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domingo, 4 de março de 2012

PERGUNTAS PARA OS EVANGÉLICOS REFLETIREM PARTE 2

57. Se a Eucaristia é mero símbolo, figura de Jesus, que exagero é esse de S. Paulo em dizer, em 1Cor 11, 27, que quem come ou bebe da Eucaristia indignamente é réu do corpo e do sangue de Cristo? Além disso, não há aí uma tremenda contradição de Deus? Se Deus proíbe imagens, conforme querem os evangélicos, como Jesus deixaria o pão e o vinho como imagens suas? Então, quando um evangélico quebra uma imagem de Jesus, que também é figura dEle, está quebrando o corpo e o sangue de Cristo? Se o é, por que fazem isso?

58. Se as expressões “comer carne” e “beber sangue” em João 6 significam crer em Je-sus, por que razão Nosso Senhor haveria de fazer a distinção entre duas ações diversas: “comer carne” e “beber sangue”? Além disso, onde a Bíblia afirma que tais expressões significam mesmo “crer”?

59. Admitamos, por enquanto, que Jesus falou em sentido figurado na ceia. Perguntamos, po-rém:

I- Jesus, o Todo-Poderoso, teria o poder de estar em todas as hóstias ao mesmo tempo caso quisesse?

II- Que verbo usaria Ele caso quisesse dizer que aquele pão e aquele vinho eram na realidade o seu corpo?

III- Em Mt 26, 26-29, por exemplo, na própria Bíblia evangélica se lê “isto significa…” ou “isto é…” ?

60. Se Deus quisesse, Ele teria o poder de preservar Maria do pecado em previsão dos méritos de Cristo na cruz?

61. Se pela fé, Abraão tornou-se pai de todo o povo de Deus (Gn 17,5) e, nisso, não houve nenhuma afronta ao único e verdadeiro Pai, Deus; por que também pela fé (Lc 1,45) Maria não se tornou mãe do novo povo de Deus (Jo 19,26.27)? Por que aquela que é a mãe da cabeça, Jesus, não é também a mãe do corpo, a Igreja? Por acaso, alguém poderia ser mãe apenas da cabeça sem o ser também do corpo?

62. Não é lógico que Jesus, o puro, o único imaculado por natureza, preservasse do pecado o templo humano, Maria, do qual Ele nasceu?

63. A lei de honrar pai e mãe inclui cuidar deles quando precisarem (Mt 15, 4). Por que Jesus não entregou a sua mãe a os outros filhos caso tivesse? (Jo 19, 25-27). Se disserem que era porque não acreditavam em Jesus, perguntamos: então, esses supostos filhos de Maria ganharam permissão para desobedecerem aos mandamentos de Deus porque não acreditavam em Jesus? Por acaso o mandamento não mandava “Honrar pai e mãe”? Os judeus só precisavam guardar os mandamentos caso cressem em Jesus?

64. Por que as Sagradas Escrituras não afirmam que os “irmãos de Jesus” são na reali-dade filhos de Maria? Elas não dizem clara e expressamente que Jesus é filho de Maria, por que não fazem a mesma coisa com os “irmãos dEle”?

65. Se a doutrina de Cristo só pode ser aprendida através da leitura da Sagrada Escritura, como fica, então, a situação dos analfabetos?

66. Por que só por Pedro Jesus orou (Lc 22, 31.32) e só a ele mandou apascentar a sua Igreja (Jo 21,15-17)?

67. Por que Pedro é sempre nomeado em primeiro lugar (Mt 10,2; Mc 3,16-19; Lc 6,13-16; At 1,13) e, ainda, achando pouco Mateus o chama de “primeiro” (protos no grego), palavra que aparece constantemente no NT com o sentido de superioridade (Mc 12,31; Lc 15,22; At 28,7)?

68. Todas as doutrinas dos evangélicos são realmente fundamentadas na Bíblia sagra-da? Se o é, por que são tão contraditórias? Por que não concordam entre si quanto a pontos importantes da fé? E por que não constituem uma só igreja, em vez de serem centenas e centenas de denominações separadas (e até hostis) entre si?

70. Quem é a pedra de Mateus 16,18? Não é Pedro? Se não é, então, perguntamos:

I- Por que Jesus mudou o nome de Simão, e só o dele, justamente para Kefas, que significa pedra, rocha?

II- Por que as palavras anteriores e as posteriores à expressão “…e sobre esta pedra”, sem exceção, referem-se a Pedro? Já percebeu que dos versículos 17 ao 19 o texto está todo escrito na 2ª pessoa do singular?

