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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Os Evangélicos não são contra a Virgem Maria Imaculada, são contra a História do Cristianismo

Aceitamos que todo homem ou mulher tem o direito de professar a fé que lhe pareça mais adequada. Reconhecemos que todos são livres para fazerem suas escolhas. Repudiamos toda e qualquer tentativa de cerceamento no livre exercício da fé e crenças de quem quer que seja.
1)Protestantes modernos (evangélicos): “Meu pastor me disse que os católicos adoram Maria como deusa.”
Catecismo da Igreja Católica:

§2096 A adoração é o primeiro ato da virtude da religião. Adorar a Deus é reconhecê-lo como Deus, como o Criador e o Salvador, o Senhor é o Dono de tudo o que existe, o Amor infinito e misericordioso. “Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a Ele prestarás culto” (Lc 4,8), diz Jesus, citando o Deuteronômio (6,13).

§1418 Visto que Cristo mesmo está presente no Sacramento do altar, é preciso honrar-lo com um culto de adoração. “A visita ao Santíssimo Sacramento é uma prova de gratidão, um sinal de amor e um dever de adoração para com Cristo, nosso Senhor.

§2083 Jesus resumiu os deveres do homem para com Deus com estas palavras: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento” (Mt 22,37); Estas palavras são um eco imediato do apelo solene: “Escuta; Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único” (Dt 6,4-5).

2097. Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o «nada da criatura», que só por Deus existe. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que o seu Nome é santo (10). A adoração do Deus único liberta o homem de se fechar sobre si próprio, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo.
2)Protestantes modernos (evangélicos): “Na denominação que eu frequento dizem que na Igreja Católica Maria é a quarta pessoa da trindade.”
Catecismo da Igreja Católica:
§253 A Trindade é Una. Não professamos três deuses, mas só Deus em três pessoas: “a Trindade consubstancial”. As pessoas divinas não dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, O Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza”. “Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina”

Onde o “sábio” protestante aprendeu que Maria é tida como DEUSA para os católicos ? Quem é seu genial “pregador” ? Três pessoas significam três pessoas e não quatro. Trindade nos remete a três e não a quatro pessoas.

3)Protestantes modernos (evangélicos): “Meu pastor que é homem de DEUS disse que os católicos consideram Maria mais importante do que Jesus.”

Catecismo da Igreja Católica:

481. Jesus Cristo tem duas naturezas, a divina e a humana, não confundidas, mas unidas na única Pessoa do Filho de Deus.

482. Verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Cristo tem uma inteligência e uma vontade humanas em perfeito acordo e submissão à inteligência e vontade divinas, que Ele tem em comum com o Pai e o Espírito Santo.

483. A encarnação é, pois, o mistério da união admirável da natureza divina e da natureza humana, na única Pessoa do Verbo.

449. Ao atribuir a Jesus o título divino de Senhor, as primeiras confissões de fé da Igreja afirmam, desde o princípio, que o poder, a honra e a glória, devidos a Deus Pai, também são devidos a Jesus, porque Ele é «de condição divina» (Fl 2, 6) e o Pai manifestou esta soberania de Jesus ressuscitando-O de entre os mortos e exaltando-O na sua glória.
451. A oração cristã é marcada pelo título de «Senhor», quer no convite à oração: «O Senhor esteja convosco», quer na conclusão da mesma: «Por nosso Senhor Jesus Cristo», quer ainda pelo grito cheio de confiança e de esperança: «Maran atha» («O Senhor vem!») ou «Maranatha» («Vem, Senhor!») (1 Cor 16, 22): «Amen, vem, Senhor Jesus!» (Ap 22, 20).

Onde o “mestre e doutor Bíblia” evangélico aprendeu que no catolicismo coloca-se Maria na mesma condição ou acima de Jesus ?

4) Protestantes modernos (evangélicos): “Meu pastor que é uma benção disse que na Igreja Católica Maria também é mediadora para salvação.”
Catecismo da Igreja Católica:

“432. O nome de Jesus significa que o próprio nome de Deus está presente na pessoa do seu Filho feito homem para a redenção universal e definitiva dos pecados. Ele é o único nome divino que traz a salvação e pode desde agora ser invocado por todos, pois a todos os homens Se uniu pela Encarnação, de tal modo que não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos» (Act 4, l2) (17).
480. Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, na unidade da sua Pessoa divina; por essa razão, Ele é o único mediador entre Deus e os homens.

Com quem, quando e onde, o “teólogo e professor” evangélico aprendeu que se ensina na Igreja Católica que existem outros mediadores para salvação além de Jesus ?

5)Protestantes modernos (evangélicos): “Meu pastor ungido diz que a Missa Católica não é Cristocêntrica e sim um culto a Maria e aos Santos deles.
Catecismo da Igreja Católica:

450. Desde o princípio da história cristã, a afirmação do senhorio de Jesus sobre o mundo e sobre a história significa também o reconhecimento de que o homem não deve submeter a sua liberdade pessoal, de modo absoluto, a nenhum poder terreno, mas somente a Deus Pai e ao Senhor Jesus Cristo: César não é o «Senhor» «A Igreja crê… que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontra no seu Senhor e Mestre».
“1348. Todos se reúnem. Os cristãos acorrem a um mesmo lugar para a assembleia eucarística. A sua cabeça está o próprio Cristo, que é o actor principal da Eucaristia. Ele é o Sumo-Sacerdote da Nova Aliança. É Ele próprio que preside invisivelmente a toda a celebração eucarística. E é em representação d’Ele (agindo «in persona Christi capitis – na pessoa de Cristo-Cabeça»), que o bispo ou o presbítero preside à assembleia, toma a palavra depois das leituras, recebe as oferendas e diz a oração eucarística. Todos têm a sua parte activa na celebração, cada qual a seu modo: os leitores, os que trazem as oferendas, os que distribuem a comunhão e todo o povo cujo Ámen manifesta a participação.
1350. A apresentação das oferendas (ofertório): traz-se então para o altar, por vezes processionalmente, o pão e o vinho que vão ser oferecidos pelo sacerdote em nome de Cristo no sacrifício eucarístico, no qual se tornarão o seu corpo e o seu sangue. É precisamente o mesmo gesto que Cristo fez na última ceia, «tomando o pão e o cálice». «Só a Igreja oferece esta oblação pura ao Criador, oferecendo-Lhe em acção de graças o que provém da sua criação» (181). A apresentação das oferendas no altar assume o gesto de Melquisedec e põe os dons do Criador nas mãos de Cristo. É Ele que, no seu sacrifício, leva à perfeição todas as tentativas humanas de oferecer sacrifícios.

1354. na anamnese que se segue, a Igreja faz memória da paixão, ressurreição e regresso glorioso de Cristo Jesus: e apresenta ao Pai a oferenda do seu Filho, que nos reconcilia com Ele: nas intercessões, a Igreja manifesta que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja do céu e da terra, dos vivos e dos defuntos, e na comunhão com os pastores da Igreja: o Papa, o bispo da diocese, o seu presbitério e os seus diáconos, e todos os bispos do mundo inteiro com as suas Igrejas.
1355. Na comunhão, precedida da Oração do Senhor e da fracção do pão, os fiéis recebem «o pão do céu» e «o cálice da salvação», o corpo e o sangue de Cristo, que Se entregou «para a vida do mundo» (Jo 6, 51):

Quem será o doutrinador do incrédulo evangélico ? Será que é o pastor que disse que o Papa João Paulo II era a besta do apocalipse ? Ou será um daqueles que vivem marcando data e hora para volta de Jesus ? Qual deles é “mestre” do protestante moderno ?

6) Protestantes modernos (evangélicos): “Maria é uma deusa pagã. Os antigos doutores da Igreja tinham outra visão sobre Maria. A Igreja Católica corrompeu-se e começou a inventar os Dogmas Marianos. Meu pastor escreveu um artigo na internet sobre isto.”

São Thomás de Aquino:
“…Os Anjos participam da própria luz divina em mais perfeita plenitude. Pode-se enumerar os soldados de Deus, diz Jó (25, 3) e haverá algum sobre quem não se levante a sua luz? Por isso os Anjos aparecem sempre luminosos. Mas os homens participam também desta luz, porém com parcimônia e como num claro-escuro. Por conseguinte, não convinha ao Anjo inclinar-se diante do homem, até, o dia em que apareceu urna criatura humana que sobrepujava os Anjos por sua plenitude de graças (cf n° 5 a 10), por sua familiaridade com Deus (cf. n° 10) e por sua dignidade.Esta criatura humana foi a bem-aventurada Virgem Maria. Para reconhecer esta superioridade, o Anjo lhe testemunhou sua veneração por esta palavra: Ave.”

Santo Agostinho:

“Entre todas as mulheres, Maria é a única a ser ao mesmo tempo Virgem e Mãe, não somente segundo o espírito, mas também pelo corpo. Ela é mãe conforme o espírito, não dAquele que é nossa Cabeça, isto é, do Salvador do qual ela nasceu, espiritualmente. Pois todos os que nele creram – e nesse número ela mesma se encontra – são chamados, com razão, filhos do Esposo (filii sponsi) (Mt 9,15). Mas, certamente, ela é mãe de seus membros, segundo o espírito, pois cooperou com sua caridade para que nascessem os fiéis na Igreja – os membros daquela divina Cabeça – da qual ela mesma é, corporalmente, a verdadeira mãe. Convinha, pois, que nossa Cabeça, por insigne milagre, nascesse segundo a carne de uma virgem, dando a entender que seus membros, que somos nós, haviam de nascer segundo o Espírito dessa outra virgem que é a Igreja. Somente Maria, portanto, é mãe e virgem, no espírito e no corpo. É Mãe de Cristo e também Virgem de Cristo.

