico de Babilônia, no seguinte trecho: “A que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, o meu filho” (1Pd 5,13).” (História Eclesiástica – Livro II, Capítulo 15, Versículo 2)
 2º Lino
...Lino, que é mencionado na II carta a Timóteo indicando que se encontra com ele em Roma, já foi demonstrado anteriormente que foi designado para o episcopado da igreja de Roma, o primeiro depois de Pedro.... (História Eclesiástica: Livro III, capítulo 4 Versículo 8 )
 “Depois do martírio de Paulo e de Pedro, o primeiro a ser eleito para o episcopado da Igreja de Roma foi Lino. Ele é mencionado por Paulo quando escreve de Roma a Timóteo, na despedida ao final da carta. (História Eclesiástica: Livro III, capítulo II, verso 1)
3º - Anacleto
 Depois de imperar Vespasiano durante dez anos, sucede-o como imperador seu filho Tito. No segundo ano de seu reinado, Lino, bispo da igreja de Roma, depois de exercer o cargo durante doze anos, transmite-o a Anacleto. Tito, que imperou dois anos e uns poucos meses, foi sucedido por seu irmão Domiciano. (História Eclesiástica: Livro III, capítulo 13)
 4º - Clemente
No duodécimo ano do mesmo reinado, Clemente sucede a Anacleto, que havia sido bispo da igreja de Roma durante doze anos. O apóstolo, em sua carta aos Filipenses, faz saber a estes que Clemente era colaborador seu, dizendo: “Com Clemente também e os demais colaboradores meus, cujos nomes estão no livro da vida[Fp 4:3]. (História Eclesiástica: Livro III, capítulo 15)
Paulo também atesta que Clemente - instituído terceiro bispo da Igreja de Roma - foi seu colaborador e companheiro de luta.(História Eclesiástica: Livro III, capítulo 4 versículo 8 )
Aqui Eusébio diz que Clemente é o “terceiro bispo”, quando na realidade é o quarto, isto se deve porque  Eusébio está contanto a sucessão depois de Pedro, o que não inclui o próprio Pedro, como veremos mais adiante.
5º - Evaristo
Dos bispos de Roma, no terceiro ano do imperador anteriormente citado, Clemente terminou sua vida depois de transmitir seu cargo a Evaristo e de haver estado no total de nove anos à frente do ensinamento da palavra divina.” (História Eclesiástica: Livro III, capítulo 15)
6º - Alexandre I
Neste tempo também, tendo Evaristo cumprido seu oitavo ano, o episcopado de Roma passa para Alexandre, quinto na sucessão a partir de Pedro e Paulo. (História Eclesiástica, Livro IV, capítulo 1, versículo 1)
7º - Sisto I
No terceiro ano do mesmo reinado, morre Alexandre, bispo de Roma, depois de cumpridos dez anos de governo. Sucedeu-o Sixto.” (História Eclesiástica, Livro IV, capítulo 1, verso 1)
 8º - Telesforo
Achava-se o reinado em seu décimo segundo ano quando Sixto, que havia cumprido seu décimo ano no episcopado de Roma, foi sucedido por Telesforo, sétimo a partir dos apóstolos. (História Eclesiástica, Livro IV, capítulo 5)
Como dito antes Eusébio não conta Pedro, apenas sua sucessão, dai ele falar “sétimo a partir dos”.