III- Por que todos os dicionaristas, inclusive os evangélicos, são unânimes em afirmar que o nome Pedro significa pedra, rocha?

IV- Por que em vez de usar a conjunção adversativa mas, Cristo usou a aditiva e? Não signi-fica isso que a 2ª pedra só pode ser a 1ª?

V- Quem é a rocha desta frase: “O Corcovado é uma rocha e sobre esta rocha foi levantado um monumento a Cristo Redentor.”? É o próprio Corcovado, não é? Pois bem, como Pedro pode não ser a pedra do texto em questão?

VI- No texto em questão, Cristo apresenta-se como o fundamento ou como o “fundador”, o “construtor” da Igreja?

VII- Se Deus tornou Jeremias uma coluna de ferro e um muro de bronze (Jr 1,18), por que não poderia fazer o mesmo com Pedro?

VIII- Se Cristo não mudou o nome de Pedro para fazê-lo líder dos apóstolos, por que mudou o nome dele, então?

IX- A diferença grega para as palavras petros e petra significa mesmo que Jesus não fundou sua Igreja sobre Pedro? Se o é, perguntamos: Você sabia que o NT foi escrito em grego Koiné e que nessa língua não havia diferença de sentido entre essas palavras no 1º século? Sabia também que a palavra grega para “pedrinha” era lithos e não petros (Mt 4,3; Jo 8,7)? Não fica claro, então, que essas palavras referem-se à mesma pessoa: Pedro? E que a diferença de gênero ocorre por outro motivo, não para se diferenciar as pedras citadas? Na realidade, Pedro é petros tão somente porque no grego os nomes masculinos só podem terminar em AS, ES, IS, OS, US.

X- Se a pedra não é mesmo Pedro, por que em seguida Cristo explica o sentido da pedra com as palavras “Eu te darei as chaves do reino dos céus…”? E além disso, para que dará as chaves? Para que ele ligue ou desligue tudo o que for preciso. Não é lógico?

XI- Será que o fato de S. Pedro dizer em At 4,11, por exemplo, que Jesus é a pedra angular, invalida isso sua missão petrina? Se o é, podemos dizer, então, que Jo 8,12 invalida Mt 5,14?

XII- Apesar de Cristo ter dado a todos os apóstolos a autoridade de ligar e desligar (Mt 18,18), por que só Pedro as recebeu em particular?

71. Por que só por Pedro Jesus orou (Lc 22, 31.32) e só a ele mandou apascentar a sua Igreja (Jo 21,15-17)?

72. Por que Pedro é sempre nomeado em primeiro lugar (Mt 10,2; Mc 3,16-19; Lc 6,13-16; At 1,13) e, ainda, achando pouco Mateus o chama de “primeiro” (protos no grego), palavra que aparece constantemente no NT com o sentido de superioridade (Mc 12,31; Lc 15,22; At 28,7)?

73. Todas as doutrinas dos evangélicos são realmente fundamentadas na Bíblia sagra-da? Se o é, por que são tão contraditórias? Por que não concordam entre si quanto a pontos importantes da fé? E por que não constituem uma só igreja, em vez de serem centenas e centenas de denominações separadas (e até hostis) entre si?

74. Os evangélicos dizem que rejeitam os livros deuterocanônicos do AT porque eles não se-guem os critérios abaixo citados:
I- Não foram escritos em hebraico;

II- Foram escritos depois de Esdras;

III- Foram escritos fora de Israel;

IV- Nunca foram citados no NT.

Perguntamos, porém:

I- A sua única regra de fé e prática apresenta esses critérios para se considerar um livro inspirado ou não? Se não apresenta, como posso aceitá-los, se os próprios evangélicos exigem que acreditemos apenas no que está na Bíblia? Ou será que foram buscá-los na tradição, que eles tanto condenam? E o pior, foram buscá-los na tradição cristã ou na judaica?

II- Então, quer dizer que se um livro for citado no NT, ele será canônico, e se não for, não será? Então, o que Esdras, Neemias, Ester, Eclesiastes, Cântico dos cânticos, Abdias e Naum fazem na Bíblia protestante, se nenhum deles é citado no NT? E mais, por que o livro da “Assunção de Moisés” e o de “Henoque” não estão na Bíblia deles, já que são citados no NT (Jd 9.14)?