Santo Ambrósio:
“Que porta é esta, senão Maria, que permanece fechada por ser virgem? Portanto esta porta foi Maria, através da qual Cristo veio a este mundo graças a um parto virginal, sem romper os claustros fecundos da pureza. Permaneceu íntegro em seu pudor e se conservaram intactos os selos da virgindade, enquanto nascia Cristo de uma virgem cuja grandeza não podia sustentar o mundo inteiro. Esta porta, disse o Senhor, há de permanecer fechada e não se abrirá. Bela porta!, Maria, que sempre se manteve fechada e não a abriu! Passou Cristo através dela, mas não abriu”(DA formação da Virgem, 52-53).”

“Iria escolher nosso Senhor Jesus para ser sua Mãe a quem se atrevesse a profanar o seio celeste com a intervenção de um varão, ou uma mulher incapaz de guardar intacto o pudor virginal? Aquela com cujo exemplo estimula as demais virgens ao amor da integridade…”(Da formação da Virgem, 44-45).”

Em Maria, jamais se viu algum movimento indecoroso, um andar descomposto, ou voz presumida. Pelo contrário, via-se em sua compostura a pureza interior da alma.” “Com razão só Ela é chamada cheia de graça, porque só Ela conseguiu a graça que nenhuma outra merecera, a de ser cheia do Auto da graça.”

São Francisco de Assis:
“Saudação à Virgem Maria – Salve, ó Senhora Santa, Rainha Santíssima,Mãe de Deus, ó Maria, que sois Virgem feita igreja,eleita pelo Santíssimo Pai celestial,que vós consagrou por seu Santíssimo edilecto Filho e o Espírito Santo Paráclito.Em vós residiu e reside toda plenitude da graça e todo o bem. Salve, ó palácio do Senhor!Salve, ó tabernáculo do Senhor!Salve, ó morada do Senhor!Salve, ó manto do Senhor!Salve, ó serva do Senhor!Salve, ó mãe do Senhor!E salve vós todas, ó santas virtudes derramadas,pela graça e iluminação do Espírito Santo,os corações dos fiéis, transformando-os de infiéis em fiéis servos de Deus!

Doutora da Igreja Santa Teresinha de Lisieux:

“Sou filha de Maria. A Virgem Santíssima é mais Mãe que Rainha.” “A Santíssima Virgem teve menos que nós, porque não teve uma Santíssima Virgem para amar!” “Ó Mãe bem-amada, apesar da minha pequenez, como a Senhora, possuo em mim o Onipotente.” “A Santíssima Virgem nunca estará escondida para mim, porque a amo muito.”

São Luís Maria Grignion de Montfort:

“Deus Pai ajuntou todas as águas e denominou-as Mar; reuniu todas as Suas Graças e chamou-as MARIA”

“Nossa Senhora impede seus devotos de soçobrar no mar agitado deste mundo, onde tantas pessoas naufragam por não se firmarem nesta âncora inabalável. Foi a Ela que os Santos mais se agarraram e prenderam os outros, com o fito de perseverar na virtude. Felizes, mil vezes felizes os cristãos que agora se apegam fiel e inteiramente a Ela, como a uma âncora firme”
7) Protestantes modernos (evangélicos):

“Mas a Bíblia não fala nada sobre Maria. Maria foi a primeira barriga de aluguel da história(risos e escárnio).”
Isabel prima de Maria: “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo(Lucas 1, versículo 41). A Bíblia diz: “…Isabel ficou cheia do Espirito Santo.” E o protestante como fica ? Fica cheio do Espírito Santo ?

João Batista filho de Isabel: “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no seu ventre…(Lucas 1, versículo 41). A Bíblia diz que João Batista estremeceu no ventre de Isabel. Algum protestante ousa dizer que não foi de alegria que João Batista estremeceu?

E o protestante ? Ele estremece de alegria como João Batista ou cerra dentes e punhos?

Segundo a Bíblia em Lucas 1,43: “Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar ?” Mãe do meu Senhor. E o Senhor é DEUS. Então Maria mãe de DEUS. Maria que serviu para ser mãe de Jesus e que na visão dos protestantes não serve para ser mãe deles.

Importante notar que Isabel ainda estava cheia do Espírito Santo quando disse mãe do meu Senhor. Isabel prima de Maria, possivelmente íntimas, naquele momento, verdadeiramente inspirada pelo Espírito Santo, sentindo-se honrada com a presença de Maria exclama: “Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar ? E o evangélico como fica diante de Maria ?

Ainda Isabel: Ainda cheia do Espírito Santo, Isabel em alto e bom som: “Você é bendita entre as mulheres…” (Lucas 1,42)

Isabel cheia do Espírito Santo diz: Você é bendita entre as mulheres. E o protestante sem o Espírito Santo diz: Maria “mulher como outra qualquer.”

Em Lc 1, 48 “Doravante todas as gerações me chamarão bem aventurada”. Em que igreja se cumpre a profecia bíblica ?

Quem está certo? A Igreja que faz cumprir a profecia bíblica ou a Igreja que chuta a Santa?

8)Protestantes modernos (evangélicos): “Maria não é nada diante de DEUS.”

E quem disse que Maria é comparável a DEUS ? Não foi da Igreja Católica que você ouviu, mas sim de pastor protestante que atribui a nós doutrinas que não praticamos.

Para que ninguém tenha a ousadia infame de dizer que Maria é deusa do catolicismo:

Tratado da Verdadeira Devoção da Santíssima Virgem por São Luís Maria Grignion de Montfort:

“…14 Confesso com toda a Igreja que Maria é uma pura criatura saída das mãos do Altíssimo. Comparada, portanto, à Majestade infinita ela é menos que um átomo, é, antes, um nada, pois que só ele é “Aquele que é” (Ex 3, 14) e, por conseguinte, este grande Senhor, sempre independente e bastando-se a si mesmo, não tem nem teve jamais necessidade da Santíssima Virgem para a realização de suas vontades e a manifestação de sua glória. Basta-lhe querer para tudo fazer.15. Digo, entretanto, que, supostas as coisas como são, já que Deus quis começar e acabar suas maiores obras por meio da Santíssima Virgem, depois que a formou, é de crer que não mudará de conduta nos séculos dos séculos, pois é Deus, imutável em sua conduta e em seus sentimentos.” Em outras palavras: Evangélicos, vocês vão ter que aturar. Maria menos que um átomo diante de DEUS, grandiosa diante dos homens, se não vejamos:

A Bíblia: “O anjo entrou onde ela estava, e disse: Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está com você ! (Lucas 1, versículo 28).”

Segundo o anjo do Altíssimo DEUS, Maria é cheia de graça. E o Senhor Altíssimo DEUS estava com ela (DEUS está convosco).

Protestantes modernos (evangélicos): “Jesus desprezou Maria chamando-a de Mulher nas Bodas de Caná”

O que a Bíblia diz: Jesus realiza o milagre das Bodas de Canã pela intercessão de sua mãe. Primeiro eles nos deixa uma pergunta: “Mulher, que existe entre nós ? (João 2, 4)” Depois acrescenta que sua hora não chegou, ou seja, não era hora para milagres: “ … Minha hora não chegou (João 2, 4).” Maria insiste e diz: “Façam o que ele mandar (João 1, 5).” Jesus transforma a água em vinho (João 2, 9) Jesus fez o seu primeiro milagre pela intercessão da Santíssima Virgem.
E agora podemos responder àquela pergunta que Jesus fez inicialmente: “Mulher, que existe entre nós?”

João 19, 26 e 27: “Jesus viu a mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava. Então disse à mãe: “Mulher, eis aí o seu filho.” Depois disse ao discípulo: “Eis aí a sua mãe”. E dessa hora em diante, o discípulo a recebeu em sua casa.

Os protestantes sabem optar pelas interpretações literais quando lhes interessam. Assim nos cobram doutrinas professadas pela Igreja e recuz não saber que não estamos obrigados ao “Sola Scriptura” de Lutero. Cobram de nós o Purgatório ou o Batismo infantil clamando por textos claros. Quando lhes mostramos os textos claros que recomendam a Confissão dos pecados, a Recitação do Pai Nosso e a Eucaristia, eles deixam de lado o critério que antes lhes servia e partem para os achismos e “revelações” de seus “ungidos”.

Se fossem literais do começo ao fim, como os protestantes deveriam interpretar a passagem descrita acima(João 19, versículos 26 e 27) ?
Jesus primeiro fala a Maria. Não se trata apenas de cuidado de filho. Se fosse mero cuidado ele teria falado primeiro ao discípulo para que cuidasse de sua mãe. O texto confirma que Jesus viu primeiro a mãe e, ao lado dela, o discípulo. E assim, primeiro Jesus fala a Maria. “Eis o seu filho.” Ele sabe que ela lhe é submissa até o fim. Não há chance de Maria recusar a maternidade que Jesus lhe entrega.

O texto ainda explica que João era o discípulo que ele amava. Que presente mereceria o discípulo amado se não a própria mãe de DEUS ? Maria serviu para ser mãe de João, o amado discípulo de Jesus. Mas para o protestante ela não lhe serve como mãe.

E tem mais. Jesus separa o discípulo amado e este mesmo é entregue a Maria como filho. Não é qualquer discípulo. É o discípulo amado que Jesus entrega a Maria. E o protestante diz que Jesus desprezava Maria.