9º - Higino
Depois de pagar este sua dívida, depois de vinte e um anos, o Império romano é recebido em sucessão por Antonino, o chamado Pio. Em seu primeiro ano morre Telesforo, que cumpria o décimo primeiro [ano] de seu ministério, e Higinio assume o episcopado de Roma.” (História Eclesiástica, Livro IV, capítulo 10)
10 º Pio I
Agora bem, tendo morrido Higinio depois do quarto ano de episcopado, encarrega-se do ministério em Roma Pio. Em Alexandria foi proclamado pastor Marcos, depois que Eumenes cumpriu no total treze anos. Morto Marcos depois de dez anos de ministério, Celadion recebe o ministério da igreja de Alexandria.”. (História Eclesiástica, Livro IV, capítulo 11)
11º - Aniceto
Na cidade de Roma, falecido Pio no décimo quinto ano de seu episcopado, assume a presidência dali Aniceto. Hegesipo conta sobre si mesmo que no tempo deste veio a estabelecer-se em Roma e que ali viveu até o episcopado de Eleutério." (História Eclesiástica, Livro IV, capítulo 11)
 12º - Sotero
Havia avançado já até seu oitavo ano o reinado mencionado quando Sotero sucedeu Aniceto no episcopado da igreja de Roma, tendo este passado nele onze anos completos.” (História Eclesiástica, Livro IV, capítulo 11)
 13º - Eleutério
Assim pois, Sotero, o bispo da igreja de Roma, morreu depois de governar até seu oitavo ano, e foi sucedido por Eleutério, décimo segundo a partir dos apóstolos. Corria o décimo sétimo ano do imperador Antonino Vero.” (História Eclesiástica, Livro V, capítulo 1)
 14º - Victor
No décimo ano do reinado de Cômodo, Victor sucede a Eleutério, que havia exercido o episcopado durante treze anos.” (História Eclesiástica: Livro V, capítulo 22)
Dizem mesmo que todos os primeiros, inclusive os próprios apóstolos, receberam e ensinaram isto que agora eles estão dizendo, eque se conservou a verdade da pregação até os tempos de Victor, que era o décimo terceiro bispo de Roma desde Pedro, mas que, a partir de seu sucessor, Zeferino.. (História Eclesiástica: Livro V, capítulo 28)
15º - Zeferino
Estes são os fatos dos tempos de Victor. Tendo estado ele à frente do ministério por dez anos, é instituído seu sucessor Zeferino, era o nono ano do império de Severo.” (História Eclesiástica: Livro V, capítulo 28)
16º - Calixto
Mas tendo Antonino reinado sete anos e seis meses, sucedeu-o Macrino, este manteve-se por um ano, e novamente recebeu o principado dos romanos outro Antonino. Em seu primeiro ano morreu Zeferino, bispo dos romanos, depois de ter exercido o ministério pelo espaço de dezoito anos completos. Depois dele se confiou o episcopado a Calixto, que viveu ainda cinco anos e deixou o ministério a Urbano. (História Eclesiástica: Livro VI, capítulo 21)
17º - Urbano
"Depois dele se confiou o episcopado a Calixto, que viveu ainda cinco anos e deixou o ministério a Urbano.” (História Eclesiástica: Livro VI, capítulo 21)
18º - Ponciano
Enquanto isto ocorria assim, Ponciano sucedia a Urbano, que havia sido bispo da igreja de Roma durante oito anos” (História Eclesiástica: Livro VI, capítulo 23)
19º - Antero
Depois de Maximino, Gordiano [imperador] recebeu em sucessão o principado dos romanos, e a Ponciano, que havia exercido o episcopado da igreja de Roma por seis anos, sucedeu Antero...” ( História Eclesiástica: Livro VI, capítulo 23)
20º - Fabiano
Antero, que depois de servir no cargo durante um mês, teve como sucessor Fabiano.” (História Eclesiástica: Livro VI, capítulo 23)
Eusébio também conta-nos como foi a eleição de Fabiano ao episcopado da Igreja de Roma:
Conta-se que Fabiano, junto com outros, depois da morte de Antero, veio do campo e se estabeleceu em Roma, e que ali, por graça divina e celestial chegou ao cargo episcopal da maneira mais extraordinária. Efetivamente, estando todos os irmãos reunidos para eleger o que haveria de receber em sucessão o episcopado e sendo numerosíssimos os varões ilustres e célebres que estavam na mente de muitos, a ninguém ocorreu pensar em Fabiano, ali presente; ainda assim, prontamente, segundo contam, uma pomba vinda do alto pousou sobre sua cabeça, imitando manifestamente a descida do Espírito Santo em forma de pomba sobre o Salvador. Ante este fato, todo o povo, como que movido por um único espírito divino, pôs-se a gritar com todo entusiasmo e unanimemente que este era digno, e sem mais tardar tomaram-no e o colocaram sobre o trono do episcopado. Por este tempo também, morto Zebeno, bispo de Antioquia, sucedeu-o no cargo Babilas. E em Alexandria, assim como depois de Demétrio Heraclas havia recebido o ministério episcopal, a este sucedeu na escola de catequese Dionísio, outro discípulo de Orígenes.” (História Eclesiástica: Livro VI, capítulo 23)
21º - Cornélio
Agora pois, a Felipe, que havia imperado por sete anos, sucede Décio, que por ódio a Felipe suscitou uma perseguição contra as igrejas. Nela Fabiano consumou seu martírio em Roma e Cornélio o sucedeu no episcopado.  (História Eclesiástica: Livro VI, capítulo 29)
22º - Lúcio
Na cidade de Roma, depois que Cornélio exerceu o episcopado em torno de três anos, estabeleceu-se como seu sucessor Lúcio...” (História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 2)
23º - Estêvão
...Lúcio, que no entanto viveu em seu ministério algo menos que oito meses, e ao morrer transmitiu seu cargo a Estevão.” (História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 2)
24º - Sisto II
Isto diz Dionísio. Quanto a Estevão, depois de ter cumprido seu ministério durante dois anos, sucede-o Sixto. (História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 5)
Neste tempo Sixto seguia ainda regendo a igreja de Roma; Demetriano a de Antioquia, em sucessão a Fábio; e Firmiliano a de Cesaréia da Capadócia; além destes, regiam as igrejas do Ponto Gregório e seu irmão Atenodoro, discípulos de Orígenes. Quanto a Cesaréia da Palestina, tendo morrido Teoctisto, recebe o episcopado em sucessão Domno, mas tendo este sobrevivido pouco tempo, foi instituído sucessor Teotecno, nosso contemporâneo, que também é da escola de Orígenes. Mas também em Jerusalém, morto Mazabanes, recebe em sucessão o trono Himeneo, o mesmo que brilhou muitos anos em nossa época.” (História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 7)
25º - Dionísio
A Sixto, que presidiu a igreja de Roma durante onze anos, sucedeu Dionísio, homônimo do de Alexandria.” (História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 27)
A quarta de suas cartas sobre o batismo ele escreveu a Dionísio em Roma, então honrado com o presbiterado, mas que não muito depois recebeu também o episcopado daquela igreja.”(História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 7)
26º - Félix
Agora bem, muito pouco tempo antes disto, Félix sucede no ministério ao bispo de Roma Dionísio, que nele havia passado nove anos. (História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 30)
27º - Eutiquiano
 “Por este tempo, havendo Félix presidido a Igreja de Roma durante cinco anos, sucede-o Eutiquiano.....” (História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 32)
28º – Caio
.... Eutiquiano. Este, que não sobreviveu dez meses inteiros, deixou o cargo a Caio, contemporâneo nosso...(História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 32)
29º - Marcelino [304 d.C]
...Caio, contemporâneo nosso, e havendo este exercido a presidência uns quinze anos, institui-se como sucessor Marcelino, a quem também arrebatará a perseguição.” (História Eclesiástica: Livro VII, capítulo 32)
Eusébio nos dá a Lista ininterrupta de 29 papas de Pedro a Marcelino, que governou Roma durante seu tempo. A lista de Eusébio é continuada por Optato de Milevis que vermos adiante.
O Autor Protestante George Edmundson em seu Livro “A Igreja em Roma no século I” comenta sobre as fontes de Eusébio:
Eusébio de Cesaréia nos deixou duas listas dos bispos romanos, um na sua “História Eclesiástica”, a outra em sua Crônica. A primeira é a lista de Irineu, o início do que acaba de ser citado. O segundo é derivado da perdida “Crônica” de Hipólito, bispo de Portus, escrita cerca de meio século depois. Na ‘crônica’ o episcopado de São Pedro em Roma, é indicado ter durado 25 anos. Na ‘História Eclesiástica’ lemos - ‘Sob o reinado de Cláudio pela providência benigna e da graça de Deus, Pedro aquele grande e poderoso apóstolo, que por sua coragem assumiu a liderança de todo o resto, foi conduzido a Roma.’ Em outras passagens seu martírio com o de Paulo é representado como tendo lugar após a perseguição de Nero. O intervalo entre as duas datas seriam aproximadamente de cerca de 25 anos. Agora, é evidente que esses números, derivados como eles são, de homens como Irineu e Hipólito, que tiveram acesso aos arquivos e tradições em Roma em si, não podem ser descartados como pura ficção. Eles devem ter uma base de verdade por trás deles. Eusébio nos diz que, “após o martírio de Pedro e Paulo, Lino foi o primeiro que recebeu o episcopado em Roma.”.  Agora, a data deste martírio, de acordo com a tradição, recebeu lugar no décimo quarto ano de Nero ou 67 d.C; se, em seguida, deduzimos 25 anos, chegamos a 42 d.C, que é precisamente a data prevista para a primeira visita de São Pedro a Roma por São Jerônimo, em sua obra “De Viris Illustribus”. Lembrando que Jerônimo foi o tradutor da Crônica de Eusébio suas palavras podem ter sido tomadas por ser muito acostumado com as obras de Eusébio, incluindo o seu perdido ‘Registros dos Martírios Antigos’, e com as fontes que ele usou. Jerônimo escreve o seguinte: “Simão Pedro, príncipe dos Apóstolos, depois do episcopado da Igreja de Antioquia e pregando para a dispersão e os da circuncisão, que tinham acreditado no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, no segundo ano de Cláudio vai a Roma para se opor a Simão, o Mago, e lá por 25 anos ocupou a cadeira sacerdotal até o último ano de Nero, isto é, o décimo quarto.’ Agora, aqui no meio de uma certa confusão, que serão tratadas com atualmente, uma data definitiva é dada para a primeira chegada de Pedro em Roma, e, note-se, é a data de sua fuga da perseguição de Herodes Agripa e seu desaparecimento da narrativa de Atos.
Esta evidência de Jerônimo, será vista assim, repousa sobre a de Eusébio, e aquelas das autoridades anteriores que esse historiador consultou. Tem sido dito que uma das condições da solidez de uma tradição histórica foi a amplitude e a unanimidade da sua recepção. Agora, provavelmente, nunca houve qualquer tradição tão universalmente aceita, e sem uma única voz discordante, como aquela que associa a fundação e organização da Igreja de Roma, com o nome de São Pedro e que fala de sua conexão ativa com a Igreja como estendida por um período de cerca de 25 anos.
É desnecessário multiplicar referências. No Egito e na África, no Oriente e no Ocidente, nenhum outro lugar nunca disputou com Roma a honra de ser a sede de São Pedro; nenhum outro lugar jamais afirmou que ele morreu lá ou que possuía seu túmulo. O mais significativo de tudo é o consenso das Igrejas Orientais, que não falam grego. Um exame atento do armênio e sírio MSS., 121 e, no caso deste último, tanto das autoridades nestorianas quanto jacobitas, através de vários séculos, não foi capaz de descobrir um único escritor que não aceitou a tradição petrina romana.” (http://www.ccel.org/ccel/edmundson/church.v.html)
 
