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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

RESPOSTA CATÓLICA: comentários sobre o termo mediador

Uma grande dúvida com a figura dos santos é sua capacidade de serem mediadores entre Deus e os homens.Muitos cristãos pensam que os Santos que já morreram já não podem rezar.
Devido à passagem bíblica de 1Tim 2:5 muitos têm feito uma interpretação errada. Diz: “Pois há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, um homem, Cristo Jesus”. A primeira interpretação nos diria que não cabe dúvida de que só Jesus é o mediador entre Deus e os homens, portanto, afirmar que a intercessão dos santos é possível seria algo antibíblico, mas, a realidade é que não a contradiz.
Muitos destas interpretações se apóiam em prejuízos contra a Igreja e a grande maioria de interpretadores fundamentalistas termina contradizendo-se. Isto também se deve à ignorância sobre o que ensina a Igreja Católica.
Em 1 Tim 2, 5 se utiliza a palavra “mesités” (mediador) e também em outras passagens do Novo Testamento da Bíblia em grego, um termo que principalmente aparece junto a “aliança”: Jesus é o mediador da nova aliança.
Quando na parte final de 1 Tim 2, 5 se diz ” Cristo Jesus homem”, nota-se a intenção do apóstolo Paulo por demonstrar que é como homem que Jesus é capaz de ser o reconciliador e mediador para o homem. Já que o pecado veio da desobediência do ser humano o único que pode redimi-lo deverá ser humano. Alguns quiseram utilizar esta mensagem de Paulo para lhe tirar o ofício de mediadora à Igreja e acrescentam arbitrariamente a entrevista de Col 1,18: “Cristo é a cabeça do corpo, que é a Igreja”, mas o caráter de mediador em Jesus é parte de sua função como homem e não como cabeça da Igreja.
É importante destacar que algo em que católicos e protestantes estão de acordo sobre o texto é que Paulo destaca que Jesus é verdadeiro homem e não só um mediador. O texto não vai a contraposição da Igreja, salvo que se busque uma quinta pata no gato.
“Que Cristo seja o único mediador não significa que tenha terminado o papel dos homens na história da salvação. A mediação de Jesus reveste aqui abaixo sinais sensíveis: são os homens, a quem Jesus confia uma função para com sua Igreja; inclusive na vida eterna associa Jesus Cristo, em certa maneira, a sua mediação os membros de seu corpo que entraram na glória. (…) Os que desempenham não são, propriamente falando, intermediários humanos com uma missão idêntica a que tiveram os mediadores do AT; não acrescentam uma nova mediação a do único mediador: não são a não ser os meios concretos utilizados por este para chegar aos homens. (…) Evidentemente, esta função cessa uma vez que os membros do Corpo de Cristo se reuniram com sua cabeça em sua glória.
Mas então, em relação aos membros da Igreja que lutam ainda na terra, os cristãos vencedores exercem ainda uma função de outra índole. Associados à realeza de Cristo (Rev 2,26s; 3,21; cf. 12,5; 19,15), que é um aspecto de sua função mediadora, apresentam a Deus as orações dos Santos daqui abaixo (5,8; 11,18), que são um dos fatores do fim da história.” (Leon-Dufour, Vocabulário de Teologia Bíblica)
“Os cristãos compartilham a autoridade do rei dos reis, constituindo-se em mediadores sacerdotais no mundo da humanidade.” ( Harrington, Revelation)
O cristão quando reza por outro ou a um santo, sua oração é em Cristo, não pensando que Cristo não tem nada a ver na oração. Nossa oração não exclui a mediação de Cristo mas sim é uma mediação participada de sua mediação. Assim, na Escritura se demonstra como muitas qualidades de Deus nos atribuem.
O Catecismo da Igreja Católica nos indica (956):
Pelo fato que os do céu estão mais intimamente unidos com Cristo, consolidam mais firmemente a toda a Igreja na santidade… Não deixam de interceder por nós ante o Pai. Apresentam por meio do único Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, os méritos que adquiriram na terra… Sua solicitude fraterna ajuda, pois, muito a nossa debilidade.
É um engano incrível pensar que Deus não permita que o amor dos santos siga vivendo ao rezar por seus seres amados, pois se esquece que nosso Pai é Deus de vivos, e não de mortos. “Os quatro viventes e os vinte e quatro anciões se prostraram diante do Cordeiro. Tinha cada um uma cítara e taças de ouro cheias de perfumes, que são as orações dos santos” (Ap 5,8).
A mediação dos Santos é real e verdadeiramente forte já que eles vivem a Glória de estar com Cristo nos Céus, e seguindo de novo o apóstolo Paulo quando diz: “Exorto, pois, acima de tudo que se façam pedidos, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens (1 Tim 2,1)”, os cristãos têm a necessidade de orar para viver o amor reconciliador que nos ensinou Jesus ao nos abrir as portas da Casa do Pai.

FONTE ELETRÔNICA;

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