O texto finaliza nos mostrando que João a levou para a casa. E não apenas naquele dia. O texto fala “..dessa hora em diante.” João, o amado discípulo de Jesus, levou Maria para a casa e para sempre.

Fosse mero carinho de Jesus por sua mãe, conforme dizem os protestantes, ainda assim, como alguém pode imaginar que Jesus despreza Maria se em seu sofrimento mais atroz ele ainda teria se ocupado de designar um amado discípulo que supostamente deveria pregar o evangelho, para tão e somente cuidar de sua mãe ?

Mesmo sem explicação para o conceito que lhe condena, repete o evangélico: “Maria é uma mulher pecadora. Jesus a desprezava”

Se Jesus é bom filho e certamente é o melhor entre todos, será que ele cumpre os mandamentos de seu Pai do Céu e assim honra pai e mãe na Terra ? O que o protestante “profeta”, “ungido”, “teólogo”, “infalível” e seguidor de pastor acha ?

Protestantes atuais(evangélicos): “Mas o Missionário líder da minha abençoada igreja disse que Maria não pode nada.”

DEUS ESPÍRITO Santo: “…o anjo respondeu: O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra(Lucas 1, versículo 35)” “Por isso, o santo que irá nascer de você será chamado de filho de DEUS(Lucas 1, versículo 35

O filho que irá nascer de Maria, será chamado de Filho de DEUS. Quem nós conhecemos que gerou o filho de DEUS se não Maria ?

E o anjo disse: “…irá nascer de você.” Se Maria não pode nada, quem é que pode na Terra mais do que ela ?

9)Protestantes atuais(evangélicos): “Meu pastor que é teólogo e doutor em Bíblia disse que a Igreja Católica inventou o culto a Maria nos últimos dois séculos. Meu pastor me disse que na antiguidade ninguém considerava Maria.”

O concílio de Latrão

Definição como dogma no ano de 649, no Concílio Regional de Latrão(não ecumênico):

“Se alguém, segundo os Santos Padres, não confessa que própria e verdadeiramente é Mãe de Deus a santa e sempre virgem e imaculada Maria, já que concebeu nos últimos tempos sem sêmen, do Espírito Santo, o próprio Deus-Verbo (…) e que deu à luz sem corrupção, permanecendo a sua virgindade indissolúvel mesmo depois do parto, seja anátema”.

São Cirilo de Alexandria no Concílio de Éfeso: “Salve, ó Maria, Mãe de Deus, virgem e mãe, estrela e vaso de eleição! Salve, Maria, virgem, mãe e serva: virgem, na verdade, por virtude daquele que nasceu de ti; mãe, por virtude que cobriste com panos e nutriste em teu seio; serva, por aquele tomou de servo a forma! Como Rei, quis entrar em tua cidade, em teu seio, e saiu quando lhe aprouve, cerrando para sempre sua porta, porque concebesse sem concurso de varão, e foi divino teu parto.”

“Salve Maria, templo santo, como o chama o profeta Daví, quando diz: “O teu templo é santo e admirável em sua justiça” (SlLXIV, 6)

“Salve Maria, criatura mais preciosa da criação; salve, Maria, puríssima pomba; salve, Maria, lâmpada inextinguível; salve, porque de ti nasceu o sol de justiça”.

“Salve, Maria, morada da infinitude, que encerraste em teu seio o Deus infinito, o Verbo unigênito, produzindo sem arado e sem semente a espiga incorruptível!”

“Salve, Maria, mãe de Deus, aclamada pelos profetas, bendita pelos pastores, quando, com os anjos, cantaram o sublime hino de Belém: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade” (Lc. II, 14).

Salve, Maria, Mãe de Deus, alegria dos anjos, júbilo dos arcanjos que te glorificam no céu!”

“Salve, Maria, Mãe de Deus: por ti adoraram a Cristo os Magos guiados pela estrela do Oriente; salve, Maria, Mãe de Deus, honra dos apóstolos!”

Salve, Maria, Mãe de Deus, por quem João Batista, ainda que no seio de sua mãe, exultou de alegria, adorando como luzeiro a perene luz!”

“Salve, Maria, Mãe de Deus, que trouxesse ao mundo graça inefável, da qual diz São Paulo: “apareceu a todos os homens a graça de Deus salvador” (Tt. II, 1).

“Salve, Maria, Mãe de Deus, que fizesse brilhar no mundo aquele que é luz verdadeira, a nosso Senhor Jesus Cristo, que diz em seu Evangelho: “Eu sou a luz do mundo” (Jo. VIII, 12).

“Deus te salve, Mãe de Deus, que alumiaste aos que estavam nas trevas e sombras de morte; porque o povo que jazia nas trevas viu uma grande luz (Is. IX,2), uma luz não outra senão Jesus Cristo, nosso Senhor, luz verdadeira que ilumina todo homem que vem a esse mundo (Jo. I, 9).

“Salve, Maria, Mãe de Deus, por quem se apregoa no evangelho: “bendito que vem em nome do Senhor” (Mt. XXI, 9), por quem se encheram de igrejas nossas cidades, campos e vilas ortodoxas!”

“Salve, Maria, Mãe de Deus, por quem veio ao mundo o vencedor da morte e o destruidor do inferno!”

“Salve, Maria, Mãe de Deus, por quem veio ao mundo o autor da criação e o restaurador das criaturas, o Rei dos Céus!”

“Salve, Maria, Mãe de Deus, por quem floresceu e refulgiu o brilho da ressurreição!”

“Salve, Maria, Mãe de Deus, por quem luziu o sublime batismo da santidade no Jordão!”

“Salve, Maria, Mãe de Deus, por quem o Jordão e o batista foram santificados e o demônio foi destronado!”

“Salve, Maria, Mãe de Deus, por quem é salvo todo espírito fiel!”

10) Protestantes modernos(evangélicos): “Mas o apóstolo da minha igreja disse que Maria teve outros filhos”

Ezequiel 44,1-3: “Então me fez voltar para o caminho da porta do santuário exterior, que olha para o oriente, a qual estava fechada. Disse-me o Senhor: ‘Esta porta estará fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela. Porque o Senhor Deus de Israel entrou por ela, estará fechada. Quanto ao príncipe, ele ali se assentará como príncipe, para comer o pão diante do Senhor; pelo caminho do vestíbulo da porta entrará, e por esse mesmo caminho sairá”.

Mas diz o evangélicoem tom terminativo: “Acontece que somos protestantes. Não nos curvamos diante de doutrinas dos homens. Não precisamos de Igreja, intercessores, sacramentos, confissão, indulgências, santos ou Maria. Vocês católicos são idólatras, que adoram a uma mulher pecadoral. Por isto é que Lutero e Calvino foram necessários. Eles acabaram com a idolatria que os vossos papas ensinavam”.

LUTERO, PAI DOS EVANGÉLICOS: Ao referir-se a Mt 1,25, observa: “Destas palavras não se pode concluir que, após o parto, Maria tenha tido consórcio conjugal. Não se deve crer nem dizer isto” (Obras de Lutero, edição Weimar, tomo 11, pg. 323).

“O que são as servas, os servos, os senhores, as mulheres, os príncipes, os reis, os monarcas da terra, em comparação com a Virgem Maria, que, além de ter nascido de uma estirpe real, é também Mãe de Deus, a mulher mais importante da Terra? No meio de toda a Cristandade ela é a jóia mais preciosa depois de Cristo, a qual nunca pode ser suficientemente exaltada; a imperatriz e rainha mais digna, elevada acima de toda nobreza, sabedoria e santidade”.

“É uma doce e piedosa crença esta de que a alma de Maria não possuía o pecado original; assim, sua alma estava completamente purificada do pecado original e embelezada com os dons de Deus, por ter recebido de Deus uma alma pura. Portanto, desde o primeiro momento de sua vida, ela estava livre de todo o pecado” (Martinho Lutero, “Sermão sobre o Dia da Conceição da Mãe de Deus”, 1527).

CALVINO, SEGUIDO PELA MAIORIA DAS DENOMINAÇÕES EVANGÉLICAS: “Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus.” (Comm. Sur l’Harm. Evang.,20)
“Proclamava uma tão grande dádiva de Deus, que não era lícito silenciá-la…Reconhecemos que este dom foi altamente honroso para Maria. De boa vontade, seguimo-la como mestra, e, obedecemos aos ensinamentos e preceitos da Virgem” ( Calvini Opera 45,38)( Obra de Calvino 45,38)

JOHN WESLEY: “Creio que Jesus foi feito homem, unindo a natureza humana à divina em uma só pessoa; sendo concebido pela obra singular do Espírito Santo, nascido da abençoada Virgem Maria que, tanto antes como depois de dá-lo à luz, continuou virgem pura e imaculada.”

ZWINGLIO: “Firmemente creio, segundo as palavras do Evangelho, que Maria, como virgem pura, nos gerou o Filho de Deus e que, tanto no parto quanto após o parto, permaneceu virgem pura e íntegra.” (Zwinglio, em “Corpus Reformatorum”)
Conclusão:

Conforme já dissemos, o protestante evangélico será literal ou não de acordo com sua necessidade pessoal para construção de sua doutrina particular ou para atacar doutrina alheia.

Por exemplo: O evangélico fundamentalista, ou seja, aquele que diz acreditar apenas naquilo expressamente escrito na Bíblia, diz que Jesus tinha irmãos levando ao pé da letra que irmãos de Jesus só podem ser filhos de Maria com José.