CATÁLOGO LIBERIANO (354 d.C)

A mais importante prova é trazida através do documento intitulado “Catálogo liberiano” - assim chamado por causa do Papa cujo nome termina a lista. A coleção de escritos do qual faz parte foi editada (aparentemente por um Furius Dionísio Philocalus) em 354 d.C. O catálogo consiste de uma lista dos bispos romanos de Pedro a Libério, com tempo de seus respectivos episcopados, as datas consulares, o nome do imperador reinante, e em muitos casos, outros detalhes. Há o mais forte motivo para acreditar que a primeira parte do catálogo, até Ponciano (230-35), é a obra de Hipólito de Portus. É claro que até este ponto o compilador do quarto século estava fazendo uso de uma autoridade diferente da que ele emprega para os papas subseqüentes: e há evidências que tornam quase certo que a obra de Hipólito “Chronica” continha uma lista desse tipo. O reinado do Ponciano, aliás, seria o ponto em que essa lista teria parado: Hipólito e ele foram condenados à servidão nas minas da Sardenha - um fato que cronografista faz menção quando fala do episcopado do Ponciano.
 
Esta cronografia traz tanto o nome dos papas, quanto o tempo de duração do seu episcopado, e também quais imperadores reinavam durante seu tempo. Daremos aqui o texto em latim e em seguida sua tradução em português:
 
