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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Oração ou Reza ?


Quantas vezes você já não ouviu esse paralelo ignorante que alguns protestantes fazem em relação a essas palavras? Quantas vezes você já não foi questionado a respeito de seu uso e desuso e, por fim, quantos de nós católicos também caem nessa falácia de que uma difere e profana a outra. ESTUPIDEZ e IGNORÂNCIA. Veremos que isso nada tem haver com que uma grande parte da população atual menciona como certo e errado.

Vermelho ou encarnado? Um termo vale o outro, com a diferença de que “vermelho” é da língua literária, “encarnado” da língua popular. Igualmente, “oração” é palavra clássica, ao passo que “reza” é da língua caseira. Mas o mesmíssimo significado: A elevação da mente e do coração a Deus, para o adorar, agradecer e pedir-lhe as graças de que necessitamos. É somente isto a vontade de Deus, não lhe interessa o som das palavras, diferentes nas várias línguas.

Isso vale aqueles que, destituídos de um mínimo de cultura ou honestidade intelectual, fazem das duas palavras, “oração” e “reza”, um cavalo de batalha. “Nós oramos os católicos rezam: logo, os católicos estão errados”. Os desinformados e/ou desonestos precisam saber que “oração” “orar” (sem necessidade de remontar ao hebraico “Or” (Luz)), são palavras originadas do latim, língua de Roma e, portanto, língua legítima da Igreja Católica: (Oratio , orare). Até a aparição dos primeiros protestantes (1520), foram de exclusividade nossa, na liturgia da Igreja Ocidental. Querer vender-nos o que é nosso é crime de estelionato!

Sendo um pouco mais específico Orar vem do latim orare; e rezar, do latim recitare, que também deu em português recitar. Já em latim, os verbos orare e recitare têm sentidos muito próximos: o primeiro significa “pronunciar uma fórmula ritual, uma oração, uma defesa em juízo”; o segundo, “ler em voz alta e clara” (portanto, o mesmo que em português recitar). Entretanto, para orare prevaleceu na latinidade e nas línguas românicas o sentido de rezar, isto é, dizer ou fazer uma oração ou súplica religiosa (cfr. A. Ernout–A. Meillet,Dictionnaire étymologique de la langue latine — Histoire des mots, Klincksieck, Paris, 4ª ed., 1979, p. 469). Nós, católicos, damos ao verbo rezar um sentido bastante amplo e genérico, e reservamos a palavra oração mais especialmente — mas não exclusivamente — para os diversos gêneros de oração mental, como a meditação, a contemplação etc. Não há razão, portanto, para fazer dessa ligeira diferença, comum nos sinônimos, um tema de disputas.

Os protestantes, entretanto, salientam a diferença por dois motivos. Primeiro, porque para eles serve de senha. Com efeito, acentuando arbitrariamente essa pequena diferença de matiz entre as palavras, eles utilizam orar em vez de rezar, e assim imediatamente se identificam comocrentes (como diziam até há pouco) ou evangélicos (como preferem dizer agora). Isso tem a vantagem, para eles, de detectar entre os circunstantes os outros protestantes que ali estejam. É um expediente ao qual recorrem todas as seitas dotadas de um forte desejo de expansão, como é o caso dos protestantes no Brasil.

Por outro lado, a oração, para os protestantes, não tem o mesmo alcance que para nós, católicos. Enquanto para nós o termo oração engloba todos os gêneros de oração — desde a oração de petição até as orações de louvor e glorificação de Deus — os protestantes esvaziam a necessidade da oração de petição, que para eles tem pouco ou nenhum sentido. Com efeito, como nós, católicos, sabemos, a vida nesta Terra é uma luta árdua, em que devemos pedir a Deus em primeiro lugar os bens eternos, e depois os bens terrenos de que temos necessidade. É o que ensinou Nosso Senhor Jesus Cristo.

Até ontem, quando a Missa era em latim, assim como ainda hoje em boa língua portuguesa, o termo clássico era de uso comum, esses ignorantes deveriam verificar entre qualquer Igreja Católica, durante a Missa e ouvirão, mais de uma vez, o convite do celebrante: “Oremos!” E, uma vez o solene: “Orai irmãos para que nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai, Todo Poderoso”. Dizer que a Igreja não ora é no mínimo preguiça de pesquisar a verdade, a Igreja nunca fez distinção entre uma coisa e outra, pois via e continua a ver o mesmo significado em ambas as palavras, o que sempre foi real, os santos e santas que nos antecederam assim já nos demonstravam:

“Depois que ficava em oração, via que saia dela muito melhorada e mais forte.” Santa Teresa d’Ávila

“Assim como necessitamos continuamente da respiração, assim também temos necessidade do auxílio de Deus; porém se queremos, facilmente podemos atraí-lo pela oração.” São João Crisóstomo

“Ora et Labora!”Reza e trabalha! São Bento

“Sabe viver bem quem sabe rezar bem.” Santo Afonso Maria de Ligório

“A oração consiste em tratar a Deus como um pai, um irmão, um Senhor e um Esposo.” Santa Teresinha

“Quem começou a rezar não deve interromper a oração, em que pesem os pecados cometidos.”

“Com a oração poderá logo soerguer-se, ao passo que sem ela ser-lhe-á muito difícil. Não deixe que o demônio o tente a abandonar a oração por humildade” Santa Teresinha

Podemos perceber então que tal distinção não fazia e nunca fez parte da vida religiosa dos santos e santas da Igreja, como então continuarmos com esse paralelismo que, até entre os católicos hoje existe? Basta parar de acreditar na primeira besteira que se ouve e buscar a Sabedoria da Igreja de dois mil anos, que tem todas as respostas necessárias.

Ainda neste contexto perceberemos que nem mesmo o Catecismo da Igreja Católica difere uma coisa da outra, pois ao utilizar ambas demonstra que não existe e nunca existiu diferentes significados, podendo assim serem usadas sem problema algum de cometer um dito “erro”, vejamos:

“A Oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus nos bens convenientes. De onde falamos nós, ao rezar?…” CIC 2559

“[...] Os Salmos alimentam e exprimem a oração do povo de Deus como assembléia, por ocasião das grandes festas em Jerusalém e cada sábado nas sinagogas. [...] Rezados e realizados em Cristo, os Salmos são sempre essenciais à oração de Sua Igreja.” CIC 2586

“A oração não se reduz ao surgir espontâneo de um impulso interior; para rezar é preciso querer. Não basta saber o que as Escrituras revelam sobre a oração; também é indispensável aprender a rezar, E é por uma transmissão viva (a Sagrada Tradição) que o Espírito Santo, na ‘Igreja crente e orante’, ensina os filhos de Deus a rezar.” CIC 2650

Fica evidente então a Sabedoria da Igreja e a Verdade que nela, através de Nosso Senhor, se expressa. Em outra Crítica protestante acerca da prática de tais palavras veremos, a seguir, o cuidado que devemos ter.

A CRÍTICA PROTESTANTE A RESPEITO DAS PALAVRAS REPETIDAS

Para sustentar que “não devemos orar repetidas vezes”, os protestantes, como diz a missivista, apelam para a Bíblia. Provavelmente se referem ao Evangelho de São Mateus (6,7): “Nas vossas orações, não queirais usar muitas palavras, como os pagãos, pois julgam que, pelo seu muito falar, serão ouvidos”.

A interpretação deste texto de São Mateus não é entretanto a que os protestantes lhe dão. Ele significa simplesmente que a eficácia da oração não decorre da loquacidade, mas sobretudo das boas disposições do coração. As disposições sendo boas, em princípio, quanto mais se reza, melhor! E o próprio Jesus Cristo Nosso Senhor deu o exemplo de uma oração longa e repetitiva no Horto das Oliveiras, quando, prostrado com o rosto em terra, rezou por mais de uma hora, dizendo: Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice; mas não se faça a minha vontade, e sim a vossa (cfr. Mt 26, 39-44; Lc 22, 41-45).

