Na Bíblia a palavra CASA representa não apenas a edificação, o lugar físico onde se habita, ou seja a morada de uma pessoa, mas também pretende aludir aos membros de uma família, desde os esposos, seus familiares próximos, servos – se houverem – bem como as CRIANÇAS. Esta forma de se referir ao lar é corrente até hoje em muitas línguas modernas, assim como nos tempos bíblicos e, portanto, no idioma original da Sagrada Escritura.
Portanto, o argumento construído aqui é o seguinte: A própria Bíblia nos diz que os primeiros Cristãos batizavam suas crianças e bebês!
Vejamos a passagem do sobre o profeta Elias no Livro de Reis:
Note-se que o texto explicitamente informa que a viúva tinha apenas UM FILHO. No versículos 15, contudo, o texto diz que Elias, a Viúva e SUA CASA comeram durante todo tempo. Ou seja, a palavra CASA foi usada para identificar o único membro da família da viuva, a saber, seu filho. Assim, provamos que a palavra CASA representa não apenas o edifício físico da moradia, mas a família. Entretanto, pode-se argumentar restar ainda um problema: ainda não provamos se a palavra CASA inclui também os membros jovens da família, as crianças, uma vez que o FILHO mencionado no texto pudesse, de fato, ser crescido. Contudo, se continuarmos a ler a história de Elias e o relato de seu encontro com a viúva, veremos mais adiante, na mesma passagem (1 Reis 17:19-23), que o filho da viúva era sim um menino, portanto, uma criança.
Com essa premissa, todos os católicos podemos confortavelmente inferir que no Novo Testamento, quando lemos que um personagem, juntamente com SUA CASA foram batizados, isso positivamente significa que TODOS os membros da família foram batizados, inclusive as CRIANÇAS e bebês.
Assim o centurião romano Cornélio (At 10), a negociante Lídia de Filipos (At 16,14), o carcereiro de Filipos (At 16,31), Crispo de Coríntios (At 18,18), a família de Estéfanas (1 Cor 1,16) todos foram batizados juntamente com seus filhos, pequenos ou não. Tenhamos em mente que naquela época, crianças não faltavam em família alguma. Diferentemente dos dias de hoje, o matrimónio necessariamente pressupunha a construção de uma família, onde os filhos eram vistos como uma benção de Deus e a ausência deles, um motivo de tristeza e lamentação. Mais adiante, não seria leviano presumir que os batismos narrados nas passagens acima não tenham sidos os únicos nos quais toda a CASA do convertido fora também batizada.
Obviamente, além da Bíblia há o testemunho histórico dos livros, dos escritos patrísticos, bem como da Sagrada Tradição. Esses argumentos podem – e devem – ser usados quando o interlocutor respeita a história, seus historiadores, o livros, as bibliotecas. Nesse caso torna-se ainda mais fácil demonstrar que a história registra em várias obras aquilo que, à primeira vista, parece estar omitido na bíblia.
Desde o início da Igreja, os apóstolos batizavam os recém-nascidos. Assim se expressa m, entre tantos outros, Orígenes (185 – 255 dC): “A Igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de dar batismo também aos recém-nascidos.” (Epist. ad Rom. Livro 5, 9). E São Cipriano, em 258 dC, escreveu: “Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças.” (Carta a Fido). Santo Irineu, que viveu entre 140 a 204 dC, afirma: “Jesus veio salvar a todos os que através dele nasceram de novo de Deus: os recém-nascidos, os meninos, os jovens e os velhos“. (Adv. Haer. livro 2)
Portanto, se assim criam os primeiros Cristãos, assim ensina a Santa, Una, Apostólica, Igreja Católica. Assim devem crer os Católicos.
Fonte Eletrônica;
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