IMPERANTE TIBERIO CAESARE PASSVS EST DOMINVS NOSTER IESVS CHRISTVS DVOBVS GEMINIS CONS. VIII KAL. APR. ET POST ASCENSVM EIVS BEATISSIMVS PETRVS EPISCOPATVM SVSCEPIT.  EX QVO TEMPORE PER SVCCESSIONEM DISPOSITVM, QVIS EPISCOPVS QVOT ANNIS PREFVIT VEL QVO IMPERANTE.
Petrus ann XXV mens. uno d. VIIII.  fuit temporibus Tiberii Caesaris et Gai et Tiberi Claudi et Neronis, a consul. Minuci et Longini usque Nerine et Vero. Passus autem cum Paulo die III kal. Iulias consul. ss. imperante Nerone.
Linus  ann XII m. IIII d. XII.  fuit temporibus Neronis, a consulatu Saturnini et Scipionis usque Capitone et Rufo.
Clemens  ann. VIIII m. XI d. XII.  fuit temporibus Galbe et Vespasiavi, a cons. Tracali et Italici usque Vespasiano VI et Tito.
Cletus  ann. VI m. duo dies. X.  fuit temporibus Vespasiani et Titi et initia Domitiani, a cons. Vespasiano VIII et Domitiano V usque Domitiano VIIII et Rufo.
Anaclitus  ann. XII m. X d. III.  fuit temporibus Domitiani, a cons. Domitiano X et Sabino usque Domitiano XVII et Clemente.
Aristus  annos XIII m. VII d. duos.  fuit temporibus novissimis Domitiani et Nervae et Traiani, a cons. Valentis et Veri usque Gallo et Bradua.
Alexander  ann. VII m. II d. uno.  fuit temporibus Traiani a cons. Palmae et Tulli usque Veliano et Vetere.
Sixtus  ann. X m. III d. XXI.  fuit temporibus Adriani a cons. Nigri et Aproniani usque Vero III et Ambibulo.
Telesforus  annos XI m. III d. III.  fuit temporibus Antonini Macrini a cons. Titiani et Gallicani usque Caesare et Balbino.
Higinus  ann. XII m. III d. VI.  fuit temporibus Veri     a cons. Gallicani et Veteris usque Presente et Rufino.
Pius  ann. XX m. IIII m. XXI.   fuit temporibus Antonini Pii, a cons. Clari et Severi usque duobus Augustis.  sub huius episcopatu frater eius Ermes librum scripsit, in quo mandatum continetur, quae ei precepit angelus, cum venit ad illum in habitu pastoris.
Soter  ann. IX    m. III d. II.  fuit temporibus Antonini et Commodi, a cons. Veri et Hereniani usque Paterno et Bradua.
Victor  ann. VIIII m. II d. X.   fuit temporibus   Antonini, a cons. Saturnini et Galli  usque Presente et Extricato.
Calixtus  ann. V m. II d. X.  fuit temporibus Macrini et Eliogabali, a cons. Antonini et Adventi usque Antonino III et Alexandro.
Urbanus ann. VIII mens. XI d. XII.  fuit temporibus Alexandri, a cons. Maximi et Eliani usque Agricola et Clementino.
Pontianus ann. V m. II d. VII.  fuit temporibus Alexandri, a cons. Pompeiani et Peligniani. Eo tempore Pontianus episcopus et Yppolitus presbiter exoles sunt deportati in Sardinia in insula uocina Severo et Quintiano cons.  in eadem insula discinctus est IIII kal. Octobr. et loco eius ordinatus est Antheros XI kal. Dec. cons. ss. 
Antheros m. uno dies. X.  Dormit III non. Ian. Maximo et Africano cons.
Fabius  ann. XIIII m. I d. X.   fuit temporibus Maximini et Cordiani et Filippi, a cons. Maximini et Africani usque Decio II et Grato.  passus XII kal. Feb.  hic regiones divisit diaconibus et mul|tas fabricas per cimiteria fieri iussit.  post passionem eius Moyses et Maximus presbyteri et Nicostratus diaconus comprehensi sunt et in carcerem sunt missi.  eo tempore supervenit Novatus ex Africa et separavit de ecclesia Novatianum et quosdam confessores, postquam Moises in carcere defunctus est, qui fuit ibi m. XI d. XI.
Cornelius ann. II m. III d. X.  a cons. Decio IIII et Decio II usque Gallo et Volusianuo.  sub episcopatu eius Novatus extra ecclesiam ordinavit Novatianum in urbe Roma et Nicostratum in Africa.  hoc facto confessores, qui se separaverunt a Cornelio, cum Maximo presbytero, qui cum Moyse fuit, ad ecclesiam sunt reversi.  post hoc Centumcellis expulsi.  ibi cum gloria dormitionem accepit.
Lucius  ann. II m. VIII d. X.  fuit temporibus Galli et Volusiani usque Valeriano III et Gallieno II.  hic exul fuit et postea nutu dei incolumis ad ecclesiam reversus est  III non. Mar. cons.  ss. 
Steffanus  ann. IIII m. II d. XXI.  fuit temporibus Valeriani et Gallieni, a cons. Volusiani et Maximi usque Valeriano III et Gallieno II.
Xystus  ann. II m. XI. d. VI.  coepit a cons. Maximi et Glabrionis usque Tusco et Basso et passus est VIII id. Auga cons. Tusci et Bassi usque in diem XII kal. Aug. Aemiliano et Basso cons.
Dionisius  ann. VIII m. II d. IIII.   fuit temporibus Gallieni, ex die XI kal. Aug. Aemiliano et Basso cons. usque in diem VII kal. Ian. cons. Claudi et Paterni.
Felix  ann. V m. XI d. XXV.  fuit temporibus Claudi et Aureliani, a cons. Claudi et Paterni usque in consulatum Aureliano II et Capitolino.
Eutycianus  ann. VIII m. XI d. III.  fuit temporibus Aureliani, a cons. Aureliano III et Marcellino usque in diem VII idus Dec. Caro II et Carino cons.
Gaius  ann. XII m. IIII d. VII.  fuit temporibus Cari et Carini, ex die XVI kal. Ian. cons. Carino II et Carino usque in X kal. Mai.  Diocletiano VI et Constantio II.