Quanto à necessidade da insistência na oração, no Evangelho de São Lucas (11, 5-8) se lê a impressionante lição do Divino Mestre: “Se algum de vós tiver um amigo, e for ter com ele à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, porque um meu amigo acaba de chegar a minha casa de viagem, e não tenho nada que lhe dar; e ele, respondendo lá de dentro, disser: Não me sejas importuno, a porta já está fechada, e os meus filhos estão deitados comigo; não me posso levantar para te dar coisa alguma. E, se o outro perseverar em bater, digo-vos que, ainda que ele se não levantasse a dar-lhos por ser seu amigo, certamente pela sua importunação se levantará, e lhe dará quantos pães precisar”.

A reiteração de nossos pedidos a Deus deve pois chegar a esse ponto da importunação, segundo o conselho do mesmo Nosso Senhor. E por aí se vê como os protestantes, abandonando a sabedoria da Igreja e arrogando-se o direito ao livre exame, se afastam da reta interpretação das Sagradas Escrituras, fazendo ilações lineares, sem levar em conta outras passagens sobre o mesmo tema, o que é indispensável para chegar ao verdadeiro sentido de todas elas.

Que possamos com esta elucidação parar de fazer esse paralelismo errôneo e protestante e de uma vez por todas também aprender a nos defender nesta questão de fé, sempre com a caridade e piedade cristã que nos é lícita mas sem nunca deixarmos de anunciar a Verdade a nós revelada.

Que Nosso Senhor sempre vos Ilumine e que vosso coração sempre tenha espaço para a Santíssima Virgem Maria!

FONTE ELETRÔNICA;




quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Provas Irrefutáveis do Episcopado e Martírio de Pedro em Roma PARTE 1

Ao longo dos anos, vários grupos protestantes têm formulado grandes estórias para tentar provar que o apóstolo Pedro nunca foi bispo de Roma. Passando bem longe face da evidência histórica, tradicional e arqueológica, eles mesmos têm ido tão longe a ponto dizer que ele nunca pôs os pés na Itália, nem muito menos na Cidade Imperial!

Isso é verdade? Pedro ignorou a capital do Império Romano, uma cidade de grande importância naquela época, e que tinha, aliás, uma grande população judaica? E por que esses grupos protestantes são tão inflexíveis em sua recusa a acreditar que Pedro esteve em Roma?

A resposta a esta última questão é bastante fácil de entender. Os protestantes, em sua rejeição de muitas Tradições e doutrinas católicas, também rejeitam o primado de Pedro e a sucessão apostólica. Em seu clamor ardente para derrubar a teoria de sucessão apostólica, eles tentam colocar Pedro tão longe de Roma e da Itália quanto possível!

Um honesto teólogo e historiador protestante, Adolph Harnack, escreveu que “negar a estadia em Roma de Pedro é um erro que hoje é claro para qualquer estudioso que não é cego. A morte por martírio de Pedro em Roma já foi impugnado em razão de prejuízo protestante.” [1]

TOTAL UNANIMIDADE

Pedro teve que morrer e ser enterrado em algum lugar, e a TRADIÇÃO CRISTÃ esmagadora está em total acordo, desde os primeiros tempos, que foi realmente em Roma que Pedro morreu. F.J. Foakes-Jackson, em seu livro Pedro: O Príncipe dos Apóstolos, afirma “Daí por diante não há dúvida alguma de que, não só em Roma, mas em toda a igreja cristã, a visita de Pedro à cidade foi um fato concreto, como foi seu martírio juntamente com o de Paulo” (New York, 1927. p. 155.).

O Historiador Arthur Stapylton Barnes concorda:

“O ponto forte na prova dos [igreja] pais é a sua unanimidade. É bastante claro que nenhum outro lugar era conhecido por eles como alegando ter sido palco da morte de São Pedro, e o repositório de suas relíquias.” – (São Pedro, em Roma, Londres, 1900. P. 7.)
A Nova Enciclopédia de ​​Conhecimento Religioso de Schaff-Herzog confirma isso dizendo:

“Tradição parece manter que Pedro foi a Roma [....] e ali sofreu o martírio sob Nero. Nenhuma outra FONTE descreve o lugar do martírio de Pedro em um lugar diferente de Roma. Parece mais provável, no todo, que Pedro morreu como um mártir em Roma no final do reinado de Nero, em algum momento após a cessação da perseguição geral.” (Artigo: "Pedro")

João Inácio Dollinger afirma esta mesma evidência:

"São Pedro trabalhou em Roma é um fato tão abundantemente comprovado e tão arraigado na história cristã primitiva, que quem trata como uma lenda devia, em coerência tratar de toda a história da Igreja primitiva como lenda também, ou, pelo menos, bastante incerta"(A primeira era do cristianismo e da Igreja, em Londres. 1867. p. 296).

Palavras fortes.

Como autor James, afirma Hardy Ropes:

“A tradição, entretanto, que Pedro veio a Roma, e sofreu o martírio sob Nero (54-68 d.C), ainda na grande perseguição que se seguiu ao incêndio da cidade ou um pouco mais tarde, repousa sobre uma base diferente e mais firme .... É inquestionável que 150 anos após a morte de Pedro essa era a crença comum em Roma que ele havia morrido lá, como tinha Paulo. Os "troféus" dos dois grandes apóstolos podiam ser vistos na Colina do Vaticano e pela Via Ostiense ... uma forte tradição local da morte em Roma, de ambos os apóstolos é atestada em um tempo não muito distante do evento.”(A Era Apostólica à Luz da Crítica Moderna. New York. 1908. Pp. 215-216.)

A crença de que Pedro foi martirizado e viveu em Roma não foi devido à vaidade ou ambição dos cristãos locais, mas foi sempre atestado, por toda a Igreja. Nenhum depoimento até o meio do século 3 realmente precisa ser considerado; por que até este tempo, a Igreja presente em Roma alegou ter o corpo do apóstolo e NINGUÉM contestou o fato.

É mais do que interessante perceber que não há uma única passagem ou declaração em contrário, em qualquer das obras literárias que se tratam com os fundamentos do cristianismo até mesmo depois da Reforma. Você não acha que é estranho? Você não acha que alguém não teria aproveitado esta reivindicação de Roma, para usá-la como um ponto de discórdia se houvesse alguma dúvida quanto à sua validade? Você não acha que as Igrejas orientais teria chegado a rechaçar esta pretensão, se não fosse verdade? Durante séculos, as igrejas orientais estavam em conflito quase constante com Roma durante a Páscoa, o sábado, e muitas outras questões doutrinárias. Se eles pudessem aproveitar esta reivindicação de Roma que Pedro tinha trabalhado e morrido lá, eles certamente teriam usado isso contra a Igreja de Roma! Mas eles não usaram. POR QUE? Porque não havia absolutamente nenhuma dúvida sobre Roma ter sido o local de episcopado e morte de Pedro!

Completa, William McBirnie:

“Nós certamente não temos sequer a menor referência que aponta para qualquer outro local além de Roma, que poderia ser considerado como a cena de sua morte. E em favor de Roma, existem tradições importantes que ele realmente morreu em Roma. No segundo e terceiro séculos, quando certas Igrejas estavam em rivalidade com os de Roma nunca ocorreu que um único deles contestasse a alegação de Roma que era lá o local do martírio de Pedro.” (A Procura aos Doze Apóstolos. Tyndale House Publishers, Inc. Wheaton, Illinois. 1973. P. 64.)

O Dicionário bíblico de Unger afirma inequivocamente que “a evidência para de seu martírio [de Pedro] lá [em Roma] está completa, enquanto há uma ausência total de qualquer declaração contrária nos escritos dos pais da Igreja” (Terceira Edição, Chicago. 1960. P . 850).

George Edmundson, em seu livro A Igreja em Roma no século I, dogmaticamente repete a mesma conclusão:

“Nós não temos sequer o menor vestígio que aponte para qualquer outro lugar que poderia ser considerado como a cena da morte dele [de Pedro] .... É um ponto ainda mais importante que no segundo e terceiro séculos, quando certas igrejas estavam em rivalidade com a de Roma, nunca ocorreu a uma única delas contestar a alegação de que Roma era a cena do martírio de Pedro. Na verdade, até mais pode ser dito; precisamente no leste, como fica claro a partir dos escritos pseudo-Clementinos e as histórias Petrinas, sobretudo aqueles que lidam com o conflito de Pedro com Simão, o mago. A TRADIÇÃO DA RESIDÊNCIA ROMANA DE PEDRO tinha domínio particularmente forte. (Londres. 1913. Pp. 114-115.)[Capslock nossos]

EVIDÊNCIAS PRIMITIVAS

Como a verdade é única e imutável, assim como ninguém pode apagar a história, afim de desmentir aqueles que negam a vida do Santo Apóstolo Pedro em Roma, seu episcopado e martírio nesta cidade, vale a pena sempre recordar a memória cristã afim de combater o erro.