III- Além disso, quem disse que os deuterocanônicos do AT não são citados no NT? Por acaso nunca compararam, por exemplo, 1 Mac 3,60 com Mt 6,10; 2 Mac 7 com Heb 11,35; Sb 12-15 com Rm 1,19-32; Eclo 4,34 com Mt 11,29; Tob 4,15 com Mt 7,12; Jdt 11,19 com Mt 9,36; Br 4,37 com Mt 8,11; Dn 13,46 com Mt 27,24?

75. Por que os evangélicos exigem que nós católicos acreditemos na Sola Scriptura, se, no fundo, eles também não acreditam? Se disserem que acreditam, perguntamos: por que, então, não respondem às perguntas de nº 4, 6, 18, 26, 29, 31, 33, 36, 40, 42, 43, 44, 54, 55, 63, 69, 78, 90, 91 e 92 e unicamente pela Bíblia?

76. S.Pedro morreu em Roma? Se disserem que não, perguntamos: onde ele morreu, então? Além disso, por que todos os pais apostólicos, os historiadores antigos como Eusébio de Cesaréia, por exemplo, e todos os estudiosos modernos (inclusive protestantes), são unânimes em concordar que Pedro não só morreu em Roma como também teve o seu bispado ali naquela cidade?

77. Aos evangélicos que rejeitam o batismo de criança, perguntamos: Por que não existe nenhum documento cristão primitivo que reprove essa prática, mas ao contrário há inúmeros testemunhos que dizem exatamente o contrário? Por que também a sua única regra de fé não a condena? Além disso, se para o evangélico o batismo é mero símbolo, por que, então, tanta briga em torno dele? Não dizem que basta a fé em Cristo?

78. Aos que exigem o batismo por imersão perguntamos: por que nenhum dos seis casos de batismos cristãos feitos no tempo dos apóstolos, e registrados na Bíblia (At 2,41; 8, 36-38; 9, 11-18; 10, 47; 16, 33-35; 19, 3-5), foram feitos em rio? Como explicar, então, o batismo de três mil pessoas no dia de Pentecostes em Jerusalém, se nessa cidade não há rio? Além disso, por que, também, a palavra “imersão” não aparece na Bíblia? Repetimos aqui as perguntas anteriores: se para o evangélico o batismo é mero símbolo, por que, então, tanta briga em torno de-le? Não dizem que basta a fé em Cristo?

79. Se a Bíblia se explica pela própria Bíblia, por que, então, existem tantas Igrejas evangélicas? Ou a suposta clareza das Escrituras não fala por si só?

84. Por que os evangélicos dizem que as doutrinas Católicas surgiram após Constantino, se provamos a apostolicidade dessas doutrinas? Dizem, por exemplo, que a Igreja começou a orar pelos mortos em 310, mas provamos através de vários documentos, inclusive de inscrições sepulcrais do II século, que essa já era prática desde os primórdios do Cristianismo. Di-zem que os livros deuterocanõnicos foram incluídos no cânon em 1546, mas provamos que escritores do início do II século já os colocavam no cânon. Além disso, os Concílios de Hipona e o de Cartago, no IV século já os incluíram ali. Como ficam, então, esses falsos catálogos elaborados para se negar a antigüidade de nossas doutrinas?

80. Se a Escritura é a nossa única regra de fé, por que Jesus não afirmou isso? Além disso, por que Ele não disse “Ide e distribuí Bíblias”, mas, sim “Ide e pregai” (Mt 28,18-20)?

Você não acha que se a Tradição é confiável para estabelecer o cânon bíblico, isso é prova de que há uma autoridade extrabíblica, e que, portanto, a Sola Scriptura não tem fundamento? Por que Deus se utilizaria justamente da Tradição para nos dizer qual o cânon bíblico correto, se segundo os evangélicos Ele condena qualquer outra fonte? Por que será que a Tradição é idônea para definir o ponto de fé mais importante do Protestantismo, que é o cânon bíblico, mas não o é para definir qualquer outro ponto menos importante?

81. Doutrina importa? Se não importa, por que, então, os evangélicos fazem essa tre-menda guerra contra as doutrinas católicas? Por que dizem que vamos para o inferno justamente por causa de nossa doutrina? Se importa, por que quando provamos a veracidade da doutrina Católica, eles se saem negando sua importância?

88. Se rigorosamente não há como haver infalibilidade em alguns homens, como posso crer na infalibilidade da própria Bíblia, se ela foi escrita por homens? Se Deus é poderoso o suficiente para garantir a inerrância bíblica apesar dos erros dos escritores humanos, por que Ele não seria poderoso o suficiente para garantir a infalibilidade papal apesar das limitações dos Papas?