Marcellinus  ann. VIII m. III d. XXV.  fuit temporibus Diocletiani et Maximiani ex die prid. kal. Iulias a cons. Diocletiano VI et Constantio II usque in consul.  Diocletiano VIIII et Maximiano VIII.  ||  quo tempore fuit persecutio et cessavit episcopatum ann. VII m. VI d. XXV.
Marcellus annum unum m. VI d. XX.  fuit temporibus || Maxenti, a cons. X et Maximiano usque post consulatum X et septimium.
Eusebius  m. IIII d. XVI, a XIIII kal. Maias usque in diem XVI kal. Sept.
Miltiades  ann. III m. VI d. VIII, ex die VI nonas Iulias a consulatu Maximiano VIII solo, quod fuit mense Sep. Volusiano et Rufino, usque in III idus Ianuarias Volusiano et Anniano coss.
Silvester  ann. XXI m. XI.  Fuit temporibus Constantini, a consulatu Volusiano et Anniani [314] ex die prid. kal. Feb. usque in diem kal. Ian. Constancio et Albino coss. [335]
Marcus mens. VIII dies XX.  et hic fuit temporibus Constantini, Nepotiano et Facundo coss. [336] ex die XV. kal. Feb. usque in diem non. Octob. coss. ss.
Iulius  ann. XV m. I d. XI.  fuit temporibus Constantini, a consulatu Feliciani et Titiani [337] ex die VIII id. Feb. in diem pridie idus Apr. Constancio V et Constancio Caes. [352].  hic multas fabricas fecit: basilicam in via Portese miliario III; basilicam in via Flaminia mil. II quae appellatur Valentini; basilicam Iuliam, quae est regione VII iuxta forum divi Traiani; basilicam trans Tiberim regione XIIII iuxta Callistum; basilicam in via Aurelia mil. III ad Callistum.
 Liberius  fuit temporibus Constanti et Constanti ex die XI kal. Iun. in diem a consulatu Constantio V et Constantio Caes. coss. [352]
Tradução:
QUANDO TIBÉRIO CÉSAR REINAVA, NOSSO SENHOR JESUS CRISTO MORREU, OS DOIS GÊMEOS SENDO CONSULES, NO OITAVO DIA ANTES DAS CALENDAS DE ABRIL. E DEPOIS DE SUA ASCENSÃO O ABENÇOADO PEDRO ASSUMIU O EPISCOPADO. A PARTIR DESSE MOMENTO MOSTRAREMOS PELA SUCESSÃO DE ORDENAÇÕES, QUEM FOI BISPO, QUANTOS ANOS PRESIDIU OU QUEM ERA IMPERADOR.
Pedro - 25 anos, 1 mês, 9 dias. Ele esteve nos tempos de Tibério César e Caio e Tibério Cláudio e Nero, junto do consulado de Minucius e Longinus [30 d.C] ao de Nero e Verus [AD 55]. No entanto, ele morreu com Paulo no 3º dia antes das calendas de julho, como o Imperador Nero sendo cônsul.
Lino - 12 anos, 4 meses, 12 dias. Ele esteve na época de Nero, do consulado de Saturnino e Scipio [56] ao de Capito e Rufus [67].
Clemente - 9 anos, 11 meses, 12 dias. Ele estave nos tempos de Galba e Vespasiano, do consulado de Tracalus e Italicus [68] ao de Vespasiano pela 6ª vez e Tito [76].
Cleto - 6 anos, 2 meses, 10 dias. Ele estava nos tempos de Vespasiano e Tito e o início de Domiciano, do consulado de Vespasiano pela 8ª vez e Domiciano pela 5ª [77] ao de Domiciano pela 9ª vez e Rufus [83].
Anacleto -12 anos, 10 meses e 3 dias. Ele estava no tempo de Domiciano, do consulado de Domiciano pela 10ª vez e Sabino [84] ao de Domiciano pela 17ª vez e Clemente [95].
Evaristo - 13 anos e 7 meses, 2 dias. Ele estava nos últimos tempos de Domiciano, e de Nerva e Trajano, do consulado de Valente e Vero [96] ao de Gallus e Bradua [108].
Alexandre - 11 anos, 2 meses, 1 dia. Ele estava no tempo de Trajano, do consulado de Palma e Tullus [109] ao de Velianus e Vetus [116].
Sisto 10 anos, 3 meses, 21 dias. Ele estava no tempo de Adriano, do consulado de Níger e Apronianus [117] ao de Vero pela 3ª vez e Ambibulus [126].
Telésforo 11 anos, 3 meses, 3 dias. Estava na época de Antoninius Macrinus do consulado de Titianus e Galicano [127] ao de César e Balbino [137].
Higino 12 anos, 3 meses, 6 dias. Ele estava na época de Vero, do consulado de Galicano e Vetus [150] ao de Praesens e Rufino [153].
Pio - 20 anos, 4 meses, 21 dias. Ele estava no tempo de Antonino Pio, do consulado de Clarus e Severo [146] ao dos dois imperadores [161]. Sob o seu episcopado, seu irmão Hermas escreveu o livro, no qual estão contidos os mandatos, que um anjo lhe ensinou, quando ele veio a ele na roupa de um pastor.
Sotero 9 anos 3 meses, 2 dias. Ele estava nos tempos de Antonino e Cômodo, do consulado de Vero e Herenianus [171] ao de Paternus e Bradua [185].
Victor 9 anos, 2 meses 10 dias. Ele estava no tempo de Antonino, do consulado de Saturnino e Gallus [198] ao de Praesens e Extricatus [217].
Calisto 5 anos, 2 meses, 10 dias. Ele estava nos tempos de Macrino e Heliogábalo, do consulado de Antonino e Adventus [218] ao de Antoninus pela 3ª vez e Alexandre [222].
Urbano 8 anos e 11 meses, 12 dias. Ele estava na época de Alexandre, do consulado de Máximo e Elianus [223] ao de Agricola e Clementinus [230].
Ponciano 5 anos, 2 meses e 7 dias. Ele estava na época de Alexandre, do consulado de Pomeianus e Peignianus [231]. Nesse tempo, o exilado bispo Ponciano e o presbítero Hipólito foram deportados para a Sardenha, na ilha de Vocina, Severo e Quintianus sendo cônsules [235]. Na mesma ilha que ele morreu no 4º dia antes das calendas de outubro e em seu lugar Antero foi ordenado no 11º dia antes das calendas de dezembro, os imperadores sendo cônsules [235].
Antero um mês, 10 dias. Ele dormiu no 3º dia antes das nonas de Janeiro, Máximo e Africanus sendo cônsules. [236]