A partir do século I uma obra apócrifa chamada Ascensão de Isaías chegou até nós, e este é provavelmente o primeiro documento mais antigo e que atesta o martírio de Pedro em Roma. Em uma passagem (cap. 4, 2s), lemos a seguinte previsão:

“... então surgirá Belial, o grande príncipe, o rei deste mundo, que governa desde sua origem, e ele descerá do seu firmamento em forma humana, rei da maldade, assassino de sua mãe, ele mesmo é o rei deste mundo, e ele vai perseguir a planta que os 12 apóstolos do Amado plantaram, um dos 12 será entregue em suas mãos.”

Esta é uma clara referência ao imperador Nero, que assassinou sua mãe Agripina em 59 d.C, e colocou Pedro a morte em fevereiro de 68 d.C. Ele não pode ter se referido a Paulo, pois este foi decapitado em janeiro de 67 d.C, por Hélio, um dos prefeitos que foram deixados no comando de Roma enquanto Nero estava longe na Grécia entretendo os bajuladores cidadãos desta província.

A próxima referência, cronológica, é a Epístola de Clemente para Tiago. Embora muitos historiadores tenham colocado esta carta nos últimos dez anos do século primeiro, há algumas objeções a isso. A maior objeção, é claro, é que Tiago não poderia estar vivo nessa data tardia. Todas as indicações são de que Tiago foi assassinado durante a guerra interfaccional que ocorreu em Jerusalém pouco antes da destruição romana da cidade em 70 d.C. Além disso, há uma abundância de material para mostrar que Pedro ordenou Clemente PARA SUBSTITUIR LINO, como superintendente da Igreja Romana, após o martírio deste último em 67 d.C. A lista dos bispos de Roma, nos Padres pré Nicenos mostram que Clemente foi bispo de 68-71 d.C.

Evidentemente, o seu primeiro ato como bispo foi informar Tiago a respeito da morte de Pedro:

“Clemente para Tiago, que governa Jerusalém, a santa Igreja dos hebreus, e as igrejas em toda parte excelentemente fundadas pela providência de Deus, com os anciãos e diáconos, e o resto dos irmãos, a paz esteja sempre .... ele próprio [Pedro], em razão de seu imenso amor para com os homens, tendo chegado até Roma, clara e publicamente testemunhando, em oposição ao maligno que resistiu a ele, que há de ser um bom rei sobre todo o mundo, ao salvar os homens por sua doutrina inspirada por Deus, Ele mesmo, pela violência, trocou a presente existência pela vida eterna.” (Epístola de Clemente de Tiago)

A referência enigmática à morte de Pedro ocorre no livro de João na Bíblia que, a maioria dos estudiosos acreditam que foi escrito na última década do primeiro século. Aqui, nos versículos 18 e 19 do capítulo 21, lemos:

“‘Eu digo a verdade, quando você era mais jovem que você vestiu a si mesmo e andavas por onde querias; Mas quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir’ Jesus disse isto para indicar o tipo de morte com que Pedro iria glorificar a Deus.”

O estiramento das mãos refere-se a crucificação de Pedro em sua velhice, no entanto, a passagem não indica onde esta a crucificação aconteceria.

Nos primeiros anos do século II um documento siríaco, chamado A Pregação de Pedro, foi escrito. Sua data é indicada pelo fato de que o gnóstico Heracleon, o utilizou em seus escritos durante o tempo do imperador Adriano (117-138 dC). De acordo com João Inácio Dollinger, A Pregação de Pedro traz “São Pedro e São Paulo juntos em Roma, e divide os discursos e declarações que tiveram lugar lá entre os dois ... é notoriamente fundado sob fato universalmente admitido de São Pedro ter trabalhado em Roma.”

É inconcebível pensar que tal documento (alegando aceitação como um produto genuíno da era apostólica) teria apresentado uma fábula sem fundamento sobre a presença de Pedro em Roma, numa altura em que muitos que tinham visto o apóstolo ainda estavam vivos!

O documento na sua introdução:

“No terceiro ano de Cláudio César, Simon Cefas partiu de Antioquia para ir a Roma. E nos lugares em que ele passou, pregou em vários países a palavra de nosso Senhor. E, quando ele quase chegando em Roma, muitos já tinham ouvido falar dele e saíram para encontrá-lo...” (A Pregação de Pedro - Introdução)

Cláudio começou a reinar no ano 41 d.C, e Pedro, segundo o documento, foi a Roma no terceiro ano do seu reinado, segundo o documento, logo em 44 d.C, exatamente na mesma data prevista por muitos historiadores.

Por volta do ano 107 d.C. Inácio, um dos pais da igreja primitiva, diz em sua epístola à Igreja romana: “Eu não vos dou ordens como Pedro e Paulo” (Carta aos Romanos 4,3 – 107 d.C)

Uma referência oblíqua à residência de Pedro em Roma.

Thomas Lewin, em A Vida e Epístola de São Paulo, menciona que uma obra intitulada Praedicatio Pauli, atribuída ao segundo século, fala sobre uma reunião de Pedro e Paulo em Roma (Vol. 2 London 1874..).

Os eventos que levaram à morte de Pedro são descritas em pormenores num trabalho chamado de Atos de Pedro, que estava em circulação em Roma, cerca de 85 anos após a morte do apóstolo. Mais uma vez, aqueles que leram este trabalho teriam sido da segunda geração de cristãos, cujos pais se lembrariam dos lugares e personalidades descritas.

Não há nenhum registro histórico que esta narrativa a respeito da morte e episcopado de Pedro em Roma tivesse sido contestada. Portanto, um fio de verdade deve ser consagrado neste, Atos de Pedro, que ligam os eventos descritos.

O Dicionário bíblico de Unger atesta a antiga crença universal de que Pedro morreu e foi bispo em Roma:

“No século II Dionísio de Corinto, na epístola ao Bispo de Roma, relata, como um fato universalmente conhecido e levado em conta para as relações íntimas entre Corinto e Roma, que Pedro e Paulo, ambos, ensinado na Itália, e sofrendo o martírio na mesma época. Em suma, a maioria das igrejas quase conectados a Roma e aquelas mais fora de sua influência, que era forte, mas, irrelevante no oriente, concordam com a afirmação de que Pedro foi um dos fundadores conjuntos da igreja [de Roma], e morreu nesta cidade.”

O escritor e filósofo Orígenes (185-254) (conhecido como o pai da ciência da Igreja Oriental da crítica bíblica e exegese no início do século III) escreve que, depois de pregar em Pontus e outros lugares para os judeus da Dispersão , Pedro “finalmente veio a Roma, e foi crucificado com a cabeça para baixo.”

Da mesma forma Irineu, que foi bispo de Lyon, na Gália (por volta de 202) afirma na sua obra, Contra as Heresias, III,1 que “Pedro e Paulo estavam pregando em Roma, e lá que estabeleceram as bases da igreja.” Mais adiante, em Contra as Heresias, III, 2, ele acrescenta: “Indicando que a tradição derivada dos apóstolos, da igreja muito grande, muito antiga e universalmente conhecida, fundada e estabelecida em Roma pelos dois gloriosos apóstolos, Pedro e Paulo.”

Tertuliano, o eminente pai da igreja menciona, por volta do ano 218, “aqueles a quem Pedro batizou no Tibre” (Sobre Batismo, 4). Em seu trabalho Prescrição contra os hereges (36), ele diz que a igreja de Roma “afirma que Clemente foi ordenado por Pedro.”

