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domingo, 24 de janeiro de 2010

PROFECIA DE BASTIDORES

Diga-se, para começo de conversa, que é muito difícil criar e manter uma editora, uma gráfica, uma emissora de TV ou de rádio. Trata-se de uma forma de profecia: criar veículos e possibilitar a divulgação da profecia dos outros. Quem pensa nos colegas pregadores e catequistas ao criar uma mídia está sendo mais profeta do que aqueles que falam diante de câmeras e microfones, da mesma forma que quem cria um hospital, faz mais do que o médico que vai lá e opera. Se alguém criasse uma mídia pensando em si mesmo, e apenas nos seus colegas de comunidade teria feito escolha errada, porque sectária. Cria-se para toda a Igreja e ensina-se ali o que é doutrina de toda a Igreja, não apenas do grupo que mantém aquela mídia. É por isso que nos intitulamos “católicos”: “para todos”!
É trabalho hercúleo manter uma editora, uma gravadora ou qualquer veículo de comunicação. Merece aplauso, elogio e respeito quem teve ou tem a coragem de assumir tamanho empreendimento que possibilita aos católicos tocar adiante a sua mensagem. É pastoral e profecia de bastidores.
Merecem aplausos e respeito, os grupos católicos que há 40, 60 e 70 anos mantêm algum veículo de comunicação. Posso imaginar o quanto de sacrifício e incompreensão custou e custa aquela obra. Se durou tanto tempo é sinal de que seus mantenedores trabalharam duro e souberam trabalhar.
Por isso mesmo, todo elogio possível deve ser feito e toda critica, se necessária, deve ser respeitosa. No lugar deles, provavelmente faríamos pior. Para quem milita há décadas no campo da comunicação, como é o meu caso, e o de muitos companheiros meus, sacerdotes, religiosas e leigos só nos resta ser gratos a estes profetas. Podemos até discordar neste ou naquele ponto, mas trata-se de um altíssimo grau de espiritualidade. Estes irmãos editores, diretores, criadores de faculdades, de espaço e veículo para a catequese católica sabem onde dói a sua profecia. Na hora de pagar as contas no fim do mês, o escritor ou o pregador que solta o verbo e colhe os aplausos não estava lá! Quem as pagou foi o criador de espaços para a comunicação do verbo!
Por um lado é triste ver como alguns comunicadores despreparados brincam narcisísticamente de fazer mídia. Percebe-se que não se preparam. Vão lá se exibir. Descobriram um brinquedinho agradável. Não estudam. Vão com a cara e a coragem mostrar-se diante das câmeras ou falar ao microfone. Não sobra quase nada do que dizem. Por outro lado, é uma alegria ver um cantor e um pregador preparado que, desde o primeiro minuto de conversa, mostra que pediu luzes para aquele momento. Dele ou dela flui conteúdo e sabedoria. Causa alegria imensa ver e ouvir bons comunicadores no rádio e na televisão. O mérito é deles que estudaram e estudam a fé, mas é também dos veículos de comunicação onde trabalham. São duas profecias, das quais retenho que a maior é a do que abriu espaço para a comunicação do outro. Há uma profecia de bastidores que deveria ser mais valorizada do que é. Reflitamos sobre ela!

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