Fábio 14 anos, 1 mês, 10 dias. Ele estava nos tempos de Maximino e Gordiano e Filipe, do consulado de Maximino e Africanus [236] ao de Décio pela segunda vez e Gratus [250]. Ele morreu no 12º dia antes das calendas de fevereiro. Nesta época, ele dividiu as regiões entre os diáconos e ordenou muito trabalho de construção feita pelos cemitérios. Depois de seu martírio os presbíteros Moisés e Máximo e o diácono Nicóstrato foram presos e jogados na prisão. Ao mesmo tempo Novato veio da África e o separado da Igreja, Novaciano e alguns desses confessores, depois que Moisés morreu na prisão, que tinha sido há 11 meses e 11 dias.
Cornélio 2 anos, 3 meses, 10 dias. Do consulado de Décio pela 4ª vez e Decius pela 2ª vez [251] ao de Gallus e Volusianus [252]. Sob seu episcopado Novato ordenou Novaciano fora da igreja na cidade de Roma e Nicóstrato na África. Depois disto, os confessores, que se haviam se separado de Cornélio, com Máximo, o presbítero, que tinha estado com Moisés, voltou para a igreja. Depois disso, ele foi expulso de 100 edifícios. Lá com a glória, ele morreu.
Lúcio 2 anos, 8 meses, 10 dias. Ele estava nos tempos de Gallus e Volusianus até Valeriano pela 3ª vez e Galiano pela 2ª [255]. Nesta época, ele foi exilado e, posteriormente, pela vontade de Deus, ele foi restaurado ileso à igreja no terceiro dia antes das nonas de março, os imperadores sendo cônsules.
Estevão 4 anos, 2 meses, 21 dias. Ele estava nos tempos de Valeriano e Galieno, do consulado de Volusianus e Máximo [253] ao de Valeriano pela 3ª vez e Galiano pela 2ª [255].
Sisto 2 anos e 11 meses, 6 dias. Ele começou a partir do consulado de Máximo e Glabrio [256] ao de Tuscus e Bassus [258] e morreu no 8º dia antes dos idos de agosto do consulado de Tuscus e Bassus [258] ao 12º dia antes das calendas de agosto, Aemilianus e Bassus sendo cônsules. [259]
Dionísio 8 anos e 2 meses, 4 dias. Ele estava no época de Galiano, do 11º dia antes das calendas de agosto, Emiliano e bassus sendo cônsules [259] ao 7º dia antes das calendas de Janeiro, no consulado de Claudius e Paternus [269].
Félix 5 anos, 11 meses, 25 dias. Ele estava nos tempos de Cláudio e Aureliano, do consulado de Claudius e Paternus [269] ao consulado de Aureliano pela 2ª vez e Capitolinus [274].
Eutiquiano 8 anos, 11 meses, 11 dias. Ele estava na época de Aureliano, do consulado de Aurelian pela 3ª vez e Marcelino [275] ao o 7º dia antes dos idos de Dezembro, Caro pela 2ª vez e Carino sendo cônsules [283].
Caio 12 anos, 4 meses e 7 dias. Ele estava nos tempos de Caro e Carino, desde o dia 16, antes das calendas de Janeiro, no consulado de Carinus pela 2ª vez e Carino [283] ao 10º dia antes das calendas de Maio, Diocleciano pela 6ª vez e Constâncio pela 2ª vez (sendo cônsules) [296].
Marcelino 8 anos, 3 meses, 25 dias. Ele estava nos tempos de Diocleciano e Maximiano desde o dia antes das calendas de julho, do consulado de Diocleciano pela 6ª vez e Constâncio pela 2ª [296] ao consulado de Diocleciano pela 9ª vez e Maximiano pela 8ª [304 ]. Neste tempo houve uma perseguição e o episcopado cessou por 7 anos, 6 meses e 25 dias.
Marcelo 1 ano, 6 meses, 20 dias. Ele estava no tempo de Maxêncio, do consulado dele mesmo pela 10ª vez e Maximiano [308] ao o ano após seu 10º consulado e do 7º (de Maximiano) [309].
Eusébio de 4 meses, 16 dias, a partir do 14º dia antes das calendas de maio ao dia 16º antes das calendas de setembro.
Melquíades 3 anos, 6 meses, 8 dias, a partir do 6º dia antes das nonas de julho no consulado de Maximiano pela  8ª vez sozinho, que foi no mês de setembro, de Volusianus e Rufino [311] ao terceiro dia antes idos de Janeiro, Volusianus e Annianus sendo cônsules [314].
Silvestre - 21 anos, 11 meses. Ele estava no tempo de Constantino, do consulado de Volusianus e Annianus [314] do dia antes das calendas de fevereiro, até as calendas de Janeiro, Constâncio e Albinus sendo cônsules. [335]
Marcus - 8 meses e 20 dias. E este estava na época de Constantino, Nepociano e Facundus sendo cônsules [336] do 25º dia antes das calendas de fevereiro até as nonas de outubro, os imperadores sendo cônsules.
Júlio 15 anos, 1 mês, 11 dias. Ele estava na época de Constantino, do consulado de Felicianus e Titianus [337] do oitavo dia antes dos idos de fevereiro até a data antes dos idos de abril, Constâncio pela quinta vez e Constâncio Caesar (sendo cônsules) [352]. Este fez muito trabalho de construção: a basílica na via Portese na 3ª etapa; uma basílica na Via Flamínia na segunda etapa, que é chamada de valentiniana; basílica Julia, que está na região 7 perto do forum do Trajano deificado; uma basílica através do Tibre, na região 14 perto de Calisto; uma basílica na via Aureliana na 3ª etapa em Calisto.
Liberio -  Ele esteve nos tempos de Constâncio e Constâncio, do 11º dia antes das calendas de junho, à partir do consulado de Constâncio pela 5ª vez e Constâncio César sendo cônsul. [352](Catálogo Liberiano. Cronografia de 354 -  Parte XIII)
 