“A Igreja também dos romanos pública – isto é, demonstra por instrumentos públicos e provas – que Clemente foi ordenado por Pedro.“

“Feliz Igreja, na qual os Apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina integral!” - e falando da Igreja Romana,“onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor.“

“Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz.” (Scorp. c. 15)

Clemente de Alexandria (+ 220), como citado por Eusébio, acrescenta outro detalhe quando ele menciona a visita de Pedro a Roma para lidar com Simão, o Mago.

Arnóbio de Sica (307 d.C) Um pouco mais tarde, no século IV, diz: “Na própria Roma ... eles se apressaram em abandonar os costumes de seus ancestrais, para juntar-se a verdade cristã, porque eles tinham visto o orgulho de Simão, o Mago , e sua impetuosa carruagem despedaçados pela boca de Pedro” (Adv. Gentes, II. 12).
Lactâncio da África – que viveu por volta de 310 d.C - conta como os apóstolos, incluindo Paulo “durante 25 anos, e até o início do reinado do imperador Nero ... ocuparam-se em lançar as bases da Igreja em todas as Província e Cidades. E enquanto Nero reinava, o apóstolo Pedro chegou a Roma, e ... construiu um templo fiel e firme para o Senhor. Quando Nero ouviu essas coisas ... ele crucificou Pedro, e matou Paulo” (Handbook of Cronologia bíblica, por Jack Finegan. Princeton, NJ, 1964).

Hegesipo, que também escreveu no século 4, descreve a luta entre Pedro e Simão Mago - EM ROMA – respeito de um parente do imperador Nero, que foi ressuscitado dentre os mortos, e então como o sedutor (Simão Mago) chegou a um trágico fim. Por causa da morte de Mago (67 d.C) Nero (que o tratou como um favorito) ficou tão enfurecido que ele lançou Pedro na prisão até o seu retorno a Roma.

O Eusébio (+ 324) observa que Pedro “parece ter pregado através de Pontus, Galácia, Bitínia, Capadócia e Ásia, e finalmente chegando a Roma, foi crucificado de cabeça para baixo, a seu pedido.” Em outros lugares em seus escritos, Eusébio afirma que "Paulo foi sido decapitado em Roma e Pedro ter sido crucificado ...."



Provas Irrefutáveis do Episcopado e Martírio de Pedro em Roma PARTE 2

“Depois do martírio de Pedro e Paulo, o primeiro a obter o episcopado na Igreja de Roma foi Lino. Paulo, ao escrever de Roma a Timóteo, cita-o na saudação final da carta [cf. 2Tm 4,21].” (Eusébio Bispo de Cesaréia – HE,III,2 – 317 d.C).

“[...]quanto a Lino, cuja presença junto dele [do Apóstolo Paulo] em Roma foi registrada na 2ª carta a Timóteo [cf. 2Tm 4,21], depois de Pedro foi o primeiro a obter ali o episcopado, conforme mencionamos mais acima.” (Eusébio Bispo de Cesaréia – HE,IV,8 – 317 d.C).

“[...]Alexandre recebeu o episcopado em Roma, sendo o quinto na sucessão de Pedro e Paulo” (Eusébio Bispo de Cesaréia – HE,IV,1 – 317 d.C).

“Sob Cláudio, Fílon em Roma relacionou-se com Pedro, que então pregava aos seus habitantes.” (Eusébio de Cesaréia – HE II,17,1 – 317 d.C)

“[...]Alexandre recebeu o episcopado em Roma, sendo o quinto na sucessão de Pedro e Paulo” (Eusébio Bispo de Cesaréia – HE,IV,1 – 317 d.C).

O filósofo Macário Magnes, que provavelmente foi bispo de Magnésia em Caria ou Lídia por volta do ano 400 d.C, diz em um de seus diálogos, como Pedro escapou da prisão sob Herodes, e, em seguida, diz, em referência à missão de Pedro dada por Cristo para “alimentar as minhas ovelhas”, que “está registrado que Pedro alimentou as ovelhas durante vários meses apenas de ser crucificado.” Isso provavelmente significa “vários meses” de atividade em Roma antes de ser preso e condenado à morte. Magnes, em seguida, refere-se a Paulo, juntamente com Pedro: “Este vom companheiro foi dominado em Roma e decapitado ... assim como Pedro ... foi preso à cruz e crucificado.”

A história clássica dos papas antigos conhecidos como o Liber Pontificalis (que pode ser datado, na sua forma mais antiga, do século VI) contém uma biografia de Pedro. Nesta biografia afirma-se que o apóstolo foi enterrado perto do lugar onde ele tinha sido crucificado, ou seja, “perto do palácio de Nero, no Vaticano, próximo à região do Triunfo”.

O bispo Dionísio de Corinto, em extrato de uma de suas cartas aos romanos (170) trata da seguinte forma o martírio de Pedro e Paulo: “Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina do Evangelho. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio simultaneamente.”(Fragmento conservado na História Eclesiástica de Eusébio, II,25,8.)

Gaio, presbítero romano, em 199: “Nós aqui em Roma temos algo melhor do que o túmulo de Filipe. Possuímos os troféus dos apóstolos fundadores desta Igreja local. Ide à Via Ostiense e lá encontrareis o troféu de Paulo; ide ao Vaticano e lá vereis o troféu de Pedro.“

Gaio dirigiu-se nos seguintes termos a um grupo de hereges: “Posso mostrar-vos os troféus (túmulos) dos Apóstolos. Caso queirais ir ao Vaticano ou à Via Ostiense, lá encontrareis os troféus daqueles que fundaram esta Igreja.”(Eusébio, História Eclesiástica, 1125, 7.)

Ireneu (130 – 202), o Bispo de Lião referiu novamente:

“Para a maior e mais antiga a mais famosa Igreja, fundada pelos dois mais gloriosos Apóstolos, Pedro e Paulo.”

E ainda:

“Os bem-aventurados Apóstolos, portanto, fundando e instituindo a Igreja, entregaram a Lino o cargo de administrá-la como bispo; a este sucedeu Anacleto; pois dele, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, Clemente recebeu o episcopado.“

“Mateus, achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja.” (L. 3, c. 1, n. 1, v. 4).

Epifânio (315-403 d.C.), Bispo de Constância: “A sucessão de Bispos em Roma é nesta ordem: Pedro e Paulo, Lino, Cleto, Clemente etc…” (ii. 27 – Sales, St. Francis de, The Catholic Controverse, Tan Books and Publishers Inc., USA, 1989, pp. 280-282.)

Doroteu de Tiro (+362) “Lino foi Bispo de Roma após o seu primeiro guia, Pedro.“ (In: Syn.)

Optato de Milevo: “Você não pode negar que sabe que na cidade de Roma a cadeira episcopal foi primeiro investida por Pedro, na qual Pedro, cabeça dos Apóstolos, a ocupou.” (De Sch. Don. )

Cipriano (+ 258) Bispo de Cartago (norte da África): “A cátedra de Roma é a cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade sacerdotal.” (Epístola 55, 14.)

Santo Agostinho (354 – 430): “A Pedro sucedeu Lino.” (Ep. 53, ad. Gen.)

o venerável Beda (historiador britânico do século VII) menciona esse entendimento UNIVERSAL no seu livro intitulado Um História da Igreja e do povo Inglês:

“Quando Wilfred tinha recebido ordem do rei para falar, ele disse: “Os nossos costumes de Páscoa são aqueles que temos visto universalmente observados em Roma, onde os Santos Apóstolos Pedro e Paulo viveram, ensinaram, sofreram, e estão enterrados.”

Também Simeão Metafrastes, que viveu em 900 d.C, é disse, “que Pedro ficou algum tempo na Bitínia; onde tendo pregado a palavra, estabeleceu igrejas, bispos ordenados, padres e diáconos, no ano 12 de Nero [66 d.C] e retornou a Roma.”

William Cave, em seu livro acadêmico sobre a vida dos doze apóstolos, faz eco ao historiador Onófrio:

“Onófrio, um homem de grande erudição e eloqüência em todos os assuntos da antiguidade ... vai por si mesmo ... e ... afirma, que ele [Pedro] ... tendo passado quase todo o reinado de Nero em várias partes Europa, retornou, no fim do reinado de Nero, a Roma, e morreu ali ....” ( a Vida dos Apóstolos, Oxford 1840).