Entretanto, este mesmo evangélico fundamentalista não é tão literal assim quando sabe que não há uma só passagem bíblica que afirme que Maria teve outros filhos com José. Nesta hora, o literalíssimo não tem qualquer importância. Vale o que ele quiser. A verdade é irrelevante. Ele muda de critério de um momento para outro sem qualquer culpa.

Assim como escolhem o que desejam seguir de cada reformador e de cada “profeta” protestante, não fazem diferente com relação a Bíblia. Os textos que lhes favorecem são usados para formular doutrinas e atacar a Igreja Católica e outros tantos que lhes condenam são descartados. Vale sempre o que cada crente quiser que seja aceito pelos demais como doutrina. Não por acaso, quando divergem, pois todos “tem razão”, logo surge uma nova denominação sob o comando de um novo “super mestre” “infalível” e “inspirado” pelo Espírito Santo.

Maria filha amada de DEUS pai; Maria mãe de DEUS filho; Maria esposa do Espírito Santo.

Reflexão aos católicos não praticantes ou aos batizados que se encontram afastados da Igreja

Você católico hesitante, ficará com os pais da igreja ou com os protestantes que defendem o aborto ?
Você católico indeciso, formará fileiras ao lado das personagens bíblicas que estão na presença de DEUS ou será parceiro dos patrocinadores da prosperidade financeira ?
Você católico que nada sabe da religião dos seus pais, desejará conhece-la mais profundamente ou prefere escutar aqueles que dizem que ajudar os pobres desvia recursos da “Igreja” ?
Você que se diz católico, mas que ataca os dogmas da igreja ou o Papa . O que você faz quando os evangélicos ofendem a Virgem Maria na sua presença ? Você age com caridade e lhes mostra a verdade ou diz que o importante é crer em Jesus ?
Você católico pretende ouvir a São Tomás de Aquino ou ao pregador da Unção da Vassoura ? Santo Agostinho ou o pregador da Unção da Galinha ou da vaca ? Santa Teresinha ou o pregador da unção do Chifre ? São Francisco ou aqueles que praticam “unções” da meia, do leão ou da lama ?
Você católico preferirá a Igreja dos Concílios ou as igrejas dos achismos onde cada um diz ter recebido uma revelação ?
A quem você pretende escutar católico ? A Igreja dos 2.000 anos ou a seita da esquina de tua rua ?
Você católico que não estuda, ficará com a Santíssima Trindade, a Igreja que exalta Maria ou com aqueles que a desprezam e lhe imputam filhos que não teve ?
Não admitimos ataques contra a honra e dignidade das pessoas. O debate religioso deve ser limitado as questões de fé e doutrina.

Autor: V.De Carvalho com a colaboração de A.Silva – Livre divulgação mencionando-se o autor

FONTE ELETRÔNICA;


Cristianismo primitivo = Catolicismo?


INTRODUÇÃO
É comum ouvirmos "evangélicos" e protestantes dizerem: "Eu sou cristão"; ou também: "Agora sou cristão". A verdade é que a maioria dessas novas igrejas não têm mais que 50, 100 ou 200 anos de fundação. O verdadeiro e pleno Cristianismo possui mais de 2.000 anos e encontra-se precisamente na Igreja Católica, fundada por Cristo. Estudemos a Palavra de Deus para conhecer as raízes do Catolicismo no Cristianismo primitivo.
RAÍZES BÍBLICAS DO CRISTIANISMO
1. Herdeiros do Povo de Deus
Denomina-se "Cristianismo" à religião em conjunto que foi fundada por Cristo Jesus, "pedra angular de toda a sua doutrina" (1Coríntios 3,10-11; 1Pedro 2,4.6-8). Esta religião herdou do povo judeu a fé em um único e verdadeiro Deus (Êxodo 20,2-3), que teve sua origem na "santa aliança" celebrada entre Javé e o patriarca Abraão (Gênesis 12,1-2), convertendo o povo de Israel em uma "nação santa e reino de sacerdotes" (Êxodo 19,5-6).
2. Da Antiga à Nova Aliança

No entanto, "quando se cumpriu o tempo, Deus enviou o seu Filho, que nasceu de uma mulher, submetido à lei de Moisés" (Gálatas 4,4). Ele é o "grande sumo sacerdote" (Hebreus 4,14), que estabeleceu um "novo pacto" (Hebreus 8,6) por sua morte salvadora na cruz (Efésios 2,16; Colossenses 1,20), dando origem ao "verdadeiro Povo de Deus" (Gálatas 6,16). Conseqüentemente, "já não importa ser judeu ou grego, escravo ou livre, homem ou mulher, porque, unidos a Cristo Jesus, todos vocês são um só. E se são de Cristo, são descendentes de Abraão e herdeiros da promessa que Deus lhes fez" (Gálatas 3,28-29).

3. O Cristianismo durante os Primeiros Anos
A Igreja de Cristo foi vista, pelo menos durante os seus primeiros dez anos, como uma "nova seita" saída do Judaísmo (Atos 28,22); porém, na realidade, era um "novo caminho" (Atos 24,14), já que estava centrada em Jesus Cristo, que é "o caminho, a verdade e a vida" (João 14,6). E os homens e mulheres que se atreviam a seguí-Lo eram perseguidos, condenados à morte, capturados e encarcerados (Atos 22,4). Não obstante, eles estavam unidos em um mesmo amor (Colossenses 3,14), uma vida segundo os ensinamentos do "sermão da montanha", para alcançar o "reino dos céus" (Mateus 5,3-12).
No tocante ao termo "cristão" com que são identificados os discípulos de Cristo, começou a ser empregado na província romana de Antioquia - atual Antakya, na Turquia (Atos 11,26). Este nome foi aceito por todos aqueles que suportavam os sofrimentos de sua fé (1Pedro 4,16), convertendo-se assim em autênticos soldados de Cristo (2Timóteo 2,3).
4. Meu nome é "Cristão"; meu apelido é "Católico"
O Cristianismo esteve conformado em sua alvorada histórica pelo Catolicismo, que possui Jesus como Cabeça (Colossenses 1,18; Efésios 5,23), ao fundar sua congregação sobre o apóstolo Pedro, a pedra (João 1,42; Mateus 16,16-18; Lucas 22,32; João 21,15-17). A palavra grega "Igreja" significa assembléia de fiéis (1Coríntios 1,2), "católica" significa universal (Apocalipse 7,9) e foi usada pela primeira vez por Santo Inácio de Antioquia, no início do século II de nossa Era. Ela é "a família de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, a qual é coluna e fundamento da verdade" (1Timóteo 3,15).
5. Da Igreja de Cristo às "igrejas" e seitas

Quantas vezes nos temos perguntado, diante da grande avalanche de igrejas cristãs: "Qual delas é a verdadeira?" A esse respeito, ensinava São Cipriano no século II que "ninguém pode ter a Deus por Pai se não tiver a Igreja Católica por Mãe". E o cardeal John Henry Newman [ex-protestante] acrescentava que "para conhecer a história do Cristianismo, é necessário deixar de ser protestante". Por essa razão, nós católicos afirmamos que a nossa religião não foi fundada por nenhum homem, como ocorreu com todas as demais denominações cristãs, que muitas vezes, como "lobos devoradores", querem destruir a Igreja (Atos 20,29-30). Ao contrário, [a Igreja Católica] tem suas origens em Jesus Cristo, que é a "rocha firme" (Mateus 7,24-25) e, portanto, ninguém pode construir sobre outro fundamento (1Coríntios 3,9-11). A existência da Igreja Católica e seu impacto têm sido muito profundos: nos referimos a uma instituição que sobrevive há mais tempo que qualquer império na História da civilização. Ela já dura três vezes mais que o Império Romano e duas vezes mais que a dinastia na China.
6. Uma Igreja Visível

A Igreja Católica é vista teologicamente como o "corpo místico" de Cristo (Efésios 1,23), sem "mancha nem pecado" (Efésios 5,27), como "a esposa do Cordeiro" (Apocalipse 21,9; 22,17), a quem o Senhor não deixa de cuidar (Efésios 5,29). A Sua intenção era que existisse "um só rebanho e um só Pastor" (João 10,16), sendo Ele "o grande pastor das ovelhas" (Hebreus 13,20), chamado "o Bom Pastor" (João 10,11), que vela permanentemente por elas (1Pedro 2,25). Para cumprir esta santa tarefa, o Filho de Deus elegeu doze Apóstolos (=enviados) (Mateus 10,2-4; João 20,21), dando-lhes plena autoridade para governar a sua Igreja, encabeçada pelo apóstolo Pedro (Mateus 16,19; 18,18; 19,28; Efésios 2,20), com cinco grandes missões: [1] pregar o Evangelho (Mateus 28,20) e orar; [2] batizar (Mateus 28,19; Marcos 16,15-16); [3] celebrar a Eucaristia (Lucas 22,19); [4] perdoar os pecados (João 20,23; Lucas 24,47); [5] e realizar sinais milagrosos em seu nome (Mateus 10,1; Marcos 16,17-18), como Pedro curou com a sua sombra (Atos 5,15) e Paulo com sua roupa (Atos 19,11-12). Do mesmo modo, o Santo de Deus, antes de regressar ao céu, prometeu enviar aos seus amigos a ajuda do Espírito Santo, para que lhes recordasse tudo o que Ele havia lhes dito (João 14,26; 16,13), tornando-se visivelmente presente na festa de Pentecostes (Atos 2,1-4.33) e muitas outras vezes com a colaboração dos anjos do céu (Atos 5,17-20; 8,26; 10,3-8.22; 12,7-11; 27,23-24).
7. Uma Igreja com Hierarquia
Os Apóstolos, conforme iam expandindo a "Boa Nova" nos templos e nas casas (Atos 5,42), nomearam, por sua vez, bispos (pastores), presbíteros (anciãos) e diáconos (servidores), por intermédio da oração, do jejum e da imposição das mãos (Atos 13,3; 14,23; 1Timóteo 4,14; 2Timóteo 1,6), rito sagrado esse que foi mantido até os nossos dias pela hierarquia eclesiástica católica. Prova disso foi a escolha de Matias pelos onze Apóstolos, para que viesse a ocupar o lugar de Judas (Atos 1,15-26); e também as nomeações de novos bispos promovidas por Paulo (como Tito em Creta e Timóteo em Éfeso), e Barnabé na Ásia Menor, para que cuidassem da "Igreja" ou do "Rebanho" de Deus (Atos 20,28; Hebreus 13,7.17) e se dedicassem a "pregar e ensinar" (1Timóteo 5,17). A esses novos bispos foi transmitido o legado de ordenar presbíteros (Tito 1,5), que davam a conhecer a sã doutrina (1Coríntios 4,1; 2Timóteo 2,2; Tito 1,9) e curavam os doentes por meio da oração e da imposição do óleo (Tiago 5,14; Marcos 6,13). Também por solicitude dos Apóstolos, a comunidade de Jerusalém nomeou sete diáconos que se encarregaram do cuidado material dos fiéis (Atos 6,2-6). Um deles, Estêvão, foi o primeiro mártir (=testemunha) do Cristianismo (Atos 7,59-60). Entre os Apóstolos, profetas, pastores e mestres haviam diferentes dons e qualidades (Atos 13,1; Romanos 12,6-8; 1Coríntios 12,27-31; Efésios 4,11).