OPTATO DE MILEVIS (380 d.C)

Optato foi bispo na cidade de Milevi na Numídia, no século IV, ele é lembrado principalmente por suas obras contra o donatismo. E é em uma destas obras contra o donatismo que ele cita a lista dos bispos de Roma de Pedro até o seu tempo, nela temos:
 
Você não pode, então, negar que você sabe que sobre Pedro pela primeira vez na cidade de Roma foi concedido a Cathedra Episcopal, em que sentou Pedro, o chefe de todos os Apóstolos (razão pela qual ele foi chamado Cefas), que, nesta Cathedra, a unidade deve ser preservada por todos, se os outros Apóstolos pudessem alegar ---- cada um por si ---- separadas cátedras, de modo que aquele que colocasse uma segunda Cathedra contra a única Cathedra já seria um cismático e um pecador.
Bem, então, por uma Cathedra, que é a primeira dos legados, Pedro foi o primeiro a sentar.
A Pedro sucedeu Lino, a Lino sucedeu Clemente, a Clemente Anacleto, a Anacleto Evaristo, a Evaristo Sisto, a Sisto Telesforo, a Telesforo Higino, a Higino Anaceto, a Anaceto Pio, a Pio Sotero, a Sotero Alexandre, a Alexandre Victor, a Victor Zeferino, a Zeferino Calisto, a Calisto Urbano, a Urbano Ponciano, a Ponciano Antero, a Antero Fabiano, a Fabiano Cornélio, com Cornélio Lúcio, a Lúcio Estevão, a Estevão Sisto, a Sisto Dionísio, a Dionísio Felix, a Felix Marcelino, a Marcelino Eusébio, Eusébio Melquíades, a Melquíades Silvestre, a Silvestre Marcus, a Marcus Júlio, a Júlio Libério, a Libério Dâmaso, a Dâmaso Sirício, que hoje é o nosso colega, com quem "o mundo inteiro", através da relação sexual de cartas de paz, concorda com a gente em um vínculo de comunhão.
Agora você mostre a origem da sua Cathedra, vocês que pretendem reclamar a Santa Igreja para si!(Contra os Donatistas- Livro 2, Capítulo 2,3)
 
SÃO JERÔNIMO (396 d.C)

Jerônimo de Stridon (ou do latim: Eusebius Sophronius Hieronymus) viveu entre os séculos IV e V. Nasceu em Stridon, uma cidade na Dalmácia e Pannonia, por volta do ano 340 d.C; morreu em Belém, em 30 de setembro de 420.
 