OS TEXTOS DO ORIENTE

Mesmos os antigos textos etíopes traduzidos pelo falecido egiptólogo E.A. Wallis Budge mencionaram a ligação de Pedro com Roma:

“E aconteceu que, quando o apóstolo divide os países do mundo, entre eles, a cidade de Roma tornou-se a porção de Pedro .... Agora, quando o bem-aventurado Pedro morreu na cidade de Roma, nos dias de Nero o imperador, os apóstolos foram dispersos...”(As Contendas dos Apóstolos, Londres 1901. p. 137).

Mais adiante, no mesmo volume, encontramos mais confirmações: “E depois que todos os apóstolos terminaram seus trabalhos, e partiram deste mundo. Pedro foi crucificado na cidade de Roma, cortaram a cabeça de Paulo, na mesma cidade, e Marcos foi esfolado vivo na cidade de Alexandria ....” (Página 254).

Outro documento siríaco, que é um extrato de um livro sobre o rei Abgar e o apóstolo Tadeu, descreve as áreas de responsabilidade atribuídas a cada apóstolo: “Para Simão[Pedro] foi atribuído ROMA, a João, Éfeso, para Tomé a India, e a Tadeu o país dos assírios. E, quando eles foram enviados cada um deles para o distrito que lhe tinha sido atribuído, dedicaram-se a trazer vários países ao discipulado "(os Padres Pré-Nicenos, p. 656).

E, finalmente, da mesma parte do mundo, um outro antigo documento intitulado O Ensino dos Apóstolos, diz: “E César Nero se despediu crucificando numa cruz Simão Cefas na cidade de Roma".

O que eu citei aqui é apenas uma pequena amostra da quantidade volumosa de materiais existentes que mostram claramente que Pedro esteve em Roma e terminou sua longa vida lá. E, como mencionei anteriormente, não há um “i” de informação histórica que refute a alegação de Roma ser o lugar de episcopado e descanso final de Pedro. Que, em si, é notável!

EVIDENCIAS MODERNAS

Vamos agora cruzar as fronteiras do tempo e ver o que estudiosos modernos tem a dizer sobre a residência e morte de Pedro em Roma. Têm diminuído ao longo dos séculos a validade da afirmação de Roma? Tem a unanimidade dos primeiros séculos desaparecido e foi pisada pela crítica moderna?

Engelbert Kirschbaum - um dos quatro arqueólogos que escavaram a área sob o altar de São Pedro em Roma - escreveu, em 1959: “O que sabemos é que Pedro sofreu uma morte por martírio no reinado de Nero e que desde cedo seu túmulo era conhecido por ser sobre o Vaticano perto dos jardins de Nero.” (The Tombs of St. Peter e St. Paul, New York).

De acordo com George Armstrong ("Opinião" Seção do Los Angeles Times):

“Após grande incêndio de Nero em 64 d.C, ele construiu uma área suburbana conhecida como Circus Vaticano para carros e corridas de cavalos. A atração adicionada do fim de semana seriam execuções públicas de criminosos ou subversivos. Pedro, um incômodo e estrangeiro, fanático religioso, era um bom candidato para uma crucificação no Circus. Segundo uma antiga tradição foi sepultado perto, logo após tal evento.” (Artigo, Mistério Romano: O caso do Santo de duas cabeças. Mid-1980).

“Quando o homem chamado Simão Pedro foi brutalmente executado, a 1915 anos atrás, em Roma, faleceu um daquele pequeno grupo de personalidades históricas que merecem ser figurados como monumentais" (The Bones of St. Peter, pelo evangelista John Walsh. Nova york, 1982. p. 1).

Em 1953, os autores Fulton Oursler e April Oursler Armstrong afirmara que “antes de deixar Puteoli, Paulo tinha ouvido a história completa da silenciosa conquista de Roma por Pedro, começando com os pobres, em seguida, estendendo o batismo de Cristo até mesmo para os homens do tribunal de Nero. Com Marcos ao seu lado, Pedro tinha andado com os olhos arregalados em Roma, até o Trastevere, o centro da vida judaica” (A maior fé Fé já conhecida. New York. p. 31).



Bo Reicke, uma autoridade na era do Novo Testamento, observa que a cidade de Roma foi um importante centro durante o crescimento do evangelho: “Após o martírio de Tiago em Jerusalém em 62, Roma, o mais importante lugar de parada dos Apóstolos Pedro e Paulo, veio à tona, e mesmo após seu martírio lá ... a capital do Império permaneceu no centro das atenções da igreja.” (A Era do Novo Testamento. Fortress Press, Philadelphia 1981 p. 211...).

Desde a Reforma e o estabelecimento subseqüente de várias igrejas protestantes, tem havido um coro persistente de vozes proclamando como falácia a afirmação de Roma ser o local de residência e morte de Pedro. Um exame sério dessas alegações, no entanto, quase sempre mostra alguma falta de erudição e um viés teológico que geralmente é vingativo por natureza.

Um exemplo recente de uma voz que se levantou para dizer que Pedro nunca esteve em Roma, é encontrado no livro “Babilônia Religião de Mistério”, de Ralph Woodrow:

“Não há nenhuma prova, biblicamente falando, que Pedro chegou perto de Roma! O Novo Testamento nos diz que ele foi para Antioquia, Samaria, Jope, Cesaréia, e em outros lugares, mas não a Roma! Esta é uma estranha omissão, especialmente por que Roma era considerada a cidade mais importante do mundo!”

Realmente estranho! Sr. Woodrow faz uma declaração enfática aqui que Pedro nunca chegou perto de Roma, mas não oferece nenhuma evidência para apoiar isso. Não há nenhuma prova, biblicamente falando, que Pedro não foi a Roma! Por que não pode a frase “outros lugares” incluir Roma? Isso é típico dos argumentos apresentados por uma minoria que simplesmente não conseguem aceitar a presença de Pedro em Roma para tentar desfazê-lo como Papa!

Estudos sérios e o verdadeiro discernimento, mostram que a passagem do tempo não tem negado a esmagadora evidência de que Pedro realmente foi pra Roma viveu e morrer ali.

PEDRO VISITOU ROMA MAIS DE UMA VEZ?

Você notou algo incomum em várias das citações anteriores sobre Pedro? Você percebeu o que Simeão Metafrates e Dean Stanley disseram? Perceba! “... Pedro ficou algum tempo na Bitínia, onde pregou a palavra, fundou igrejas, ordenou bispos, padres e diáconos, no ano 12 de Nero, ele retornou a Roma.” Isso pode possivelmente significar que Pedro estava em Roma, em mais de uma ocasião? Observe o que Dean Stanley diz: “... a visão que São Pedro ... (2 Pedro 1:14), teve nesta última visita à Bitínia... Pouco tempo depois Pedro retornou ao Roma, onde mais tarde foi executado.”

Será isso uma coincidência? A palavra “retornou” certamente implica em uma visita anterior!

Na História Eclesiástica de Eusébio, lemos: “Sob o reinado de Claudio [41-54 dC] pela providência benigna e graciosa de Deus, Pedro, esse grande e poderoso apóstolo, que por sua coragem assumiu a liderança do resto, e foi conduzido a Roma.” Agora, tanto o latino (Hieronymian) e as traduções siríacas da crônica de Eusébio dizem que Pedro foi para Roma no ano segundo de Cláudio e a Antioquia dois anos depois. Aqui temos uma prova positiva de que Pedro realmente visitou Roma em mais de uma ocasião. Os dois anos mencionados aqui realmente representam o tempo gasto em Roma neste momento, segundo a tradição e a consciência acadêmica.

De acordo com George Edmundson, em sua obra A Igreja em Roma no século I:

“Jerônimo escreve o seguinte: "Simão Pedro, príncipe dos apóstolos, depois de o episcopado da igreja de Antioquia e pregando para a dispersão dos da circuncisão, que tinham acreditado no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, no 2º ano de Cláudio foi para Roma para se opor Simão, o Mago e sentou por 25 anos na cadeira sacerdotal até o último ano de Nero, que é o 14º. “Agora, aqui no meio de uma certa confusão ... uma data definida é dada para primeira chegada de Pedro em Roma, e, note-se, é a data de sua fuga da perseguição de Herodes Agripa, e seu desaparecimento da narrativa de Atos.” (Londres. 1913. Pp. 50-51.)