Tamanho foi o êxito, que em pouco tempo "as igrejas se afirmavam na fé e o número de crentes aumentava a cada dia" (Atos 16,5; 9,31), possuindo como dirigentes, em cada lugar, os Apóstolos, bispos e diáconos (Atos 15,4; Filipenses 1,1); todos eles com os fiéis em geral conformavam as "igrejas de Deus" (2Tessalonicenses 1,4), chamadas também de "igrejas de Cristo" (Romanos 16,16), "povo santo" (Atos 9,13) ou "povo de Deus" (Apocalipse 5,8; 8,3; 19,8), "casa de Deus" (Hebreus 3,6) ou "família de Deus" (Efésios 2,19). Do mesmo modo, os príncipes dos Apóstolos, Pedro e Paulo, com suas cartas pastorais manifestavam como deveria ser a vida exemplar e reta dos bispos (1Pedro 5,1-4; 1Timóteo 3,1-7; 4,17), presbíteros (Tito 1,6-9), diáconos (1Timóteo 3,8-13) e de todos os fiéis cristãos (Romanos 12,9-21; 13,1-14; 14,1-23; 15,1-6). Particularmente é conhecida uma carta de Santo Inácio de Antioquia, redigida nos primeiros anos do século II, em que diz que cada comunidade de crentes contava com um único bispo, assistido pelos presbíteros e diáconos. Conservam-se também as listas dos bispos católicos das principais igrejas: Roma, Jerusalém, Antioquia, Alexandria, todas as quais remontam aos próprios Apóstolos.

8. A Igreja Cristã foi Perseguida: Todos os Fiéis eram Católicos. Todos!

Por outro lado, à medida que se cumpriam as palavras do Apóstolo dos Gentios, que assinalavam Cristo como "o salvador da Igreja" (Efésios 5,23), o diabo, como "leão rugente", provocava perseguições aos crentes em todo o mundo (1Pedro 5,8-9). O próprio Mestre Divino já assim havia profetizado (João 15,20). Os primeiros cristãos suportavam com grande paciência diversas penas (2Coríntios 6,4-5), convertendo-se em verdadeiras "testemunhas de Jesus" (Apocalipse 17,6), para estar com Ele em sua glória (Romanos 8,17). Neste ponto, nossa Igreja é a que ofereceu mais mártires no Cristianismo: estima-se que, em vinte séculos, foram 40 milhões entre papas, bispos, sacerdotes, religiosos, monges, missionários, catequistas, neocatecúmenos, seculares, meninos e meninas. Apenas no século XX, 27 milhões morreram em razão de sua fé em perseguições religiosas promovidas na Espanha, no México, na Alemanha nazista, na ex-União Soviética, na China comunista, nas guerras civis de alguns países da África etc. Eles são "os que lavaram suas roupas e as alvejaram no sangue do Cordeiro" (Apocalipse 7,14), estão "vestidos de branco e portando folhas de palma em suas mãos" (Apocalipse 7,9). Por isso, Santo Agostinho dizia que "a Igreja Católica segue peregrinando entre as perseguições dos homens e os consolos de Deus".
Se vieres a fazer uma pesquisa em qualquer biblioteca sobre as perseguições promovidas no Império Romano para verificar quem foi martirizado, encontrarás os nomes dos grandes mártires católicos, os quais ainda hoje recordamos e amamos como santos, por terem dado as suas vidas pelo Evangelho. Inclusive quando atualmente festejamos o Dia dos Namorados, que trata do amor e da amizade, isto encontra-se em estreita relação com São Valentino, um mártir católico do início do século IV. TODOS ELES ERAM CATÓLICOS E ANTERIORES À LIBERDADE DE CULTO AUTORIZADA POR CONSTANTINO. O Cristianismo primitivo é o Catolicismo (se algum leitor discordar ou não crer nisto, pedimos para que investigue e nos envie um único nome de qualquer mártir dos primeiros séculos que tenha sido protestante ou evangélico. Embora nunca nos tenham enviado nada - pois jamais existiu - o autor continua aguardando com paciência).
9. A Igreja Católica expandiu o Cristianismo para todo o Mundo

Esta tarefa evangelizadora que se cumpre desde a ordem emanada pelo próprio Senhor Jesus, de dar a conhecer sua mensagem até os confins da terra (Atos 1,8), é testemunhada na História com a conversão do grande Império dos Césares, a partir de Constantino no século IV. Posteriormente, missionários e monges católicos fizeram o mesmo com as tribos bárbaras dos godos, vikings, francos, germanos entre outras. A partir do século XVI o Catolicismo se estendeu pela América, Índia, China, Japão e África, graças à pregação de valentes sacerdores e religiosos franciscanos, dominicanos, jesuítas, mercedários e agostinianos. Igualmente, outro sinal distintivo foi a atenção dada aos órfãos e viúvas (Tiago 1,27); nas igrejas, aos domingos, era recolhida uma oferta voluntária para tal fim (1Coríntios 16,1-2). Esta característica bíblica continua presente na Igreja Católica de nossos dias, responsável por uma imensa quantidade de hospitais, dispensários, leprosários, centros de saúde, asilos, orfanatos, creches, escolas, oficinas de capacitação, restaurantes populares para adultos e crianças, bancos de alimentação para pobres, centros de reabilitação para dependentes químicos em geral, aidéticos, entre outros. Obedece assim ao mandamento do apóstolo Tiago: "a fé sem obras é morta" (Tiago 2,14-18).

Hoje em dia é comum ouvirmos muitos grupos afirmarem que eles são a verdadeira Igreja de Cristo, portadores do verdadeiro Cristianismo; porém, a pergunta é bem simples: se eles são os verdadeiros cristãos, POR QUE NENHUM DELES VIERAM ORIGINARIAMENTE EVANGELIZAR A AMÉRICA E OUTROS CONTINENTES? A resposta é rápida: NÃO VIERAM PORQUE NÃO EXISTIAM.
10. A Igreja de Cristo: a Católica, desde o Princípio tem um Rosto Divino e Humano
Devemos reconhecer a Igreja de Cristo em sua parte humana, que cumpre a parábola do "joio entre o trigo" (Mateus 13,24-30) através dos tempos. De fato, o papa João Paulo II declarou humildemente que no Catolicismo tem existido "luzes e sombras". No entanto, o poder do inferno nunca poderá vencê-la (Mateus 16,18), pois o Messias sempre estará com os seus (Mateus 28,20; 1Coríntios 5,4), segundo ainda a sentença do mestre da Lei, Gamaliel (Atos 5,38-39), já que existe uma íntima união entre Deus, a Igreja e Cristo Jesus "por todos os séculos, agora e para sempre" (Efésios 3,21).
Que Deus continue te abençoando e dai graças a Deus se fores católico. Luta para ter uma relação pessoal com Jesus Cristo e testemunha com a tua vida que Ele está vivo. Se não sois católico e desejas ser 100% cristão, saiba que as portas da Igreja Católica estão abertas para ti. Te aguardamos

Autor do Texto: Guido Rojas

Tradução: Carlos Martins Nabeto

Fonte Original: Defende Tu Fe

Fonte em Português: Veritatis

FONTE ELETRÔNICA;


A Alma é imortal?

INTRODUÇÃO
A Igreja ensina que cada alma espiritual é criada diretamente por Deus - esta não é "produzida" pelos pais - e que é imortal: não perece quando, na morte, se separa do corpo e tornará a se unir ao corpo quando ocorrer a ressurreição final.

Apesar da doutrina da imortalidade da alma estar claramente revelada nas Escrituras, existem seitas e denominações protestantes (testemunhas de Jeová, adventistas etc.) que, apegando-se a uma interpretação particular da Bíblia, não cansam de rejeitá-la obstinadamente. Eis aqui um resumo dos seus argumentos.