82. Se a própria única regra de fé dos evangélicos nos ensina em 2 Ts 2, 15 a guardar-mos o que foi escrito (a Bíblia) e o que foi transmitido oralmente (a Tradição oral), como, então, os evangélicos querem nos convencer de que a Bíblia é a única regra de fé?

83. Por que os solascripturistas negam verdades tão explícitas na própria Sagrada Escritura? Onde está na Bíblia, por exemplo, que na expressão “Isto é o meu corpo” (Mt 26,26) o pão não é o corpo de Cristo? Onde está nas Escrituras que os celibatários estão espiritualmente inferiores aos casados (Mt 19,12; 1 Cor 7,1.26.27)? Onde está nas Escrituras, ainda, que não pode-mos conservar os ensinamentos orais dos apóstolos(2Ts 2,15)? Onde está na Bíblia que Cristo não deu aos apóstolos o poder de perdoar pecados (Jo 20, 23)? Na verdade, essa tal de Sola Scriptura não parece ser “sola alguns versículos da scriptura”?

84. O AT prescreve várias normas que não foram abolidas pela Bíblia, mas pela Igreja. Ora, como fica, então, a observância de tais normas se a Bíblia for a única fonte de fé?

85. Por que os evangélicos apelam para fontes extrabíblicas e, o pior, até para fontes apócrifas como o Talmude, por exemplo, para justificar seu cânon bíblico, mas não citam sequer um versículo da sua única regra de fé e prática? Será que é porque não existe? Mas se não existe, como podemos crer, então, na Sola Scriptura?

96. Os evangélicos seriam capazes de citar um Pai da Igreja, ao menos, que afirma que os livros deuterocanônicos contêm heresia?
87. Foram os católicos que acrescentaram os livros deuterocanônicos no Concílio de Trento, em 1546, ou foi Lutero que os excluiu da Bíblia? Você sabia que esse papaizinho Lutero também rejeitava a carta de S. Tiago, que está em sua Bíblia? Por falar nisso, você sabe por que ele rejeitava essa carta? Sabia que era porque S. Tiago negava a sola fide (Tg 2)? Pois bem, os livros deuterocanônicos também foram rejeitados por Lutero porque esses livros se chocavam com heresias pregadas por ele. Não é contradição dos evangélicos de hoje acatar de Lutero sua rejeição aos deuterocanônicos e não acatar sua rejeição à carta de S. Tiago?

88. Os evangélicos dizem que a Igreja se corrompeu pelo paganismo. Mas que provas apresentarão para afirmar isso? Alegarão o culto da Virgem Maria, o purgatório, a veneração das imagens e inúmeras outras doutrinas e práticas que o Protestantismo, no seu desprezo à Igreja, rejeitou? Ora, desde quando a rejeição do Protestantismo serve como prova de alguma coisa? Dirão que a Bíblia se opõe a essas doutrinas e práticas? Mas quem o disse? O Protestantismo? Então voltamos para o mesmo lugar, visto que não nos serve a rejeição do Protestantismo, assim como a eles não servem as afirmações do nosso Catolicismo. É tudo uma questão de interpretação. Se disserem, portanto, que tais coisas são contrárias às Escrituras, nós responderemos que não são, e, se apontarem textos que, na opinião deles, favorecem o que sustentam, diremos que não entenderam tais textos, e indicaremos inúmeras outras passagens a contrastar com o que pensam ser a verdade. Por sua vez, certamente nos acusarão de torcer a Palavra de Deus. O que restará, pois? Nada além de afirmações contra afirmações e interpretações contra interpretações. Não acha que tudo findará numa contenda inútil, dessas que embrutecem o espírito e ensoberbecem a inteligência, já tão inclinada à vaidade?

Conclusão: Sem conseguir responder a essas e outras perguntas, o evangélico quanto mais fiel a sua doutrina (aliás, doutrinas), quanto mais vai a sua igreja e ora, escreve nos muros que Jesus o orienta, lê a Bíblia e procura entendê-la, mais desorientado é. De fato, ao comparar as mil e uma doutrinas protestantes ele fica sem saber onde está a verdade.

Nomenclatura

1) Livro protocanônico = livro sempre considerado canônico.

2) Livro deuterocanônico = livro que sofreu dúvidas quanto a sua canonicidade, por isso, foi catalogado déuteron ou em segunda instância. São os 7 livros que existem a mais na Bíblia católica.

FONTE ELETRÔNICA;

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