Jerônimo afirma que no ano 14 do reinado de Nero foi o último de seu reinado, e a história registra que Nero morreu em junho de 68, em seguida, usando o cálculo de Jerome, o 2 º ano de Cláudio deve ter sido 43 d.C. Isto concorda, como o Sr. Edmundson observou, com a data da prisão de Pedro e fuga de Herodes, e concorda com as datas históricas para o reinado de Cláudio.

Cronologistas concordam que Herodes morreu em 44 d.C, e o livro de Atos mostra que depois da fuga de Pedro, Herodes foi para Cesárea, onde passou algum tempo em negociações com enviados de Tiro e de outras cidades fenícias antes de sua morte. Isso, juntamente com a tradição universal grega que os apóstolos não deixaram a região sírio-palestina até ao fim dos 12 anos de ministério, se encaixa bem com a datação de Eusébio e Jerônimo.

O historiador Jean Daniélou corrobora com a data da partida de Pedro de Jerusalém:

“Os Atos nos diz que em 43, após a morte de Tiago, Pedro saiu de Jerusalém "para outro lugar" (Atos 12:17). Ele está perdido de vista, até 49, quando encontramos ele no concílio de Jerusalém. Nenhum texto canônico tem nada a dizer sobre a sua atividade missionária durante este tempo. Mas Eusébio escreve que ele chegou a Roma, cerca de 44, no início do reinado de Cláudio.” (The Christian Centuries, p. 28.)

No livro, O Drama dos Discípulos Perdidos, autor George F. Jowett afirma que "A primeiro ida de Pedro a Roma foi 12 anos depois da morte de Jesus ..." (Página 113).

Autor John Walsh também corrobora com este período: "Depois de escapar da prisão no ano 43, ele [Pedro] faz uma visita apressada à casa de Marcos, deixa certas instruções e, como Atos breves acaba, 'Então ele saiu e foi para outro lugar.’"(The Bones of St. Peter, p. 34).

Os acontecimentos imediatos após a partida de Pedro de Jerusalém são revelados em um antigo texto etíope chamado As Contendas dos Apóstolos:

“... meu mestre Pedro abraçou os irmãos que viviam na cidade de Jerusalém ... então partimos para a fronteira da cidade de Jope, e embarcamos em um navio e navegamos sobre o mar até [que chegamos] no ilha de Chipre, onde ficamos durante um período de 3 a 20 dias, pois assim me [Pedro] disse o Senhor para fazer .... Enquanto eu ainda estava na ilha de Chipre, o anjo de Deus apareceu para mim e disse. .. "Levanta-te, e vá para a cidade de Roma", por isso parti para lá... cheguei à cidade de Roma e entrei nela.” (E. A. Wallis Budge. Londres 1901. P. 505).

Hipólito, bispo do Ponto, também confirma primeira visita a Roma por Pedro:

“Este Simão [Mago] enganando a muitos por suas feitiçarias em Samaria foi repreendido pelos apóstolos e foi colocado sob uma maldição, como foi escrito nos Atos. Mas ele depois de ter abjurado a fé e tentado [estas práticas], e caminhando até Roma caiu com o apóstolo [Pedro], e a ele, enganou a muitos por suas feitiçarias, Pedro o enfrentou várias vezes. (Philos. vi. 15.)

O historiador Onófrio, como registrado por William Cave, afirma que Pedro “foi primeiro a Roma, de onde volta para o concílio de Jerusalém, ele de lá foi para Antioquia ... e de passou quase todo o reinado de Nero, em diversas partes da Europa, retornou, no fim do reinado de Nero, a Roma, e lá morreu ...”

Aqui vemos, mais uma vez, as evidências plenas mostrando que Pedro esteve em Roma duas vezes durante sua vida. William Caverna afirma (algumas páginas antes, em seu livro A Vida dos Apóstolos (p. 200)): “O que aconteceu com Pedro após sua libertação da prisão não é certamente conhecido .... Depois disso [escapar da prisão], ele resolveu seguir viagem para Roma, onde a maioria concorda que ele chegou SOBRE O segundo ano do imperador Cláudio”.

Outra pista que mostra Pedro foi a Roma, em mais de uma ocasião é feita por George Edmundson: “da primeira visita e pregação de São Pedro em Roma a tradição primitiva proferiu alguns detalhes, uma série, no entanto, de testemunhas afirmam que Marcos acompanhou o Apóstolo ROMA e lá escreveu seu Evangelho ".

O EVANGELHO DE MARCOS

Os primeiros escritores como Clemente, Eusébio e Jerônimo afirmam que o evangelho de Marcos foi publicado pela primeira vez em Roma - em uma data muito antiga! No segundo livro de Eusébio da história da Igreja somos informados de como Simão, o Mago escapou de Pedro em Roma, e como Pedro logo depois seguiu “levando com ele a proclamação do evangelho da glória. Para estando em Roma, Pedro aprovou o trabalho do Evangelho de Marcos .” Clemente de Alexandria afirma que Pedro pregou em Roma, e que Marcos escreveu seu Evangelho a pedido de ouvintes de Pedro. (Hipol. Lib. VI. Apud Eusébio H. E. II. 14).

Papias (70-155 dC), como registrado por Eusébio, diz-nos que Marcos escreveu seu evangelho (baseado em sermões de Pedro), na cidade de Roma.

William Steuart McBirnie, em seu livro A procura pelos os 12 Apóstolos, registra:

Enquanto em Roma Marcos deve ter escrito seu evangelho, a pedido de S. Pedro. Os " Pais Pós-Nicenos" registram a tradição: "Marcos, o discípulo e intérprete de Pedro escreveu um evangelho curto, a pedido dos irmãos em Roma, incorporando o que ouvira Pedro dizer . Quando Pedro soube disso, ele aprovou e publicou-o para as igrejas para serem lidos por sua autoridade, como Clemente, no livro 6 de seu "Hypotyposes" e Papias, bispo de Hierápolis, registra. (New York 1973 Pp 253-254)



Provas Irrefutáveis do Episcopado e Martírio de Pedro em Roma PARTE 3

Um estudo cuidadoso do Livro de S. Marcos mostra que foi realmente escrito para um público gentio. Aspas nas palavras em aramaico (seguido de uma tradução delas) e sua explicação de muitos dos costumes judaicos provam isso.


Mas como podemos ter certeza de Marcos escreveu seu evangelho durante uma visita anterior sw Pedro a Roma? Não é concebível que ele escreveu pouco antes ou depois da morte de Pedro, em 68 d.C? Há um número de maneiras que nós podemos resolver isso!

Durante 1947, quando os Pergaminhos do Mar Morto foram sendo recuperados das cavernas da encosta adjacente à comunidade de Quram, 19 pedacinhos de papiros (identificados como fragmentos do evangelho de Marcos) foram encontrados. A Datação subseqüente pelo professor José O'Callaghan do Pontifício Instituto Bíblico de Roma, mostrou que esses fragmentos faziam parte de um pergaminho mantido em uma biblioteca de palestinos em 50 d.C. Isto indica que o evangelho de Marcos pode ter estado em circulação dentro de um década e meia depois da morte de cristo. Isso se encaixa perfeitamente com tempo datado da primeira visita a Roma por Pedro e Marcos.

O historiador protestante Harnack concorda, dizendo “... não pode haver ... nenhuma objeção em aceitar a voz da tradição que faz com que o evangelho [de Marcos] tenha sido escrito para o uso de Romanos convertidos por Pedro por volta do ano 45 d.C” (A Igreja em Roma no século I, pp 67-68).

Nas Crônicas antigas de Mateus de Paris (um monge Inglês e Cronista – sobre os 13 primeiros séculos), encontramos Pedro listado, como tendo chegado a Roma em 41 d.C e da escrita do evangelho de Marcos em 42 d.C. Se corrigirmos as datas aqui, temos 44 d.C para a chegada de Pedro a Roma e 45 para a escrita do evangelho de Marcos. (The Coming of the Saints, por John W. Taylor. London 1969. P. 138).