QUAIS SÃO OS ARGUMENTOS DAS SEITAS QUE NEGAM A IMORTALIDADE DA ALMA?

Um resumo dos argumentos empregados pelos testemunhas de Jeová para negar a imortalidade da alma extraí de sua revista "Despertai", de 22 de outubro de 1982:

"Os testemunhas de Jeová (...) crêem que a alma humana é mortal, que os mortos não sentem nada em absoluto. Por que crêem nisto? (...) os escritores das Escrituras Hebraicas (Antigo Testamento) jamais - nem uma só vez - acrescentaram às palavras 'néphesh' (o termo hebraico para 'alma') ou 'rúahh' (o termo hebraico para 'espírito') a qualificação de 'imortal'. Ao contrário, ensinaram que alma humana morre: 'A alma que pecar, essa é a que morrerá' (Ezequiel 18:4.20, Versão Moderna; ver também Salmo 22:29; 78:50). Dizem que os mortos estão inconscientes: 'Porque os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem e já não há salário para eles (...) Qualquer coisa que esteja ao teu alcance fazer, fazei-a conforme as tuas forças, porque não existirá obra, razão, ciência ou sabedoria no Sheol [o sepulcro comum da humanidade] para onde irás' (Eclesiastes 9:5.10, Bíblia de Jerusalém). As Escrituras Gregas (Novo Testamento) oferecem o mesmo ponto de vista sobre a alma e a morte. Jesus disse que Deus 'pode destruir tanto a alma quanto o corpo', de forma que, se a alma pode ser destruída, não pode ser imortal (Mateus 10:28). Falando de Jesus, o apóstolo Pedro declarou: 'Qualquer alma que não escute esse profeta será totalmente destruída' (Atos 3:23). Jesus também mostrou que os mortos encontram-se inconscientes, pois comparou a morte a 'um sono que concede descanso' (João 11:11-14). Isto está em harmonia com o que qualquer pessoa pode facilmente discernir ao participar de um funeral, onde pode ver o corpo do falecido. Segundo o relato da Criação registrado em Gênesis 2:7, Adão foi formado do pó da terra e 'o homem veio a ser alma vivente'. Portanto, a Bíblia usa a expressão 'sua alma' para se referir à 'própria pessoa'" (Despertai, 1982 - G82, 22/10, pp.25-27). Partindo deste breve resumo, podemos separar seus argumentos para estudá-los um por um:

ARGUMENTO Nº 1: OS MORTOS NÃO TÊM CONSCIÊNCIA DE NADA

"Porque os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem e já não há salário para eles, pois foi perdida a sua memória. Tanto o seu amor quanto o seu ódio, como os seus zelos, há tempos pereceu e nunca tomarão parte em qualquer coisa que ocorra sob o sol" (Eclesiastes 9,5-6).

Os testemunhas de Jeová interpretam literalmente e fora do contexto este texto bíblico para afirmar que a pessoa, quando morre, não possui consciência de nada; logo, não haveria uma alma imortal que sobrevivesse. Para eles, quando uma pessoa morre, deixa de existir e apenas "fica na memória de Jeová". Contudo, para entender por que os testemunhas de Jeová chegaram a esta conclusão, devemos compreender a sua forma de enxergar as Escrituras.

Sua principal dificuldade encontra-se talvez em não compreender que a revelação divina foi progressiva. Não deveríamos ficar surpresos por não encontrar nenhuma referência à ressurreição em todo o Pentateuco (as primeiras menções à ressurreição encontramos em Isaías 26,19 e Daniel 12; inclusive, nos tempos de Jesus, os saduceus a rejeitavam) e muito menos em reconhecer que o motivo disso é que ela não havia sido revelada até então. A própria revelação do Messias como Deus e Filho de Deus não é igualmente clara no Antigo tal como temos no Novo Testamento. Muitos exemplos poderiam ser citados, mas certamente qualquer leitor cuidadoso poderá observar sem muita dificuldade este desenvolvimento da revelação à medida que avança a leitura das páginas da Bíblia, o que implica que houve momentos da História onde o conhecimento de certas verdades era parcial e limitado, aumentando à medida que avançava a transmissão da revelação ao Povo de Deus.
O mesmo ocorre quanto a compreensão do Povo de Deus acerca de seu conhecimento sobre o além e, sobretudo, acerca da recompensa ou sanção aplicada a cada um. Assim, para o autor do Eclesiastes, bem como para os autores dos livros sagrados anteriores, não existe um conhecimento claro de recompensa ou castigo, a não ser quanto aos bens ou males da vida presente. Parece sim vislumbrar que Deus julgará as ações do justo e do ímpio (Eclesiástico 3,17; 11,9; 12,14) embora sem conhecer a natureza da recompensa.

É simples, assim, compreender que não é que o Autor ponha em dúvida a imortalidade da alma e a retribuição futura, mas que as ignora e, por isso, compara a condição dos vivos com a dos mortos conforme suas concepções acerca do Sheol (lugar onde antes da ressurreição de Cristo descansavam as almas e no qual já não faziam parte do mundo dos vivos).

Pode-se encontrar ao longo de todo o Livro textos que confirmam isso: "Quem sabe se o alento de vida dos humanos ascende ao alto e se o alento de vida da fera desce à terra?" (Eclesiastes 3,21). O próprio Autor reconhece aqui não saber o que acontece com o alento de vida dos seres humanos e se se diferencia do [alento de vida] dos animais.

Em outra parte escreve: "Porque o homem e a fera possuem a mesma sorte: um morre como o outro e ambos possuem o mesmo alento de vida. O homem em nada leva vantagem sobre a fera..." (Eclesiastes 3,19), textos que permitem entender que o Autor fala apenas sobre o que sabe e o que tinha sido revelado até então. No entanto, os testemunhas de Jeová sustentam toda a sua doutrina em textos do Antigo Testamento - quando a Revelação estava ainda em pleno progresso - e se vêem obrigados a distorcer todos os textos claros do Novo Testamento que contradizem a sua teologia.

O mais contraditório de sua teologia é que, ao interpretar Eclesiastes 9,5-6 como o fazem, deveriam concluir que tampouco existe recompensa futura, já que o texto afirma que para os mortos "já não há salário para eles", embora saibamos que "o Filho do Homem há de vir na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então pagará a cada um segundo a sua conduta" (Mateus 16,27).

ARGUMENTO Nº 2: A ALMA QUE PECAR MORRERÁ

"Minhas são todas as almas; tanto a do pai quanto a do filho, minhas são, e a alma que peca, essa perecerá" (Ezequiel 18,4).

De alguma maneira, os testemunhas de Jeová optaram por interpretar que este texto se refere à aniquilação ou destruição da alma. Talvez a principal dificuldade aqui seja a sua falta de compreensão acerca do significado da palavra "morte" na Bíblia, a qual, em certos casos, faz referência à separação da alma do corpo (=morte física), mas em outros casos se refere à separação do homem de Deus em razão do pecado (=morte espiritual).

Entre alguns textos onde a morte faz referência à morte física, em que se separam alma e corpo:

- "E ao exalar a alma, pois estava doente, o chamou Ben-'oní; porém, seu pai o chamou Benjamin" (Gênesis 35,18).

- "Pois para mim a vida é Cristo e a morte um lucro. Porém, se o viver na carne significa para mim trabalho fecundo, não sei o que escolher... Sinto-me premiado dos dois lados: por um lado, desejo partir e estar com Cristo, o que, certamente, é muito melhor; mas, por outro lado, ficar na carne é mais necessário para vós" (Filipenses 1,21-24).
No texto anterior, São Paulo está consciente de que ao morrer deixará o seu corpo para estar com Cristo; prefere, no entanto, permanecer na carne em razão da evangelização. O seguinte texto é ainda mais explícito:

"Assim, pois, sempre cheios de bom ânimo, sabendo que, enquanto habitamos no corpo, vivemos afastados do Senhor, já que caminhamos na fé e não na visão (...) Estamos, pois, cheios de bom ânimo e preferimos deixar este corpo para viver com o Senhor. Por isso, quer em nosso corpo, quer fora dele, nos esforçamos por agradar-Lhe" (2Coríntios 5,6-9).

Basta apenas este texto para desarmar toda a teologia dos testemunhas de Jeová e adventistas, já que fala explicitamente da possibilidade de se viver no corpo e fora dele, e que em ambos os estados nos esforçamos em agradar a Deus.

Entre alguns textos onde a morte faz referência à separação do homem de Deus em razão do pecado, temos:

- "E a vós que estáveis mortos em vossos delitos e pecados" (Efésios 2,1).

- "Estando mortos em razão de nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo - pela graça fostes salvos" (Efésios 2,5).
- "Pois tudo o que fica manifesto é luz; por isso se diz: 'Desperta tu que dormes e te levanta dentre os mortos, e Cristo te iluminará" (Efésios 5,14).

- "E a vós, que estáveis mortos em vossos delitos e em vossa carne incircuncisa, vos vivificou juntamente com Ele e nos perdoou a todos os nossos delitos" (Colossenses 2,13).

É por isso que não é coerente interpretar Ezequiel 18,4 como uma aniquilação da existência da alma, mas, pelo contrário, o que realmente significa: um estado onde a alma fica afastada de Deus por toda a eternidade.

- "Porque é próprio da justiça de Deus pagar com tribulação aqueles que vos atribulam; e a vós, os atribulados, com o descanso junto conosco, quando o Senhor Jesus se revelar a partir do céu com os seus poderosos anjos em meio a uma chama de fogo, e realizar vingança contra os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão a pena de uma ruína eterna, afastados da presença do Senhor e da glória do seu poder" (2Tessalonicenses 1,6-9).