Apesar de São Jerônimo não ter uma lista corrida de bispos de Roma, ele menciona a ordem de alguns em seus escritos, o que nos mostra que a lista dos bispos de Roma era bem conhecida dentre os primeiros Cristãos:
1º Pedro
Simão Pedro, O filho de João, da Vila de Betsaida na província da Galiléia, irmão de André o Apóstolo, e ele mesmo príncipe dos Apóstolos, depois do episcopado da Igreja de Antioquia e pregando para a dispersão e os da circuncisão, que tinham acreditado no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, no segundo ano de Cláudio vai a Roma para se opor a Simão, o Mago, e lá por 25 anos ocupou a cadeira sacerdotal até o último ano de Nero, isto é o décimo quarto.(Dos homens ilustres - Capitulo 1)
4º Clemente
"Clemente, de quem o apóstolo Paulo escreve aos Filipenses diz: "Com Clemente e outros de meus companheiros de trabalho, cujos nomes estão escritos no livro da vida", (cf. Fl 4:3) o quarto bispo de Roma depois de Pedro, se de fato o segundo foi Lino e o terceiro Anacleto, embora a maioria dos latinos pensam que Clemente foi o segundo depois do apóstolo. (Dos Homens Ilustres - Capítulo 15)
13º Victor
Victor o décimo terceiro Bispo de Roma, escreveu: Sobre a controversa da pascoa e algumas outras obras pequenas. Ele governou a Igreja por dez anos no reinado do imperador Severo.” (Dos Homens Ilustres - Capítulo 34)
22º Estevão
Cipriano de abençoada memória tentou evitar as cisternas e não beber das águas estranhas, e, portanto, rejeitando batismo herético, convocou seu Sínodo Africano em oposição a Estevão que era o vigésimo segundo sucessor do bem-aventurado Pedro na Sé de Roma. Eles se reuniram para discutir o assunto, mas a tentativa falhou. Por último aqueles bispos que tinham se reunido com ele e determinado que os hereges deveriam ser re-batizados, voltaram para o velho costume e publicaram um novo decreto... (Contra os Luciferianos 23)
Assim,  São Jerônimo também confirma a lista de Eusébio e Santo Irineu.
 
AGOSTINHO DE HIPONA (400 d.C)

Agostinho foi bispo de Hipona (litoral noroeste da África). Nasceu em Tagaste (Numídia) em 13 de Novembro de 354 e morreu em Hipona em 28 de Agosto de 430. Ele é um dos mais proeminentes doutores da Igreja. Em seu ministério combateu fortemente as heresias dos Maniqueus e Pelagianos. Em sua Epístola 53, nos dá a lista de bispos de Roma:
 
Se vamos considerar a ordem dos Bispos que se vão sucedendo, más certa e consideradamente empezaremos a contar desde Pedro, figura de toda a Igreja, a quem disse o Senhor:  “sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (cf. Mt 16:18) - A Pedro Sucedeu Lino, Clemente, Anacleto, Evaristo, Alexandre, Sisto, Telésforo, Higino, Aniceto, Pio, Sótero, Eleutério, Victor, Zeferino, Calisto, Urbano, Ponciano, Antero, Fabiano, Cornélio, Lúcio, Estêvão, Sisto, Dionísio, Félix, Eutiquiano, Caio, Marcelino, Marcelo, Eusébio, Miltíades, Silvestre, Marcos, Júlio, Libério, Dâmaso e Sirício, cujo sucessor é o presente bispo Anastácio.  Em esta ordem de sucessão nenhum Bispo donatista é encontrado.  Só recentemente enviaram de Improviso uma pessoa ordenada que com alguns africanos se ganhou em Roma o apelido de monenes ou cutzuptas.(EPÍSTOLA 53, 1.2)
 
Vemos então acima o Santo afirmar que Pedro “portou a figura da Igreja inteira” e ainda citar a ordem ininterrupta da sucessão apostólica a partir de São Pedro. O escrito acima foi feito pelo Santo Bispo de Hipona principalmente para combater os donatistas.
 
CONCLUSÃO

A verdade dos fatos testifica, portanto, a ininterrupta lista dos bispos de Roma, demonstrada e confirmada pelos mais grandiosos Padres da Igreja que viveram pouco tempo após os apóstolos, e cujo pensamento influenciou várias gerações até a modernidade.
 
É difícil imaginar como há quem, mesmo diante de tão claras provas, ainda queira objetar contra a fundação petrina da Igreja de Roma, só mesmo a cegueira intelectual e espiritual para fazer com que alguém negue o que é facilmente atestado por uma pessoa com um pouco de inteligência.
 
BIBLIOGRAFIA

A bibliografia a seguir, serve para o estudioso pesquisar a lista dos papas da Igreja em fontes originais e históricas, a partir delas toda a sucessão dos bispos de Roma até poucos séculos atrás pode ser traçada:
 
Liber Pontificalis, escrito provavelmente pelo Papa São Dámaso I (366-384) e que foi sendo sucessivamente complementado no decorrer dos séculos; foi editado em termos críticos e científicos por Louis Duchesne.
Chronicon Pontificum et Imperatorum, de Martinho de Tropau O. P. (+ 1278). A terceira edição desta obra vai até Nicolau II (1277-1280). Cf. ed. L. Welland, em Monumenta Germanie Historica, Scriptoros XXII, pp. 327-345;
Liber de Vita Christi ae omnium Pontificum, de Platina. Editio Princeps, Venetiis 1479.
Epitome Pontificum Romanorum a S. Pedro usque ad Paulum III. Gestorum electionis singulorum et conclavium compandiaria narratio, de O. Panvínio, Roma 1557.
Annales de Barônio, Roma 1588. A cronografia de Barônio, que vai até 1198, foi reconhecida por quase todos os historiadores até o século passado.
Conatus chronologico-historicus ad universam seriem Romanorum Pontificum - Daniel Papebroch.
Mémoires -  Tillemont, Paris 1693-1712.
Chronologia Romanorum Pontificum in pariete australi basilicae S. Pauli Viae Ostiensis depicta saee. V seu aetate S. Leonis Pp. Magni cum additione reliquorum Summorum Pontificum nostra ad hace tempora perducta, -  G. Marangoni, Roma 1751.
Regesta Pontificum -  Jaffé até 1198, e de Potthast até 1304.
Hierarchia Catholica -  Eubel, de 1198 em diante.
 
NOTAS

[1] Ler sobre a controvérsia da passagem aqui:
 
PARA CITAR

RODRIGUES, Rafael. A sucessão dos bispos de Roma pelos padres da Igreja. Disponível em: . Desde: 25/02/2015