Os apêndices de A Igreja de Roma no século I (página 239), mostram uma tabela cronológica dos eventos que revela evangelho de Marcos tendo sido escrito em Roma, em 44-45 d.C. Eles continuam dizendo que Pedro e Marcos deixaram Roma em 45 d.C e chegaram em Jerusalém, na primavera de 46.

OS OUTROS TRÊS EVANGELHOS

Outra maneira de determinar se Marcos escreveu seu evangelho durante uma estadia em Roma mais cedo com Pedro, ou na época da morte de Pedro, é verificar quando o evangelho foi escrito em relação aos outros três evangelhos.

Nos primeiros comentários de Orígenes (185-254 dC) sobre o evangelho segundo Mateus, ele atesta que ele conhece apenas quatro evangelhos - escrito na seguinte ordem:

“...como tendo aprendido pela tradição sobre os quatro evangelhos, o que por si só são inquestionáveis​​, na Igreja de Deus debaixo do céu, o primeiro que foi escrito foi o segundo Mateus ... que o publicou para aqueles que do judaísmo passaram a acreditar, composto na língua hebraica. Em segundo lugar, o de segundo Marcos, que escreveu em conformidade com as instruções de Pedro ... e em terceiro lugar e segundo Lucas, que escreveu, para aqueles que dentre os gentios [passaram a acreditar], o evangelho que foi elogiado por Paulo. Depois de todos, o segundo João.”

Parece que o presente Novo Testamento preserva a ordem em que os quatro evangelhos foram escritos originalmente.

Assinaturas que aparecem no final do Evangelho de Mateus em numerosos manuscritos (todos sendo mais tarde do que o século X ), dizem que a conta foi escrita sobre o 8º ano após a morte de Cristo. (Ajuda ao Entendimento da bíblia, p. 1971). Isso o colocaria no 38 d.C. Outras fontes afirmam que foi escrito em 41 d.C. Vários especialistas consideram que o evangelho de Mateus apresenta um texto mais primitivo do que Marcos.
A introdução aos Evangelhos Sinóticos, no Novo Testamento da Bíblia de Jerusalém diz: “Segundo uma tradição datada do século II, São Mateus foi o primeiro a escrever um evangelho e escreveu na língua hebraica. Nosso grego “Evangelho segundo São Mateus” não se identifica com este livro peimeiramente em aramaico, que está perdido, embora haja momentos em que parece representar um texto mais primitivo do que Marcos.”

O Evangelho de Lucas, de acordo com o Ajuda ao Entendimento da Bíblia “pode ter sido escrito em Cesaréia em algum momento durante o confinamento de Paulo lá por cerca de dois anos (c. 56-58 dC).” O Novo Testamento da Bíblia de Jerusalém observa que “evangelho de São Lucas e os Atos dos Apóstolos são os dois volumes de um único trabalho que hoje poderíamos chamar 'a história da ascensão do cristianismo.” Os dois livros estão inseparavelmente ligados por seus Prólogos e por seu estilo.”

O livro de Atos termina com a primeira prisão de Paulo em Roma, os dois volumes pode ser datados de cerca de 59-61 d.C

Com essa evidência, podemos concluir que o Livro de Marcos deve ter sido escrito entre 38 e 61 d.C, confirmando assim a data de compilação 45 d.C e a presença de Pedro em Roma neste Periodo.

FÍLON O JUDEU

Existe ainda uma outra prova intrigante para uma primeira visita de Pedro a Roma.

No verão de 38 d.C Agripa I visitou Alexandria, no Egito, onde ele aproveitou a oportunidade para desfilar sua "magnificência" ante os judeus da cidade. Este incitou os gregos de Alexandria a um motim e perseguirem os judeus. O conflito inter-racial que se seguiu tornou-se tão ruim que se espalhou para outras partes do Império Romano.

Gaio Caligula - o imperador louco - exacerbou o problema, exigindo que os judeus alexandrinos adoracem-o como deus. Bo Reicke, em A Era do Novo Testamento, diz: “Agripa queixou-se a Gaio Caligula, assim como uma delegação de judeus de Alexandria liderado pelo filósofo Fílon, cujos livros In Flaccum e De Legatione ad Gaium discutem essa importante luta" (Press Fortress Pensilvânia. , 1981). A delegação, liderada por Fílon, viajou para Roma, em 39 ou 40 d.C, mas não teve sucesso em obter a ajuda de Calígula, que estava praticamente insano por esta altura.

Quando Claudio subiu ao trono em 41, ele tentou resolver este conflito - ordenando representantes de ambos os grupos étnicos comparecerem perante ele em Roma. A segunda delegação, mais uma vez dirigida por Fílon, fez a viagem a Roma. Quando eles chegaram, Eusébio afirma que Fílon “Disse ter lido diante do Senado inteiro dos romanos sua descrição da impiedade do [Imperador] Caio, que ele intitulou, com certas ironias, refere a suas Virtudes, e suas palavras eram tão admiradas como se pudessem ter um lugar nas bibliotecas.”

Enquanto Fílon estava em Roma ele se encontrou com Pedro!

Note o que Willian Cave disse:

“Aqui [em Roma], dizem-nos, ele [Pedro] se reuniu com Filon o judeu, que recentemente veio em sua segunda embaixada até Roma, em nome de seus compatriotas em Alexandria, e contraíu uma íntima amizade e familiaridade com ele.” (A vida dos Apóstolos. Oxford 1840. Pp. 200-201.)

Eusébio comenta que “a tradição diz que ele [Filon] chegou a Roma no tempo de Cláudio para falar com Pedro que estava naquele tempo a pregação os de Roma. Isso, de fato, não pode ser improvável uma vez que o tratado a que nos referimos, composto por ele [Filon] muitos anos depois, obviamente, contém as regras da igreja que ainda são observados em nosso próprio tempo” (História Eclesiástica de Eusébio. Harvard University Press, Londres. 1975. p. 145).

Parece altamente provável que Marcos foi enviado, por Pedro, para evangelizar Alexandria e áreas vizinhas COMO RESULTADO DO contato de Pedro, com Filon! A tradição oriental afirma Marcos foi para Alexandria de Roma, numa data próxima - e, eventualmente, foi martirizado lá.

Como resultado da segunda viagem de Filo a Roma e dos conselhos de Agripa, Claudio ordenou que o prefeito do Egito observar que os direitos dos judeus não fossem invadidos. Ao mesmo tempo, ele advertiu os judeus de Alexandria a permanecer pacíficamente e proibiu-os para atrair mais compatriotas para a cidade para obter vantagem política. Estas diretivas pavimentou o caminho para o trabalho de Marcos na área e, como esta tradição coptas no Egito relatam”, “Mark levou seu evangelho com ele para Alexandria.”

E quando foi que Marcos saiu para Alexandria? A História dos Patriarcas menciona explicitamente que a revelação a Pedro e a Marcos (que Marcos deveria ir para Alexandria) veio no ano 15 DEPOIS DA MORTE DE CRISTO - 45 d.C! (The Search For the 12 Apostles, por William Steuart McBirnie. NY 1973. P. 255).
EVIDÊNCIA ARQUEOLÓGICA

Uma quantidade considerável de evidências foi descoberto pelas pás dos arqueólogos provando uma antiga crença da residência e morte de Pedro em Roma. Um grande número de sarcófagos cristãos foram descobertos (agora no Museu de Latrão) mostrando cenas de prisão de Pedro por Herodes com sua posterior liberação por um anjo. O historiador francês Das perseguições dos primeiros dois séculos, Paul Allard, aponta que a freqüência com que este assunto foi escolhido tende a provar uma relação estreita entre este evento e a primeira visita de Pedro a Roma.

“Várias vezes, as figuras de Pedro e Paulo são encontradas em pinturas, ilustrações, copos e tigelas datados do século IV” (Pedro: O Príncipe dos Apóstolos, p. 615).