- "Ali será pranto e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, enquanto que vós estareis sendo lançados fora" (Lucas 13,28).

Outra referência à morte da alma, não como uma aniquilação definitiva, mas como uma separação do homem de Deus, encontramos no Apocalipse, onde se fala da "segunda morte":

- "Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: 'o vencedor não sofrerá o dano da segunda morte'" (Apocalipse 2,11).

- "Porém, os covardes, os incrédulos, os abomináveis, os assassinos, os impuros, os feiticeiros, os idólatras e todos os embusteiros terão a sua parte no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte" (Apocalipse 21,8).

- "E o Diabo, seu sedutor, foi atirado no lago de fogo e enxofre, onde estão também a besta e o falso profeta; e serão atormentados dia e noite pelos séculos dos séculos" (Apocalipse 20,10).

- "E eu vos digo que virão muitos do oriente e do ocidente e se colocarão à mesa com Abraão, Isaac e Jacó no Reino dos Céus, enquanto que os filhos do mundo serão lançados às trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes" (Mateus 8,12).

Ao lermos cuidadosamente estes textos, é possível perceber que a segunda morte (chama-se assim precisamente porque é a morte da alma) que os condenados sofrerão em conjunto com o Diabo, a besta e o falso profeta, implicará não apenas no afastamente de Deus por toda a eternidade (=pena de dano), mas ainda uma espécie de tormento eterno (=pena de sentido).

"Muitos dos que dormem no pó da terra despertarão: uns para a vida eterna; outros, para o opróbio, para o horror eterno" (Daniel 12,2).

Em absolutamente todos os textos que tratam do destino final dos condenados (Mateus 8,12; 13,42; 24,51; 25,30; Lucas 13,28), encontramos o mesmo: a morte da alma é um estado de separação definitivo de Deus, nunca se falando de uma destruição ou cessação da existência.

Observação: Os testemunhas de Jeová afirmam que apenas os justos ressuscitarão. Embora este jeito de ver as coisas seja quase lógico - já que não teria muito sentido os injustos ressuscitarem para tornarem a ser destruídos - isto, porém, contradiz o que o profeta Daniel já havia profetizado no texto que acabamos de citar (v. Daniel 12,2).

ARGUMENTO Nº 3: JESUS DISSE QUE DEUS "PODE DESTRUIR TANTO A ALMA QUANTO O CORPO", DE MODO QUE, SE A ALMA PODE SER DESTRUÍDA, LOGO NÃO PODE SER IMORTAL (MATEUS 10:28)

Aqui, o erro das testemunhas é novamente interpretar esta morte da alma como uma aniquilação. Seu argumento é que o texto grego emprega "άπόλλυμι" ("apólumi"), que traduzem e interpretam literalmente como "destruir". O "Dicionário de Grego Strong" nos oferece o seguinte significado:

G622

apólumi

de G575 e a base de G3639: destruir completamente (reflexivamente perecer ou perder), literal ou figurativamente: destruir matar, morrer, perder, perdido, perecível, perecer.

Não há razão nenhuma, portanto, para interpretar nesse texto a palavra "apólumi" como uma aniquilação ou destruição literal da alma. O contexto desse mesmo texto não apenas rejeita essa idécia como também serve para refutá-la:

"E não temais aqueles que matam o corpo, porém não podem matar a alma; temei mais Aquele que pode levar a alma e o corpo à perdição na Gehena" (Mateus 10,28).

Visto que os adventistas e os testemunhas de Jeová não crêem na imortalidade da alma, como algo poderia matar apenas o corpo e não matar a alma? Recorde-se que eles afirmam que não existe alma que sobreviva ao corpo e que, ao morrer o corpo, morre a alma. Porém, não é isso o que Jesus diz ali, mas justamente o contrário: há causas que podem matar o corpo sem matar a alma (um acidente ou qualquer coisa que pode causar a morte física, mas não a morte espiritual), de modo que a alma sobrevive ao corpo uma vez separada dele. Com efeito, o contexto de morte ou destruição da alma que é tratado ali não é uma aniquilação, mas um estado de morte espiritual definitiva.

EVIDÊNCIAS BÍBLICAS EM FAVOR DA IMORTALIDADE DA ALMA
Evidência nº 1: A Promessa feita ao Bom Ladrão

Certamente todos nós recordamos o que ocorreu com o bom ladrão quando Jesus foi crucificado:

"E um dos malfeitores que estavam pendurados lhe injuriava, dizendo: 'Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós'. E respondendo, o outro lhe repreendeu, dizendo: 'Nem tu temes a Deus passando pela mesma condenação? Nós, na verdade, padecemos justamente, porque recebemos o que mereceram os nossos atos; mas quanto a este, nenhum mal fez'. E disse a Jesus: 'Senhor, lembra-te de mim quando vieres em teu Reino'. Então Jesus lhe disse: 'Em verdade te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso'" (Lucas 23,39-43).
O interessante neste evento é que Jesus promete ao bom ladrão estar com Ele no Paraíso ainda naquele dia. Mas como poderia ocorrer isso se a alma não sobrevive ao corpo? Visto que este simples texto desmorona instantaneamente toda a teologia dos testemunhas e adventistas, estes inventaram um argumento bastante original para se justificarem: alegam que em tal época não existiam sinais de pontuação, de modo que o que Jesus quis dizer foi: "Em verdade te digo hoje: estarás comigo no paraíso" (a posição dos dois-pontos muda assim todo o sentido da frase).
O problema deste argumento é que tal forma de se expressar era totalmente alheia à forma de falar de Jesus verificada em todo o Novo Testamento. Quando Jesus usava a expressão "Em verdade te digo" (outras traduções traduzem: "Em verdade, em verdade", "Eu te asseguro" etc.), nunca a usava dessa maneira. Exemplos existem às dezenas, alguns dos quais podemos destacar:
- "Em verdade, em verdade eu te digo: Quando eras mais jovem, te cingias e ias para onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás as tuas mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres" (João 21,18).

- "Em verdade eu te digo: não sairás dali até que pagues o último centavo" (Mateus 5,26).
- "Respondeu Jesus: 'Em verdade, em verdade eu te digo: quem não nascer novamente não poderá ver o Reino de Deus'" (João 3,3).

- "Em verdade, em verdade eu te digo: o que sabemos, encontramos; e o que vimos, testificamos; e não recebeis o nosso testemunho" (João 3,11).

- "Respondeu-lhe Jesus: 'Tua alma vai se pôr por mim? Em verdade, em verdade eu te digo: não cantará o galo sem que me tenhas negado três vezes'" (João 13,38).

Em todas estas oportunidades Jesus jamais disse: "Em verdade eu te digo HOJE:", mas apenas e de maneira bastante solene: "Em verdade eu te digo:".
Inclusive, quando Cristo empregou a palavra "hoje" nessa espécie de expressão, foi para afirmar que o referido evento ocorreria nesse exato dia:

"E disse-lhe Jesus: 'Em verdade eu te digo: tu, hoje, nesta noite, antes que o galo já tenha cantado duas vezes, me negarás por três vezes" (Marcos 14,30).

Nesta frase, nenhum adventista ou testemunha de Jeová se atreveria a dizer que Cristo estava dizendo que esse "hoje" seria qualquer outro dia, que Pedro algum dia O negaria, pois vemos que Cristo diz que Pedro O negaria neste mesmo dia ["nesta noite"], ou seja, "hoje" mesmo.
Outros exemplos onde Jesus empregou essa espécie de expressão sem jamais usar "hoje" para reafirmar a sua promessa ou o seu ensinamento podemos encontrar ao longo de todo o Evangelho (Mateus 3,9; 5.22.28.32.34.39.44; 12,36; 19,9; 21,27; Lucas 4,25; 9,27; 11,9; 12,44; 16,9; 19,26; João 16,7).
Os testemunhas de Jeová e os adventistas sustentam ainda que o bom ladrão não poderia estar com Jesus nesse dia no Paraíso porque Jesus subiu ao Pai somente após a ressurreição:

"Disse-lhe Jesus: 'Não me toques, pois não subi ao Pai. Porém, vai-te para onde estão os meus irmãos e dizei-lhes: 'Subo ao meu Pai e ao vosso Pai, ao meu Deus e ao vosso Deus'" (João 20,17).
Mas esta aparente "contradição" tem solução...

A aparente contradição é comentada por São Tomás de Aquino em sua "Suma Teológica", Parte III, c.52, a.4:
"Cristo, para assumir sobre si mesmo as nossas penas, quis que o seu corpo fosse depositado no sepulcro; e quis também que a sua alma descesse ao inferno. Porém, o seu corpo permaneceu no sepulcro um dia inteiro e duas noites para que se comprovasse a verdade da sua morte. Assim, é de crer também que a sua alma esteve outro tanto no inferno, a fim de que, por sua vez, saísse a sua alma do inferno e o seu corpo do sepulcro".
Mais adiante, continua dizendo:

"Cristo, ao descer ao inferno, libertou os santos que ali estavam, não retirando-os instantaneamente do lugar do inferno, mas iluminando-os com a luz de sua glória no próprio inferno. E, não obstante, foi conveniente que a sua alma permanecesse no inferno por todo o tempo que o seu corpo esteve no sepulcro".
Portanto:

"Essas palavras do Senhor devem ser entendidas, não quanto ao paraíso terrestre corpóreo, mas quanto ao paraíso espiritual, no qual se diz que vivem os que gozam da vida divina. Com efeito, o ladrão desceu localmente com Cristo ao inferno, para estar com Ele, visto que lhe disse: 'Estarás comigo no paraíso'; porém, em razão do prêmio, esteve no Paraíso porque ali gozava da divindade como os demais santos".
Evidência nº 2: a Parábola de Lázaro e o rico epulão

"Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e dava festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, ficava sentado no chão junto à porta do rico. Queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico, mas, em vez disso, os cães vinham lamber suas feridas. Quando o pobre morreu, os anjos o levaram para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então gritou: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’. Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te de que durante a vida recebeste teus bens e Lázaro, por sua vez, seus males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. Além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’. O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda então Lázaro à casa de meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Que ele os avise, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas! Que os escutem!’ O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão. Mas se alguém dentre os mortos for até eles, certamente vão se converter’. Abraão, porém, lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão’" (Lucas 16,19-31).