Cerca de duas milhas de Roma, na Via Appia, ergue-se a antiga Igreja de São Sebastião. Esta igreja foi originalmente chamada de Basílica dos Apóstolos por causa da tradição que os corpos de Pedro e Paulo estavam escondidos ali (em um cofre) durante a perseguição de Valeriano (253-260 dC). As primeiras tentativas para escavar sob esta Igreja foram feitas em 1892. Os escavadores descobriram uma antiga casa romana, com uma fileira de túmulos em frente - que data do primeiro e segundo séculos. Uma inscrição mostrou este edifício como sendo a casa de Hermes (Romanos 16:14), e cerca de 80 REFERÊNCIAS A Pedro foram descobertas neste local - que remonta a pelo menos o século 3. Isso é prova clara de que, numa data muito antiga o nome de Pedro foi associados a este local.

Por perto, dois fragmentos de sarcófagos foram descobertos mostrando a figura de Pedro.

Nas catacumbas de Roma a memória de Pedro está totalmente espalhada. Perdendo apenas em importância para Cristo como um objeto de arte catacumbal, Pedro é retratado nas paredes mofadas de três passagens subterrâneas misteriosas mais de trezentas vezes! Há quase 30 cenas diferentes e incidentes da vida de Pedro - tudo a partir dos evangelhos - representado por baixo da Cidade Imperial (Veja Catacumbas, por Pp Hertling & Kirschbaum 242-244..).

In an abbreviated form, the apostle's name was found present, at least 20 times, on the "Graffiti Wall" next to Peter's grave beneath the high altar of St. Peters in the Vatican. Most often, his initials were arranged as a monogram, which has been found all ALL OVER ROME "scratched in ancient monuments, inked onto old manuscripts, worked subtly into wall mosaics, incised on the margins of public signs, roughly stamped on medals, coins, rings, statuettes, pots and similar household wares, even painted on gaming boards" (The Bones of St. Peter, p. 97).

Em uma forma abreviada, o nome do apóstolo foi encontrado presente, pelo menos 20 vezes, no "Graffiti Wall" ao lado do túmulo de Pedro embaixo do altar-mor de São Pedro, no Vaticano. Na maioria das vezes, suas iniciais foram arranjadas como um monograma, que foi encontrado por toda a Roma “riscado em monumentos antigos, pintado em manuscritos antigos, trabalhado sutilmente em mosaicos de parede, inciso nas margens de sinais públicos, estampado em medalhas, moedas , anéis, estatuetas, vasos e produtos domésticos similares, até mesmo pintado em placas de jogos” (The Bones of St. Peter, p. 97).

Nada ocorre no vácuo – evidencias da permanência de Pedro e do martírio em Roma são encontradas em muitos lugares diferentes, se alguém estiver disposto a olhar honestamente.

A DEMORA DE PAULO

Você já notou por que que o apóstolo Paulo continuou resistindo em ir visitar do povo de Deus em Roma? POR QUE? Porque ele não gostava de construir sobre fundamento alheio!

Observe o que Romanos diz:

“Mas, irmãos, em parte vos escrevi mais ousadamente, como para vos trazer outra vez isto à memória, pela graça que por Deus me foi dada; Que seja ministro de Jesus Cristo para os gentios, ministrando o evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo. De sorte que tenho glória em Jesus Cristo nas coisas que pertencem a Deus.Porque não ousarei dizer coisa alguma, que Cristo por mim não tenha feito, para fazer obedientes os gentios, por palavra e por obras; Pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo. E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo foi nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio; Antes, como está escrito: Aqueles a quem não foi anunciado, o verão, E os que não ouviram o entenderão. Por isso também muitas vezes tenho sido impedido de ir ter convosco. Mas agora, que não tenho mais demora nestes sítios, e tendo já há muitos anos grande desejo de ir ter convosco, Quando partir para Espanha irei ter convosco; pois espero que de passagem vos verei, e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia. Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos.” (Romanos 15, 15-25 – Tradução João Almeida)[Grifos nossos]

Vejam o que ele fala no verso 20 em negrito: “E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo foi nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio”

Isso torna tudo bem simples. Roma já havia sido evangelizada antes da escrita do livro de Romanos (57-58 d.C)!

Veja o que Paulo fala em Efésios 2, 20 :

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;”

Os apóstolos eram os fundamentos.

Vemos então que o fundamento sobre o qual Paulo não queria construir era o fundamento de outro apóstolo, e quem foi esse outro apóstolos que evangelizou ROMA? Diante de todas as evidências apresentadas no texto, qual os leitores apontam como sendo o apostolo fundador da Igreja de Roma?

Obviamente, vemos, que a Fundação sobre a qual Paulo não queria construir era a de Pedro!

Assim entendemos que as tentativas de deturpar a verdade sobre a qual o protestantismo dá foros de verdade, não passa, isto sim, de lendas escandalosas e pérfidas, havendo VÁRIAS provas do martírio, episcopado e estadia de Pedro em Roma, conforme nos relata a bíblia, a história, a geografia, a arqueologia e a tradição!

BIBLIOGRAFIA:

Dr. Adolph Harnack: "Dogmengeschichte", 4th ed., p. 486 (c. 1904) cited in B.C. Butler’s The Church and Infallibility pg. 140 (c. 1954)

KIRBY, Peter. Ascensão de Isaias. Traduzido Por Rafael Rodrigues; Disponível em: < http://www.earlychristianwritings.com/text/ascension.html> Acesso em 13/12/2011



Irineu de Lion. From Ante-Nicene Fathers, Vol. 1. Edited by Alexander Roberts, James Donaldson, and A. Cleveland Coxe. (Buffalo, NY: Christian Literature Publishing Co., 1885.) Revised and edited for New Advent by Kevin Knight. Traduzido por Rafael Rodrigues. Disponível em < http://www.newadvent.org/fathers/0103.htm >.



Eusébio de Cesárea. From Nicene and Post-Nicene Fathers, Second Series, Vol. 1. Edited by Philip Schaff and Henry Wace. (Buffalo, NY: Christian Literature Publishing Co., 1890.) Revised and edited for New Advent by Kevin Knight. Traduzido por Rafael Rodrigues. < http://www.newadvent.org/fathers/2501.htm >.



Clemente Romano. Epistola a Tiago. Traduzido Por Rafael Rodrigues; Disponível em: . Acesso em 13/12/2011



Pregação de Pedro. From Ante-Nicene Fathers, Vol. 8. Edited by Alexander Roberts, James Donaldson, and A. Cleveland Coxe. (Buffalo, NY: Christian Literature Publishing Co., 1886.) Revised and edited for New Advent by Kevin Knight. Traduzido por Rafael Rodrigues. Disponível em < http://www.newadvent.org/fathers/0855.htm >.



Tertuliano. Sobre o Batismo. From Ante-Nicene Fathers, Vol. 3. Edited by Alexander Roberts, James Donaldson, and A. Cleveland Coxe. (Buffalo, NY: Christian Literature Publishing Co., 1885.) Revised and edited for New Advent by Kevin Knight. Traduzido por Rafael Rodrigues. Disponível em < http://www.newadvent.org/fathers/0321.htm >.



Clemente de Alexandria. Fragmentos. From Ante-Nicene Fathers, Vol. 2. Edited by Alexander Roberts, James Donaldson, and A. Cleveland Coxe. (Buffalo, NY: Christian Literature Publishing Co., 1885.) Revised and edited for New Advent by Kevin Knight. Traduzido por Rafael Rodrigues. Disponível em < http://www.newadvent.org/fathers/0211.htm >.



Arnóbio de Sica. From Ante-Nicene Fathers, Vol. 6. Edited by Alexander Roberts, James Donaldson, and A. Cleveland Coxe. (Buffalo, NY: Christian Literature Publishing Co., 1886.) Revised and edited for New Advent by Kevin Knight. Traduzido por Rafael Rodrigues. . Disponível em < http://www.newadvent.org/fathers/06312.htm >.

Todas as Outras obras dos Cristãos Primitivos citadas na matéria podem ser encontradas em < http://www.newadvent.org/fathers/ >

Para citar:

RODRIGUES, Rafael. Provas Irrefutáveis Do Episcopado e Martírio de Pedro em Roma. Apologistas Católicos. Disponível em: http://apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/papado/488-provas-irrefutaveis-do-episcopado-e-martirio-de-pedro-em-roma

FONTE ELETRÔNICA;