Aqui temos, da boca do próprio Jesus, uma parábola onde, partindo de personagens fictícios, Jesus nos explica uma situação real aplicável a cada um de nós: a recompensa ou o castigo que receberemos conforme as nossas obras.

Não se deve crer - como crêem as seitas - que apenas por ser uma parábola ela não encerra um ensinamento real. Seria bastante curioso Jesus apresentar uma parábola fazendo alusão à imortalidade da alma se esta realmente fosse uma doutrina pagã. Ora, se a alma fosse mortal, nada seria mais inapropriado do que empregar uma parábola cuja interpretação acabasse reforçando o conceito judaico da imortalidade da alma, visto que Jesus poderia perfeitamente alterar um pouco a estória, apontando que o rico simplesmente já não mais existia após a sua morte, enquanto que Lázaro era recompensado ao ressuscitar no último dia.
Evidência nº 3: a Transfiguração

"Seis dias depois, Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João e os fez subir a um lugar retirado, no alto de uma montanha, a sós. Lá, Ele foi transfigurado diante deles. Sua roupa ficou muito brilhante, tão branca como nenhuma lavadeira na terra conseguiria torná-la assim. Apareceram-lhes Elias e Moisés, conversando com Jesus" (Marcos 9,2-4).

Este é outro evento que lança por terra a teologia das seitas pois, já que a alma não sobrevive ao corpo, o que faziam aqui Moisés e Elias conversando com Jesus? É oportuno recordar que a morte de Moisés está claramente registrada nas Escrituras (cf. Deuteronômio 34,5-6).
Além da Transfiguração, temos ainda o evento da necromante de Endor, onde [o profeta] Samuel, já falecido, é evocado por ordem [do rei] Saul (1Samuel 28,6-20):
Tanto no caso de Samuel quanto no de Elias e Moisés não se pode alegar que se trata de parábolas, nem de alucinações, e muito menos - como me comentou certa ocasião uma pessoa que possui crenças adventistas - que Samuel era um demônio e que Moisés ressuscitara temporariamente na Transfiguração para logo depois tornar a morrer.
Evidência nº 4: Cristo prega aos espíritos encarcerados

"De fato, também Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na existência humana, mas recebeu nova vida no Espírito. No Espírito, ele foi também pregar aos espíritos na prisão, aos que haviam sido desobedientes outrora, quando Deus usava de paciência — como nos dias em que Noé construía a arca. Nesta arca, umas poucas pessoas — oito — foram salvas, por meio da água" (1Pedro 3,18-20).

Este texto faz alusão à descida de Cristo aos infernos ("Sheol" para os hebreus) logo após a sua morte na Cruz, onde prega para aqueles justos que estavam retidos aguardando que Cristo, por sua morte e ressurreição, abrisse-lhes o caminho para entrar no céu (Hebreus 2,10; 9,8.15; 10,19-20; 1Pedro 3,19). Não custa dizer que neste evento encontra-se outra prova palpável da imortalidade da alma, visto que a pregação de Cristo é dirigida aos falecidos.
Devemos descartar os argumentos pouco convincentes das seitas, que sugerem que tal pregação foi um simples ato de presença diante dos demônios ou um ato condenatório. Isto porque o sentido do verbo grego "κηρύσσει ν" (pregar), é indicado pelo contexto geral, que trata da misericórdia de Deus e dos efeitos da redenção. A pregação teve que ser, portanto, o anúncio de uma Boa Nova, estando em harmonia com as palavras de Pedro que seguem imediatamente depois:

"Pois também aos mortos foi anunciado a Boa Nova, para que, mesmo julgados à maneira humana na carne, eles pudessem viver pelo Espírito, conforme o desejo de Deus" (1Pedro 4,6).

A hipótese de uma pregação condenatória seria contrária ao espírito da passagem. Ademais, devemos ressaltar que o termo "κηρύσσειv", no Novo Testamento, é empregado sempre para designar a pregação de uma Boa Nova.

Também é descabida a suposição de que se tratavam de demônios, pois faz referência a pessoas incrédulas que viviam nos tempos de Noé.

Devemos notar, no entanto, que ainda que o Apóstolo distinga especialmente os contemporâneos de Noé, não está com isto excluindo os demais justos; na verdade, ele está destacando a eficácia redentora de Cristo, a qual alcançou inclusive aqueles que em outra época foram considerados como grandes pecadores e provocaram o maior castigo de Deus sobre o mundo. Seriam assim aqueles que no tempo de Noé foram incrédulos às suas exortações ao arrependimento, mas que logo depois de se desencadear o dilúvio se arrependeram, pedindo perdão a Deus antes de morrerem.

Evidência nº 5: a Bíblia apresenta os salvos na presença de Deus

No capítulo 11 da Carta aos Hebreus são mencionados todos os Patriarcas e Santos da Antiguidade como modelos para os cristãos. Eles que não alcançaram "a promessa" e tiveram que esperar que Cristo, por sua morte e ressurreição, abrisse-lhes o caminho para ingressar no céu (Hebreus 2,10; 9,8.15; 10,19-20; 1Pedro 3,19) são apresentados como testemunhas ao nosso redor:

"Portanto, com tamanha nuvem de testemunhas em torno de nós, deixemos de lado tudo o que nos atrapalha e o pecado que nos envolve. Corramos com perseverança na competição que nos é proposta" (Hebreus 12,1).

O Autor da Carta aos Hebreus se serve, assim, de uma metáfora extraída dos jogos públicos, aos que estavam acostumados com a sociedade greco-romana. Imagina-se que, da mesma forma como naqueles jogos há uma nuvem de testemunhas observando, também nós, os cristãos, encontramo-nos rodeados por toda uma "nuvem de testemunhas" que observam o nosso esforço. Essas testemunhas, é claro, são os antepassados que o Autor acabara de mencionar e que se encontram na cidade do Deus Vivo, na assembleia dos primogênitos inscritos no Reino dos Céus, por se tratar dos espíritos dos justos que atingiram a perfeição:

"Vós, ao contrário, vos aproximastes do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste; da reunião festiva de milhões de anjos; da assembleia dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus. Vós vos aproximastes de Deus, o Juiz de todos; dos espíritos dos justos, que chegaram à perfeição" (Hebreus 12,22-23).

Observe-se que se fala aqui dos "espíritos dos justos". Estes justos, no entanto, ainda não ressuscitaram, coisa que resta bem clara, primeiramente, porque são chamados de "espíritos"; e, em segundo lugar, porque a ressurreição se dará apenas no último dia (cf. João 6,39).

Outro texto onde podemos ver claramente as almas conscientes dos justos e na presença de Deus antes da ressurreição encontramos no Apocalipse:

"Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar aqueles que tinham sido imolados por causa da Palavra de Deus e do testemunho que tinham dado. Gritaram com voz forte: 'Senhor santo e verdadeiro, até quando tardarás em fazer justiça, vingando o nosso sangue contra os habitantes da terra?' Então, cada um deles recebeu uma veste branca e foi-lhes dito que esperassem mais um pouco de tempo, até se completar o número dos seus companheiros e irmãos, que iriam ser mortos como eles" (Apocalipse 6,9-11).

E quando Estêvão - o primeiro mártir cristão - sofreu o martírio, viu, antes de morrer, o céu se abrir para receber o seu espírito:

"Cheio do Espírito Santo, Estêvão olhou para o céu e viu a glória de Deus; e viu também Jesus, de pé, à direita de Deus. Ele disse: 'Estou vendo o céu aberto e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus'. Mas eles, dando grandes gritos e tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram seus mantos aos pés de um jovem, chamado Saulo, e apedrejavam Estêvão, que exclamava: 'Senhor Jesus, acolhe o meu espírito'. Dobrando os joelhos, gritou com voz forte: 'Senhor, não os condenes por este pecado'. Com estas palavras, adormeceu" (Atos 7,55-60).

CONCLUSÃO
As evidências em favor da imortalidade da alma são muitas. E de fato, não apenas os cristãos como também os judeus - que reconhecem apenas o Antigo Testamento - crêem nela. Apenas as seitas que aguardam [o cumprimento de] profecias falidas (adventistas e testemunhas de Jeová) é que se obstinam em negá-la, preferindo distorcer todo texto bíblico que refuta o seu erro.
Espero, assim, que este resumo sirva para transmitir-lhes a doutrina da Santa Igreja Católica e lhes permita abandonar o erro que professam.

BIBLIOGRAFIA

- Bíblia Comentada, texto de Nácar-Colunga.

- [Bíblia Sagrada, tradução da CNBB].

Autor: José Miguel Arráiz

Fonte: http://www.apologeticacatolica.org

Tradução: Carlos Martins Nabeto

Fonte: Veritas Ipsa